Pesquisa: Tudo azul para Marconi!

POLÍTICA & JUSTIÇA

Pesquisa confirma ascensão de Marconi

Pela terceira rodada seguida, senador cresce na disputa pelo governo do Estado e amplia vantagem sobre o PMDB

José Cácio Júnior

A terceira rodada da pesquisa divulgada ontem pelo Instituto Serpes/O Popular, realizada entre os dias 22 e 27 de maio, confirma a tendência de crescimento do senador Marconi Perillo (PSDB). Pela segunda vez seguida, o pré-candidato do PSDB apresentou avanço com relação à rodada anterior, e ampliou ainda mais a sua vantagem sobre o principal adversário – o ex-prefeito de Goiânia Iris Rezende (PMDB).

De acordo com o levantamento divulgado ontem, admitem votar em Marconi 45% dos eleitores. Este percentual era de 43,7% em abril e 42,7% em outubro do ano passado. O ex-prefeito, por sua vez, manteve-se praticamente estável. Oscilou de 40,9% em outubro para 39,9% em abril e 40,6% no final de maio. Desta forma, a vantagem, que era de 1,8 ponto percentual, subiu para 3,8 pontos em abril e chegou a 4,4 pontos na atual rodada.

O pré-candidato Vanderlan Cardoso (PR) também cresceu, em comparação com a última pesquisa. Na rodada divulgada ontem, Vanderlan aparece como pré-candidato preferido para 4,4% dos entrevistados, contra 3,7% na pesquisa anterior. Em seguida, vêm Ênio Tatico (PRP), com 1,3%, Washington Fraga (PSol) com 0,9%, Santana Pires (PRTB) com 0,6% intenções de voto. 2,4% dos entrevistados declararam que votariam em branco ou nulo, enquanto que 4,9% declararam não saber em quem votar caso as eleições fossem hoje.

A margem de erro da pesquisa é de 3,1 pontos percentuais para mais ou para menos, e foram ouvidos 1.001 entrevistados em todas as regiões do Estado.

Na sondagem espontânea, Marconi amplia sua vantagem para Iris em 5,5%. Na rodada de ontem, o tucano tem preferência de 22,7% do eleitorado, contra 20,9% que votariam em Iris. Em abril, a diferença entre os dois candidatos era de 1,9 pontos percentuais, com vantagem de Iris. O peemedebista tinha 17,2% das intenções de votos, enquanto que o tucano foi citado por 15,1% do eleitorado.

Regiões

A disputa segue acirrada quando se divide o Estado em regiões. Marconi lidera em três, Iris está na frente em duas, e os dois estão empatados em duas regiões. Em Goiânia, Iris tem 31,7% contra 24,9% de Marconi. Na região Noroeste, Iris foi citado por 22,5% dos entrevistados, enquanto Marconi, 18,8%.

O tucano está na frente no Entorno de Brasília, com 21,3% das intenções de voto, conta 11,2 de Iris. Na região sudoeste, o tucano tem 25,5%, diante de 20% do peemedebista. O Sul é onde Marconi possui a maior diferença, com 26,4% intenções de voto, contra 12,7% de Iris. Os dois estão empatados no Centro, com 21% de votos para ambos. Já na região norte há empate técnico, com leve vantagem para Iris, que tem 21,8% contra 19,8% de Marconi.

Goiânia é a região onde Vanderlan apresenta o melhor resultado: 3,6%. Na região central, ele aparece com 3,3% e, no Norte, com 3% de votos. Vanderlan não foi escolhido por nenhum entrevistado na região sul.

Rejeição

Tatico, Iris, e Marconi têm os maiores índices de rejeição entre os pré-candidatos ao governo do Estado.Mesmo liderando e ocorrendo um empate técnico entre os três, Iris e Marconi diminuíram os índices de rejeição. Iris diminui em dois pontos percentuais em relação à pesquisa divulgada no dia 15 de abril. Já Marconi, que tinha 16,1% de rejeição em abril, teve 2,3% a menos, onde aparece com 13,8%.

A rejeição de Vanderlan aumentou entre as duas pesquisas. Em abril, ele tinha de 6,9%, contra 9,7% em maio, um acréscimo de 2,8 pontos, também dentro da margem de erro.

Santana e Fraga aparecem com 8% e 6,8% respectivamente, enquanto que 47,4% dos entrevistados não têm rejeição, contra 6,8 pontos percentuais que não sabem qual candidato rejeitaria.

Tucanos destacam tendência de alta do pré-candidato do PSDB

Na opinião do presidente do PSDB, deputado Leonardo Vilela, “a tendência de alta de Marconi é tão forte que passou a se expressar também na pesquisa espontânea, com o senador abrindo uma frente sobre Iris Rezende que também irá aumentar nas próximas pesquisas”.

Outro deputado federal do PSDB, Carlos Alberto Leréia, preferiu atribuir o crescimento de Marconi na Pesquisa Serpes “ao dinamismo e à energia do trabalho do senador, que não descansa e visita diuturnamente todos os recantos de Goiás, levando a sua mensagem”.

Propostas melhores também são a razão do crescimento de Marconi na Pesquisa Serpes, segundo o deputado estadual Nilo Resende, do DEM. “O Marconi está recebendo o reconhecimento da população, primeiro, pelo bom governo que fez no passado, segundo, pela qualidade dos projetos que está apresentando para o futuro de Goiás.”

Na opinião do deputado Daniel Goulart, do PSDB, não houve surpresa na arrancada dos números de Marconi, mostrada pela Pesquisa Serpes. “Isso já era esperado, afinal ele, Marconi, vem desde a primeira pesquisa, ainda em 2009, em tendência de alta.”

Raciocínio parecido é o do deputado estadual Jardel Sebba: “Depois de quatro anos sofrendo uma campanha de desconstrução, a Pesquisa Serpes prova que a liderança de Marconi continua viva e forte.”

Lúcia Vânia e Demóstenes Torres comemoram crescimento

Senadora Lúcia Vânia (PSDB) acredita que pode avançar a um ritmo maior nas próximas rodadas da pesquisa Serpes, a depender de sua exposição na mídia. “Não estive no programa do partido, nem apareci na mídia na semana da pesquisa (22 a 27 de maio)”. Entretanto, ele enxerga o resultado como positivo, pois continuou crescendo entre o eleitorado. “A diferença só preocuparia se eu tivesse caído”, completa.

O senador Demóstenes Torres (DEM) foi o candidato que mais cresceu. Com aumento de 6,2% em relação a abril, ele foi lembrado por 24,3% do eleitorado. Para Demóstenes, a pesquisa é um estímulo para continuar o trabalho de consolidação da sua candidatura. “O eleitor percebe quem está trabalhando. É a opção dos eleitores ao candidato que eles acreditam ser o melhor.” O senador credita o crescimento a projetos como do Ficha Limpa – votado semana passada –, estatuto do idoso, monitoramente eletrônico de presos, mudanças no Código Processual Penal, e na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pedofilia. Entretanto, Demóstenes não acredita que a pesquisa possa influenciar na decisão de formação de chapa.