terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Marconi: liderança!


                                           Marconi: Líder em todos os cenários

Diário da Manhã

Marconi à frente na disputa ao governo. Iris continua em 2º 
Pesquisa Diagnóstico/Tribuna do Planalto aponta cinco pontos de vantagem do senador tucano sobre prefeito

Pesquisa realizada pelo Instituto Diagnóstico entre os dias 10 e 13 deste mês e publicada ontem pela Tribuna do Planalto mostra que o senador Marconi Perillo (PSDB) lidera a disputa ao governo do Estado em todos os cenários pesquisados. No primeiro cenário, que simula confronto com o prefeito de Goiânia, Iris Rezende (PMDB), o senador aparece com 48,56% das intenções de voto. O peemedebista tem 39,95%. Declaram voto nulo 7,35 % dos entrevistados e 4,14% estão indecisos. No segundo cenário, em que o senador enfrenta Henrique Meirelles (PMDB), o tucano alcança 64,4%. Meirelles, 16,5%. Votaram nulo 14,3% e 4,8% não souberam responder. O terceiro cenário, em que Marconi disputa contra o deputado federal Sandro Mabel (PR), o senador soma 62,84% das intenções de voto, e Mabel 16,39%. Votos nulos chegam a 15,54% e os indecisos a 5,24%.

O quarto cenário indica Iris e Caiado para o confronto contra o tucano. Marconi fica em primeiro, com 44,59%. O prefeito chega a segunda posição, com 39,44%. Caiado, em terceiro lugar, foi lembrado por 5,07% dos entrevistados. Washington Fraga (PSol) obteve 0,68% das intenções de voto. Os que votariam nulo somam 6,59%. Os eleitores que não conseguiram se decidir contam 3,63%.

O quinto cenário tem Iris e o vice-governador Ademir Menezes (PR). Marconi ficou em primeiro com 47,30%. Em segundo lugar, está o prefeito com 39,02%. Ademir Menezes vem em terceiro lugar, com 2,03%. O quarto lugar é de Washington Fraga, com 0,76%. Os votos nulos correspondem a 7,48%. Os indecisos a 3,72%.

CRESCIMENTO

A avaliação dos peemedebistas até o momento é de que Marconi deveria apresentar índices mais expressivos por ser o único nome colocado para a disputa. O alto índice de intenção de votos do tucano, segundo os peemedebistas, se devem a dois fatores: à sua popularidade e à questão de o PMDB ainda não ter candidato definido. A Nova Frente, liderada pelo governador Alcides Rodrigues (PP) e formada pelos partidos PR, PSB, DEM, PTdoB e PTN, deve aguardar o início do ano para anunciar candidatura. Já a aliança entre PSDB e PP pode não ser impossível, mas é o cenário mais improvável.

Na espontânea, o eleitor teve que responder em quem votaria sem o auxílio de uma lista de nomes pré-estabelecidos. Marconi aparece novamente em primeiro lugar, com 17, 99% das intenções de voto. Iris vem em segundo lugar, com 14,95%. O terceiro maior índice da pesquisa é referente aos eleitores que votariam nulo, representados por 3,46%. Henrique Meirelles (PMDB) vem em quarto lugar, com 2,28% das intenções. O governador Alcides Rodrigues (PP) está em quinto lugar, com 2,11%. Em seguida, está o prefeito Maguito Vilela (PMDB), com 1,35%. Em sétima posição está o deputado Sandro Mabel (PR), com 1,10% das intenções. Barbosa Neto (PSB) segue em oitavo, com 0,34%. Na nona posição está o senador Demóstenes Torres (DEM), com 0,34%. O presidente Lula (PT), Aécio Neves (PSDB), e o presidente do PMDB, Adib Elias, estão na mesma posição, com 0,34%. Em décima posição está o deputado Ronaldo Caiado (DEM), com 0,25% das intenções. Rubens Otoni (PT) e Joaquim Roriz (PMDB) também ocupam a mesma posição. Outros candidatos tem 0,89% das intenções. 53,38% dos entrevistados não souberam responder.

No quesito rejeição, o líder é o deputado federal Ronaldo Caiado, mencionado por 16,77% dos eleitores. Iris Rezende (PMDB) ficou em segundo lugar, com 10,72%. O senador Marconi é o terceiro mais rejeitado, com índice que alcança 9,55%.

Em quarto lugar, está o vice-governador Ademir Menezes (PR), com 9,03%. Em seguida, Washington Fraga (PSol), com 8,27%. Adib Elias (PMDB) na sexta posição, é rejeitado por 7,40% dos eleitores. Em sétimo lugar, vem o deputado Sandro Mabel (PR), com 4,95%. Em oitavo lugar está o deputado Barbosa Neto (PSB), com 4,54%. Na sequência, nona, décima e décima-primeira posição para Henrique Meirelles (PMDB), com 3,84%, Rubens Otoni (PT), com 3,73% e Jorcelino Braga (PP), com 1,75%. Os eleitores que rejeitam todos os candidatos somam 2,39%. Os que não rejeitam nenhum deles contam 11,42%. Já os que não souberam responder totalizam 5,65%.

Demóstenes lidera corrida para o Senado

A parte da pesquisa que conta as intenções estimuladas de voto para o senado tem o senador Demóstenes Torres (DEM) em primeiro lugar, com 22,57% das intenções. Lúcia Vânia (PSDB), em segundo lugar, conta com 18,96%. Em terceiro está Henrique Meirelles (PMDB) com 13,22%. Em quarto, Sandro Mabel (PR) com 12,46%. Ronaldo Caiado (DEM), vem em quinto, com 1,15%. Na sequência, Rubens Otoni (PT) com 6,34%, Adib Elias (PMDB) com 2,84% e Carlos Alberto Leréia (PSDB) com 1,42%, respectivamente em sexto, sétimo e oitavo lugar. Os votos nulos somam 5,14%, e os indecisos, 5,9%.

Na pesquisa espontânea de intenção de voto para o Senado, os quatro primeiros nomes cotados são, respectivamente, Demóstenes, com 9,22%; o senador Marconi, com 4,98%, seguido de Meirelles, 4,91% e Mabel, com 4,68%.

A parte da pesquisa responsável por mostrar a rejeição estimulada aos pré-candidatos ao Senado detectou que em primeiro lugar está o deputado Ronaldo Caiado (DEM), com 16,22%. Em segundo, Sandro Mabel (PR) com 9,88%. Carlos Alberto Leréia (PSDB) ficou em terceiro, com 9,57%. A senadora Lúcia Vânia (PSDB) fica na quarta posição, com 9,39% dos votos.

O instituto Diagnóstico ouviu 1.184 pessoas entre os dias 10 e 13 de dezembro 2009. A amostra foi calculada a partir do número de eleitores no Estado de Goiás. A margem de erro foi de 3% e nível de confiança de 95%.

Marconi:sucesso no Twitter!!

Diário da Manhã

Fio Direto

Tony Carlos

Cinco mil

O senador Marconi Perillo bateu ontem de manhã a casa de 5 mil seguidores. Para registrar a marca, ele tuitou: "Cheguei nesta segunda-feira aos 5 mil seguidores. Agradeço a todos. Espero sempre melhorar aprendendo com vocês aqui no Twitter".

Turismo em Copenhague!!

Diário da Manhã

O fracasso de Copenhague

A cúpula da Organização das Nações Unidas para discutir o clima em Copenhague, na Dinamarca, deu o que todo mundo esperava: absolutamente em nada. A COP-15 foi um verdadeiro fracasso, no qual os países ricos não quiseram ceder, os países em desenvolvimento não puderam ceder e o mundo continuará sofrendo com o descaso das autoridades internacionais com este grande problema ambiental.

Mas o maior de todos os retrocessos é, sem dúvida nenhuma, a ação do Brasil neste importante evento. Salvo o discurso improvisado do presidente Lula, que apesar de ser cheio de retóricas, pelo menos, teve coragem para dizer ao mundo que o evento seria um fracasso, as demais ações da delegação brasileira foram um verdadeiro conjunto de gafes fenomenais.

A primeira gafe foi na escolha puramente eleitoreira da ministra Dilma Rousseff para comandar a delegação brasileira. Eleitoreira porque o governo a escolheu apenas para que ela fosse um contraponto a ex-ministra e atual senadora Marina Silva. Ao contrário de Marina, Dilma não entende nada de clima, de sustentabilidade ou de meio ambiente. Seu conhecimento de ecologia se resume a pagar o jardineiro que cuida do seu jardim, se muito. Nesta escolha o governo Lula demonstra como será seu último ano de mandato: tentar enfiar goela abaixo dos brasileiros a sua candidata.

Dilma provou que estava na Dinamarca apenas fazendo campanha eleitoral quando convocou uma coletiva de imprensa na mesma hora que os chefes de Estado estavam reunidos, em uma reunião em que ela deveria participar.

Mas o pior estava por vir. Em um verdadeiro ato falho, Dilma disse em alto e bom som: “O meio ambiente é um obstáculo para o desenvolvimento sustentável.”

Meu Deus! É a esta mulher que o presidente Lula e os seus seguidores querem entregar o destino de nossa nação. E não estou falando de qualquer nação, o Brasil é o país que possui a maior floresta do mundo. Como investir em uma presidente que diz que o meio ambiente é um obstáculo para o desenvolvimento sustentável?

Isto quer dizer que para termos o maior rebanho do mundo ou sermos o maior exportador de grãos do mundo devemos derrubar a Floresta Amazônica, pois ela seria um empecilho para o desenvolvimento? Ou devemos deixar as indústrias agirem em nosso meio ambiente com sua poluição, pois elas geram renda e divisas para o nosso país, sem se preocupar com a nocividade de seus gases poluentes, já que o desenvolvimento não pode ser impedido pelo meio ambiente?

Não existe desenvolvimento sem o meio ambiente. Desenvolvimento sustentável não é apenas um modismo, é a discussão do presente mais importante e será também a do nosso futuro. Desenvolvimento sustentável é à busca do crescimento econômico sem a destruição do meio ambiente. É a convergência do homem que não pode deixar de crescer sem seu habitat. Infeliz do político que não tiver este conhecimento. Mais infeliz ainda é o povo que for administrado por alguém sem este conhecimento.

Ações governamentais não podem ser feitas baseadas em processo eleitoral. Senão, serão sempre recheadas de gafes monumentais, como esta da ministra Dilma. Se tomarmos esta decisão, a Terra e principalmente às gerações futuras agradecerão.

Fábio Sousa é deputado estadual pelo PSDB e presidente da Comissão de Constituição e Justiça da Assembleia Legislativa de Goiás

Os mosquitos do Íris!!

Diário da Manhã

Opinião

Dengue em Goiânia: à beira de uma epidemia
Segundo os dados oficiais do Ministério da Saúde (disponíveis no site http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/apresentacao_final_liraa_241109.pdf)

Goiânia é o município goiano que apresenta os índices mais alarmantes e altamente preocupantes com respeito ao risco para uma epidemia de dengue. Os números são resultado do chamado Liraa (Levantamento Rápido de Infestação Predial pelo Aedes Aegypti), aplicado em capitais e municípios da região metropolitana, municípios de mais de 100 habitantes e municípios com grande fluxo de turistas ou em regiões de fronteira. Aqueles que apresentam índice de infestação de até 1% são considerados em situação satisfatória no controle da dengue; aqueles que se situam entre 1 e 3,9% são classificados como estando em situação de alerta e, finalmente, os que têm mais de 4% encontram-se em risco de surto da doença.

Para obtenção do índice de infestação predial calcula-se a proporção entre o número de imóveis nos quais se encontrou o mosquito e o número total de imóveis inspecionados, multiplicados por 100. Uma coisa que preocupa é que em condições de temperaturas elevadas, que comumente ocorrem nessa época do ano, o ciclo de vida do mosquito – que normalmente dura cerca de 30 dias –, pode ser reduzido para apenas 12, o que significa um aumento enorme da presença do mosquito transmissor da doença.

Dos municípios goianos analisados, que em 2008 encontravam-se em situação de controle satisfatório, todos passaram em 2009 para a situação de alerta (Anápolis, Águas Lindas, Aparecida de Goiânia, Luziânia, Valparaíso e Rio Verde), ou seja, enfrentam uma situação de maior preocupação. O grande problema é Goiânia, que já se encontrava em situação de alerta desde 2008, mais que dobrando seu índice médio de infestação predial (de 1,2 para 2,5%). O que é ainda mais grave é que o intervalo dos índices de infestação encontrados nos diferentes locais investigados em nossa Capital varia de 0,0 a 6,4%. O que isso quer dizer? Que há locais em Goiânia, que, analisados de maneira isolada, já estariam vivendo uma situação semelhante à de surto de dengue por encontrarmos ali índices acima dos 4%. Além disso, nenhum outro município goiano, dentre os já mencionados, chega a ter índices tão altos de infestação. Goiânia detém o índice mais alto, infelizmente.

Uma particularidade que chama atenção é a de que, quando analisados em função do tipo de criadouro predominante, ou seja, do tipo de material onde foram encontrados larvas do Aedes Aegypti, os números de Goiânia e de praticamente todos os outros municípios (à exceção apenas de Valparaíso) mostram uma forte predominância dos “resíduos sólidos”, ou seja, lixo. Seguem-se, em ordem de importância, o abastecimento de água (caixas d’água, tambores, tonéis, poços etc) e os depósitos domiciliares (vasos, pratos, bromélias, ralos, lajes, piscina etc). Os números indicam pistas importantes que, se seguidas por ações eficientes, eficazes e tempestivas do Poder Público, poderiam levar a uma situação totalmente diferente, o que, aliás, foi conseguido em outras localidades brasileiras. A Secretaria Municipal de Saúde, se atuasse decisivamente de modo a promover as condições necessárias ao trabalho dos agentes de dengue e das equipes profissionais, com o apoio indispensável da população, certamente poderia ter colocado Goiânia, mesmo já em 2008, numa condição bastante diferente daquela em que hoje se encontra, quando uma boa parte da população encontra-se exposta ao risco de contrair dengue e, ainda mais, com riscos agravados para a forma hemorrágica da doença, em razão de essa acometer preferencialmente aquelas pessoas que já tiveram a doença anteriormente.

Matéria publicada em importante jornal diário da Capital, no dia 16 de dezembro último, diz que em Goiás passaram de 1.000 os casos da doença na primeira semana de dezembro. Um aumento de 350% em relação à mesma semana de 2008, que teve 232 ocorrências. Dados dizem, ainda, que há maior letalidade em 2009, com taxa de 8,5% contra o 1% aceitável pela OMS (25 pessoas vieram a óbito em Goiânia até o dia 5 de dezembro).

Eis, aqui, outra preocupação enorme, pois, além da ação no combate ao mosquito transmissor da dengue, a assistência às pessoas doentes precisa ser conjugada à facilidade de acesso aos serviços de saúde, à rapidez do diagnóstico e tratamento, à notificação obrigatória, além do monitoramento e avaliação dos casos. Ora, se a taxa de letalidade, que são as mortes por aquela determinada doença, encontra-se muito acima das aceitas pelo Ministério da Saúde e pelos organismos internacionais, como a Organização Mundial da Saúde, isso traduz a ineficiência da organização do sistema e de sua efetiva prestação de serviços à população.

Algo precisa ser feito. Quando criticamos, de maneira franca e construtiva, a inadequada organização do Sistema Único de Saúde em Goiânia, não o fazemos por picuinhas político-partidárias, mas sim pelo dever de alertar e estimular o aperfeiçoamento de seu funcionamento em benefício da população. Uma coisa é dizer que tudo anda às mil maravilhas, outra é testemunhar o sofrimento, a doença e até a morte de pessoas que necessitam e buscam, por direito, o atendimento à saúde. Bem aqui na nossa Goiânia.

Honor Cruvinel é médico, deputado estadual pelo PSDB e vice-presidente da Assembleia Legislativa

Serra: Tá chegando a hora!!

Diário da Manhã

Opinião

Agora é Serra

Acabou o mistério. Aécio Neves desistiu, José Serra será o candidato do PSDB à Presidência e o Palácio do Planalto cairá no seu colo por gravidade. Especialmente porque Lula e o PT escolheram como sua rival a ministra Dilma Rousseff, uma candidata desenhada sob medida para perder. Há quem diga que ela só não decolou nas pesquisas porque ainda não é tão conhecida. Mas o fato é que, quanto mais aparece, mais ela se complica. Sua passagem pela Conferência do Clima, em Copenhague, foi um desastre. Dilma se esforçou tanto para se apropriar de uma agenda que não é sua que acabou cometendo uma gafe. Numa fala decorada, esqueceu-se de um detalhe crucial – a palavra não – e disse que “o meio ambiente é um obstáculo ao desenvolvimento sustentável”. No fundo, seu subconsciente falou mais alto. E Serra, que também esteve na Dinamarca, marcou uma boa posição em defesa do etanol. Há algum tempo, já se especulava em Brasília que o candidato do coração do presidente Lula sempre foi José Serra. Os dois são amigos, pensam de forma parecida no que diz respeito à economia e têm uma ponte: o ex-ministro Antônio Palocci, que é tido por ambos como um interlocutor confiável. Nesse jogo, é possível até que exista um acordo entre PT e PSDB para que cada partido entregue uma cidadela. Funcionaria assim: os petistas cederiam Brasília e os tucanos dariam São Paulo em troca. Hoje, na sucessão paulista, quem lidera com folga todas as pesquisas é Geraldo Alckmin. Mas é possível que Serra, assim como Lula, também escolha um candidato talhado para perder. Neste caso, seria o secretário da Casa Civil, Aloysio Nunes Ferreira, que seria derrotado por qualquer nome do PT, encerrando uma hegemonia política de quase 20 anos dos tucanos no Estado mais rico do País. Se fosse um jogo de xadrez, quem estivesse com as pedrinhas pretas passaria a brincar com as brancas. E, no fundo, os dois jogadores continuariam dividindo as principais riquezas do País – afinal, o Brasil é grande e generoso. Os mais apressados poderiam dizer que, neste caso, os petistas sairiam perdendo. Entregariam mais e receberiam menos. Mas os interesses do PT nem sempre são iguais aos do presidente. Além disso, pode ser que o acordo vá além da simples troca de palácios. O desenho mais interessante no pós-Lula é o de um novo consenso político, em que petistas e tucanos, em vez de se engalfinharem, poderiam governar juntos, abrindo mão, parcialmente, do apoio dos partidos mais fisiológicos. Teríamos menos escândalos, menos mensalões e a consolidação democrática. E sairia bem mais barato para o País.

Transcrito da Revista Istoé


Leonardo Attuch é jornalista

Aposentado na berlinda!

Diário da Manhã

Salário mínimo sobe 71% mais do que aposentadoria

Todo ano, quando se aproxima a época do reajuste do salário mínimo, um tema volta a dominar os debates: os benefícios acima de um salário mínimo pagos pela Previdência estão sendo corrigidos abaixo do que deveriam. Em outras palavras, os aposentados que ganham mais que o mínimo estariam sendo "roubados".

Essa discussão tem uma razão de ser: a política de valorização do mínimo adotada nos últimos anos pelos governos FHC e Lula, que beneficia o aposentado que ganha pouco e "prejudica" o que ganha mais.

Neste ano, a polêmica ganhou um ingrediente adicional com o projeto do senador Paulo Paim (PT-RS) que pretende equiparar o reajuste de todos os benefícios, independentemente do valor. Pela proposta, o reajuste para todos os benefícios, a partir de janeiro de 2010, seria com base na inflação deste ano mais a variação do PIB de 2008. O governo concorda com esse índice apenas para os benefícios equivalentes a um salário mínimo, mas quer que, para os de valores superiores, seja dada apenas metade da variação do PIB.

O governo insistirá, nas próximas semanas, na tese de que não é possível dar aos benefícios superiores ao mínimo um reajuste maior do que a inflação de 2009 mais metade da variação do PIB de 2008 -cerca de 6,5% a partir de janeiro.

A tese do governo é a de que um reajuste maior do que esse comprometeria não apenas as contas da Previdência Social em 2010 mas nos anos seguintes. Segundo o governo, a mudança seria um desastre para as contas públicas, gerando gasto adicional de cerca de R$ 6,9 bilhões em 2010.

Se vier a ser aprovado pelo Congresso, o projeto de Paim, que beneficia mais de 8 milhões de aposentados, provavelmente será vetado pelo presidente Lula. Mas o governo fará de tudo para que haja um acordo, um vez que não quer passar pelo desgaste de ter de vetar o projeto -especialmente em ano eleitoral. Sem acordo, uma solução aventada é conceder o reajuste via medida provisória.

Valorização do mínimo

Como o valor do salário mínimo historicamente sempre foi considerado baixo no país, o governo decidiu adotar uma sistemática de reajuste de modo a elevar seu valor. Para tanto, nos últimos anos vêm sendo adotados índices de reajuste bem acima da inflação.

A regra para o reajuste até agora foi dar índices aleatórios, desde que "caibam" no Orçamento. Daqui para a frente, o objetivo é dar a inflação mais a variação do PIB de dois anos antes. Assim, pela proposta do governo, em janeiro o reajuste seria pela inflação de 2009 mais a variação do PIB de 2008.

Por conta dessa política de valorização do mínimo, os aposentados que ganham mais do que o salário mínimo sentem-se "prejudicados". Mas a leitura dessa questão é equivocada. Os que ganham menos estão tendo reajustes acima do que seria devido; os que ganham mais estão tendo reajustes conforme manda a Constituição.

Pelo artigo 201, parágrafo 4º, "é assegurado o reajustamento dos benefícios para preservar-lhes, em caráter permanente, o valor real, conforme critérios definidos em lei". Ou seja, o governo cumpre o que manda a Constituição -e dá a todos os benefícios previdenciários o reajuste pela inflação (no caso, pelo INPC, conforme o artigo 41-A da lei nº 8.213/91, incluído pela lei nº 11.430/2006).

Para o mínimo, o governo dá um índice superior à inflação. Ocorre que, também segundo a Constituição, os benefícios não podem ter valor inferior ao do mínimo. Assim, o aumento do primeiro acaba elevando automaticamente os segundos.

Ganho em vez de perda

Para o leitor entender os efeitos dessa política de reajuste, apenas nos últimos dez anos (2000 a 2009) o salário mínimo subiu 241,91%. Assim, os benefícios iguais ao mínimo subiram também 241,91%. Em valores, é como se um benefício de R$ 100 passasse para R$ 341,91 (na verdade, o mínimo passou de R$ 136 em 1999 para os atuais R$ 465).

Por sua vez, os benefícios de valor superior ao salário mínimo subiram apenas 99,66% no mesmo período. Em valores, é como se os mesmos R$ 100 tivessem passado para R$ 199,66. Resultado: os R$ 341,91 representam mais 71,25% sobre os R$ 199,66. Se o mínimo subisse apenas com base na inflação, estaria hoje, no máximo, em R$ 272. Em reais, houve um ganho de R$ 193 para quem está na base da pirâmide salarial.

Esse ganho, porém, é praticamente esquecido. Em vez de dizer que quem está na parte de baixo da pirâmide salarial está ganhando mais, costuma-se dizer que quem está na parte de cima está ganhando menos.

Segundo o advogado Wladimir Novaes Martinez, especialista em legislação previdenciária, "não há impedimento legal para que o governo dê aumentos maiores para o salário mínimo. Trata-se de uma política de distribuição de renda".

Martinez entende que há uma lógica nessa política salarial. Houve perdas no passado, ainda nos anos 70 e 80 --por conta, entre outros fatores, dos diversos indexadores de reajuste adotados pelos governos e por conta da inflação desenfreada. Assim, é compreensível que o governo adote agora uma política visando repor uma parte das perdas do passado.

Fonte: Da Redação, com agências

Crescimento pífio novamente!!

Diário da Manhã

Banco Central reduz previsão para o PIB em 2009, mas mantém otimismo com 2010

O Banco Central reduziu sua estimativa para o PIB (Produto Interno Bruto) deste ano, mas está mais otimista com os resultados de 2010, segundo informações do Relatório Trimestral de Inflação divulgado nesta terça-feira. Este ano, diz o BC, a economia deve fechar com crescimento de 0,2%, ante expansão de 0,8% projetada anteriormente.

De acordo com o documento, a mudança reflete o resultado do PIB do terceiro trimestre, que cresceu 1,3% enquanto o mercado esperava alta de 2%, além das revisões de resultados anteriores que foram feitas pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), como é o caso do PIB do 2º trimestre, que cresceu 1,1% e não 1,9% como havia sido dito anteriormente.

“A redução na projeção reflete o impacto mais acentuado dos recuos esperados para a agropecuária, de -1,2% para -4,3%, e para a indústria, de -3,3% para -5%”, diz o BC.

Para 2010, entretanto, a instituição espera crescimento de 5,8% para o país, devido à “retomada consistente da economia”. Segundo o BC, esta expansão será apoiada na melhora de todos os setores da economia. A previsão é que a agropecuária cresça 3,7%, a indústria expanda-se 7,6%, e o setor de serviços registre alta de 5%.

Para o consumo das famílias, o BC prevê crescimento de 6,1% devido à melhora no mercado de trabalho e à evolução benigna do cenári ode inflação no país. Os gatsos do governo devem subir 2,95 no período e os investimentos devem mostrar "recuperação acentuada", com alta de 15,8%.

A instituição também projeta bons números para o comércio exterior

"As exportações e as importações de bens e serviços, refletindo a retomada gradual da economia mundial e a consolidação de novo ciclo de crescimento na economia brasileira, deverão registrar aumentos anuais respectivos de 12% e 20,5%, em 2010", afirma o relatório.

BC está mais otimista que mercado

As previsões do Banco Central são melhores que as estimativas do mercado. Segundo o último boletim Focus divulgado pela instituição nesta semana, que contém as projeções das cem principais instituições financeiras do Brasil, o PIB deve encerrar 2009 com queda de 0,23% e encerrar 2010 com alta de 5%.

A estimativa para o ano que vem contida no boletim Focus mostrava alta de 5,03% na semana passada, mas voltou ao patamar de 5% no último relatório.
O Estado de São Paulo

Cartas

BOAS-FESTAS


O Estado agradece e retribui os votos de feliz Natal e próspero ano-novo de Aldo Fornazieri, Alexandre Barros, Amir Khair, Boris Fausto, Carla Emilia Brunet Lopes, Carlos Benedito Pereira da Silva, Equipe Allcomm Plus, Fabio Giambiagi, Fonte Leone Bar, Hotel Península, Humberto de Luna Freire Filho, Jorge Wilheim, José Erasmo Negrão Peixoto, José Renato Nalini, Luiz Dias, Luiz Nusbaum, Luiz Weis, Marcelo de Paiva Abreu, Maria Teresa Amaral, MKT Produtos Promocionais, Paulo Barbosa, Paulo Panossian, Paulo R. Kherlakian, Rogério L. Furquim Werneck, Salete Cangussu, Sandra Cavalcanti, Sebastião Salomé do Lago Filho, senador Marconi Perillo, Tania Taves, Tarek - P&G, Tatini Restaurante, Top Casting Eventos, Tozzini Freire Advogados, Tunico Vieira, Unep/Rolac - Brazil Office, Valéria Duboc Andreiolo e Virginia A. Bock.
O Popular

Giro

Jarbas Rodrigues JR

Pós-Arruda

O senador Gim Argelo (PTB) conversa nesta semana com o colega Cristovam Buarque (PDT) sobre a eleição para o governo do DF. O PSDB goiano acompanha.

PSDB x PMDB

Do deputado Leonardo Vilela (PSDB), para o deputado Samuel Belchior (PMDB): “Desmoralizado fica quem se cala frente aos problemas e defende o indefensável.”

Piada no PMDB

De Gaudêncio Torquato, no Twitter: “Piadinha que correu boca no alto PMDB. A jogada de Lula parece clara: Meirelles como vice e Michel Temer, ministro da Fazenda.”

Incentivos

Os primeiros projetos na convocação extra da Assembleia reduzem ICMS para montadoras de carros, para produzir energia em usinas de álcool e para abatedouros de aves.

Serra: craque!

O Popular

Dois craques podem jogar no mesmo time, diz Serra

Folhapress

São Paulo – Potencial candidato do PSDB à Presidência, o governador de São Paulo, José Serra, recorreu, a exemplo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, à metáfora futebolística para defender a edição de uma chapa puro-sangue para o cargo. Apesar da intenção de driblar um confronto com Lula – com quem se reúne amanhã – Serra disse que dois Ademir da Guia podem, sim, ser escalados para o mesmo time.

Horas antes, Lula lançara dúvidas sobre a eficiência de uma chapa Serra-Aécio Neves (MG), sob o argumento de que fracassaria uma equipe com dois Tostões. “Acho que, quando um jogador é muito bom, mesmo jogando na mesma posição... Peraí... Acho que, quando um jogador é muito bom, dá para duplicar, encontra um jeito de se arrumar no campo”, disse Serra, rindo, ao responder a uma pergunta sobre futebol. Questionado se a tática se aplicaria à política, esquivou-se:

“Vamos pensar a esse respeito”. Depois, encerrou. “Achei que era algum programa esportivo. Não vou falar sobre isso”. Sob cerco de jornalistas, Serra entrou por engano no carro reservado aos seguranças à saída da Conferência Internacional de Direitos Humanos. O prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM), reafirmou a proposta para que Aécio ocupe a vice de Serra. Para ele, seria “excelente”. Segundo o vice, Alberto Goldman, o “futuro dos dois está ligado”. “Vamos trabalhar para que (a chapa) se concretize”. disse. Pesquisa Serra recomendou que tucanos ressaltassem a retirada do nome da vereadora Heloísa Helena (PSOL-AL) como determinante para que a ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) tenha alcançado 23%. A aliados Serra apontou como positiva a consolidação de um patamar de 37%. Para o sociólogo Antonio Lavareda, o desempenho se deve à exposição da ministra ao lado de Lula na propaganda política. “Nada que Serra tivesse feito impediria esse crescimento”, disse Lavareda, rechaçando a ideia de que o crescimento exija nova estratégia.

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Marconi deseja Feliz 2010 aos goianos!


 Diário da Manhã

Artigo

Feliz Ano Novo, Goiás!

Chegamos ao fim de dezembro e é hora de fazer o necessário balanço do ano que se encerra. Infelizmente, fechamos a conta do ano com o fracasso da 15ª Conferência das Nações Unidas de Mudança do Clima, a COP-15, que pouco avançou no estabelecimento de consenso entre os 192 países participantes para conter o aquecimento global.

Mas 2009 foi um ano de conquistas, apesar das dificuldades que o mundo enfrentou. No caso específico do Brasil, vejo que avançamos em alguns pontos, embora tenhamos recuado em outros. O PAC, por exemplo, continua travado e obras importantes, como o Aeroporto de Goiânia, prosseguem vergonhosamente paralisadas.

Graças à estabilidade proporcionada pelo Real, o País sobreviveu à crise que fustigou o mercado internacional, embora sacrificando o seu crescimento econômico. O PIB caiu, as ações oscilaram na bolsa, mas a confiança dos brasileiros no futuro manteve-se sempre em alta.

Assistimos a explosão da violência urbana e o aumento exacerbado da criminalidade. Os domínios do tráfico de drogas expandiram-se como nunca, agindo impunemente à sobra da incompetência das autoridades e ameaçando a integridade das nossas famílias. O País passou a viver uma rotina de medo e terror.

Mesmo assim, notícias boas alegraram o povo brasileiro, principalmente na área do esporte, como o surpreendente desempenho da seleção de Dunga, que chega como favorita à Copa do Mundo da África do Sul, e a vitória da candidatura do Rio de Janeiro para sediar os jogos olímpicos de 2016. A nota triste de tudo isso foi a exclusão de Goiânia da relação de cidades sedes das chaves da Copa de 2014, no Brasil.

No Senado, onde sou vice-presidente, enfrentamos muitos e graves problemas. Vimos a credibilidade da Casa sofrer abalos, mas o resultado final foi positivo, com a aprovação de propostas que vão melhorar a vida dos brasileiros. Não permitimos a criação de novos tributos e procuramos dar respostas às angústias da sociedade em questões importantes como Educação e Saúde.

Para 2010, mais que projetos, tenho sonhos. Por onde ando em Goiás – e tenho marcado presença em todos os cantos do Estado – vejo o brilho da esperança nos olhos de cada goiano. De minha parte, vou fazer tudo o que estiver ao alcance das minhas forças para que o Estado acelere o seu crescimento econômico e reparta com justiça os frutos do desenvolvimento, sobretudo para as parcelas mais humildes da população.

A vida, já dizia o poetinha Vinícius de Moraes, é a arte do encontro, embora haja tantos desencontros. Como afirmei no Twitter: não faço política com ódio nem carrego ressentimentos no coração. Minhas mãos estão sempre estendidas para a conciliação e para o entendimento. E reafirmo que continuo na vida pública para somar, nunca para dividir.

É com o espírito elevado e aberto ao diálogo que me despeço de 2009 e dou boas-vindas a 2010, que, com a bênção de Deus, será um ano de grandes vitórias para o Brasil e, principalmente, para o nosso querido Estado de Goiás. Feliz Natal, leitores e leitoras do Diário da Manhã. Que Deus assegure um novo ano de muitas realizações para todos vocês.

Marconi Perillo é senador pelo PSDB (Twitter: @amarconiperillo)

Volta!

Diário da Manhã

Líderes pedem volta de Marconi ao governo
Durante festa em Caldas Novas, parlamentares de diversas siglas conclamam tucano a disputar Palácio das Esmeraldas

A festa em homenagem ao senador Marconi Perillo (PSDB), em Caldas Novas (a 156 km de Goiânia), parou a região das águas quentes e conseguiu reunir representantes de metade dos municípios goianos. Segundo a organização da festa, ao menos duas mil pessoas estiveram no Sítio Naves, a 10 km do Centro da cidade. Entre prefeitos, vice-prefeitos e vereadores, 125 municípios estiveram representados – de um total de 246 municípios no Estado. As informações são da organização do evento.

“Num domingo em que praticamente todos os municípios realizam festas de confraternização, uma vez que estamos há menos de uma semana do Natal, conseguimos a proeza de levar tanta gente importante para homenagear o senador Marconi”, explicou a vereadora em Caldas Magda Mofatto (PTB), que ajudou a organizar a festa. Além da homenagem ao tucano, na mesma data foi comemorada o aniversário de Ulisses Naves (78 anos), presidente do PSDB local, e anfitrião da festa.

E com tantas lideranças no evento, o nome do senador foi conclamado a disputar novamente o governo do Estado. O deputado federal Jovair Arantes (PTB) afirmou, em discurso, que a base que elegeu Marconi duas vezes governador e depois senador tem de permanecer unida para alcançar novas vitórias. O ex-deputado federal Vilmar Rocha, uma das mais expressivas lideranças do DEM, foi muito aplaudido ao ressaltar também a importância da união da base. “Nós vamos exigir a volta de Marconi como governador nas eleições do ano que vem.”

Estiveram presentes na festa, os deputados federais João Campos, Leonardo Vilela, Carlos Alberto Leréia, todos do PSDB; os deputados estaduais Honor Cruvinel, Daniel Messac, Daniel Goulart, Jardel Sebba, padre Ferreira e Fábio Sousa, também todos do PSDB; Cláudio Meirelles, do PR, e Nilo Rezende, do DEM; os suplentes de deputado Afrêni Gonçalves e Lamis Cosac; o presidente do PPS em Goiás, Gilvane Felipe; o presidente do PSL em Goiás, Dário Paiva; o secretário extraordiário de Comunicação, Túlio Isac (PSDB); 82 prefeitos, mais de 100 ex-prefeitos e ao menos 100 vereadores.

Distância

Se a região das águas quentes parou para prestigiar Marconi Perillo, teve gente que veio de longe para dar um abraço no senador. O prefeito de Niquelândia, Ronan Rosa Batista (PTB), e a prefeita de Mineira, Neiba Barcelos (PSDB), andaram mais de 500 quilômetros para chegar ao evento. Antônio Armando da Silva (PSDB), prefeito de Cocalzinho, no entorno do Distrito Federal, percorreu 320 quilômetros, mas disse que volta para casa de alma lavada.

“Foi um evento fantástico. O deslocamento não foi fácil, ainda mais de carro, mas valeu a pena. Marconi mostrou que tem muita força em Goiás. Vamos superar todas as divergências e ter a base unida nas eleições de 2010”, afirmou Antônio. Júlio Paixão, presidente do PSL em Caldas Novas, fez coro às palavras do amigo. “Reunimos na cidade as principais lideranças políticas de Goiás. Vamos estar juntos na disputa em 2010 pelo governo do Estado”, concluiu.

Magda se mostra satisfeita com encontro

Principal organizadora da festa, a vereadora e ex-prefeita de Caldas Novas, Magda Mofatto (PTB), era o retrato da alegria no final da tarde de ontem. Ela fez elogios até ao sol, que contribuiu com a festa. “Ainda bem que não choveu e pudemos fazer uma festa maravilhosa, digna do senador Marconi Perillo”. Magda fez questão ainda de agradecer aos presentes, principalmente de quem veio de longe, apenas para dar um abraço no senador. “As pessoas das mais diversas regiões de Goiás atenderam ao nosso chamado. Isso abrilhantou e muito nossa festa”.

Magda também comentou sobre o motivo da homenagem ao senador. “Caldas Novas tem ligação muito forte com Marconi. A cidade tem dois marcos importantes: antes de Marconi e depois de Marconi. Depois dele, tudo mudou para melhor. Ele construiu o aeroporto de Caldas, fez a ligação entre as rodovias de Cristianópolis e Pires do Rio, o ginásio de esportes da cidade, a Universidade Estadual de Goiás, que melhorou sensivelmente a educação do município e região. Marconi, inclusive, teve a ousadia de colocar Caldas Novas como samba enredo de uma escola de samba.”
Hoje Notícia - Goiânia

Xeque-Mate

Divino Olavo

Nova postura

A bancada estadual do PSDB na Assembleia Legislativa se prepara para entrar no ritmo de campanha eleitoral, a partir de fevereiro, com a ascensão do deputado Jardel Sebba em substituição ao colega Padre Ferreira à liderança da sigla na Casa.

Olho no PMDB

Jardel já antecipou a postura política que pretende imprimir na Casa: vai “partir pra cima do PMDB”, o adversário histórico. Em relação ao Executivo, promete “dançar de acordo com a música, se for valsa, vamos dançar valsa; mas se vier rock, vamos dançar rock”, avisa.

Não rompe

Sobre a relação PSDB-PP, Jardel adianta que a disposição da bancada é continuar apoiando o governo de Alcides Rodrigues, em cuja eleição os tucanos tiveram papel decisivo. Rompimento, segundo ele, se ocorrer não será por iniciativa do seu partido.

Pito

O presidente reeleito do diretório regional do PMDB, Adib Elias, levou um pito do governador Alcides Rodrigues (PP), pela tentativa de pressionar o pepista a romper de vez com o PSDB, “se quiser ter o apoio do PMDB”. “Não aceito pressão de quem quer seja”, reagiu Alcides.
Diário da Manhã

Café da Manhã

Luiz Cândido

Magal é alvo de críticas em confraternização do PSDB

O deputado e líder do governo Evandro Magal (PP) foi alvo de críticas na confraternização de aniversário dos 68 anos de Ulisses Naves, presidente do PSDB de Caldas Novas (na foto com a mulher, Orminda), que reuniu lideranças políticas ao lado do senador Marconi Perillo e da ex-prefeita e atual vereadora Magda Mofatto (PTB). Ele não foi poupado por ter abandonado o ninho tucano e assumido posições contrárias à aliança que se forja hoje em defesa da pré-candidatura de Perillo. Magal gradativamente afastou-se do grupo para se colocar na linha de frente em defesa do governador Alcides Rodrigues (PP). Estima-se que 2,5 mil compareceram ao almoço. Os deputados Padre Ferreira (líder tucano na assembleia), Honor Cruvinel, Daniel Messac, Jardel Sebba, Carlos Lereia, Leonardo Vilela, Jovair Arantes e mais de 60 prefeitos do PSDB, PP e PTB discursaram em favor do retorno de Marconi Perillo ao governo. O ex-deputado Vilmar Rocha (DEM) defendeu a unidade da antiga base aliada.

Síntese

O senador Marconi Perillo (PSDB) foi o entrevistado de ontem à noite do programa Paulo Beringhs. Junto com Valéia e a filha, Ana Luisa.


Diário da Manhã

Fio Direto

Tainá Borela

Volta

No Twitter, o líder do PSDB na Assembleia, deputado Jardel Sebba, intimou o deputado federal Ronaldo Caiado (DEM) para 2010: “Gostaria mesmo é de ver todos juntos, inclusive com você compondo a chapa do Marconi. No fundo, temos o mesmo adversário.”

A mão no bolso do povo!

Diário da Manhã

Opinião

IPTU 2010. Prepare o seu bolso

Será muito fácil calcular desde já o IPTU de 2010, mesmo a legislação informando que, para chegar a esse valor, é necessária uma grande quantidade de cálculos e variantes. Para o imposto do ano que vem, basta acrescentar no valor do IPTU desse ano a inflação do ano corrente, algo em torno de 6%. Isso tudo porque não está sendo elaborada a planta municipal de valores, que anualmente é organizada por uma comissão determinada. Neste caso, aplica-se o último valor corrigido pela inflação do período.

Segundo o Código Tributário do Município de Goiânia (CTM), o valor do IPTU a ser lançado leva em consideração o valor venal do imóvel, sobre o qual se aplica a alíquota correspondente. Esse valor é estabelecido obedecendo à metragem da área e a área construída. Para elaborar o valor final são aplicadas alíquotas que dependem do tipo de construção de cada terreno. Por exemplo, os imóveis com ocupações residenciais têm menores alíquotas que os não residenciais e estes, menores do que as alíquotas dos não edificados.

Para o cálculo, a cidade é dividida em quatro zonas fiscais, a primeira para os setores mais nobres – como Centro, Marista, Bueno – e a última, a quarta, para os imóveis menos valorizados, geralmente os mais periféricos. Ou seja, um imóvel da primeira zona fiscal tem uma alíquota maior do que um imóvel da segunda e este maior do que da terceira e assim sucessivamente.

A última planta de valores foi elaborada no ano de 2005 e resultou, em alguns casos, em um brutal aumento do imposto. Destaque-se o aumento para os condomínios horizontais e para as grandes glebas cujas edificações não atingiram a vigésima parte do valor da área, pois foram reclassificadas de prediais ou edificados para territoriais. Assim, o aumento ultrapassou 1.000%, gerando grande insatisfação nos proprietários.

Comparando a diferença de alíquota dos imóveis edificados com os não edificados da 1ª zona fiscal, temos uma diferença de mais de 700% da alíquota nos imóveis de até 2.500 m², que salta de 0,55%, quando ocupado para fins residenciais, para 4%, se não edificados.

Entretanto, se uma área dessa mesma zona fiscal tiver 26.500 m², atingirá o percentual máximo de 7% quando não edificada. O aumento, em relação ao imóvel edificado será de 1.273%.

Vale lembrar que são considerados edificados, segundo o Código Tributário Municipal, apenas os imóveis cujo valor da edificação alcançar, no mínimo, a vigésima parte do valor do terreno.

O valor venal é determinado pela planta de valores elaborada anualmente por uma comissão composta de integrantes da Câmara Municipal, da Secretaria de Finanças, do Sindicato dos Corretores de Imóveis, da Associação Comercial e Industrial do Estado, da Secretaria da Fazenda do Estado de Goiás, do Instituto de Planejamento Municipal (atual Seplan) e um representante do órgão de defesa do consumidor (Procon). Por cumprir sua função social, os imóveis edificados, além de alíquotas bem mais reduzidas, também têm um prazo maior para pagamento. Já que vence no dia 20 de fevereiro, enquanto o dos imóveis não edificados tem o vencimento no dia 20 do mês de janeiro. Para que você prepare o seu bolso, é importante lembrar que, embora venha no seu carnê a opção para pagamento parcelado, pagando à vista, há descontos de 10% que equivalem a mais de quinze meses de juros da poupança. Então, antes dos presentes e festas de fim de ano, programe-se para fazer esta despesa. Seu bolso agradece!

Jair Marcilio é advogado tributarista, pós-graduando em Direito Tributário, ex-diretor de Cobrança e Dívida Ativa, ex-membro julgador da Junta de Recursos Fiscais e ex-diretor da Diretoria de Cobrança e Dívida Ativa do município de Goiânia.

A barganha começou!!

Diário da Manhã

Crescem exigências de aliados para apoiar Dilma

Com a nova arrumação no ninho tucano, aliados do governo Lula já começam a fazer "exigências" para apoiar a virtual candidatura da ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, ao Palácio do Planalto, em 2010. Depois de dirigentes do PMDB se dizerem ofendidos com declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva - que sugeriu ao partido a apresentação de uma lista tríplice para Dilma escolher o vice de sua chapa -, agora é a vez do PP de querer um dote para aceitar o casamento.

"Aprecio a Dilma e acho que ela é uma mulher de valor, mas não faremos acordo federal sem São Paulo", afirmou o deputado Paulo Maluf (PP-SP), que não foi ao jantar da ministra com a bancada do PP, há 53 dias, em Brasília. "A definição do nosso apoio tem de passar por uma conversa sobre o maior colégio eleitoral do País."

Presidente do PP paulista, Maluf gostaria que o PT avalizasse a candidatura do deputado Celso Russomanno (SP) à sucessão do governador José Serra (PSDB). Na prática, sabe que essa hipótese é impossível, mas quer o compromisso de que o PT não hostilizará Russomanno.

"Temos de deixar definido já como ficam as coisas e se vão nos apoiar lá na frente, pois temos um candidato que tem votos e discurso", insistiu Maluf. "Quem o PT tem em São Paulo?", perguntou Russomanno, que também não bateu ponto no jantar de outubro, no qual Dilma caprichou nos elogios ao PP.

Para arrepio de petistas mais radicais, a ministra chegou a dizer, naquele jantar, que não sabe distinguir entre as "realizações" do PP e do PT no governo Lula, tamanha a "afinidade" entre os dois partidos, ex-rivais históricos. "É possível ter acordo com o PP em São Paulo", disse o presidente do PT, deputado Ricardo Berzoini (SP), informado sobre a imposição de Maluf. "Se o candidato deles apoiar a Dilma, podemos firmar acordo para estarmos juntos no segundo turno." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Fonte: Agencia Estado - Vera Rosa

Regressão

O Popular

Atuação de Lula no setor é criticada

Núbia Lôbo

Especialistas em administração pública que analisaram os dados da pesquisa sobre o funcionalismo feita pelo Ipea dizem que, apesar da tentativa de profissionalização do serviço público, o País regrediu nas políticas de melhoria da eficiência das atividades oferecidas. O mestre em administração pública José Ricardo Leal Lozano, diz que “a tentativa de profissionalização” do serviço público nos governos de Fernando Henrique Cardoso (PSDB,1995-2002) perdeu espaço no governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). “Ele (FHC) estabeleceu o modelo de carreira pública adotado na Inglaterra, quando o concurso público passou a ser utilizado.

Mas o patrimonialismo continuou e o gestor ainda acha que a administração é dele, e não pública”, pondera Lozano. “Os anos Lula trouxeram consigo o ideário de reestruturação do Estado com cunho social. Seja uma reforma ou uma reestruturação, é importante sabermos que elas sempre atendem aos interesses políticos de quem está na chefia dos Poderes Executivos”, completa diz o especialista em administração público, Giordano de Souza, da Alfa. Giordano destaca a luta contra o nepotismo como uma contribuição fundamental para reduzir os efeitos nocivos do abuso que políticos cometem na distribuição de cargos.

O Supremo Tribunal Federal (STF) editou súmula vinculante no ano passado estabelecendo os parâmetros do nepotismo e declarando o caráter proibitivo da prática. “O nepotismo é uma mancha moral que enfraquece a autoridade pública e fomenta a injustiça social, distanciando representantes e representados”, afirma ele.(N.L.)

Jornal Opção - 20 de dezembro de 2009

Jornal Opção

Editorial

A li­ção de Lu­la ao an­ti­mar­co­nis­mo
O PMDB de Iris Re­zen­de e a ter­cei­ra via li­de­ra­da por Al­ci­des Ro­dri­gues não per­de­ram o ti­ming, mas, se não lan­ça­rem can­di­da­tos mais ce­do, po­dem as­sis­tir uma re­be­li­ão pró-Mar­co­ni Pe­ril­lo no in­te­ri­or

Ao anun­ci­ar que não tem mais a pre­ten­são de ser can­di­da­to a pre­si­den­te da Re­pú­bli­ca em 2010, o go­ver­na­dor de Mi­nas Ge­ra­is, o tan­cre­di­a­no Aé­cio Ne­ves (PSDB), deu a in­ter­pre­ta­ção apro­pria­da aos fa­tos: “O que me pro­pu­nha era ten­tar ofe­re­cer al­go no­vo ao nos­so pro­je­to, no en­tan­to, es­ta­va ir­re­me­dia­vel­men­te li­ga­do ao tem­po da po­lí­ti­ca, que, co­mo sa­be­mos, tem di­nâ­mi­ca pró­pria. E se não po­de­mos con­tro­lá-lo, não po­de­mos, tam­pou­co, ser re­féns de­le. Sem­pre ti­ve con­sci­ên­cia de que uma cons­tru­ção com es­sa di­men­são e com­ple­xi­da­de não po­de­ria ser re­a­li­za­da às vés­pe­ras das elei­ções”, dis­se Aé­cio. O que Aé­cio cha­ma de “tem­po da po­lí­ti­ca”, outros chamam de ti­ming. O po­lí­ti­co mi­nei­ro en­ten­deu que, im­pul­si­o­na­do pe­las pes­qui­sas e por São Pau­lo — que, mais do que um Es­ta­do, é um pa­ís den­tro de ou­tro pa­ís, o Bra­sil —, não há co­mo re­ti­rar o tu­ca­no Jo­sé Ser­ra do pá­reo.

Can­di­da­to na­tu­ral, por já ter dis­pu­ta­do a Pre­si­dên­cia da Re­pú­bli­ca, por fa­zer um go­ver­no mo­der­no em São Pau­lo e, so­bre­tu­do, por man­ter o con­tro­le da má­qui­na par­ti­dá­ria, Ser­ra es­tá de­fi­ni­do co­mo o no­me do PSDB. Tan­to que po­de se dar o lu­xo de não fa­zer uma pré-cam­pa­nha an­te­ci­pa­da. Por­que não é ne­ces­sá­rio. As pes­qui­sas, que o apon­tam em pri­mei­ro lu­gar, com uma fren­te ra­zo­á­vel — os da­dos apon­tam pa­ra uma vi­tó­ria no pri­mei­ro tur­no, em­bo­ra a cam­pa­nha pos­sa mu­dar o qua­dro —, de­ram-lhe tran­qui­li­da­de e, por fim, aca­ba­ram por ex­pur­gar Aé­cio. A pré-cam­pa­nha de Ser­ra é “fei­ta” pe­las pes­qui­sas. Por­que, re­pe­ti­mos, es­tá em pri­mei­ro lu­gar, com uma fren­te, por en­quan­to, se­gu­ra.

O pre­si­den­te Lu­la e seus mar­que­tei­ros per­ce­be­ram, des­de o iní­cio, que Ser­ra é, po­li­ti­ca­men­te, uma fi­gu­ra só­li­da — mui­to mais do que Aé­cio, que, em­bo­ra sim­pá­ti­co e tal­vez até mais po­lí­ti­co, lem­bra a in­con­sis­tên­cia de Fer­nan­do Col­lor. Pa­ra con­fron­tá-lo, o pe­tis­mo e o lu­lis­mo, que não são a mes­ma coi­sa (são uma es­pé­cie de Caim e Abel que, ape­sar de pen­sa­rem li­gei­ra­men­te di­fe­ren­tes, não pre­ci­sam se ma­tar. Ob­ser­ve-se que Dil­ma Rous­seff é lu­lis­ta, não pe­tis­ta), fi­ze­ram a coi­sa cer­ta: lan­ça­ram, com ex­tre­ma an­te­ci­pa­ção, uma can­di­da­ta a pre­si­den­te.

O pe­tis­mo e o lu­lis­mo ti­ve­ram a per­cep­ção apro­pria­da de que, pa­ra ten­tar der­ro­tar um can­di­da­to co­mo Ser­ra, tam­bém de es­quer­da, te­ri­am de lan­çar um can­di­da­to (uma can­di­da­ta) an­te­ci­pa­da­men­te. Dil­ma foi pro­mo­vi­da a “pri­mei­ra-mi­nis­tra” do go­ver­no Lu­la pa­ra se tor­nar co­nhe­ci­da e, aos pou­cos, apro­va­da pe­la so­ci­e­da­de. Não só is­so. Os ide­ó­lo­gos do pe­tis­mo — Lu­la, por in­crí­vel que pos­sa pa­re­cer, é um de­les, ao la­do de Jo­sé Dir­ceu —, com o apoio de pes­qui­sa­do­res e mar­que­tei­ros que son­dam os hu­mo­res do elei­to­ra­do se­ma­nal­men­te, lan­ça­ram uma can­di­da­ta que, a ri­gor, tem o mes­mo per­fil de Ser­ra. É sé­ria, car­ran­cu­da, eco­no­mis­ta e, ape­sar de co­me­ter ga­fes, com­pe­ten­te.

Dil­ma po­de não ga­nhar de Ser­ra, por­que o elei­tor po­de en­ten­der que o tu­ca­no am­pli­a­ria as qua­li­da­des do go­ver­no Lu­la mais do que a pe­tis­ta, mas seu no­me, ao ser co­lo­ca­do bem ce­do, pos­si­bi­li­tou que, além de se tor­nar co­nhe­ci­da, cres­ces­se nas pes­qui­sas e se tor­nas­se a se­gun­da re­fe­rên­cia do de­ba­te po­lí­ti­co. Ali­ás, Dil­ma es­tá mais pre­sen­te nos de­ba­tes e nos co­men­tá­rios do que o lí­der nas pes­qui­sas. Os mo­ti­vos? São vá­rios. Ci­te­mos dois. Pri­mei­ro, Ser­ra é um ges­tor com­pe­ten­te, mas é pou­co pa­la­tá­vel e pa­re­ce al­heio à dis­cus­são su­ces­só­ria. Na ver­da­de, Ser­ra quer se pre­ser­var e con­ti­nu­ar go­ver­nan­do, mas es­tá fa­zen­do po­lí­ti­ca — tan­to que re­ti­rou Aé­cio do pá­reo e es­tá “pu­xan­do” o PMDB pau­lis­ta, o de Ores­tes Quér­cia, pa­ra seu la­do. Se­gun­do, Dil­ma con­ta com um “ge­ne­ral” elei­to­ral de pe­so, Lu­la, que, ao con­trá­rio do que mui­tos pen­sam, es­tá trans­fe­rin­do vo­tos pa­ra sua pu­pi­la. So­zi­nha, ou só com o PT, Dil­ma não te­ria 17% das in­ten­ções de vo­to.

Por­tan­to, a de­fi­ni­ção an­te­ci­pa­da de Dil­ma é um dos acer­tos de Lu­la e do pe­tis­mo. A mi­nis­tra se tor­nou, em pou­co tem­po, “a” (e não uma) ad­ver­sá­ria de Ser­ra. A po­la­ri­za­ção re­sul­ta dis­to. Se lan­ça­da em mar­ço de 2010, a se­te mes­es das elei­ções, Dil­ma te­ria de lu­tar pe­lo se­gun­do lu­gar com Ci­ro Go­mes e es­ta­ria ain­da mais atrás de Ser­ra.

Em Go­i­ás, pe­lo con­trá­rio, o an­ti­mar­co­nis­mo não te­ve a mes­ma per­cep­ção de Lu­la. Os tu­ca­nos têm um can­di­da­to for­te, go­ver­na­dor por du­as ve­zes se­gui­das e com um re­call só­li­do. Mar­co­ni Pe­ril­lo tem uma ener­gia ex­tra­or­di­ná­ria e am­plo apoio po­lí­ti­co e na so­ci­e­da­de em ge­ral. É um ad­ver­sá­rio po­de­ro­so. Pa­ra en­fren­tá-lo, seus opo­si­to­res já de­ve­ri­am ter lan­ça­do um can­di­da­to, mas fi­cam pro­te­lan­do.

Ao di­zer que o PMDB de­ve­ria in­di­car seu can­di­da­to em de­zem­bro, o pre­fei­to de Go­i­â­nia, Iris Re­zen­de, es­ta­va e es­tá cer­to. Por­que a de­fi­ni­ção de um can­di­da­to po­la­ri­za­ria o qua­dro e per­mi­ti­ria ao elei­tor que ava­li­as­se os no­mes, po­si­ti­va ou ne­ga­ti­va­men­te. En­tre­tan­to, por con­ta do pre­si­den­te do Ban­co Cen­tral, Hen­ri­que Mei­rel­les — que só pla­ne­ja dei­xar, se dei­xar, a ins­ti­tu­i­ção em mar­ço, a pe­di­do do pre­si­den­te Lu­la —, e tam­bém da in­de­ci­são da fren­te ar­ti­cu­la­da pe­lo go­ver­na­dor Al­ci­des Ro­dri­gues, Iris te­ria si­do con­ven­ci­do a aguar­dar o de­sen­ro­lar do pro­ces­so. Mas “aguar­dar” no ca­so é dei­xar de in­ter­fe­rir no pro­ces­so, é per­mi­tir que ape­nas uma can­di­da­tu­ra con­ti­nue pos­ta e, ao mes­mo tem­po, pas­sa-se a im­pres­são de que nin­guém quer en­fren­tar o tu­ca­no. Daí o cli­ma de in­de­ci­são.

As ru­as (po­pu­la­res) e os ga­bi­ne­tes (as eli­tes) que­rem um em­ba­te en­tre Iris e Mar­co­ni. Por­que sa­bem que são dois po­lí­ti­cos e ges­to­res ex­pe­ri­en­tes e têm com­pro­mis­so com a so­ci­e­da­de lo­cal. Não des­car­tam Mei­rel­les, por­que o res­pei­tam co­mo ges­tor mo­der­no e ca­paz, mas cer­ta­men­te te­mem o ra­ci­o­na­lis­mo exa­cer­ba­do do pre­si­den­te do Ban­co Cen­tral. Po­lí­ti­ca pres­su­põe ris­co (além de cer­ta pai­xão) e só quem cor­re mui­tos ris­cos po­de se ele­ger (ou não) pa­ra o car­go de go­ver­na­dor.

A cha­ma­da ter­cei­ra via, que se apre­sen­ta co­mo pri­mei­ra via, apos­ta em bons no­mes, co­mo Jor­ce­li­no Bra­ga (PP), Er­nes­to Rol­ler (PP), San­dro Ma­bel (PR), Ro­nal­do Cai­a­do (DEM) e, por fo­ra, Ru­bens Oto­ni (PT). Mas tam­bém não de­fi­ne seu can­di­da­to. Faz re­u­ni­ões, dis­cu­te no­mes, mas não lan­ça um can­di­da­to, pa­ra que a so­ci­e­da­de co­me­ce a ava­liá-lo. A de­fi­ni­ção de um no­me per­mi­ti­ria a for­ma­ta­ção de­fi­ni­ti­va da ali­an­ça — quem fi­ca e quem sai — e, so­bre­tu­do, o es­ta­be­le­ci­men­to de um ide­á­rio pa­ra o can­di­da­to.

De­fi­nir um can­di­da­to em mar­ço, a se­te mes­es das elei­ções, po­de ser tar­de? Não ne­ces­sa­ria­men­te, por­que há re­gis­tros de re­ver­sões em pou­co tem­po, mas é pre­ci­so con­si­de­rar que o PSDB tem um no­me for­te, lan­ça­do há mui­to mais tem­po. Não há can­di­da­to im­ba­tí­vel, mas é di­fí­cil, mui­to di­fí­cil, der­ro­tar can­di­da­tos con­so­li­da­dos, ava­li­a­dos mais de­ti­da­men­te pe­los elei­to­res. Prin­ci­pal­men­te quan­do a ava­li­a­ção, no ge­ral, não é ne­ga­ti­va. No in­te­ri­or, en­tre os par­ti­dos que apoi­am a ter­cei­ra via, há qua­se uma re­be­li­ão pró-Mar­co­ni. Na ver­da­de, os gru­pos são mais go­ver­nis­tas do que mar­co­nis­tas, mas que­rem ter uma op­ção às cla­ras, com ex­pec­ta­ti­va de po­der re­al, por­que as ali­an­ças se for­mam an­te­ci­pa­da­men­te. Os pre­fei­tos e ou­tros po­lí­ti­cos já es­tão pen­san­do na elei­ção de 2012, na ar­ti­cu­la­ção de ali­an­ças que pos­sam tor­ná-los for­tes na su­ces­são, e pre­ci­sam se for­ta­le­cer des­de ago­ra, com a de­fi­ni­ção dos can­di­da­tos a go­ver­na­dor. Qua­is can­di­da­tos a de­pu­ta­do vão apo­i­ar? Pa­ra de­fi­nir a po­si­ção, os pre­fei­tos e lí­de­res mu­ni­ci­pa­is pre­ci­sam da de­fi­ni­ção do can­di­da­to a go­ver­na­dor.

O PMDB de Iris e a fren­te li­de­ra­da por Al­ci­des ain­da não per­de­ram o ti­ming. Mas, se não agi­rem mais rá­pi­do, po­dem per­dê-lo, co­mo Aé­cio Ne­ves per­deu. A maioria dos liderados é obrigada a esperar, mas o eleitorado pode agir diferente.


Jornal Opção

BARBOSA NETO

“A primeira via em Goiás é do governo”
Presidente da Goiás Turismo afirma que realizações e responsabilidade de Alcides Rodrigues tornarão o governador um bom cabo eleitoral em 2010

Edilson Pelikano/Jor­nal Op­ção

O pre­si­den­te do PSB go­i­a­no, Bar­bo­sa Ne­to, afir­ma que a pers­pec­ti­va da can­di­da­tu­ra ava­li­za­da pe­lo go­ver­na­dor Al­ci­des Ro­dri­gues, mes­mo sem ter um no­me de­fi­ni­do, é mais vi­á­vel que as can­di­da­tu­ras de Iris Re­zen­de (PMDB) e Mar­co­ni Pe­ril­lo (PSDB). “Se co­lo­car os par­ti­dos po­lí­ti­cos que vão apoiá-los e a pers­pec­ti­va da can­di­da­tu­ra com o apoio des­sa ou­tra es­tru­tu­ra co­man­da­da pe­lo go­ver­na­dor, qual é o nú­me­ro de par­ti­dos mai­or que vai se apre­sen­tar à po­pu­la­ção? É a da can­di­da­tu­ra do go­ver­no, que te­rá tam­bém o mai­or tem­po na TV, mai­or nú­me­ro de pre­fei­tos e ve­re­a­do­res”, ava­lia.

Pa­ra o pre­si­den­te da Go­i­ás Tu­ris­mo, mais im­por­tan­te que um no­me nes­se mo­men­to, é ela­bo­rar um pro­je­to vi­á­vel: “Um pro­je­to de res­pon­sa­bi­li­da­de fis­cal, in­ves­ti­men­tos cla­ros, obras ma­cro­es­tru­tu­ran­tes, que­bra do pa­ra­dig­ma da po­la­ri­za­ção da po­lí­ti­ca go­i­a­na. São con­cei­tos que a po­pu­la­ção es­tá per­ce­ben­do que são im­por­tan­tes”, afir­ma.

Bar­bo­sa Ne­to afir­ma que Al­ci­des in­ves­tiu e in­ves­te mui­to em obras de in­fra­es­tru­tu­ra, em ci­ên­cia e tec­no­lo­gia, e em edu­ca­ção, en­tre ou­tras áre­as. Ele cons­tes­ta a ideia de que as re­a­li­za­ções do go­ver­no não che­guem à po­pu­la­ção. “Ca­da pes­qui­sa que é fei­ta mos­tra a po­pu­la­ri­da­de de Al­ci­des mai­or que a pes­qui­sa an­te­ri­or. Is­so con­fir­ma a apro­va­ção de sua ad­mi­nis­tra­ção res­pon­sá­vel.”

O pre­si­den­te fa­la tam­bém das ações de sua pas­ta. E?co­me­mo­ra a vi­a­bi­li­za­ção de re­cur­sos na or­dem de R$ 233 mi­lhões do Ban­co In­te­ra­me­ri­ca­no de De­sen­vol­vi­men­to (BID), pa­ra es­tru­tu­ra­ção dos cin­co prin­ci­pa­is pó­los de de­sen­vol­vi­men­to tu­rís­ti­co de Go­i­ás. O con­tra­to com a institui-ção internacional se­rá as­si­na­do no pri­mei­ro se­mes­tre do ano que vem. A en­tre­vis­ta foi con­ce­di­da na quin­ta-fei­ra, 17.

Ce­zar San­tos — O go­ver­no Al­ci­des não cor­re o ris­co de fi­car mar­ca­do co­mo uma ad­mi­nis­tra­ção de uma no­ta só, o ajus­te fis­cal, vis­to que en­fa­ti­za de­mais is­so?

A ação mais im­por­tan­te do go­ver­no foi evi­den­te­men­te o ajus­te fis­cal. Quan­do Al­ci­des as­su­miu o Es­ta­do, os nú­me­ros apon­ta­vam R$ 100 mi­lhões em dé­fi­cit e pos­si­bi­li­da­de ze­ro de vi­a­bi­li­zar re­cur­sos. Por que o in­ves­ti­men­to de R$ 233 mi­lhões do Pro­de­tur (Pro­gra­ma de De­sen­vol­vi­men­to do Tu­ris­mo) foi pos­sí­vel? Ajus­te fis­cal. O go­ver­no ho­je tem con­di­ções de re­ce­ber R$ 1,78 bi­lhão de­vi­do ao ajus­te nas áre­as de in­fra­es­tru­tu­ra. Tem 200 es­co­las pa­ra se­rem inau­gu­ra­das. O go­ver­no es­tá in­ves­tin­do ago­ra R$ 6 mi­lhões em bol­sas de mes­tra­do e dou­to­ra­do, o que nun­ca hou­ve em Go­i­ás. Fo­ram R$ 12 mi­lhões in­ves­ti­dos em pes­qui­sa, na­da mais mo­der­no, es­tru­tu­ran­te e vi­si­o­ná­rio que is­so. Cin­ga­pu­ra e Chi­na avan­ça­ram pe­la trans­for­ma­ção na edu­ca­ção. Olha o que es­tá fa­zen­do Per­nam­bu­co, Ce­a­rá e Mi­nas Ge­ra­is. Re­for­mas pro­fun­das.

O go­ver­no de Go­i­ás tam­bém es­tá fa­zen­do as mu­dan­ças. A di­fe­ren­ça é que não hou­ve uma rup­tu­ra po­lí­ti­ca, hou­ve uma rup­tu­ra ad­mi­nis­tra­ti­va, com to­do res­pei­to aos go­ver­nos an­te­rio­res. A mar­ca do Go­ver­no Al­ci­des é a res­pon­sa­bi­li­da­de e is­so é mui­to im­por­tan­te. Go­i­ás foi o Es­ta­do que mais ge­rou em­pre­go pro­por­ci­o­nal­men­te no Bra­sil e is­so es­tá li­ga­do à res­pon­sa­bi­li­da­de fis­cal, a um mo­de­lo de ges­tão em que o go­ver­no faz sua par­te e o em­pre­sá­rio faz a de­le. Ti­ve­mos 1.500% de cres­ci­men­to em in­ves­ti­men­to pri­va­do com o FCO (Fun­do Cons­ti­tu­ci­o­nal de Fi­nan­cia­men­to), com ta­xa de ina­dim­plên­cia de 1,9%.

Ce­zar San­tos — As bo­as ações do go­ver­no es­tão che­gan­do ao ci­da­dão? Ou­ve-se que is­so não ocor­re, ou ocor­re de for­ma in­ci­pi­en­te.

Quem me co­nhe­ce sa­be da mi­nha pai­xão por pes­qui­sas. Nun­ca vi uma pes­qui­sa que te­nha si­do uma ava­li­a­ção pi­or que a an­te­ri­or. Em to­dos os mo­men­tos o go­ver­na­dor dá um pas­so a mais na sua po­pu­la­ri­da­de, na sua cre­di­bi­li­da­de. É um cres­ci­men­to que a gen­te no­ta no pró­prio dis­cur­so, na ou­sa­dia po­lí­ti­ca. E is­so é res­pon­sa­bi­li­da­de.

Ce­zar San­tos — O go­ver­no co­mu­ni­ca bem?

O elei­tor, o ci­da­dão, es­tá a ca­da dia ava­li­an­do mais po­si­ti­va­men­te o go­ver­no, e is­so é uma for­ma de se co­mu­ni­car. O con­jun­to das idei­as de go­ver­no vem fa­zen­do com que o go­ver­no ve­nha cres­cen­do sis­te­ma­ti­ca­men­te. E apren­di com o pro­fes­sor Ni­on Al­ber­naz que po­lí­ti­ca tem co­me­ço, meio e fim, e o go­ver­no vai che­gar ao fim no me­lhor mo­men­to de sua po­pu­la­ri­da­de.

Sa­rah Mohn — Foi uma es­tra­té­gia boa do go­ver­no, sa­nar as dí­vi­das, is­so che­gou até a po­pu­la­ção?

Es­tá che­gan­do.

Sa­rah Mohn — Mas o go­ver­no in­ves­tiu em obras de in­fra­es­tru­tu­ra ade­qua­da­men­te?

Qual go­ver­no in­ves­tiu mais que es­te em obras de in­fra­es­tru­tu­ra? Es­te go­ver­no in­ves­tiu um R$ 1 bi­lhão es­te ano e vai in­ves­tir R$ 1 bi­lhão e meio ano que vem. Mo­ra­dia são 50 mil só es­tes dois anos e 23 mil já pron­tas em par­ce­ria com o go­ver­no fe­de­ral e ini­ci­a­ti­va pri­va­da, pro­ces­so ins­tru­men­ta­li­za­do pe­la po­lí­ti­ca es­ta­du­al de ha­bi­ta­ção. Cria-se a ima­gem de que um go­ver­no res­pon­sá­vel é um go­ver­no que não in­ves­te por­que não há di­vul­ga­ção ma­ci­ça. Não é ver­da­de es­sa in­for­ma­ção.

Eu­ler de Fran­ça Be­lém — En­tão o go­ver­no Al­ci­des in­ves­tiu mais que o go­ver­no do Mar­co­ni?

Não que­ro me trans­for­mar em ins­tru­men­to de com­pa­ra­ção, mas es­te go­ver­no in­ves­tiu mui­to em in­fra­es­tru­tu­ra, na ati­vi­da­de tu­rís­ti­ca, cul­tu­ral, na ci­ên­cia e tec­no­lo­gia e na edu­ca­ção.

Eu­ler de Fran­ça Be­lém — O go­ver­na­dor Al­ci­des Ro­dri­gues se mos­tra dis­pos­to a ban­car uma can­di­da­tu­ra pró­pria. Que ar­gu­men­to es­te go­ver­no de­ve usar pa­ra con­ven­cer os elei­to­res a man­tê-lo no po­der?

Es­se go­ver­no é a cer­te­za de que Go­i­ás se­rá ad­mi­nis­tra­do co­mo se fos­se sua pró­pria ca­sa, on­de quan­do se po­de in­ves­tir in­ves­te. Com is­so a cre­di­bi­li­da­de au­men­ta, as­sim co­mo a ca­pa­ci­da­de de in­ves­ti­men­to. A ad­mi­nis­tra­ção de um go­ver­no na­da mais é que a ad­mi­nis­tra­ção de uma ca­sa, de uma em­pre­sa de for­ma am­pla e com um cu­nho so­ci­al em­bu­ti­do. Não te­nho a in­ten­ção de po­li­ti­zar es­se de­ba­te, mas não te­mos cos­tu­me de enal­te­cer a cul­tu­ra da res­pon­sa­bi­li­da­de. O elei­tor não sa­be qual o or­ça­men­to do Es­ta­do. Ali­ás, 99% dos ser­vi­do­res pú­bli­cos não acom­pa­nham o or­ça­men­to, que é um ins­tru­men­to téc­ni­co.

Da­nin Jú­ni­or — To­do es­se in­ves­ti­men­to que o sr. ci­tou é su­fi­ci­en­te pa­ra ban­car um pro­je­to elei­to­ral se­pa­ra­do do go­ver­no que o an­te­ce­deu? Al­ci­des Ro­dri­gues se­rá um bom ca­bo elei­to­ral?

O go­ver­na­dor Al­ci­des se­rá um bom ca­bo elei­to­ral. As pes­qui­sas mos­tram evo­lu­ção de sua po­pu­la­ri­da­de, apro­va­ção ao seu go­ver­no.

Da­nin Jú­ni­or — Co­mo ha­via uma par­ce­ria mui­to cla­ra com o elei­tor em 2006 en­tre o se­na­dor Mar­co­ni Pe­ril­lo e o go­ver­na­dor Al­ci­des, não se­ria na­tu­ral que es­sa con­ver­sa de ali­an­ça co­me­ças­se pe­los dois?

A mi­nha im­pres­são é que a po­la­ri­za­ção po­lí­ti­ca em Go­i­ás pre­ci­sa ter um qua­dro di­fe­ren­ci­a­do. Fui can­di­da­to a go­ver­na­dor nes­sa pers­pec­ti­va.

Da­nin Jú­ni­or — Mas o sr. sen­tiu di­fi­cul­da­des de rom­per es­sa po­la­ri­za­ção?

Sim. Mas a po­la­ri­za­ção não é en­tre dois gru­pos, é en­tre go­ver­no e opo­si­ção. Se o go­ver­no ti­ver um can­di­da­to ele é uma via, as ou­tras não sei qua­is são. His­to­ri­ca­men­te a pri­mei­ra via em Go­i­ás é do go­ver­no, e não é de um par­ti­do só, é de um par­ti­do do go­ver­no que te­rá o mai­or tem­po de te­le­vi­são, o mai­or nú­me­ro de pre­fei­tos e ve­re­a­do­res. Se pe­gar o pro­ces­so de trans­for­ma­ção, is­so es­tá em cur­so. O re­sul­ta­do po­lí­ti­co de 2006 não é o mes­mo de 2008. Se so­mar os agru­pa­men­tos po­lí­ti­cos, va­mos di­vi­di-los por três, e pe­gar o nú­me­ro de pre­fei­tos, ele não é o mes­mo de de­pu­ta­dos es­ta­du­ais. Há uma mi­gra­ção pa­ra es­ta es­tru­tu­ra par­ti­dá­ria em­bu­ti­da na fren­te.

Da­nin Jú­ni­or — A po­la­ri­za­ção não aca­ba se­guin­do os ve­to­res de pers­pec­ti­va de po­der, que ho­je são mais cla­ros com Iris Re­zen­de e Mar­co­ni Pe­ril­lo?

Se pe­gar as can­di­da­tu­ras de Iris Re­zen­de e Mar­co­ni Pe­ril­lo e co­lo­car os par­ti­dos po­lí­ti­cos que vão apoiá-los e a pers­pec­ti­va da can­di­da­tu­ra com o apoio des­sa ou­tra es­tru­tu­ra, qual é o nú­me­ro de par­ti­dos mai­or que vai se apre­sen­tar à po­pu­la­ção? É a da can­di­da­tu­ra do go­ver­no, que te­rá tam­bém o mai­or tem­po na TV, mai­or nú­me­ro de pre­fei­tos e ve­re­a­do­res.

Da­nin Jú­ni­or — Te­mos o exem­plo do fi­nal do go­ver­no de Hen­ri­que San­til­lo, em que o go­ver­no ten­tou auma ter­cei­ra via, mas não foi pos­sí­vel por­que a pers­pec­ti­va de po­der es­ta­va en­tre ou­tros dois gru­pos.

Mas a ter­cei­ra via não era a can­di­da­tu­ra de go­ver­no. A si­tu­a­ção é dis­tin­ta da que te­mos ho­je. Te­nho uma opi­ni­ão for­ma­da so­bre o que sig­ni­fi­ca a fi­gu­ra de San­til­lo pa­ra Go­i­ás e a he­ran­ça que dei­xou co­mo ho­mem pú­bli­co. Não só te­nho um re­la­ci­o­na­men­to co­mo ad­mi­ra­ção por ele, que deu a ba­se do que de­pois veio a ser o Tem­po No­vo do pon­to de vis­ta fi­lo­só­fi­co e pro­gra­má­ti­co. E não sei se é a mes­ma pers­pec­ti­va de ho­je. A so­ci­e­da­de tem um mo­vi­men­to que a gen­te po­de não que­rer per­ce­ber, mas tem, e vem avan­çan­do. Não te­nho dú­vi­da de que os go­ver­nos fo­ram avan­ços. O de 1983 foi um avan­ço no que diz res­pei­to à de­mo­cra­ti­za­ção; no de 1986 hou­ve um re­a­li­nha­men­to; em 1990 a po­pu­la­ção re­tor­nou com Iris Re­zen­de; em 1994 Ma­gui­to se apre­sen­tou co­mo no­vi­da­de com um cu­nho so­ci­al. E em 1998 veio Mar­co­ni, em 2002 não hou­ve pro­je­to con­so­li­da­do e veio Mar­co­ni de no­vo; em 2006, ques­ti­o­nou-se, mas a fi­gu­ra em­ble­má­ti­ca do go­ver­na­dor Al­ci­des com o apoio do go­ver­no se ele­geu.

Sa­rah Mohn — Es­sa for­ça co­man­da­da pe­lo go­ver­na­dor já tem um no­me?

Pri­mei­ro pre­ci­sa­mos de­fi­nir um pro­je­to cla­ro pa­ra o Es­ta­do e de­pois de­fi­nir um no­me.

Da­nin Jú­ni­or — Mas es­ta­mos a seis mes­es das elei­ções.

Ses­sen­ta e se­te por cen­to do elei­tor de­fi­ne seu vo­to no ho­rá­rio elei­to­ral gra­tui­to, 60 di­as an­tes da elei­ção.

Da­nin Jú­ni­or — Mas se­guin­do cer­tas ten­dên­cias.

Qua­is ten­dên­cias? De nú­me­ros de par­ti­dos, de tem­po de te­le­vi­são? De es­tru­tu­ra po­lí­ti­ca.

Da­nin Jú­ni­or — Os pré-can­di­da­tos que apa­re­cem des­de o iní­cio nas pes­qui­sas ten­dem a ab­sor­ver o mai­or nú­me­ro de vo­tos.

Mas qual era o por­cen­tu­al de Al­ci­des em de­zem­bro 2007? Ele ven­ceu a elei­ção.

Da­nin Jú­ni­or — O sr. ti­nha a ten­dên­cia do cam­po do go­ver­no que iria ser mui­to for­te na­que­la épo­ca.

Ti­nha gen­te que ti­nha já com­pra­do ter­no e gra­va­ta pa­ra o dis­cur­so de pos­se. Em 1998 a ten­dên­cia era Iris Re­zen­de e quem ga­nhou?

Da­nin Jú­ni­or — Mas a ten­dên­cia é que ha­ja uma can­di­da­tu­ra for­te des­se cam­po que aglu­ti­nou for­ça em 1998 e veio so­man­do for­ça des­de en­tão.

O can­di­da­to em 1998 era Ro­ber­to Ba­les­tra até dois mes­es da con­ven­ção. O que fi­ze­ram foi aglu­ti­nar for­ça. A mai­or for­ça po­lí­ti­ca pa­ra o ano que vem não é no­me.

“Eleitor pode apostar no novo”

Da­nin Jú­ni­or — Mas há no go­ver­no al­guém já aglu­ti­nan­do es­sas for­ças?

Há mais que um no­me, há o sen­ti­men­to em prol des­sa ar­ti­cu­la­ção, que reú­ne vá­rios par­ti­dos.

Da­nin Jú­ni­or — Co­mo a for­ça co­man­da­da pe­lo go­ver­no vai se apre­sen­tar con­tra seus ad­ver­sá­rios?

Com um pro­je­to no­vo e con­sis­ten­te o ci­da­dão vai com ele. Es­sa é a ten­dên­cia elei­to­ra. O elei­tor tem du­as pos­tu­ras. Ou apos­ta no no­vo ou vai na­qui­lo que co­nhe­ce. Se­rá pos­sí­vel cons­tru­ir um pro­je­to no­vo con­sis­ten­te? Se sim, po­de ser com­pe­ti­ti­vo; se não, o elei­tor vai na­qui­lo que co­nhe­ce.

Da­nin Jú­ni­or — É pre­ci­so ter um no­me. Quan­do se­rá de­fi­ni­do?

Ló­gi­co, até por­que a le­gis­la­ção exi­ge is­so. O que dis­cu­to é um mo­de­lo. Os no­mes co­lo­ca­dos já fo­ram go­ver­na­do­res du­as ve­zes. No­mi­nal­men­te não é o nos­so for­te. Se “fu­la­ni­zar” a elei­ção o pro­je­to no­vo não ga­nha di­fe­ren­cia­ção. Pre­ci­sa­mos in­cor­po­rar for­ças e há um mo­vi­men­to nes­se sen­ti­do. O que pre­ci­sa cla­ra­men­te é de um pro­je­to con­sis­ten­te.

Ce­zar San­tos — Que pro­je­to se­ria es­se? Tem de ser um pro­je­to fan­tás­ti­co pa­ra su­plan­tar a pre­fe­rên­cia do elei­to­ra­do por no­mes co­mo Iris Re­zen­de e Mar­co­ni Pe­ril­lo, cer­to?

Um pro­je­to de res­pon­sa­bi­li­da­de fis­cal, in­ves­ti­men­tos cla­ros, obras ma­cro­es­tru­tu­ran­tes, que­bra do pa­ra­dig­ma da po­la­ri­za­ção da po­lí­ti­ca go­i­a­na, são con­cei­tos que a po­pu­la­ção es­tá per­ce­ben­do que são im­por­tan­tes. Por­que nos úl­ti­mos dez anos a Fer­ro­via Nor­te-Sul no Ma­ra­nhão fi­cou pron­ta? No To­can­tins 70%? Aí se per­ce­be que exis­te um es­pa­ço pa­ra uma ação mais uni­fi­ca­da dos ob­je­ti­vos ma­cros de Go­i­ás. Pen­so as­sim, de­fen­di uma can­di­da­tu­ra des­se jei­to e ho­je te­nho mui­to mais con­vic­ções e res­pei­to, te­nho uma ad­mi­ra­ção pes­so­al pe­lo pre­fei­to Iris. Boa par­te do que apren­di foi as­ses­so­ran­do ele e mi­li­tan­do na po­lí­ti­ca jun­to com ele. Sou pa­dri­nho de ca­sa­men­to do se­na­dor Mar­co­ni, con­vi­ve­mos jun­tos na mi­li­tân­cia da ju­ven­tu­de do PMDB. Per­cor­re­mos o Es­ta­do, ele tem qua­li­da­des ex­tra­or­di­ná­rias. Não há aqui ne­nhu­ma crí­ti­ca, pe­lo con­trá­rio, te­nho pe­lo pre­fei­to e sua fa­mí­lia uma ad­mi­ra­ção pes­so­al. Ele es­tá fa­zen­do um es­for­ço pa­ra fa­zer uma boa ges­tão, re­to­mou o bri­lho nos olhos. Mar­co­ni tam­bém tem mui­tas qua­li­da­des. O que es­tou di­zen­do é que o mo­men­to exi­ge um agru­pa­men­to di­fe­ren­te e que in­clu­si­ve am­bos po­de­ri­am com­pre­en­der is­so. Iris tem da­do si­nais cla­ros dis­so, com Hen­ri­que Mei­rel­les no pro­ces­so den­tro do PMDB. O pró­prio Mar­co­ni, quan­do se vê de­le a si­na­li­za­ção de mar­char com Jú­ni­or da Fri­boi. Já são per­cep­ções de ho­mens ex­pe­ri­men­ta­dos. Es­sa po­la­ri­za­ção cria uma po­lí­ti­ca mui­to fer­re­nha do a fa­vor e con­tra. Tem mui­ta gen­te no in­te­ri­or que não é a fa­vor de Mar­co­ni e é con­tra o PMDB e, con­se­quen­te­men­te, Mar­co­ni é o ins­tru­men­to de de­sa­gu­ar sua rai­va. Eu não es­ti­mu­lo o ódio e não te­nho ne­nhu­ma in­ten­ção de par­ti­ci­par de um pro­je­to que te­nha co­mo ob­je­ti­vo der­ro­tar al­guém. Pe­lo con­trá­rio, gos­ta­ria que o ob­je­ti­vo fos­se tor­nar Go­i­ás um Es­ta­do vi­to­ri­o­so nas ações. Com o apren­di­za­do de de­pu­ta­do fe­de­ral por três ve­zes, de­pu­ta­do es­ta­du­al, ve­re­a­dor, se­cre­tá­rio da pre­fei­tu­ra e ago­ra pre­si­den­te da Go­i­ás Tu­ris­mo, que­ro con­tri­bu­ir com um pro­je­to que, do pon­to de vis­ta da­qui­lo que meu par­ti­do pre­ga, de li­ber­da­de, cres­ci­men­to e com­pe­tên­cia da ges­tão pú­bli­ca, pu­des­se ser o que va­mos apre­sen­tar pa­ra Go­i­ás.

Sa­rah Mohn — Hou­ve uma re­u­ni­ão do PSB em Re­ci­fe há al­gu­mas se­ma­nas pa­ra de­fi­nir o po­si­cio­na­men­to dos di­re­tó­rios es­ta­du­ais pa­ra a elei­ção de 2010. Qual se­rá o po­si­cio­na­men­to do par­ti­do em Go­i­ás?

O pa­pel do PSB é cla­ro, ele­ger Ci­ro Go­mes pre­si­den­te da Re­pú­bli­ca. Ele sen­do o can­di­da­to o par­ti­do tem ou­tra per­for­man­ce. Foi dis­cu­ti­da tam­bém a ne­ces­si­da­de de es­ti­mu­lar as can­di­da­tu­ras a de­pu­ta­dos fe­de­ra­is, por que o Bra­sil é um pa­ís que tem no Con­gres­so Na­ci­o­nal uma ins­tru­men­ta­li­za­ção mui­to for­te. Va­mos or­ga­ni­zar uma cha­pa boa de de­pu­ta­dos es­ta­du­ais. Foi apre­sen­ta­do um pla­ne­ja­men­to es­tra­té­gi­co e va­mos fa­zer o mes­mo em Go­i­ás. Mar­ca­mos a de­ci­são pa­ra mar­ço, pa­ra que a gen­te pos­sa até lá fa­zer uma ava­li­a­ção mais pro­fun­da. Até ago­ra te­mos a ten­dên­cia de par­ti­ci­par de uma fren­te que pos­sa apre­sen­tar uma can­di­da­tu­ra a go­ver­na­dor, se­na­dor e de­pu­ta­dos fe­de­ra­is e es­ta­du­ais.

Ce­zar San­tos — O que o sr. tem co­mo pro­je­to pes­so­al?

Fa­zer com que a ati­vi­da­de tu­rís­ti­ca se­ja um ins­tru­men­to de me­lho­ria de vi­da pa­ra as pes­so­as.

Ce­zar San­tos — Mas o sr. pen­sa em se can­di­da­tar?

Sim, mas a par­tir de mar­ço é que va­mos bus­car as al­ter­na­ti­vas. O pro­je­to na­tu­ral é uma can­di­da­tu­ra a de­pu­ta­do fe­de­ral, mas ou­tros pro­je­tos po­dem sur­gir.

Da­nin Jú­ni­or — O sr. dis­se que a ter­cei­ra via tem que de­fi­nir um no­me

Não. Dis­se que con­cor­do que tem que de­ci­dir o no­me, só não acho que ago­ra é o mo­men­to ade­qua­do.

Da­nin Jú­ni­or — En­tão quan­do é o mo­men­to ade­qua­do?

Em ju­nho, na con­ven­ção.

Da­nin Jú­ni­or — Não fi­ca mui­to em ci­ma?

Não é a mi­nha opi­ni­ão. Is­so é uma cons­tru­ção. Fui can­di­da­to de uma fren­te. Um dia em uma re­u­ni­ão no Cas­tro's Ho­tel com to­dos os pre­si­den­tes, San­dro Ma­bel le­van­tou e dis­se “o no­me é o do Bar­bo­sa”. E o Ru­bens Oto­ni dis­se “eu to­po e vou le­var o PT, o PR e o PCdoB”. Lan­ça­mos e con­so­li­dou. Ok, a cha­pa não foi vi­to­ri­o­sa, mas apren­di mui­to e es­se é o pro­ces­so na­tu­ral.

Da­nin Jú­ni­or — E ago­ra, no­va­men­te, o sr. to­pa­ria ser o no­me?

Não en­tro nes­ta dis­cus­são, com to­do res­pei­to. O no­me sur­ge na com­pre­en­são das pes­so­as. O que sin­to é que há um des­pren­di­men­to ver­da­dei­ro na cons­tru­ção de um pro­je­to. Se não per­ce­bes­se is­so não par­ti­ci­pa­ria.

Sa­rah Mohn — O PSB rei­vin­di­ca o no­me do sr. co­mo can­di­da­to a go­ver­no?

Se o PSB ti­ver que ofe­re­cer um no­me, com to­da a nos­sa his­tó­ria, o que me di­zem é que po­de­ria, mas acho que es­sa é uma dis­cus­são a ser tra­va­da no mo­men­to cer­to. O PSB tem co­mo pro­je­to uma cha­pa de de­pu­ta­do es­ta­du­al. Fui fo­men­tar o pro­ces­so em Pi­ra­can­ju­ba, Lu­zi­â­nia, Aná­po­lis, Mi­na­çu, Ja­taí, con­so­li­dan­do can­di­da­tu­ras em âm­bi­to re­gi­o­nal. Pa­ra que o par­ti­do es­te­ja no mo­men­to cer­to ins­tru­men­ta­li­za­do pa­ra ter com­pe­ti­ti­vi­da­de à As­sem­bleia, à Câ­ma­ra e, con­se­quen­te­men­te, se is­so for uni­fi­ca­do, um tra­ba­lho con­jun­to, com nos­sa lí­der na As­sem­bleia, a de­pu­ta­da Be­ti­nha Te­jo­ta, com o pre­si­den­te da Câ­ma­ra de Aná­po­lis, ve­re­a­dor Ci­ro Mi­guel, que é um dos pré-can­di­da­tos. É um tra­ba­lho ar­te­sa­nal de di­ri­gir o par­ti­do nas di­ver­sas re­gi­ões.

“Vila Cultura será entregue dia 24 de outubro de 2010”

Da­nin Jú­ni­or — Co­mo es­tá o an­da­men­to do pro­je­to da Vi­la Cul­tu­ral?

So­bre o as­pec­to da ad­mi­nis­tra­ção pú­bli­ca es­ta­du­al to­das as eta­pas fo­ram cum­pri­das. Fi­ze­mos o pro­je­to, li­ci­ta­mos e con­tra­ta­mos a obra, vi­a­bi­li­za­mos o re­cur­so, bai­xou-se o de­cre­to de de­sa­pro­pria­ção, os re­cur­sos na or­dem de R$ 3 mi­lhões de­po­si­ta­dos há qua­se dois anos, e es­ta­mos aguar­dan­do a con­cre­ti­za­ção das de­sa­pro­pria­ções que ain­da res­tam pa­ra po­der­mos, efe­ti­va­men­te, dar iní­cio no co­me­ço do ano que vem. Ho­je te­mos du­as de­sa­pro­pria­ções bem avan­ça­das, uma de­las tem o pra­zo no dia 23 de de­zem­bro pa­ra a de­so­cu­pa­ção, já foi fei­ta a in­ti­ma­ção; e a ou­tra, que fi­ze­mos acor­do na úl­ti­ma se­ma­na, di­mi­nu­in­do o va­lor pe­ri­ci­al da cor­re­ção e foi acei­to pe­lo pro­pri­e­tá­rio. Há ou­tras du­as que mais ra­pi­da­men­te que­re­mos con­cre­ti­zar.

Ce­zar San­tos — O sr. não vê ne­nhum pro­ble­ma no cro­no­gra­ma pre­vis­to ini­ci­al­men­te?

A prin­cí­pio con­ti­nua­mos com o pro­gra­ma ar­ro­ja­do de en­tre­gar­mos no dia 24 de ou­tu­bro de 2010. Es­se é o pro­je­to da Vi­la Cul­tu­ral, que é um pro­je­to mui­to mais am­plo. Ti­ve­mos a con­fir­ma­ção pe­la Se­cre­ta­ria da Fa­zen­da da aqui­si­ção do no­vo pré­dio, pa­ra trans­fe­rir a uni­da­de de sa­ú­de do Ju­a­rez Bar­bo­sa. No lo­cal se­rá uma das mai­o­res ino­va­ções do se­tor tu­rís­ti­co na­ci­o­nal, que é a Ca­sa do Tu­ris­mo. To­das as en­ti­da­des es­ta­rão ins­ta­la­das no mes­mo com­ple­xo fí­si­co. Te­re­mos, além da As­so­cia­ção Bra­si­lei­ra da In­dús­tria Ho­te­lei­ra, da As­so­cia­ção Bra­si­lei­ra de Ba­res e Res­tau­ran­tes, do Sin­di­ca­to de Guias, da As­so­cia­ção Bra­si­lei­ra de Agên­cias de Vi­a­gens, do Ins­ti­tu­to de Pes­qui­sa Tu­rís­ti­ca, de re­pre­sen­ta­ção do Se­brae, do Se­nac, do me­mo­ri­al do Tu­ris­mo, do Me­mo­ri­al à Sa­ú­de, Res­tau­ran­te Es­co­la, pa­ra que pos­sa­mos cum­prir aqui­lo que era o pri­mei­ro item mais im­por­tan­te do Pla­no Es­ta­du­al de Tu­ris­mo, de­no­mi­na­do ar­ran­jo ins­ti­tu­ci­o­nal. A ou­tra ino­va­ção é a re­vi­ta­li­za­ção e re­qua­li­fi­ca­ção da Pra­ça Cí­vi­ca, em par­ce­ria com a Age­pel (Agên­cia Go­i­a­na de Es­por­te e La­zer). O pro­ces­so es­tá em ava­li­a­ção jun­to ao Ip­han (Ins­ti­tu­to do Pa­tri­mô­nio His­tó­ri­co e Ar­tís­ti­co Na­ci­o­nal) pa­ra que, con­cre­ti­za­do, pos­sa­mos tam­bém li­ci­tar no iní­cio do ano. A re­vi­ta­li­za­ção e re­qua­li­fi­ca­ção das obras do Te­a­tro Go­i­â­nia que se­rão fei­tas em sua mai­o­ria pe­la Age­pel, em par­ce­ria com a Go­i­ás Tu­ris­mo pa­ra os equi­pa­men­tos do te­a­tro, tor­nan­do-o top e vol­tan­do a ser o que foi ori­gi­nal­men­te sua con­cep­ção.

Sa­rah Mohn — To­dos es­ses in­ves­ti­men­tos se­rão fei­tos com re­cur­sos do Ban­co In­te­ra­me­ri­ca­no de De­sen­vol­vi­men­to (BID)?

Tam­bém. Exis­tem re­cur­sos do go­ver­no es­ta­du­al. Os R$ 3 mi­lhões pa­ra de­sa­pro­pria­ções são to­do do go­ver­no do Es­ta­do. A aqui­si­ção do no­vo pré­dio do Ju­a­rez Bar­bo­sa, no va­lor de R$ 2,7 mi­lhões. A re­vi­ta­li­za­ção do te­a­tro que fi­ca­rá em tor­no de R$ 2 mi­lhões, tam­bém re­cur­sos do Te­sou­ro, e ou­tros re­cur­sos do go­ver­no fe­de­ral e do Pro­gra­ma de De­sen­vol­vi­men­to do Tu­ris­mo (Pro­de­tur).

Ce­zar San­tos — Os re­cur­sos do BID che­gam quan­do?

Já che­ga­ram. Es­ti­ve­mos em Ja­ra­guá lan­çan­do mais uma au­diên­cia pú­bli­ca do go­ver­no de Go­i­ás pa­ra a so­ci­a­li­za­ção do Pro­de­tur. A con­tra­ta­ção da Fun­da­ção Ge­tú­lio Var­gas já é com es­ses re­cur­sos. O for­ta­le­ci­men­to ins­ti­tu­ci­o­nal da Go­i­ás Tu­ris­mo, a re­for­ma, equi­pa­men­tos, aqui­si­ção de ve­í­cu­los, tam­bém com es­ses re­cur­sos. A par­tir do mo­men­to que apro­va­mos a car­ta con­sul­ta os re­cur­sos já co­me­çam a ser li­be­ra­dos pa­ra que a gen­te se ins­tru­men­ta­li­ze. Re­ce­be­mos uma vi­si­ta do BID, que foi con­si­de­ra­da pe­lo Mi­nis­té­rio do Tu­ris­mo um su­ces­so. O go­ver­no de Go­i­ás, além da pre­sen­ça fí­si­ca do go­ver­na­dor e do se­cre­tá­rio da Fa­zen­da, con­tou com ou­tros 11 se­cre­tá­rios de Es­ta­do na re­u­ni­ão com o BID, que en­vol­veu Pla­ne­ja­men­to, Age­top, Sa­ne­a­go, Celg, Ci­ên­cia e Tec­no­lo­gia, Meio Am­bi­en­te, Ci­da­des, Go­i­ás Tu­ris­mo, Age­pel. Ain­da ti­ve­mos a vi­si­ta a Cal­das No­va e Rio Quen­te pa­ra que o pes­so­al do ban­co pu­des­se co­nhe­cer de per­to a pu­jan­ça do tu­ris­mo go­i­a­no. Em fe­ve­rei­ro e mar­ço es­tão vin­do pa­ra no­va vi­si­ta e em ju­nho do ano que vem de­fi­ni­ti­va­men­te es­ta­re­mos as­si­nan­do a con­cre­ti­za­ção da re­a­li­za­ção de um so­nho, que há mais de três dé­ca­das vem sen­do pro­cu­ra­do pe­lo go­ver­no de Go­i­ás. Des­de a dé­ca­da de 80 Go­i­ás bus­ca a pos­si­bi­li­da­de de ter­mos um pro­gra­ma de de­sen­vol­vi­men­to do tu­ris­mo no Es­ta­do. Gra­ças à de­ter­mi­na­ção de um go­ver­no e um ajus­te fis­cal que pos­si­bi­li­tou a ca­pa­ci­da­de de en­di­vi­da­men­to do Es­ta­do nós ti­ve­mos a car­ta con­sul­ta apro­va­da. Com a vi­si­ta do BID, te­re­mos o con­tra­to as­si­na­do no ano que vem, pos­si­bi­li­tan­do in­ves­ti­men­to na or­dem de R$ 233 mi­lhões na es­tru­tu­ra­ção po­lí­ti­ca dos cin­co prin­ci­pa­is pó­los de de­sen­vol­vi­men­to tu­rís­ti­co de Go­i­ás.

Da­nin Jú­ni­or — Co­mo a Go­i­ás Tu­ris­mo ava­lia a si­tu­a­ção do Cen­tro Cul­tu­ral Os­car Ni­e­meyer?

Ve­jo com pe­sar que uma mag­ni­tu­de co­mo es­sa não pos­sa ser ofe­re­ci­da à co­mu­ni­da­de go­i­a­na, bra­si­lei­ra e in­ter­na­ci­o­nal co­mo ins­tru­men­to de atra­ti­vi­da­de pa­ra a ati­vi­da­de tu­rís­ti­ca go­i­a­na. É uma pro­ble­má­ti­ca que se ar­ras­ta no âm­bi­to do Tri­bu­nal de Con­tas. A Go­i­ás Tu­ris­mo não tem ne­nhum en­vol­vi­men­to di­re­to com es­sa ação e aguar­da­mos as de­fi­ni­ções cla­ras da Age­top e dos ór­gã­os res­pon­sá­veis pa­ra que pos­sa­mos, den­tro do pos­sí­vel, con­tri­bu­ir.

Cezar Santos — Um jor­nal di­á­rio di­vul­gou que o di­nhei­ro do BID iria ser in­ves­ti­do no Cen­tro Cul­tu­ral.

Não é es­sa a in­for­ma­ção. Há uma ma­ni­fes­ta­ção de que o Os­car Ni­e­meyer po­de­ria es­tar in­se­ri­do nes­tes re­cur­sos. Po­rém de­pen­de-se de uma de­ci­são téc­ni­ca, ju­rí­di­ca e ins­ti­tu­ci­o­nal, que nós não po­de­mos atra­ves­sar.

Da­nin Jú­ni­or — Qua­is são as li­nhas de tra­ba­lho da Go­i­ás Tu­ris­mo?

Te­mos que for­ta­le­cer a ima­gem da Go­i­ás Tu­ris­mo en­quan­to ins­ti­tu­i­ção. Te­mos um do­cu­men­to ex­tra­or­di­ná­rio, que é o Pla­no Es­ta­du­al de Tu­ris­mo, que de­fi­ne cla­ra­men­te de 2007 a 2011 a po­lí­ti­ca es­ta­du­al a ser se­gui­da. Ela se dá ob­je­ti­va­men­te na con­cre­ti­za­ção da po­lí­ti­ca re­gi­o­nal de tu­ris­mo, ins­ti­tu­í­das no­ve re­gi­ões tu­rís­ti­cas, con­so­li­da­das pri­mei­ra­men­te as 49 ci­da­des con­si­de­ra­das in­du­to­ras de de­sen­vol­vi­men­to tu­rís­ti­co. A par­tir daí nós ins­tru­men­ta­li­za­dos to­das es­sas ações. As no­ve re­gi­ões são: das Águas, do Ou­ro, do Va­le da Ara­gu­aia, dos Even­tos, dos En­ge­nhos, da Bi­os­fe­ra, da Ser­ra da Me­sa, Agro­e­co­ló­gi­ca e a do Va­le do Sol Nas­cen­te, que en­vol­ve as ci­da­des de Mos­sâ­me­des e Pa­raú­na. O pla­no é o nos­so Nor­te. Na re­for­ma ad­mi­nis­tra­ti­va mu­da­mos a no­men­cla­tu­ra de Age­tur pa­ra Go­i­ás Tu­ris­mo em uma es­tra­té­gia de di­vul­ga­ção do nos­so Es­ta­do. O tu­ris­mo se dá ba­si­ca­men­te em três eta­pas: iden­ti­fi­ca­ção de pro­du­tos, de­sen­vol­vi­men­to de pro­du­tos e co­mer­cia­li­za­ção de pro­du­tos, e a Go­i­ás Tu­ris­mo tra­ba­lha fo­ca­da nis­so. O pe­so po­lí­ti­co do tu­ris­mo é pe­que­no e ca­so não ha­ja o pe­so po­lí­ti­co tam­bém não há o eco­nô­mi­co. Te­mos uma es­tru­tu­ra­ção que faz com que te­nha­mos R$ 60 mi­lhões em em­pe­nhos re­a­li­za­dos es­te ano e a con­cre­ti­za­ção não che­ga­rá a R$ 10 mi­lhões por­que a bu­ro­cra­cia da má­qui­na é aquém do que o tu­ris­mo, com sua com­pe­ti­ti­vi­da­de, exi­ge de nós. En­tão va­mos con­cre­ti­zar cer­ca de 15% dis­so.

Da­nin Jú­ni­or — Só um sex­to do or­ça­men­to do Tu­ris­mo foi exe­cu­ta­do?

Sim, mas o res­tan­te se­rá exe­cu­ta­do ano que vem. Plan­ta­mos e va­mos co­lher e não é por de­fi­ci­ên­cia do go­ver­no. Ne­nhum des­ses re­cur­sos se­rá per­di­do, ape­nas não exe­cu­ta­do no exer­cí­cio em que foi apro­va­do. No go­ver­no te­mos um con­cei­to que pre­ci­sa­mos mu­dar que é o le­ga­lis­mo. No Bra­sil o con­cei­to da Cons­ti­tu­i­ção Fe­de­ral, e eu fui le­gis­la­dor, é um tri­pé, que é a le­ga­li­da­de, a eco­no­mi­ci­da­de e a ges­tão. Fi­ca­mos ana­li­san­do per­ma­nen­te­men­te a le­ga­li­da­de e eu con­cor­do com is­so. Mas em de­ter­mi­na­dos mo­men­tos o ges­tor per­de mui­to tem­po pa­ra ins­tru­men­ta­li­zar is­so e por is­so os or­ça­men­tos não são con­cre­ti­za­dos.

Da­nin Jú­ni­or — O que é fei­to es­pe­ci­fi­ca­men­te nes­sas no­ve re­gi­ões tu­rís­ti­cas que o sr. ci­tou?

Pri­mei­ro o ar­ran­jo ins­ti­tu­ci­o­nal. Es­ti­ve­mos re­cen­te­men­te em Ja­ra­guá e pe­di­mos em pú­bli­co pa­ra o pre­fei­to des­vin­cu­lar In­dús­tria e Co­mér­cio do Tu­ris­mo. Ele au­to­ri­zou. Que te­nha uma se­cre­ta­ria pró­pria co­mo no go­ver­no de Go­i­ás. A Go­i­ás Tu­ris­mo é ju­ris­di­cio­na­da a In­dús­tria e Co­mér­cio e te­mos uma óti­ma re­la­ção, mas é um ór­gão pró­prio de tu­ris­mo. Os pre­fei­tos de Ja­taí e Rio Ver­de tam­bém fi­ze­ram a mes­ma coi­sa. É ne­ces­sá­ria a cri­a­ção do Fun­do Mu­ni­ci­pal de Tu­ris­mo, Con­se­lho Mu­ni­ci­pal de Tu­ris­mo, Cri­a­ção de ór­gão pró­prio de Tu­ris­mo, Fó­rum Re­gi­o­nal de Tu­ris­mo, pa­ra que o tu­ris­mo se­ja de­ba­ti­do em fó­runs es­pe­cí­fi­cos. Tu­ris­mo não po­de mais ser apên­di­ce de ou­tras ati­vi­da­des. É a ati­vi­da­de que mais cres­ce no mun­do, res­pon­sá­vel por 10% dos em­pre­gos no mun­do. De­pois dis­so, a po­lí­ti­ca cla­ra de re­gi­o­na­li­za­ção, não há tu­ris­mo mu­ni­ci­pal, tem que ser re­gi­o­nal. No Con­gres­so de Uro­lo­gia em Go­i­â­nia, os mé­di­cos apro­vei­ta­ram pa­ra vi­si­tar Cal­das No­vas, Pi­re­nó­po­lis e a ci­da­de de Go­i­ás. Os pro­fis­si­o­nais da área de sa­ú­de que aqui vi­e­ram vi­si­ta­ram es­sas re­gi­ões. Quan­to mais o tu­ris­ta per­ma­ne­ce, mais gas­ta e mais ge­ra em­pre­go e ren­da, me­lho­ran­do com is­so a qua­li­da­de de vi­da da po­pu­la­ção.

Da­nin Jú­ni­or — Quan­tas ci­da­des o pla­no pre­ten­dia atin­gir ini­ci­al­men­te?

Qua­ren­ta e seis. Ho­je já são 49 e pren­de­mos che­gar a 63 em 2011. Exis­te uma di­vi­são en­tre elas: as ca­te­go­ri­as di­a­man­te, es­me­ral­da e cris­tal. Pa­ra che­gar a di­a­man­te de­pen­de do pro­ces­so de von­ta­de pró­pria que es­ses mu­ni­cí­pios de­mons­tram na im­plan­ta­ção da po­lí­ti­ca. Cri­a­ção do Fun­do Mu­ni­ci­pal de Tu­ris­mo, uma pon­tu­a­ção; cri­a­ção do Con­se­lho Mu­ni­ci­pal de Tu­ris­mo, ou­tra pon­tu­a­ção; cri­a­ção de um ór­gão pró­prio de tu­ris­mo, ou­tra pon­tu­a­ção e as­sim por di­an­te.