quinta-feira, 28 de maio de 2009

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Diário da Manhã

Fio Direto

Ivan Mendonça

Marconi confirma presença amanhã em Corumbaíba. Alcides também estará lá

Em plena efervecência da divisão da base governista, uma ironia do destino: a agenda de amanhã de Marconi Perillo e de Alcides é rigorosamente a mesma – ou seja, visita, homenagens e comendas em Corumbaíba, sob a batuta do prefeito Romário Vieira (PR) e da Câmara Municipal. O senador tucano, que recebe diploma hoje da Apae, às 17h30, já tinha confirmado presença.

Alcides será recepcionado em Corumbaíba às 10 horas, quando visita obras do sistema de esgoto, seguindo-se a inauguração da Casa de Câmara, cadeia e biblioteca, além das pontes das GOs-307 e 402. A programação prevê ainda a entrega do título de cidadão, cortesia do vereador Sérgio Braga.

Marconi Perillo tem se mantido em silêncio e resiste em pular no olho do furacão do affair Jorcelino Braga X Carlos Leréia. Já Alcides Rodrigues declarou que o governo não muda a relação com o PSDB, apesar de se declarar indignado com o envolvimento de seu nome nas acusações.
NOTAS
Marconi & Vanderlan
Marconi Perillo participa do aniversário de Senador Canedo, segunda-feira, às 8h30, a convite do prefeito Vanderlan Cardoso, do PR de Ademir Menezes.



Notícias dos jornais

Diário da Manhã

POLÍTICA E JUSTIÇA

Deputado reforça críticas contra secretário

Leréia reúne imprensa na Assembleia e atira até contra governador. Braga diz que, para ele, caso já está encerrado
28/05/2009
O deputado federal Carlos Leréia (PSDB) reforçou ontem as acusações contra o secretário estadual da Fazenda, Jorcelino Braga. Sob olhares de dezenas de repórteres, fotógrafos e cinegrafistas, na coletiva que deu à imprensa à tarde, na Assembleia Legislativa, Leréia também criticou o governador Alcides Rodrigues (PP). Durante quase uma hora, teve postura dura contra os dois, mas se esquivou das perguntas sobre rompimento da base, afirmando que fala apenas por ele, e não a mando do senador Marconi Perillo (PSDB).
A entrevista foi concedida um dia após a coletiva dada por Jorcelino Braga para responder ao deputado, que o acusou de estar a serviço do PMDB. Leréia mostrou uma série de acusações escritas aos repórteres, dentre as quais ação que corre na Justiça estadual contra o secretário por ter chamado ele (Leréia) de cachorro. “As acusações estão protocoladas no Ministério Público e também no Tribunal de Contas.”
O tucano questionou aos presentes quem é o verdadeiro governador de Goiás, Braga ou Alcides. Alcides ainda foi alvo certeiro. Leréia ateu-se à Prefeitura de Santa Helena e às vantagens que a cidade teria recebido em relação aos outros municípios. “O governador foi eleito para ser governador de todos os municípios goianos. Se tivesse que dar tratamento desses, teria que dar a todos os municípios.”
O deputado reafirmou que não estava falando a mando do senador Marconi e não deixou em nenhum momento de destacar a estagnação de Goiás no atual governo Alcides e o apoio que Marconi deu a Alcides ainda em seu governo. “Não farei nenhum reparo à ação do PP, partido. Porque o PP sempre teve por parte, especialmente do senador Marconi, uma deferência especialíssima nos seus dois governos. Não é costumeiro o governador eleito colocar o vice-governador em posição que normalmente tenha conflito. O que o Marconi fez no primeiro dia da posse dele em 1999? Chamou Alcides para ser o secretário mais forte do Estado. Porque eram três secretarias em uma só, Habitação, Recursos Hídricos e Meio Ambiente. Deu a ele total respaldo. Depois ele teve até um sucessor dentro dessa secretaria, foi o companheiro dele, ex-deputado pepista, presidente da Celg, Carlos Silva. Quando houve o pedido político para intervir em Anápolis, principal cidade goiana. Marconi teve apoio de pessoas expressivas em Anápolis. Quem o Marconi convidou para ser interventor em Anápolis? E não botou só no papel não. Botou dinheiro porque estava quebrada a cidade, repassou dinheiro, doutor Alcides Rodrigues”.
De acordo com o tucano, todos os expressivos secretários do governo Alcides já dependeram de Marconi em águas passadas (Sérgio Caiado, Roberto Balestra e Carlos Silva). “Marconi teve no governo dele o presidente do PP, Sérgio Caiado, como presidente da Agenciarural, e Roberto Balestra como secretário de Agricultura. Eles tinham prestígio, poder total na secretaria. O tratamento com o PP sempre foi por parte do Marconi em relação ao doutor Alcides o mais respeitoso.”
Braga disse que não comentaria as novas declarações de Leréia porque o caso está encerrado.

Goulart defende Marconi
O deputado estadual e vice-presidente regional do PSDB, Daniel Goulart, assistiu com olhos atentos a entrevista de Leréia e disse que vai defender no encontro regional do partido rompimento definitivo da base. “Não vou aceitar uma vírgula que venha atentar contra o senador Marconi, que quando assumiu o governo tinha nas mãos o Estado mais endividado do País”. Revelou que Alcides Rodrigues defendia na época que Marconi tinha tudo para ser até presidente da República. “A coisa funciona assim: em ano de eleição, os governos gastam mesmo, e as obras que Marconi começou não podiam ser interrompidas. Sempre sobram deficits para serem quitados pelos próximos governadores, ocorre em todos os Estados. Agora eles alegam que o Estado estava absurdamente quebrado com a quantia de R$ 100 milhões. O senador recebeu deficit de R$ 600 milhões quando chegou ao poder.”
O tucano disse que Jorcelino Braga é um grande marqueteiro político, e que faz sim política. “Braga quer sair como o salvador da pátria, só que ele não tem as mínimas condições de continuar na Sefaz. Aliás, ele deveria vir na Assembleia dar explicações sobre as denúncias gravíssimas que o deputado Leréia revelou”. Sobre o convite do governador aos deputados peemedebistas para conversa no Palácio das Esmeraldas, segunda-feira, Goulart disse ter acabado o clima de vez porque “o PMDB é adversário histórico”. Ontem à tarde foi a vez de os deputados da base se alojarem no Palácio Pedro Ludovico.
Diário da Manhã

POLÍTICA E JUSTIÇA
Balestra tenta conter incêndio

Secretário de articulação política defende aliança com tucanos e diz que governador quer manter apoio na Assembleia

28/05/2009
Deputado federal pelo PP, licenciado e secretário extraordinário do governo Alcides Rodrigues (PP), Roberto Balestra, em entrevista aos jornalistas Ivan Mendonça e Jerônimo Rodrigues, da rádio Mil FM, ontem pela manhã, pediu calma aos colegas da base aliada. “A posição do governador direcionou muito bem o rumo que devemos tomar. Paciência, calma, ninguém de forma ... dar resposta a isso ou aquilo. Temos responsabilidade com o Estado e com a sociedade.”
Balestra também comentou sobre a coerência do comportamento do governador após as críticas do deputado federal Carlos Alberto Leréia (PSDB). “Fundamental é o comportamento coerente do governador. Desde que ele assumiu interinamente, vem tentando colocar o Estado numa condição de exequibilidade, dentro daquilo que entende como sendo fundamental. Fez questão de manter, indistintamente, todos os programas que o governo já tinha.”

Na opinião do senhor, como o governo deve se comportar diante das críticas do deputado Carlos Alberto Leréia (PSDB)?
Roberto Balestra – Fundamental é o comportamento coerente do governador. Desde que ele assumiu interinamente, vem tentando colocar o Estado numa condição de exequibilidade, dentro daquilo que entende como sendo fundamental. Fez questão de manter, indistintamente, todos os programas que o governo já tinha. E corrigir as distorções no que diz respeito a determinados subsídios que eram dados e que traziam certa dificuldade ao Tesouro. Conseguiu fazer com que houvesse recursos necessários para pagar o funcionalismo em dia, dentro do mês trabalhado. Mantivesse todos os programas ativos, um programa de recuperação de estradas ativo, de construção de novas estradas. Alcides está fazendo o possível, dentro da discrição que lhe é peculiar. E agora fez questão de continuar tudo aquilo que era projeto do tempo novo. Não vejo nenhum problema ou como sinal de falta de criatividade o fato de não ter criado um programa com nome próprio, porque todos os programas que estão em funcionamento são programas que o povo aceitou. O volume de recursos que tem sido investido é muito alto. O governador aplicou alguns milhões no ano passado – o que é mais que o dobro do que outros governos haviam aplicados. As coisas estão acontecendo. Agora, eu fico preocupado porque todos estavam acostumados com propagandas, em mostrar aquilo que o governo faz de forma tão intensa... e eu vejo ele fazendo isso tudo sem aparição.

A base aliada caminha para o rompimento ou reconciliação?
Balestra – Depois da tempestade, vem a calmaria. A posição do governador direcionou muito bem o rumo que devemos tomar. Paciência, calma, ninguém de forma ... dar resposta a isso ou aquilo. Temos responsabilidade com o Estado e com a sociedade. Uma divergência incontrolada dentro do governo provoca a pior repercussão possível, é a desestabilização de tudo. E nós estamos vivendo um momento muito bom, os índices estão mostrando que nós somos o Estado que mais criou empregos. Temos que olhar para o lado positivo. Se o positivo é tão difícil de alcançar, para que ficar perdendo tempo com o negativo?

A tensão na base aliada é fruto da antecipação do debate eleitoral?
Balestra – Não sei responder. Sei que lamento profundamente. E acredito que todos que têm bom senso estão lamentando. Inclusive o governador. Todos estão sendo atendidos, todos os programas em execução. Obras em realização. O governador tem dado atenção aos parlamentares. Todas as obrigações do Estado com Goiânia estão sendo cumpridas, coisa que não vinha acontecendo. Lamento toda essa dificuldade que estamos vivendo. E fico até com vergonha do eleitor, porque essa discussão é inócua quando é pública.

Quem está fomentando essa briga? É gente sem voto?
Balestra – A dificuldade é justamente essa. Quem tem dificuldade pra sobreviver politicamente... E, quando uma coisa dessa acontece, é porque não teve a obrigação do político de saber o que a sociedade quer, como ajudá-la.

Leréia acusou Alcides de traidor. Disse que o governador não sabe reconhecer os companheiros que o elegeram.
Balestra – Lamento, é um termo muito pesado, e o governador nunca mereceu. Espero que tenha sido uma “força de expressão” do deputado e que a humildade bata no seu peito. Porque a grandeza do homem não está na acusação, e sim no reconhecimento dos erros que cometeu.

A resposta do secretário da Fazenda, Jorcelino Braga, ao deputado Leréia, na terça-feira, colocou mais lenha na fogueira?
Balestra – Ele apenas repetiu o que já havia dito. Acredito que essa é uma discussão inócua. O governo precisa cumprir sua obrigação com o povo.

O silêncio do senador Marconi Perillo também está ajudando?
Balestra – Eu acho que todos temos obrigação de colaborar, porque todos temos responsabilidades com o Estado, sobretudo nós, que somos eleitos. Então, cada um da sua maneira deve colaborar. O Estado e o povo não podem pagar por essas divergências.

A bancada do PSDB está de prontidão na Assembleia Legislativa. Acredita que o PSDB vá continuar apoiando Alcides?
Balestra – A política é dinâmica, e uma das características do político é rever suas posições. O governo não quer perder a companhia de ninguém. Todos os deputados estão atendidos.

Como avalia a reunião de ontem da bancada do PMDB com o governador no Palácio?
Balestra – Eu sempre entendi que eleição é uma fase, e exercício do mandato é outra fase. No exercício do mandato, não pode haver disputa eleitoral para tratar com os dirigentes. O governador entende que, terminada a eleição, ele é governador de todos goianos e municípios. Logicamente, é governador de todos os deputados, e PP e PMDB tiveram essa compreensão. Na Assembleia não há oposição radical ao governador, porque ele é leal a todos os parlamentares.

O eleitor de Alcides e Marconi, do Tempo Novo, entende essa presença do PMDB no Palácio?
Balestra – Desde o segundo mandato do presidente Lula, isso ficou mais claro, porque o PT era o único partido de oposição radical no País. O Lula, no primeiro mandato, quis manter aquela independência política e deu com os burros n’água. Imediatamente reviu sua posição e passou a compor seu governo com quase todos os partidos, com exceção do DEM e do PSDB.
Política então vai ser só em 2010?
Balestra – Só. Esse episódio deve acabar logo e o governo continuar trabalhando.

Na sua opinião, a base estará unida em 2010?
Balestra – Todo o trabalho será feito. Continuaremos assistindo a todos os parlamentares. Se algum achar que deve ficar fora das ações de governo, lamentaremos. Porque o governador não aceita falar em 2010? Porque ele está em um momento de trabalho. Hoje ele tem um conceito de bom administrador, mas ele precisa ter um conceito de um bom político, alegre e comunicativo.

O senhor acha que ele vai ser candidato?
Balestra – Não, ele, até hoje, disse que não. Imagino que ele terá uma responsabilidade maior no processo de continuar no governo. Tem dito que ficará até o final, mas é uma decisão dele.

Dizem que o estopim da bomba que explodiu na base foram os últimos encontros de Henrique Meirelles e Alcides. Meirelles será candidato pelo PP?
Balestra – Primeiro, ele não é filiado no partido. Todos os partidos correm atrás dele. Eu não sei se ele irá se filiar. Ele até agora tem tido um comportamento técnico. Se até o final do ano, ou até na época das convenções, ele tiver uma base política que o dê sustentação, quem sou eu pra dizer que ele não será candidato?

Alguma mensagem à base aliada?
Balestra – Precisamos de duas coisas: humildade e desprendimento. Com essas duas coisas, seremos capazes de respeitar o próximo, de transigir, de reconhecer e de entender que um ente político não é dono de si. Com humildade e desprendimento, teremos orgulho de fazer parte desse governo, de servir o povo de Goiás, de ter ajudado um Estado que está sendo reconhecido.

Giro - O Popular - Jarbas Rodrigues Jr.

PSDB decide hoje sua postura em relação ao governo Alcides

Presidente do PSDB goiano, Leonardo Vilela marcou para hoje em Goiânia reunião urgente da executiva do partido para decidir qual será a postura dos tucanos daqui em diante em relação ao governo de Alcides Rodrigues. “O PSDB exige tratamento de aliado, se sente traído pelo PP”, afirma Leonardo Vilela. “Não vamos mais aceitar que o atual governo jogue todas suas dificuldades nas costas do senador Marconi Perillo e nas gestões do PSDB. Exigimos respeito. Se houver rompimento, o culpado será o PP que mostrou insensibilidade, soberba e falta de solidariedade”, afirma o tucano ao Giro. “O PSDB ajudou a reeleger Alcides Rodrigues, ajudou nas duas campanhas do deputado Sandes Júnior (PP) a prefeito de Goiânia, ajudou na governabilidade. E o que recebemos em troca? Ver Henrique Meirelles (BC) ser tratado como rei. Onde estava Meirelles na campanha de 2006? É muita falta de respeito”, diz o tucano.

PERGUNTA PARA: Jovair Arantes, deputado do PTB

O PTB pode apoiar uma candidatura de Henrique Meirelles em 2010?
Pode, mas com Meirelles candidato ao Senado e numa chapa com Marconi Perillo (PSDB) para governador. A declaração de Roberto Jefferson, nosso presidente nacional, foi uma opinião pessoal. E friso que o PTB não tem problema com PSDB ou PP. Vamos manter a boa convivência e ajudar a governabilidade de Alcides.
Carta do Leitor - O Popular
O governo e o PSDB

Terça-feira, quando li neste conceituado jornal, do qual há muito sou assinante, as palavras do secretário de Estado da Fazenda, Jorcelino Braga, dizendo que “cachorro vira-lata, quando late, foi o dono que mandou”, veio-me a mente a data-base dos funcionários do Estado, o piso salarial dos professores, o corte do orçamento da Secretaria de Ciência e Tecnologia, o corte ao amparo à pesquisa, da verba destinada a UEG e outros.
Concordo com o secretário e parabenizo-o por assumir o quão vira-lata está sendo deste governo que tanto desfaz. Mais é sabido pela crença popular: manda quem pode (Alcides), obedece quem tem juízo (Braga). Ou nós votamos foi nele (Braga) para governador e o outro é o vira-lata? Vai saber... para nós é confuso.

WARLEY CESÁRIO BARBOSA
Itaberaí – GO
Demorou muito, mas apareceu alguém para incendiar as relações do PSDB com o governo. O secretário Jorcelino Braga, que mais parece governador, culpa o governo passado pela inoperância deste governo. Esqueceram de avisar ao Braga e ao restante do governo que Alcides Rodrigues foi vice por quase oito anos, antes de se tornar governador sem ter tido um voto.
E, se não fosse o empenho do senador Marconi Perillo, hoje, certamente, quem estaria no poder seria Maguito Vilela, que na época estava bem à frente nas pesquisas – a maioria da população mal conhecia Alcides Rodrigues. Mas, como bem diz o deputado Carlos Lereia, hoje os aliados do governo Braga são os inimigos do passado.
Lula tudo promete e nada cumpre. Basta olhar a situação das verbas para o aeroporto de Goiânia e das demais não cumpridas. Henrique Meirelles tem sido de grande valia para o Estado, mas o que de efetivo trouxe, a não ser dar palestra em universidades particulares? O PMDB hoje já é quase um aliado.
Que o PSDB tome um caminho correto em relação a esse governo, que a bem da verdade foi eleito graças aos dois governos de Marconi Perillo, que tinha avaliação positiva junto à população de Goiás. Já que o governo Braga e Alcides não necessita mais do apoio do PSDB, que o partido vá para a oposição.
Aí sim terá como se defender e mostrar as mazelas deste governo que, com mais de três anos, não mostrou a que veio a não ser atirar pedras naqueles que foram seus aliados nos momentos difíceis das eleições.

REINALDO FRANCISCO DA PAIXÃO
Goiás - GO

Leréia bate forte

BASE DIVIDIDA

Tucano pede investigação de Braga e reforça ataques

Munido de uma ação de indenização contra secretário da Fazenda, Carlos Alberto Lereia o acusa de tentar desagregar a base aliada

Erika Lettry

O tom de acusação ao governador Alcides Rodrigues (PP) e ao secretário da Fazenda, Jorcelino Braga, foi reforçado ontem pelo deputado federal Carlos Alberto Lereia (PSDB) em entrevista coletiva na Assembleia Legislativa.
Munido de uma ação de indenização contra Jorcelino Braga por danos morais – ao ter se referido ao deputado como “cachorro vira-lata” – e com cinco documentos de pedidos de investigação protocolados junto ao Ministério Público (MP) de Goiás, Tribunais de Contas do Estado (TCE) e dos Municípios (TCM), Lereia disparou acusações e reclamou de “ingratidão e traição”. “Se Marconi Perillo (PSDB) deixou um déficit em Goiás, esse déficit tem nome e sobrenome: Alcides Rodrigues. Ele trouxe Braga.”
O secretário da Fazenda foi alvo da maioria dos ataques, a quem Lereia culpa de tentar desagregar a base aliada deste que assumiu a função na Sefaz. Lereia iniciou a coletiva dizendo que Braga havia mentido “descaradamente” ao negar que a empresa Kanal Vídeo, de propriedade do filho de Braga, teria negócios com prefeituras do PMDB.
O tucano acusa Braga de exercer concorrência desleal – “qual empresa tem um secretário da Fazenda para inseri-la no serviço público?” – e de ter assumido irregularmente a função na Sefaz. Segundo o tucano, Braga não teria se desvinculado da empresa da qual era proprietário na época que assumiu o cargo, em abril de 2007. “Ele diz que se desvinculou, mas tenho uma certidão da empresa que mestra ele como administrador nomeado em julho de 2007”.
Ele também respondeu à provocação de Braga ao dizer que “cachorro vira-lata quando late, é porque o dono mandou”. Lereia retrucou: “Cachorro tem uma vantagem. Raposa morre de medo dele”, provocou.
AlcidesO governador também não escapou dos comentários do deputado. Ele disse que Alcides Rodrigues beneficiou Santa Helena, cidade administrada pela primeira-dama Raquel Rodrigues (PP), no pagamento da dívida da Celg à prefeitura, relativa à cobrança indevida de ICMS.
Conforme o deputado, várias cidades teriam pleiteado na Justiça o pagamento desta dívida pela Celg, mas apenas Santa Helena teria recebido o pagamento integral (sem desconto de dívidas da prefeitura com a Celg) e logo após a posse de Raquel, em 2007.
O valor da dívida paga integralmente, segundo Lereia, seria entre R$ 14 milhões e R$ 22 milhões. “Isso é gravíssimo do ponto de vista da relação do Estado com os municípios goianos, que estão hoje vivendo uma verdadeira calamidade.” Lereia pediu ao MP que investigue se houve violação do princípio constitucional de isonomia neste caso.
O tucano considera ainda que o governador possa estar sendo influenciado por Braga, “este sim maldoso, perverso, daninho”.

quarta-feira, 27 de maio de 2009

Marconi Perillo entre os mais influentes no turismo goiano

27/05/2009

Agência Senado

INSTITUCIONAL

Senadores recebem Prêmio Mérito Legislador 2008

Em cerimônia na noite desta terça-feira (26), o vice-presidente do Senado, Marconi Perillo (PSDB-GO), e a 2ª vice-presidente, Serys Slhessarenko (PT-MT), receberam o Prêmio Mérito Legislador 2008, no auditório do Interlegis - comunidade virtual do Poder Legislativo. Também receberam a estatueta que simboliza a premiação outros 62 senadores, entre eles o presidente da Casa, José Sarney (PMDB-AP), que foi representando pelos vice-presidentes.

Na ocasião, Perillo afirmou que os últimos 20 anos trouxeram grandes avanços legislativos para o país, como o Código de Defesa do Consumidor, o Estatuto da Criança e do Adolescente e a Lei Maria da Penha. Tanto Perillo quanto Serys ressaltaram que o Prêmio Mérito Legislador ajuda na valorização da produção legislativa brasileira, mostrando uma face positiva do Parlamento.

A premiação foi promovida pelo Instituto de Estudos Legislativos Brasileiro (Idelb) em parceria com o Senado Federal e o Instituto Legislativo Brasileiro (ILB). Foram 150 parlamentares brasileiros agraciados com a premiação: 64 senadores, sete deputados federais, 26 deputados estaduais e 26 vereadores, todos autores ou relatores de propostas legislativas importantes para o país.

De acordo com a organização do evento, a premiação visa reconhecer a atuação de parlamentares que contribuíram para o desenvolvimento do país, por meio da autoria ou relatoria de propostas. Os projetos foram escolhidos seguindo critérios de alcance, inovação e benefícios do projeto à sociedade, nas áreas de educação, saúde, meio ambiente e fortalecimento dos direitos das pessoas idosas, com deficiência e afrodescendentes.

Integraram a mesa do evento, além de Perillo e Serys, o 3º secretário do Senado, Mão Santa (PMDB-PI), o diretor executivo do ILB, Carlos Roberto Stuckert, o diretor do Interlegis, Márcio Sampaio Leão Marques, e os representantes dos patrocinadores e apoiadores do evento: Braunner Novais, do Ministério de Minas e Energia; José Samuel Magalhães, da Petrobras, e Arlete Milhomem, das Organizações Globo.
Diário da Manhã

Política e Justiça

Braga responde críticas de deputado

Secretário da Fazenda classifica acusações de Carlos Leréia como levianas e diz que governo tira leite de pedra

27/05/2009

O secretário estadual da Fazenda, Jorcelino Braga, classificou as acusações feitas a ele pelo deputado federal Carlos Alberto Leréia (PSDB) como “levianas”. Ele chamou o parlamentar de “menino de recado”. “A pessoa pode falar o que quiser porque ele tem imunidade parlamentar. Nem judicialmente pode ser interpelado. Aí, fica fácil fazer essas acusações”, disse, durante entrevista coletiva ontem em seu gabinete, na sede da Sefaz.
Na manhã de segunda-feira (25), Leréia deu entrevista à Rádio CBN Anhanguera, ao site do PSDB e ao Diário da Manhã. Dentre outras acusações, afirmou que Braga estava a serviço do PMDB e questionou o endividamento do Estado. “Esse governo está fazendo aquilo que é possível fazer. Está tirando leite de pedra. A situação que esse governo encontrou foi de terra arrasada. Agora, estamos buscando soluções sem acusar ninguém. Estávamos ontem (segunda-feira) trabalhando no Rio de Janeiro e quando fomos surpreendidos com fofoca aqui. Com conversas que não tem procedência.”
Estavam no gabinete do secretário da Fazenda no momento da entrevista o presidente da Agência Goiana de Comunicação (Agecom), Marcus Vinícius Faria Felipe, o secretário de Infraestrutura do Estado e presidente do PP, Sérgio Caiado, o secretário extraordinário Roberto Balestra, o proprietário do Instituto Exata, Adilson Katatau, além do diretor do Centro de Reabilitação Henrique Santillo (Crer), Fause Musse.
O deputado Carlos Alberto Leréia insinua que o endividamento da Celg serviu à campanha do então candidato a governador Alcides Rodrigues.
Jorcelino Braga – O deputado é tão mal informado – ou quem mandou ele falar isso é tão mal informado – que o presidente da Celg, nessa época, era o senhor André Lins, homem do grupo de Marconi Perillo, da intimidade de Marconi. Quem pegar o mapa de endividamento da Celg vai saber quando começou o endividamento, tá lá... é só vocês buscarem na Celg. 2004, 2005 e 2006 dá um pique muito grande, porque foi remontando dívidas. Peço uma coisa ao senhores: em vez de falar só com a gente, vão a Brasília. Vai na Eletrobrás, na Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), no STN (Secretaria do Tesouro Nacional), vamos ver o que o pessoal fala... o que era a Celg e o que ela é hoje. Vocês precisam ajudar a gente. A pessoa pode falar o que quiser porque ele tem imunidade parlamentar. Nem judicialmente pode ser interpelado. Aí, fica fácil fazer essas acusações...
Quem mandou o deputado dizer isso?
Braga – Tem um grupo do PSDB, existe um grupo de pessoas. Tem que deixar bem claro, não são todos. Tem pessoas do PSDB por quem eu tenho respeito e amizade e que ajudam o governo. Mas há um grupo do PSDB que, desde o início do mandato, trabalha incansavelmente para desestabilizar este governo. E o governo faz o quê? Além de cuidar das dificuldades que tem, trabalhar, mostrar serviço e cuidar dessas fofocas que surgem todo dia, toda hora.
Este grupo a quem o senhor se refere é liderado pelo ex-governador Marconi Perillo?
Braga – Não vou nominar, não vou ser leviano como são. Não vou fazer isso. Estou dizendo que existe um grupo que trabalha incansavelmente para desestabilizar este governo. Agora, o que este governo fez até o momento? Trabalhado. Este governador vai ficar na história. E quando as pessoas falam no caráter desse governador, dói na gente, que está com ele 24 horas por dia. Este governador só faz arrumar tudo que você leva nele, que é para o bem do Estado e tem de ser resolvido. Ele não titubeia. Na hora diz assim: “Resolva!” O que nós estamos fazendo? Resolvendo. Só que os problemas são tão grandes, são enormes, que ainda estamos buscando solução. E tem gente que ainda diz que esse governo é lento. Que esse governo não faz isso, não faz aquilo. Este governo está fazendo aquilo que é possível fazer. Está tirando leite de pedra. A situação que esse governo encontrou foi de terra arrasada. Agora, estamos buscando o quê? Buscando solução, sem acusar ninguém. Estávamos ontem (segunda-feira) trabalhando no Rio de Janeiro e quando fomos surpreendidos com fofoca aqui. Com conversas que não tem procedência.
O deputado acusou o senhor de agir “a serviço do PMDB” e de ser dono de uma produtora de vídeo que possui contrato com prefeituras administradas por peemedebistas.
Braga – Tenho amigos no PMDB, PT, PSB, PCdoB, no DEM, em tudo quanto é lugar. Eu não sou filiado a lugar nenhum. Fui filiado uma vez na minha vida no PFL, do Ronaldo Caiado (deputado federal e líder do DEM na Câmara), que é meu amigo. Fui filiado e não sou mais.
O senhor tem contrato com prefeituras do PMDB?
Braga – As empresas estão lá. Vão lá fiscalizar. Vai no Ministério Público verificar se há contrato ou não. Se as minhas empresas têm contrato com eles, eles não têm nada a ver com isso. A empresa está lá trabalhando. Agora, se eu liberar dinheiro aqui da Fazenda para uma prefeitura dessas, aí tudo bem. Vai lá ver se foi liberado. Vê se tem dinheiro liberado para prefeitura do PMDB. Agora, se fez o serviço ou não, tem que ver. Estou afastado da administração das empresas. Eu, como gestor público, não posso geri-las. Não tenho como fazer isso. Posso ser sócio, mas não posso gerir.
Deputados da base aliada decidiram que a partir de agora vão defender com unhas e dentes o senador Marconi Perillo.
Braga – Olha, esse é assunto político... Eu sou um técnico do governo, procuro cuidar das missões técnicas. De assuntos políticos quem cuida é o presidente do PP, Sérgio Caiado, o Roberto Balestra, que é o articulador político, os deputados estaduais e o governador. Politicamente, eu não decido nada. O que eu procuro é defender o governo das mazelas públicas. Falaram que eu sou agiota, não sei o quê... Eu aprendi a trabalhar no mercado financeiro. Fui bancário por muitos anos da minha vida. Agora, aprendi a segurar o dinheiro para que ele não saia do ralo como saia. O que nós estamos fazendo é segurar despesas. Agora, politicamente eu não vou trabalhar. Se não for pra construir, eu não vou atrapalhar. Estou fazendo o meu serviço. Ok, podem e devem questionar se o que estamos fazendo é o melhor para o Estado ou não. Mas só isso.
Hoje o governo não trata com a discrição de antes o fato de ter herdado um deficit de R$ 100 milhões do governo anterior. Esta impressão é real?
Braga – Esse negócio de duvidar que houve deficit, isso é a maior piada que eu já ouvi na minha vida. Enquanto o Estado apresentava um balanço com R$ 900 milhões de restos a pagar, tinha gente dizendo que no Estado havia superavit. Isso é a maior piada. Os números estão aí. O balanço do Estado está aí. Vai lá no STN (Secretaria do Tesouro Nacional) e pega o balanço. De quatro em quatro meses, o Controle Interno apresenta na Assembleia o balanço financeiro do Estado. Quem fala disso (que não existia deficit) é porque fala por maldade, ou por falta de conhecimento de causa ou por falta de caráter.
O senhor acionará o deputado na Justiça?
Braga – Eu não quero falar sobre esse indivíduo (Leréia) até porque ele tem imunidade parlamentar. Foi uma coisa bem-feita. Na verdade, ele é menino de recado. Alguém mandou ele falar, ele foi lá e fez o serviço dele.
Esta política de terra arrasada promovida por governos anteriores se resume à Celg ou se estende a outras empresas do Estado, como a Saneago?
Braga – Todas as empresas do Estado tinham problemas. Saneago, Iquego (Indústria Química do Estado de Goiás), Metrobus. O Estado pagou R$ 252 milhões de multa por não-recolhimento de imposto de 2001 a 2005. R$ 252 milhões.
A dívida da Celg veio do governo Marconi?
Braga – Eu não estou afirmando. Eu sempre digo que veio de governos anteriores, até porque se você for na companhia, pedir o mapa de endividamento, você vai ver que, de 2004 a 2006, há um crescimento maior da dívida da companhia. Os números mostram.
O senhor acredita ser possível corrigir todo o prejuízo que o PSDB causou até o final deste mandato?
Braga – Quem fala de PSDB é você. Eu falo de gestões anteriores... Evidentemente que nós avaliamos que, para o Estado de Goiás chegar onde a gente quer, serão precisos pelo menos mais dois mandatos.
Como é sua relação com o senador Marconi Perillo?
Braga – Ela é como sempre foi. Ele pra lá, e eu pra cá.
“As pessoas precisam trabalhar em vez de ficar 24 horas achincalhando”
Secretário Jorcelino Braga rebate acusação de que governo “traiu” o PSDB, antigo aliado.
Braga – Traidor e ingrato é quem deixa as coisas de forma onde as pessoas têm que dar sangue dia e noite para arrumar. E não adianta ir pra jornal dizer: “eu estou sendo traído”, “é ingrato comigo”. Deixando a gente ralar 24 horas por dia pra resolver problemas nossos. As pessoas tinham de ter a decência de dizer como fez as coisas ou porque não fez. Nós, quando deixarmos o governo, teremos a decência de dizer: “Acertamos nisso, erramos naquilo.” Ninguém no mundo é obrigado a acertar ou errar, mas falar a verdade, sim. Todos nós, como cidadãos, temos que cobrar essa posição. Fica fácil dar uma de bonzinho toda hora dizendo que as coisas estão... dizer que são isso, aquilo, que estão sendo feridos, não sei o que, e mandar, por trás, os pistoleiros bater na calada da noite. Isso precisa acabar. Precisa parar com isso. As pessoas precisam aprender a trabalhar em vez de ficar 24 horas por dia achincalhando os outros, xingando os outros. Esse governo não tem esta prática.
“Fizemos 20% ou 30% do que precisava”
Braga – Se você perguntar assim: vocês fizeram tudo o que precisava ser feito? Eu acho que a gente fez 20 ou 30% do que precisava ser feito até pelas dificuldades do Estado. Agora, estamos trabalhando e fazendo um planejamento correto pro futuro. Os rumos da administração independem de quem sentar na cadeira. O sujeito que sentar na cadeira tem que fazer as coisas dentro de um planejamento que seja interessante para o Estado. Não é porque sentou o cara do PMDB, o cara do PT, que tem que mudar as coisas. Se está bom, que continue assim. O problema é que as pessoas não pensam tecnicamente, pensam politicamente. O Estado precisa funcionar independente de política.
Oposição
O senhor acredita que essa política de “terra arrasada”, conforme o senhor próprio disse anteriormente na entrevista, se deu porque acreditava-se na vitória da oposição nessa última eleição. Esperava-se que o PMDB vencesse Alcides?
Braga – Acredito que, na verdade, foi feito um trabalho de administração, e o planejamento não deu certo. Só pode ser isso. Eu só quero... arrumar o que aconteceu. Alguém deve ter planejado de uma forma e não deve ter acontecido.
O senhor teme que esta crise política possa inviabilizar o governo de Alcides Rodrigues?
O governo precisa da Assembleia Legislativa, precisa se viabilizar politicamente, para avançar em questões técnicas.
Braga – Os deputados que eu conheço na Assembleia estão comprometidos com o governo, com o Estado, com as coisas corretas. É logico que ninguém vai deixar de aprovar uma coisa correta. Como é que deixa isso? Aí, não é serviço de deputado, aí é serviço de... Mas deixar uma questão política prejudicar a população, quem é que faz isso? Eu acho um absurdo, mas tudo bem.
Bancada de Marconi pronta para agir

Deputados decidem revidar qualquer ataque ao patrimônio do senador. Parlamentares se reúnem hoje com Alcides
Deputados do PSDB se reuniram ontem à tarde na Assembleia com parlamentares do PR, PTB e DEM que possuem estreita ligação com o senador Marconi Perillo (PSDB) para discutir a melhor estratégia para preservar a sua imagem em meio ao fogo cruzado que vive a base aliada nos últimos dias. Parlamentares presentes relatam sentimento unânime de indignação frente ao desgaste a que o governo expõe o senador, acusando-o até de promover política de “terra arrasada” antes de entregar o governo ao seu sucessor.
A bancada marconista decidiu que fará de tudo para preservar a imagem do senador, mas, antes, quer observar o posicionamento do governador Alcides Rodrigues (PP) frente à crise para saber se o rompimento é fato consumado.
O DM apurou que os deputados ou os líderes governistas serão recebidos hoje por Alcides no Palácio após assinatura de ordem de serviço para obras na Universidade Estadual de Goiás (UEG), marcada para as 10 horas.
O encontro de ontem teria reunido 12 deputados, segundo Daniel Goulart (PSDB). Não participaram Laudeni Lemes (PSDB), que é suplente e que depende de Alcides para continuar com o mandato, Evandro Magal, que, apesar de tucano, é líder do governo, e Helder Valin (PSDB), por ser presidente da Casa. Padre Ferreira e Iso Moreira, ambos do PSDB, Wellington Valim (PTdoB) e Cristóvão Tormim (PTB) também não foram, uma vez que estavam viajando. Mas, por telefone, concordaram com os colegas.
Por volta das 16 horas, Jardel subiu à tribuna e fez discurso de reverência ao senador. O deputado exaltou feitos da administração de Marconi e afirmou que o tucano administrou Goiás sem jamais “lamentar problemas”, sem “reclamar do passado”.
Dois marconistas fizeram aparte ao discurso de Jardel: Nilo Resende (DEM) e Daniel. “Estamos preocupados em preservar a imagem de Marconi, que é o nosso patrimônio político, a principal liderança do Estado. E ficamos imbuídos de mostrar a todos o que Marconi representa. Não queremos briga, mas não vamos permitir que alguém dilapide a imagem do senador”, disse Jardel, após descer da tribuna.
Na opinião do ex-presidente da Casa, o estremecimento nas relações entre PP e PSDB não significa o fim da base aliada. “Divergências acontecem, mas não devemos debater com companheiros, debates são com a oposição. Nosso projeto do Tempo Novo tem de ser maior que qualquer divergência pessoal.”
Nilo pediu a palavra ao ser informado de que a bancada do PMDB seria toda recepcionada pelo governador no Palácio. “Acho estranho, porque não foi esse pessoal que pediu votos para Alcides nas eleições. Foi o PSDB. Até ofensas pessoais o PMDB fazia contra o governador”, disse.
Daniel já defende abertamente que o PSDB assuma “trincheira da oposição”, mas admite que os companheiros pediram a ele cautela. “Não permitiremos que ninguém cometa atentado ao patrimônio construído por Marconi.
Deputados do partido dizem que o PSDB não garantirá mais quórum para votações do governo. O presidente da Casa, Helder Valin (PSDB), esteve no plenário, na abertura da sessão ordinária, mas não comentou o assunto.
Em defesa do governo, Magal criticou a antecipação do debate eleitoral, que, segundo ele, ameaça a “governabilidade” de Alcides. “Cada um responde pelo que fala e assume seus erros. São ataques desnecessários, inconsequentes e exagerados. O governo sempre tratou todos bem.”
“Bombeiros” escalados para falar com Braga
Os deputados Helio de Sousa (DEM), Cláudio Meirelles (PR) e Honor Cruvinel (PSDB) foram “escalados” durante reunião pelos demais parlamentares para conversarem com o secretário da Fazenda, Jorcelino Braga, antes dele dar entrevista coletiva à imprensa sobre as declarações do deputado federal Carlos Alberto Leréia. O objetivo era tentar amenizar a tensão entre governo e deputados da base.
O democrata afirmou que a base está preocupada com as “intrigas” que surgiram esta semana e com os desdobramentos que poderiam acontecer após as declarações do secretário. Segundo Helio, Braga não garantiu nenhum posicionamento e afirmou que os deputados teriam que aguardar suas declarações após entrevista coletiva. Nos bastidores, fala-se que o secretário ainda estaria ofendido com as afirmações de Leréia e que estaria “ciente” de seu pronunciamento.
Apesar do estremecimento, governo aprova matérias
A tensão existente entre a base aliada não impediu que matérias do governo fossem aprovadas em primeira votação, ontem, na Assembleia Legislativa, durante sessão extraordinária. O projeto que trata da mudança na regulamentação do Conselho Deliberativo do Índice de Participação dos Municípios (Coíndice) foi uma das matérias aprovadas. Atualmente, o Coíndice é composto pelo secretário da Fazenda, Jorcelino Braga, pelo superintendente executivo e superintendente de Gestão da Ação Fiscal da Sefaz.
Com o projeto aprovado, sai o superintendente e entra o chefe da assessoria geral; sai o superintentende de Gestão da Ação Fiscal e entra o superintendente de Administração Tributária. Outros projetos do governo aprovados ontem dizem respeito ao crédito especial de R$ 23 milhões, destinados à Agência Goiana de Transportes e Obras (Agetop), e de R$ 140 milhões, ao Departamento Estadual de Trânsito (Detran).
Também foram aprovados, em segunda votação, os projetos que tratam do Estatuto e Plano de Cargos e Vencimentos do Magistério, em que uma parcela dos quadros de professores será colocada à disposição da Secretaria de Ciência e Tecnologia (Sectec). Outro projeto institui, na Sectec, os Centros de Educação Profissional.
PMDB agora é governo na Assembleia

Partido garante a Alcides que “não tem com que se preocupar” e promete votar matérias de interesse do Estado
Deputados peemedebistas se reuniram ontem à noite com o governador Alcides Rodrigues (PP). O conteúdo da conversa, segundo o deputado José Nelto, foi o respaldo que o PMDB dará ao governador a partir de agora na Assembleia Legislativa. Os únicos peemedebistas que não participaram da audiência foram Thiago Peixoto e Wagner Guimarães. A deputada Vanuza Valadares (PSC), de oposição, também compareceu à reunião.
Nelto começou a articular os colegas em prol de Alcides já na noite de segunda-feira (25) – período do dia em que ele ficou sabendo das declaração do deputado federal Carlos Alberto Leréia (PSDB), que fez acusações contra o governo Alcides e o secretário estadual da Fazenda, Jorcelino Braga. Nelto, que estava viajando, verificou o aparelho de telefone celular e constatou várias ligações do Palácio Pedro Ludovico.
Já na manhã de ontem, ele propôs reunião da bancada do PMDB com o governador. Comenta-se que até o presidente regional do partido, Adib Elias, estaria envolvido com o encontro. O interlocutor do governo foi o presidente regional do PP e secretário de Infraestrutura, Sérgio Caiado.
Nelto disse que a reunião durou cerca de uma hora e aconteceu no 10º andar do Palácio. Na ocasião, o governador demonstrou que está preocupado com o clima político que se deflagrou no Estado. Ressaltou também que possui relação de cordialidade com o PMDB.
O partido, como contrapartida, garantiu que continuará com a mesma postura e assegurou a Alcides que o governo não deve se preocupar. “Foi o governador quem teve interesse de se reunir com o PMDB e não o partido. Alcides frisou a boa relação que mantém com o PMDB e nós garantimos o respaldo em matérias que são de interesse do Estado.”
Após a reunião, Nelto disse que teve conversa rápida com o líder do governo, deputado Evandro Magal (PSDB), e já na Assembleia se reuniu mais uma vez com a bancada do PMDB. “Na reunião avaliamos que não queremos o caos na administração.”
O encontro causou mal-estar entre os parlamentares da base. O deputado Misael de Oliveira (PDT) disse no plenário que ainda não acreditava que o governo teria solicitado reunião com o PMDB. “O Palácio teria que chamar primeiro os deputados da base, chamar o pessoal dele, que sempre esteve ao lado de Alcides, e não o PMDB.”
Um deputado peemedebista afirmou que a reunião do governador com parlamentares da base não ocorreria, porque já não existe “mais clima”. “O PMDB tem garantido quórum na Casa, tem votado a favor do governo em matérias de interesse do povo. Já não existe mais clima entre a base aliada. O governador solicitou nossa presença, não tem como negar”, apontou.
Romilton Moraes (PMDB) disse acreditar que o PSDB deve adotar posicionamento duro com o governo na Casa e ressaltou que o PMDB não será “cabo de chicote de ninguém”. “Queremos que o Estado funcione adequadamente. PSDB fará agora oposição fratricida. Nós votaremos a favor de matérias que sejam benéficas para a população.”
A reunião que era mantida em segredo foi alvo de críticas de Nilo Resende (DEM), que fez questão de anunciar a audiência quando fazia o uso da palavra no plenário. Principal voz opositora do partido, o deputado Thiago Peixoto considerou como “estranha” a reunião. Hoje, parlamentares da base devem se reunir com o governador pela manhã.
Prefeito
Indagado sobre a crise na base aliada e o novo posicionamento do PMDB na Assembleia, o prefeito Iris Rezende (PMDB), durante visita à Pecuária, disse que não se pronunciaria a respeito.
OS AUSENTES
“Nossa linha será a mesma. Uma oposição consciente”Após o PSDB ter se reunido no início da tarde de ontem com parlamentares da base, foi a vez de a bancada do PMDB se encontrar no gabinete do deputado José Nelto. A reunião durou mais de duas horas e a líder do partido na Casa, deputada Mara Naves, afirmou que dois assuntos imperaram na discussão.
A primeira foi o encontro regional do PMDB, que ocorrerá na próxima sexta-feira, em Goianésia. O senador Pedro Simon (PMDB-RS) estará presente no encontro. A líder do partido na Assembleia também destacou que a reunião definiu que o PMDB continuará com a mesma postura de “oposição consciente” com o governo.
“Nossa linha continuará a mesma. O PMDB será oposição consciente ao governo, não vamos fazer oposição por oposição. Não temos nada a ver com a briga entre PSDB e PP. Essa é uma briga deles”, enfatizou.
Mara também não descartou que o PMDB passe a garantir de agora em diante a governabilidade na Assembleia junto ao Executivo. “Vamos aguardar os desdobramentos, vamos observar como o PSDB deverá agir, se deve adotar mais independência. O PMDB poderá dar apoio ao governo, dependendo das matérias apresentadas. O que for melhor para a população, nós daremos respaldo”, frisou.
FIO DIRETO
Ivan Mendonça
Na decisão de Alcides, o equilíbrio para base aliada e governabilidade
27/05/2009
Integrada por 26 dos 41 deputados, a base governista na Assembleia Legislativa se encontra hoje rachada exatamente ao meio e diante de um gravíssimo dilema, provocado pela troca de acusações entre o secretário Jorcelino Braga, da Fazenda, e o deputado Carlos Alberto Leréia, do PSDB: assumir a divisão ou manter aparências de um casamento de conveniências, apostando na reconciliação do governador Alcides Rodrigues com o senador Marconi Perillo. Nos bastidores, a avaliação preliminar é que neste jogo não tem vencedores, apenas vencidos.
Principalmente o governo, que pode ser paralisado pelo debate público de seus possíveis erros administrativos. E o que é pior: com reabertura de antigas cicatrizes. No PSDB, também é consenso que as lereias do deputado Carlos Alberto foram mal avaliadas, verdadeiro tiro no pé, sobretudo para o futuro do chamado Tempo Novo, podendo ser transformadas em testamento político em favor do PMDB, beneficiado pela divisão. Ontem à tarde, enquanto xiitas e “chaatos” se penitenciavam em busca de uma saída honrosa para a crise, o secretário da Fazenda voltou à cena política ao responder às declarações do parlamentar tucano. Qual será o próximo passo? Diante do silêncio de Marconi Perillo, a palavra está agora com Alcides Rodrigues, tido e reconhecido como ponto de equilíbrio para a base aliada e para a própria governabilidade.
NOTAS
Marconi na trincheira
Marconi Perillo passou o dia em Brasília, mas antenado com as notícias de Goiânia. Na sexta-feira, ele recebe homenagem em Corumbaíba e confirma presença nas cavalhadas de Jaraguá e Santa Cruz de Goiás, no sábado.
Os 13 escudeiros
No Hotel Crystal, 13 deputados da base governista assumiram pacto de união em caso de Alcides tomar iniciativa de rompimento com Marconi Perillo.

Nos jornais - 27 de maio de 2009

O Popular

Política


BASE DIVIDIDA

Braga evita ampliar críticas ao PSDB

Secretário rebate deputado e insiste sobre herança de dificuldades financeiras

Fabiana Pulcineli

A ordem do governo ontem foi esclarecer cada uma das acusações do deputado federal Carlos Alberto Lereia (PSDB), mas sem polemizar com mais denúncias nem muita agressividade. Em entrevista coletiva para responder o tucano, o secretário da Fazenda, Jorcelino Braga, insistiu nos ataques relacionados às dificuldades financeiras herdadas pela atual gestão – disse que a situação era de “terra arrasada” – e atribuiu as declarações do deputado a “um grupo do PSDB que trabalha 24 horas por dia para desestabilizar o governo”.
Antes de conceder a entrevista, em seu gabinete, Braga se reuniu por cerca de meia hora com o governador Alcides Rodrigues (PP). O pepista deu aval para que o secretário respondesse e disse que aguardaria os acontecimentos para se manifestar “no momento oportuno”. Depois do encontro com Alcides, Braga recebeu deputados estaduais e auxiliares do governo que pregaram “uma resposta equilibrada e com bom-senso” para evitar a oficialização do rompimento entre PP e PSDB.
A tese defendida pelo secretário da Fazenda é de que o grupo do PSDB – ele se recusou a citar nomes – tentou comandar o Estado após a posse de Alcides e, diante do insucesso, trabalha para desestabilizar o governo (veja quadro). Lereia é um dos mais fiéis aliados do senador Marconi Perillo (PSDB).
Em entrevista à CBN Goiânia na segunda-feira, o deputado chamou o secretário de “agiota”, acusando-o de ter laranjas em suas empresas e de atuar a serviço do PMDB. Disse ainda que Alcides não tem caráter e traiu Marconi.
Braga respondeu que aprendeu no mercado financeiro a “não jogar dinheiro pelo ralo” e que tem amigos em todos os partidos. Sobre traição, elevou o tom, afirmando que trair é deixar um governo que exige “sangue dia e noite para arrumar”. Disse ainda que “dói” ouvir declarações sobre o caráter de Alcides e criticou acusações feitas por quem tem imunidade parlamentar. “É fácil falar assim.”
Inicialmente, durante a coletiva, Braga afirmou que ninguém tem a ver com os contratos de suas empresas – das quais ele ressaltou estar afastado. Mais tarde, ao POPULAR, disse ter conversado com o filho Danilo, um dos sócios da produtora Kanal Vídeo, e que o proibiu de fechar novos contratos com qualquer órgão público. “Eu pessoalmente sou contra. Não acho legal”, disse. A empresa tem também como sócio Alberto Araújo.
Segundo ele, a produtora fechou apenas um contrato com prefeitura, a de Aparecida de Goiânia, no valor de R$ 54 mil. “Como gestor público, não posso gerir as empresas. Não estou acompanhando o trabalho. Vou lá aos sábados para tocar violão, mas só isso.” O secretário sugeriu ainda que o Ministério Público investigue favorecimento a qualquer prefeitura na Sefaz.
Sobre as dificuldades financeiras, Braga disse que a atual gestão encontrou problemas em todas as estatais, além do déficit de R$ 100 milhões mensais do Estado. Segundo ele, seriam necessários ao menos mais dois mandatos para resolver todos os problemas financeiros do governo.
Ao comentar a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), enviada à Assembleia, Braga disse que o Estado não brinca na hora de elaborar o Orçamento e não faz “planejamento pirotécnico”. “O Orçamento de Goiás no passado era considerado o pior pelo governo federal. Hoje é respeitado, é técnico”, afirmou.
No gabinete de Braga, os secretários pepistas Sérgio Caiado (Infraestrutura) e Roberto Balestra (Extraordinária) acompanharam a entrevista, além do presidente da Agência de Comunicação, Marcus Vinicius de Faria Felipe.

Alcides pede respaldo a bancada do PMDB

O governador Alcides Rodrigues (PP) pediu ontem à bancada do PMDB respaldo na Assembleia às ações do governo para se blindar das pressões dos deputados ligados ao senador Marconi Perillo (PSDB). Reunidos por uma hora no 10º andar do Palácio Pedro Ludovico Teixeira, oitos deputados do PMDB ouviram de Alcides reclamações sobre o clima insustentável dentro da base e o desejo de se aproximarem mais politicamente, visando, sobretudo, assegurar a governabilidade.
“Vamos manter a nossa postura de oposição propositiva, mas estamos dispostos a ajudar nas votações de interesse do governo. Só queremos que o Estado funcione bem”, afirmou após o encontro a líder da bancada, Mara Naves. “Com certeza, após esses últimos episódios, estamos mais próximos politicamente do governador”, enfatizou o deputado José Nelto.
Nem todo o PMDB avalizou a aproximação imediata com o governador. O presidente da legenda, Adib Elias, mostrou contrariedade com a reunião. Achava que ainda era muito cedo para o partido escancarar uma maior proximidade com o Palácio das Esmeraldas.
O prefeito Iris Rezende, no entanto, apoiou a iniciativa. Ele e Alcides têm mantido, em reservado, diálogo frequente nas últimas semanas. A avaliação da bancada peemedebista após a conversa com Alcides é de que o rompimento oficial da base é iminente e a perspectiva é de acirramento dos ataques.
Além dos peemedebistas, Alcides procurou ontem deputados da base menos ligados a Marconi. Age abertamente para garantir um grupo político fiel na Assembleia. Os governistas acreditam que terão também o apoio da bancada do PT.
Membros da base aliada mais próximos ao Palácio das Esmeraldas contam que a estratégia dos marconistas será de travar os trabalhos na Assembleia. “Vão paralisar as votações de interesse do governo, fazer corpo mole, mas sem ir para o confronto direto”, conta um parlamentar próximo a Alcides.
Questionado pela imprensa ontem sobre a crise na base aliada, o prefeito Iris Rezende (PMDB), em visita à 64ª Exposição Agropecuária, frisou sua condição de “apenas um observador” do processo, mas reclamou de críticas que tem sofrido de aliados do governador.
“Mantenho uma relação cordial com eles (governo), mas aí aparece alguns falando que sou eu o inimigo. Não sei o que se passa na cabeça deles”, reclamou. Consultado por José Nelto sobre a reunião que teriam com Alcides, Iris disse que não opinaria e que cabia ao governador se posicionar. O pepista disse aos deputados que não autorizava ninguém a criticar o prefeito. (B.R.L.)
Embate domina discursos de aliados na Assembleia

O embate na base aliada dominou ontem as discussões no plenário da Assembleia Legislativa. A opção pelo discurso mais brando ou explícito que deveria ser adotado pelos aliados do senador Marconi Perillo (PSDB) dependia das declarações do secretário da Fazenda, Jorcelino Braga, segundo aliados do tucano.
Sem fazer nenhum tipo de ataque ao governador Alcides Rodrigues (PP), Jardel Sebba (PSDB) relembrou a história do senador tucano e teceu elogios à sua administração no governo. “Venho para reverenciar o maior patrimônio que o PSDB tem no Estado, que é Marconi Perillo. Existe anseio para o retorno dele ao governo”, disse. Daniel Goulart (PSDB) também elogiou Marconi. Depois, disse que o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, traiu o PSDB ao deixar o partido para integrar o governo Lula.
No embate dentro da base aliada, o PMDB ganhou destaque nos pronunciamentos de ontem. O deputado Nilo Rezende (DEM) insinuou que o PMDB mudaria de posicionamento da Assembleia, deixando de ser oposição para se tornar mais um aliado do governo. A líder do PMDB na Casa, deputada Mara Naves, negou que haja este direcionamento. (Erika Lettry)

Presidente do PP aponta “desespero” no PSDB

Presidente do PP estadual, o secretário de Infraestrutura Sérgio Caiado atribuiu os ataques do PSDB às articulações do PP para lançar candidatura ao governo em 2010. “Me parece ser desespero. Há muita preocupação com o fato de que vamos ter um nome na disputa”, afirmou o pepista.
Sérgio diz que o PP está convencido de que a manifestação do deputado federal Carlos Alberto Lereia (PSDB) não foi isolada. “Temos a mesma opinião do secretário Jorcelino Braga, de que isso foi orquestrado por um grupo do PSDB”, disse, após acompanhar a entrevista de Jorcelino Braga na Sefaz.
Embora tenha criticado a postura de tucanos, Sérgio disse que ficará comedido neste momento. “Não quero agir como o deputado Lereia. É um ano de trabalho e o acirramento não traz benefícios a ninguém. Estou me resguardando porque na hora que eu soltar os cachorros vai ser pior”, afirmou. “Temos sido atacados e provocados o tempo todo, mas vamos nos concentrar em nosso trabalho.”
Sérgio disse que o PP é solidário ao secretário e ao governador e que as declarações de Lereia demonstram que ele não conhece bem Alcides. “Quem o conhece, não fala isso.” (Fabiana Pulcineli)

Giro
Jarbas Rodrigues Jr.
Bancada marconista enaltece senador para mostrar força
A bancada marconista na Assembleia mandou recado para o governo de Alcides Rodrigues (PP): adotará linha de oposição caso continue a desconstrução da imagem do senador Marconi Perillo (PSDB). Na Assembleia, os deputados Jardel Sebba (PSDB), Daniel Goulart (PSDB), Nilo Rezende (DEM) e Misael de Oliveira (PDT) se revezaram em longos discursos de elogios ao senador. De Jardel: “Marconi foi eleito governador aos 35 anos, sem experiência, mas fez duas gestões ousadas, corajosas e com determinação”. De Nilo para Mara Naves, líder do PMDB: “A senhora poderia me dizer quem mudou? O governo Alcides ou o PMDB? Fomos nós que erramos ao apoiar o governo ou vocês que estavam equivocados na oposição?”. De Daniel Goulart: “Henrique Meirelles traiu o PSDB ao participar do governo Lula”. Antes dos discursos, os deputados se reuniram na Assembleia. Detalhe: apenas Luis Cesar Bueno (PT) defendeu o governo. E tudo isso aconteceu momentos antes de iniciar a coletiva de Jorcelino Braga (Sefaz), que prometia ser bombástica. Não foi bem assim.

Entrevista/Jardel Sebba, deputado do PSDB

A bancada marconista vai partir para o ataque contra o governo Alcides?
Nós temos acordo de não permitir que desconstruam a imagem do senador Marconi Perillo. Não só os deputados do PSDB, mas boa parte da base aliada na Assembleia fez compromisso de defender nosso maior patrimônio político no Estado. Cada dia terá um deputado na tribuna da Assembleia para defender a imagem de Marconi.
ARREMATE

Gilvane Felipe: “Alcides não tem expressão”

Presidente do PPS goiano, Gilvane Felipe é mais um marconista a atacar diretamente o governador: “Alcides não tem expressão política e deve sua reeleição ao senador Marconi. O déficit fiscal, se um dia existiu, acabou há um ano e até agora este governo não fez nada além de agir como traidor nos bastidores”. Gilvane esteve segunda-feira à noite em evento do setor turístico com Marconi.


terça-feira, 26 de maio de 2009

Muth - Valseana

http://www.youtube.com/watch?v=TDQTglZhzNY

Muth - Catira

http://www.youtube.com/watch?v=S4bCyFOxof8

Muth - Eu sei que vou te amar

http://www.youtube.com/watch?v=Z7STTA5En7g

Muth - Mulher rendeira

http://www.youtube.com/watch?v=JobKec1zWe4

Muth - Moleque

http://www.youtube.com/watch?v=8l2M-xFw5vM

Muth - Luiza

http://www.youtube.com/watch?v=i7nn9U3YB6E

Muth - Matinha

http://www.youtube.com/watch?v=i7RKIOr_vjY

Entrevista: Carlos Alberto Leréia

“A empresa dele (Braga) tem contrato com o PMDB”

Cileide Alves - O Popular

O deputado federal Carlos Alberto Lereia (PSDB) incendiou ontem as relações entre seu partido e o governo do Estado. Em entrevista ao programa Papo Político, da CBN Goiânia, ele acusou o secretário Jorcelino Braga (Fazenda) de ter empresas em nome de laranjas e de prestar serviço a prefeituras do PMDB. O tucano disse ainda que a explicação para o governador Alcides Rodrigues (PP) ter mudado de opinião sobre o governo de Marconi Perillo (PSDB, 1998-2006) é “falta de caráter”.

Quais são as repostas do PSDB a essas críticas do secretário da Fazenda (Jorcelino Braga)?
Quando li (a reportagem publicada domingo no POPULAR), achei estranho ele (Jorcelino Braga), de maneira arrogante, dizer que “assumiu o Estado”. Primeiro, esse cidadão não tem voto. É um cidadão que se fez em Goiânia na agiotagem. Conheço seu passado e é sempre ligado ao mercado financeiro, agiotando, cobrando juros. Então, botaram a raposa para tomar conta do galinheiro. Quando Marconi estava no governo foi muito importante para a eleição do dr. Alcides (Rodrigues). De repente, se aproximaram do Lula, a serviço do PMDB hoje. O sr. Braga trabalha para o PMDB. A empresa dele, aquela de produção de vídeo, tem contrato com as prefeituras do PMDB, inclusive com a prefeitura de Aparecida de Goiânia, do sr. Maguito (Vilela, prefeito). Ele (Braga) está a serviço do PMDB. Eles conheciam muito bem a estrutura do governo, o dr. Alcides foi secretário do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, foi prefeito-interventor em Anápolis. Tudo a convite de Marconi Perillo. Ele assumiu antes de ser eleito e nunca disse um defeito do governo. De repente vem colocar defeito? Isso é traição, é sacanagem, não podemos ficar em silêncio. O Marconi é muito educado, que fique em silêncio. Eu não fico. Não aceito esse tipo de comportamento, isso é desleal, de pessoas que não têm nenhum compromisso, responsabilidade com as relações históricas que existem. O sr. Braga, vou interpelá-lo judicialmente, porque ele, como secretário da Fazenda – e a sua empresa que produz vídeo deve estar em nome de laranjas, porque ele é useiro e vezeiro disso – está fazendo contratos com prefeituras. É muito estranho que uma empresa de um secretário da Fazenda preste serviço para as prefeituras onde a Secretaria da Fazenda tem de distribuir o ICMS, pagar os convênios. Ele tem de se explicar perante o Ministério Público.

Como o PSDB avalia essa mudança de posição que o sr. disse que o governador Alcides teve, ou seja, de alguém que estava no governo, conhecia tudo e não reclamava, para um governo que hoje critica...(Interrompendo a pergunta)
É falta de caráter! Essa é a explicação, é falta de caráter. Um homem que tem caráter não age dessa maneira. Você é boazinha para mim enquanto você me é útil, mas aí o dia que você deixa de ser útil pra mim você passa a ter mil e um defeitos?! Ou então, para eu me aproximar de alguém que não gosta de você, eu vou denegrir sua imagem? Isso se chama falta de caráter, não existe outra palavra.

O governador Alcides é que não tem caráter, na opinião do sr.?
Não tenha dúvida, o sujeito se elegeu com um apoio e hoje nega tudo isso? Está faltando caráter, se comporta como um verdadeiro traidor.

O secretário da Fazenda aponta um problema concreto que todo mundo já conhece, que é a não-contabilização da dívida de R$ 1 bilhão do Estado com a Celg. O governo do PSDB então errou ao não contabilizar essa dívida?
Quem enviou esse projeto para a Assembleia foi o ex-governador, na época governador, Marconi Perillo. Quando eles (PP) assumiram o governo (o projeto) já estava tramitando na Assembleia. Então, o Marconi teve a iniciativa de mandar à Assembleia o reconhecimento da dívida do Estado junto à Celg. Ele só foi votado depois que o dr. Alcides estava no governo, mas a iniciativa foi do governador Marconi Perillo.

Na primeira ação, o governo precisava enviar um projeto a Assembleia autorizando o Estado a assumir a dívida. A segunda parte era o governo contabilizar essa dívida, o que não foi feito. Por quê?
O dr. Alcides, a primeira coisa que ele fez, assim que assumiu o governo, foi botar o diretor financeiro da Celg, que está lá até hoje, o Nerivaldo Costa (PP). Então ele sabia muito bem sobre a Celg. E isso já tem três anos e agora que vem com essa história? Na época da eleição, no caso do próprio Carlos Silva (presidente da Celg e suplente de deputado estadual), a Celg foi muito importante para ele. Acho que é uma boa investigação para o Ministério Público fazer. Parece que eles abusaram muito da empresa na eleição de alguns deputados.

Outra questão apontada pelo governo são 11 acordos firmados pelo Estado com a Eletrobras, durante a gestão de Marconi Perillo, que não foram cumpridos. E isso teria dificultado agora a questão da adimplência da Celg. O que o sr. sabe sobre isso?
Inclusive naquele relatório publicado pelo POPULAR tem pagamentos de juros a bancos. A maioria esmagadora foi feito na gestão do dr. Alcides. É muito estranho ouvir eles fazendo lobby para pegar dinheiro emprestado de banco. Cabe uma investigação. Inclusive tem aí um pagamento à prefeitura de Santa Helena que é algo estranho. Por que os outros municípios goianos não receberam? A prefeitura de Santa Helena recebeu dezenas de milhões de reais. E é administrada pela primeira-dama, a senhora Raquel (Rodrigues, PP). É algo também a ser muito bem explicado. Represento vários municípios, sou de uma cidade do porte de Santa Helena, Minaçu, que não recebeu. Caldas Novas não recebeu, Posse não recebeu, mas Santa Helena recebeu. Estranho esse pagamento de milhões para a prefeitura de Santa Helena.

“A empresa dele, aquela de produção de vídeo, tem contrato com prefeituras do PMDB, inclusive com a prefeitura de Aparecida de Goiânia.”
Leréia, em referência ao secretário Jorcelino Braga (Fazenda)