Paradiando Arnaldo Jabor

As verdades de João Aquino


Brasileiro é criativo.Mentira.
Brasileiro copia tudo, começando pela Globo, que copia programas estadunidenses; o Jô Soares copia o David Letterman; os bobos automotivos copiam a moda de encher carros de potentes auto-falantes ensurdecedores, prejudicando suas próprias capacidades auditivas e infernizando os dias e as noites de outras pessoas, sem contar que disparam alarmes dos outros carros e morrem de rir, passam perto de hospitais e escolas com o som no volume máximo e se acham idem. Geralmente eles andam sozinhos e ficam olhando para os lados para ver se estão chamando a atenção. Quando não andam com o carro cheio de machos. Agora advinha de onde veio essa idiotice?
As madames, e agora até os pobres, também copiaram a péssima mania de andar com cachorros horrorosos por todos os lugares aonde vão. Até o passeio com o totó com o focinho para fora da janela do carro é um plágio. A maneira de cumprimentar do brasileiro sempre foi um aperto de mão. Agora é dando murrinhos no punho, parecendo jogadores de basquete. Chamar as finais de campeonatos de “playoffs”, advinha de onde eles importaram essa "contribuição cultural"? Repetir chavões de programas humorísticos e de novelas, tais como: "É ruim, hein?", "Não é brinquedo não", "Ninguém merece" e o mais recente e igualmente irritante "É tudo de bom", fora o caipiríssimo "Faz parte". UUUU!!!. Isso é ser criativo?
Os cultidiotas desfiam gerundismo como se estivessem sendo extremamente originais. O jeito de se vestir e as tatuagens? É de dar náuseas, pois basta você ver alguns filmes e saberá o tanto que essas bestas são apenas colonizados culturais.

A música então é de doer. Começando com os breganejos, que imitam o country estadunidense, os funkeiros com seus dedinhos em riste e suas caras de maus, passando pelo pop capacho com suas carinhas bonitas e cérebros vazios até chegar ao espetaculoso axé trouxa, fazendo macaquice para turistas. O calypso, para mim é uma vingança do Pará contra Goiás. Nós enviamos para eles Waldick Soriano, Odair José, Amado Batista, Hamilton Lelo e outras porcarias e aí está a desforra.
Pelo lado religioso, chega a ser revoltante ver como se rouba em nome de uma idéia tão estúpida e impossível de se afirmar como verdade absoluta.
É, na minha opinião, a mais cruel das formas de exploração, pois vende uma quimera e colhe crápulas que estão cada vez mais poderosos e são apenas fantoches de interesses bem terrenos e localizados. É a verdadeira lavagem cerebral, nos dois sentidos, ou seja, retirada de tudo que havia e colocação de restos do banquete dos canalhas, que vestem roupas ridículas e saem vomitando ordens para o mundo; ou usurpam títulos eclesiásticos e enfiam a mão até no dinheiro do leite dos filhos dos pobres ou ainda depenam os ricos tapados.
É claro que não pára aqui, ainda tenho muito para falar sobre as imbecilidades que precisam ser desmascaradas.