sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Marconi ganha o último debate!!





POLÍTICA

DEBATE - TV ANHANGUERA


Marconi e Iris partem para o ataque 
Reproduzindo a tensão da reta final da campanha, candidatos promovem confronto mais duro da eleição 

O Popular 

Bruno Rocha Lima, Carlos Eduardo Reche, Carla Borges, Erika Lettry, Fabiana Pulcineli e Lídia Borges   

No último debate antes da disputa do segundo turno, no domingo, os candidatos ao governo de Goiás não pouparam munição no confronto de propostas promovido na noite de ontem pela TV Anhanguera. Do primeiro bloco às considerações finais, da primeira pergunta às despedidas, Marconi Perillo (PSDB) e Iris Rezende (PMDB) não perderam a oportunidade de trocar acusações, cobrar promessas, confrontar modelos de gestão e feitos de seus governos - dois cada um. Nos temas definidos e nas perguntas livres, o que se viu na TV foi o confronto mais aberto entre os dois candidatos, que repetem o embate histórico de 1998, em que Marconi saiu vencedor e interrompeu o ciclo de poder aberto pelo próprio Iris em 1983. O clima era tenso já nos bastidores, resultado de mais de uma semana de alta tensão no enfrentamento das campanhas pela única vaga de governador.  

O senador Marconi Perillo (PSDB) e o ex-prefeito Iris Rezende (PMDB) partiram ontem para a troca de ataques no debate promovido pela TV Anhanguera, o último antes do segundo turno da eleição para o governo de Goiás, no domingo. Os candidatos fizeram o confronto mais duro e recheado de farpas da campanha para o Palácio das Esmeraldas, do primeiro ao último bloco do debate, mediado pelo jornalista Fábio William.  

As trocas de ataques começaram já no primeiro bloco, com perguntas feitas entre os candidatos a partir de temas definidos. Primeiro a perguntar, Iris também foi o primeiro a partir para a troca de farpas, ao afirmar que Marconi não cumpriu o porcentual constitucional de 12% de investimentos na Saúde.  

Os temas dos questionamentos entre os candidatos foram saúde, gestão fiscal, educação e transporte metropolitano. Sempre tenso, o bloco teve seu momento mais crítico nas trocas de ataques no debate sobre gestão fiscal e transporte. Marconi disse que Iris não cumpriu "nem em seis meses, nem em seis anos" a promessa de "resolver o problema do transporte coletivo" da Grande Goiânia. Iris rebateu afirmando que o "único problema" do sistema da capital é a Metrobus, que, segundo o peemedebista, o tucano "usou para politicagem".  

No segundo bloco, de temas livres, os candidatos ao governo prosseguiram com os ataques, desta vez na troca de cobranças sobre promessas não cumpridas. Marconi e Iris trocaram acusações de promessas não cumpridas na área social, de habitação, funcionalismo público e saneamento. Marconi disse que Iris fez "casas de placas" e que, caso eleito, vai dar "mais dignidade" aos moradores dessas unidades permitindo que eles façam a substituição das casas. Iris reagiu afirmando que Marconi não cumpriu a promessa de construir 245 mil casas populares em seus governos e que usou o número da meta para "fazer política".  

As propostas para o funcionalismo também foram um dos pontos alto do enfrentamento. Marconi citou planos de carreira aprovados em sua gestão e disse que Iris é "conhecido por não valorizar o servidor". Iris reagiu citando esforços para pagar folhas em atraso e dizendo que 90% do funcionalismo da capital o apoia.  

A postura de enfrentamento no debate é resultado de uma reta final de campanha marcada pela tensão e trocas mútuas de acusações, que culminou, na quarta-feira, com a divulgação, pela TV Anhanguera, de nova rodada da pesquisa Ibope com manutenção do empate técnico entre os candidatos, agora separados por 1 ponto porcentual (46% para Marconi e 45% para Iris).  


PRIMEIRO BLOCO  

Discussão sobre transporte coletivo acirrou ânimos no início do debate
Não deu tempo para respirar. O primeiro bloco do debate já começou quente, com os candidatos trocando críticas e acusações sobre saúde, finanças públicas, educação e, especialmente, trânsito e transporte coletivo. Este último tema rendeu os momentos mais acirrados deste bloco.

Marconi entrou no tema acusando Iris de não ter cumprido a promessa de resolver os problemas do transporte em seis meses, feita nas eleições de 2004, quando Iris foi eleito prefeito de Goiânia. O tucano disse que após seis anos de mandato, o transporte continuava "humilhando" os usuários do sistema.  

Iris rebateu citando que adquiriu mais de mil novos veículos e disse que o gargalo do transporte na capital é o Eixo Anhanguera, jogando a culpa pela situação da linha nos governos Marconi, acusando-o de deixar a Metrobus, empresa gestora do Eixo, com mais de R$ 20 milhões de dívidas. "Quando o senhor era governador, o Eixo não recebeu a mínima atenção, só usou a linha para fazer politiquice", disse, lembrando que o tucano reduziu a tarifa para 45 centavos, número do PSDB.  

Marconi alegou que reduziu a tarifa para atender a população carente, e aproveitou para criticar também os problemas do trânsito de Goiânia. "Nenhuma intervenção foi feita no trânsito de Goiânia quando o senhor foi prefeito", disse. A ironia deu o tom da resposta de Iris. "O candidato sempre olhou Goiânia com descaso. Ele não percorre Goiânia, só anda na cidade de helicóptero", disse Iris.  

Na primeira pergunta do bloco, sobre saúde, Iris quis saber as propostas de seu adversário. Marconi prometeu priorizar a conclusão das obras já iniciadas na área, melhorar atendimento em unidades que já estão em funcionamento e depois construir Hospital da Mulher, Centro de Recuperação de Dependentes Químicos e hospital da região Noroeste de Goiânia.  

Na réplica, Iris acusou o adversário de não ter cumprido as promessas em sete anos e meio de governo. "Exceto o CRER, muito pouco se viu na área de saúde pública", disse o peemedebista, acrescentando que também não foram investidos 12% em saúde, como determina a Constituição Federal. O tucano contestou.  

"O senhor está completamente equivocado. Comecei e deixei quase pronto os hospitais de Santo Antônio do Descoberto e de Valparaíso. Obras que foram começadas com recurso da venda da usina de Cachoeira Dourada, porque começaram mais de mil obras com esse dinheiro, que foi pulverizado", afirmou.  

O segundo tema foi responsabilidade fiscal. O peemedebista voltou a acusar Marconi de ter deixado R$ 1,5 bilhão de dívidas e déficit mensal de R$ 100 milhões, ressaltando que as afirmações são do governador Alcides Rodrigues. Marconi usou o relatório produzido pela FIPE, instituição da Universidade de São Paulo (USP), para dizer que as acusações de Alcides são uma farsa.  

Iris desqualificou o relatório da Fipe na tréplica e afirmou ainda que Marconi empenhava gastos em saúde e educação para ter suas contas aprovadas pelo Tribunal de Contas do Estado e pela Assembleia Legislativa, para depois cancelar os investimentos. "Isso foi um secretário de Estado que disse e eles não responderam. Eles deviam ter desmentido antes e botado o secretário na cadeia", insistiu o candidato do PMDB.  

Ao falarem sobre educação, o tucano prometeu investir na melhoria dos salários dos professores e implantar escolas de tempo integral. O peemedebista prometeu transformar todas as escolas do ensino médio em tempo integral.  


SEGUNDO BLOCO  

Candidatos comparam governos e tentam desconstruir imagens  

No segundo bloco do debate, em que os candidatos faziam perguntas com temas livres, Iris Rezende e Marconi Perillo fizeram questionamentos sobre propostas de governo, mas aproveitaram todas as respostas, réplicas e tréplicas para fazer comparações e tentar desconstruir a imagem do outro como governante. O momento mais tenso foi quando Iris perguntou a Marconi se era verdade que ele pretendia demolir as casas da Vila Mutirão. "Seriam as casas de Goiânia ou também das outras mais de 200 cidades que têm Vila Mutirão?", disse.  

Marconi respondeu que as casas de placa de concreto construídas por Iris foram duramente criticadas pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante visita a Goiânia. "Não vamos demolir, mas dar a oportunidade para quem quiser substituir as placas por paredes de tijolos e telhas de barro", afirmou. O tucano disse ainda que o adversário construiu mil casas em Goiânia e 3 mil no interior do Estado, enquanto ele fez 186 mil moradias. Iris o criticou por não ter feito as 245 mil casas prometidas em campanha, para concluir: "Não venha agredir as famílias que têm tanto amor às suas casas. Cumpra sua promessa de campanha de construir 200 e tantas mil".  

O bloco começou com a pergunta de Marconi sobre política de distribuição de renda e sobre a "porta de saída" das famílias beneficiadas por programas sociais. Iris respondeu enumerando as principais obras de infraestrutura de seus governos e se disse preocupado com a pesquisa que aponta que 162 mil jovens em Goiás estão fora da escola e sem trabalho. Marconi enfatizou os programas sociais criados em seu governo e prometeu ampliar o Renda Cidadã. Iris prometeu manter e ampliar o programa.  

Marconi questionou Iris sobre um dos pontos em que ele é mais criticado: sua relação com o funcionalismo público. O peemedebista disse que colocou salários atrasados em seis meses em dia, durante seu primeiro governo, realizou concursos e que deixou a Prefeitura de Goiânia com 90% do funcionalismo público municipal integrados em sua campanha. "O adversário nunca apoiou funcionário público e deixou a Prefeitura com a Educação em uma greve de quatro meses". Iris respondeu que a acusação "não procede", que tem o apoio do Sindicato dos Trabalhadores na Educação (Sintego) e que propôs mínimo de R$ 1,4 mil para professores.  

Na última pergunta do bloco, Iris perguntou a Marconi se é verdade que ele buscará a iniciativa privada para obras de saneamento básico. O tucano disse que foi quem mais investiu na área, com a construção de 51 Estações de Tratamento de Esgoto (ETE) no Estado e 5 mil quilômetros de rede de coleta de esgoto e prometeu construir mais. "O candidato não construiu um palmo de esgoto em Goiânia. Disse que o Rio Meia Ponte teria as águas mais puras, mas deixou a ETE de Goiânia pela metade e o Meia Ponte poluído", atacou Iris. Marconi respondeu que o opositor não fez nem metade das rodovias que diz ter construído, assim como em relação a outras obras.  


CONSIDERAÇÕES FINAIS  

Nas considerações finais, Iris e Marconi agradeceram os votos recebidos no primeiro turno, pediram apoio nas urnas no domingo e teceram mais críticas aos adversários. 

Iris, que disse que fez de sua vida pública um "sacerdócio", destacou sua experiência política, lembrando que foi governador de Goiás por duas vezes, ministro da Justiça e da Agricultura e senador. O candidato também cutucou o adversário ao dizer que ele não cumpriu promessas e voltou a prometer fazer a melhor administração de sua vida.   

Marconi aproveitou para criticar ataques na campanha, condenando os panfletos apócrifos, a compra de votos, e o uso das máquinas federal e estadual. Ele também comparou os estilos administrativos de cada um, deu uma atenção especial ao Dia do Servidor Público, pediu desculpas por ter apoiado Alcides Rodrigues (PP) em 2006 e reeditou a fala de Iris. "Quero fazer não o melhor governo da minha vida, mas de todos os tempos para os goianos."

 BASTIDORES  

A mulher de Marconi, Valéria Perillo, chegou à OJC reclamando de dores no corpo. Disse que havia viajado a sete cidades e que não via a hora de terminar a campanha.  

Os dois candidatos deixaram sobre a mesa pastas com divisão por temas. Iris nem abriu. Marconi lia e fazia anotações a todo momento. No primeiro intervalo, a assessoria do peemedebista levou a pasta e deixou apenas uma folha.  

No segundo intervalo, quando o mediador avisou do tempo para as considerações finais, Iris se surpreendeu: "Já acabou? Não tem mais perguntas? Mas já?". Aliás, o peemedebista só ultrapassou o tempo-limite uma vez.  

Antes do início, o mediador Fábio William perguntou se os candidatos preferiam ficar sentados ou de pé. Ambos defenderam que ficassem de pé. E não sentaram nos intervalos. Ao fim, ele parabenizou os dois pelo "alto nível".  

Em sala reservada, Iris tinha a companhia de Vanderlan Cardoso, Paulo Garcia e as duas filhas. Marconi estava com Giuseppe Vecci, marqueteiros, a mulher e as filhas. A mulher de Paulo Garcia, Tereza, desejou boa sorte a Iris pelo telefone.  

Na chegada ao estúdio, Iris Rezende e Marconi Perillo conversaram sobre o peso da reta final. "Está terminando, né?", disse Iris. "É, graças a Deus. Muito cansativo."  

No clima quente do fim do 1º bloco, Marconi reclamou no intervalo que havia sido "citado nominalmente" e pediu direito de resposta. Iris rebateu: "Uai, mas vou citar quem? O debate é com o senhor". Marconi acabou desistindo da solicitação.  

Cada candidato podia receber um assessor no intervalo. Thiago Camargo esteve com Iris. Marconi ouviu as dicas de Paulo de Tarso e Carlos Maranhão, um em cada intervalo. No primeiro, Paulo se atrasou, entrou correndo e tropeçou nos fios.  

No segundo intervalo, em tom mais ameno, Iris e Marconi trocaram sorrisos quando o tucano comentou que os assessores entravam dizendo a mesma coisa. "Eles falam pra mim que estou muito bem. E os seus dizem o mesmo", brincou.  

Na despedida, Marconi cumprimentou Iris e brincou: "Espero que este seja o último debate de que participamos juntos". O peemedebista deu uma gargalhada e desejou boa sorte no domingo. Aos jornalistas, o tucano repetiu.  


Plateia ‘participa’ enérgica 

Lídia Borges

Foi no último debate realizado nestas eleições entre os governadoriáveis Iris Rezende (PMDB) e Marconi Perillo (PSDB) que a plateia presente na Organização Jaime Câmara (OJC) mais se manifestou. Do lado direito do anfiteatro, assessores e convidados de Marconi quase lotaram as cadeiras e reagiam enérgica e ironicamente contra as respostas do peemedebista. Do lado esquerdo, poucos convidados de Iris compareceram, mas tentaram rebater a participação adversária, com aplausos ao aliado.
  

Do lado de fora, a Polícia Militar preparou oito viaturas e 20 PMs para garantir a segurança em frente à OJC, mas a concentração de cabos eleitorais foi pequena (a grande maioria tucana), diferente do primeiro debate, em que a rua foi tomada por militantes e carros de som.

Marconi ganha debate e Iris fica abatido!

PORTAL MARCONI SENADOR



Tucano aproveita melhor a oportunidade para defender propostas e mostrar que tem visão administrativa mais moderna

O debate entre Marconi Perillo (PSDB) e Iris Rezende (PMDB), promovido pela TV Anhanguera nesta quinta-feira, 28, foi uma grande oportunidade para o eleitor tirar sua conclusão sobre o que está em disputa neste segundo turno. Já em suas considerações finais, o tucano resumiu bem qual é o dilema que as urnas deverão resolver: se Goiás quer caminhar com um projeto mais moderno, que acolha melhor a sociedade e prepare as novas gerações para o futuro; ou se prefere dar as mãos a uma visão mais atrasada de administração, que não valoriza a cidadania e o bem-estar social.

Marconi novamente se mostrou mais preparado para falar sobre suas propostas. Utilizou bem as perguntas e as respostas para pontuar suas diferenças administrativas e soube capitanear a disputa verbal com Iris, saindo de provocações com contra-ataques sem perder o tom respeitoso. Ao peemedebista, restou apelar para teses sem fundamento, criadas por sua equipe de marketing. O melhor exemplo de como o debate foi dominado pelo tucano aconteceu no segundo bloco, quando Iris quis provocá-lo com algo descabido:

"Candidato, eu tenho ouvido por aí que o senhor pretende demolir as casas da Vila Mutirão. É verdade?" "Nossa proposta, para o morador que quiser, é reconstruir aquelas casas de placa que o senhor construiu. Reconstruí-las com tijolos e telhas de barro para dar mais conforto àquelas famílias, pois as casas de placas e com telhas de zinco são muito quentes".

Iris replicou dizendo que Marconi deveria respeitar as famílias, que amam muito aquelas casas. Nesse ponto, a discussão já estava nas mãos do tucano, pois o que o peemedebista propôs é que as famílias devem se contentar com pouco, mesmo vivendo no desconforto. Mas o tucano fez algo que ajudou a transcender o debate. Disse ele: "Quem viu o filme 'Dois filhos de Francisco', do Zezé Di Camargo, sabe como aquelas casas são desconfortáveis. E o que nós propomos, para quem quiser, é substituir as casas por outras com material melhor".  


Saúde   

No resto, a vantagem de Marconi também foi notória. Iris abriu a seção de perguntas (sorteadas no primeiro bloco) se esquecendo de cumprimentar o público e de agradecer a oportunidade de disputar o segundo turno. Fez uma pergunta genérica sobre qual seria a proposta de Marconi para a saúde. O tucano cumprimentou o público e agradeceu os votos recebidos. Falou que primeiramente cuidará da situação emergencial em que se encontra a saúde, tratando de adquirir equipamentos e reformar prédios.  

O segundo passo será mudar a gestão das unidades, igualando-a aos moldes do CRER. Em seguida, Marconi pretende investir na construção de novas unidades, como o Hospital da Mulher e o Centro de Recuperação de Dependentes Químicos (CREDEQ). Em sua réplica, Iris reconheceu que o CRER foi uma grande obra feita pelo tucano. Marconi assumiu o compromisso de concluir e fazer novos hospitais. E lembrou um fato que Iris não quis responder ao longo do debate: o peemedebista nunca construiu uma unidade de saúde em seus governos.   


Responsabilidade fiscal

Na sequência, Marconi perguntou a Iris sobre responsabilidade fiscal. Lembrou que foi o primeiro governador a administrar sob o vigor da Lei de Responsabilidade Fiscal e que seguiu minuciosamente todas as suas recomendações. Iris rebateu, citou a tese do déficit (criada pelo atual governo quando começou a fazer oposição a Marconi). Marconi comentou que o ajuste fiscal foi acertado junto ao governo federal, que cobra seu cumprimento rigorosamente, sob pena de o Estado ser multado, perder convênios e até exigir a prisão dos governantes.

Lembrou que a farsa do déficit foi desmoralizada e desmentida pela Fipe, fundação vinculada à USP. Nesse ponto, Iris disse que não foi o governador (Alcides Rodrigues) quem inventou a história do déficit, mas "um secretário de Estado".


Educação

Continuando no primeiro bloco, Iris perguntou sobre educação, dizendo que investiu em escolas de tempo integral em sua passagem pela prefeitura. Marconi disse que esse tema é uma de suas prioridades. Afirmou que vai investir da infância até o ensino universitário. Que voltará a valorizar os professores, inclusive remunerando-os com um piso salarial maior que o nacional. Além disse, assumiu o compromisso de implantar a escola de tempo integral para valer em todo o Estado. Disse ainda que Iris não cumpriu a promessa de colocar todas as escolas de Goiânia sob o regime de tempo integral. O tucano também lembrou que seu governo concedeu 70 mil bolsas universitárias e 90 mil salários-escola. E alfinetou: "Iris nunca criou um projeto para os mais pobres". 


Transporte coletivo

Para terminar o bloco, Marconi perguntou sobre o transporte coletivo. Lembrou que na campanha de 2004 Iris havia prometido resolver os problemas do transporte coletivo de Goiânia em seis meses. Foi nesse ponto que o debate começou a ficar mais acalorado, principalmente da parte do peemedebista, que variou do tom mais irônico para ataques mais agressivos. E Iris se entregou: disse que a redução da passagem do Eixo Anhanguera para 45 centavos, no governo Marconi, foi uma "politiquice". Marconi replicou afirmando que as pessoas do povo são muito mal tratadas no sistema e que nenhuma obra foi feita para diminuir esse sofrimento de quem depende do transporte coletivo. Iris, visivelmente alterado, começou a falar bravatas, como ao dizer que Marconi não anda de ônibus e não conhece a realidade. Marconi respondeu (no bloco seguinte) que anda a pé por Goiânia todas as semanas e conhece, sim, a realidade da cidade.     


Programas sociais   

No segundo bloco, os candidatos fizeram perguntas com temas livres. Marconi fez uma pergunta simples: quais portas de saída Iris pretendia implantar para os programas de transferência de renda?   

O peemedebista não entendeu a pergunta ou quis simplesmente desviar: falou de industrialização. Marconi disse que Iris poderia ter feito bons programas sociais na prefeituras e não fez. O tucano aproveitou para citar suas propostas para a área social: aumento do Renda Cidadã para R$ 250 e a inclusão da Bolsa Futuro, de R$ 50 para cada beneficiário que estiver estudando para não depender mais do benefício. Com qualificação profissional, disse Marconi, as pessoas não dependem mais desses incentivos sociais. Nesse ponto, Iris soltou outro boato: disse que, em seus governos, ninguém passou fome em Goiás. Além disso, prometeu dar sequência aos programas criados por Marconi.

Funcionalismo 

Na pergunta seguinte, Marconi cumprimentou o funcionário público (o debate foi realizado no dia da categoria) e fez pergunta sobre esse tema. Iris não se defendeu bem. Enrolou novamente. Não explicou em detalhes o que pretende fazer para valorizar os servidores. Marconi comentou que colocou o pagamento em dia, antes do fim do mês trabalhado, e lembrou que o peemedebista nunca valorizou o funcionalismo. Citou que Iris deixou a prefeitura com uma greve de quatro meses na educação.


Saneamento  

Na sequência, Iris perguntou sobre saneamento. Marconi disse que essa foi uma área que teve total respeito em sua administração. Lembrou que foi o primeiro governador a realmente investir na construção de estações de tratamento de esgoto - foram 51 no total, disse ele. Também afirmou que foram construídos 5 mil quilômetros de redes de esgoto. Nessa pergunta, Iris levantou uma discussão sobre regularização de lotes. Marconi disse que regularizou 40 mil imóveis em seus governos e prometeu que continuará fazendo isso, "mas sem fazer dessa regularização algo para usar os pobres como massa de manobra".   


Considerações finais   

Nas considerações finais, Iris não teve sorte, pois foi escalado para ser o primeiro a falar. Veio novamente com a história de que faz da política um sacerdócio e quer doar o seu tempo para Goiás. Marconi agradeceu a Deus pela força e pela coragem. Repetiu que vem sofrendo com uma campanha suja, de mentiras e de compra de votos.  

Clamou ao eleitor para refletir sobre os dois projetos que estão em discussão nesta eleição: "Duas visões. Uma visão mais arcaica e uma visão mais moderna, com prioridade para a educação e com respeito à cidadania". Lembrou aunda os grandes feitos de suas administrações: a geração de 500 mil empregos, o salto de R$ 40 bilhões no PIB e a multiplicação, por dez, das exportações. E encerrou: "Não prometo fazer o melhor governo da minha vida. Vou fazer o melhor governo de todos os tempos na história de Goiás".

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Não á traição!





Política & Justiça

Jovenny é contra aliança com Iris e revela voto em Marconi

O presidente do Conselho de Ética do diretório regional do Partido Progressista (PP), Jovenny Cândido de Lima, se disse insatisfeito com as últimas deliberações de seu partido. Fundador do partido em Goiás (ele é o filiado de número 12), o advogado se sentiu desrespeitado ao não ser consultado a respeito das decisões do PP de apoiar Vanderlan Cardoso (PR) no primeiro turno, e Iris Rezende (PMDB) no segundo, e revelou: “vou votar no Marconi”.

Em declaração dada ao jornal Opção no último domingo, Jovenny disse: “Sou o número 12. Portanto, não aceito a aliança entre o PP e o PMDB e, mais, não aceitei nem a aliança com Vanderlan no primeiro turno. Eu estava refazendo o caminho de Santiago de Compostela, a chamada rota francesa, quando me ligaram e deram a funesta notícia. Ora, se sou vice-presidente do partido, por que não me consultaram? Fiquei sabendo que Jorcelino Braga havia ocupado o meu lugar. Mas como: ele foi eleito? Não foi. O PP terá, um dia, de lavar sua roupa suja.” Procurado pela reportagem do Diário da Manhã, o presidente disse que prefere “ainda” não se posicionar publicamente em relação às questões do partido, e que não tem “nada o que esconder”. “Eu não estou apoiando o Marconi, vou votar nele por questões pessoais”, afirmou.

Em junho, Jovenny notificou o presidente do partido, Sérgio Caiado, por tomar decisões importantes para a legenda sem ouvir a executiva e por nomear Jorcelino Braga, ex-secretário da Fazenda, como 2º vice-presidente sem seguir os trâmites previstos pelo regimento interno do partido.

O posicionamento da cúpula do partido há muito vem sendo criticado pelas bases que se sentem à margem das decisões que, a princípio, deveriam ser tomadas em conjunto. “Ele nunca se reuniu nem conversou com ninguém da base. Usa o seu cargo indevidamente, para dizer que o PP está com Vanderlan, mas essa não é a verdade”, afirmou o militante histórico do PP, Felisberto Jácomo Filho, se referindo a Sérgio.
 

Iris é censura!





Política & Justiça

A máquina de censura do PMDB
Partido entra com ação contra Diário da Manhã e comprova tradição em perseguir imprensa. Apoiadores de Iris já fizeram várias vítimas no jornalismo

Welliton Carlos 

A coligação Goiás Rumo ao Futuro, liderada por Iris Rezende (PMDB), candidato a governador do Estado de Goiás, entrou com ação no Tribunal Regional Eleitoral (TRE) contra o Diário da Manhã. No pedido, questiona a publicação de uma denúncia de suposta compra de votos por conta de apoiadores da campanha irista. Conforme o deputado estadual Daniel Goulart (PSDB), um esquema de pirâmide estaria sendo montado sob as barbas da opinião pública e Poder Judiciário. A reportagem foi publicada no dia 23 de outubro. 

No texto jurídico, que questiona o jornal, o advogado peemedebista diz que a campanha de Iris é “franciscana” - tamanha a quantia irrisória dos gastos. Não bastasse a ironia com um santo, visto que nenhuma campanha eleitoral é franciscana, o PMDB ainda se confronta contra o artigo 5º – cláusula pétrea da Constituição Federal. 

Conforme a petição, o Diário da Manhã teria ferido direitos da coligação, que agora deseja direito de resposta. Não é a primeira nem deve ser a última ação contra o DM durante o processo eleitoral. Também não é a primeira vez que o grupo político que dá sustentação à candidatura de Iris Rezende provoca a imprensa com ações chiliquentas que visam coagir a liberdade de manifestação e do pensamento – um líbelo constitucional maior do que a estatura de qualquer pigmeu político. 

Mais recentemente, o jornalista Paulo Beringhs foi obrigado a retirar seu programa da TV Brasil Central – a emissora de TV que tem concessão pública federal e que deveria estar a serviço da população. Em fato inédito na imprensa brasileira, e com repercussão nacional, Beringhs saiu acusando a Agecom de censura. O apresentador do programa Cidade Esperança, deputado estadual Túlio Isac, perdeu seu horário também na TV estatal. Tudo mera coincidência, conforme dizem os tiranetes da comunicação governamental – objeto hoje de uma das investigações mais volumosas de Goiás no quesito improbidade administrativa. 

O histórico do grupo peemedebista também já foi registrado nos livros, estudos científicos e acadêmicos de Goiás. Sua fama chegou nas universidades de fora. Iris Rezende é conhecido por duas marcas: os mutirões (ações de serviço público tipicamente demagógicas e que geraram as zonas mais violentas e miseráveis de Goiânia, também objeto de amplos estudos de adensamento populacional e acumulação de pobres em cantos distantes das áreas ricas da cidade) e a sua prática reiterada de tentar fechar jornais - conforme se observa no livro Vozes da Democracia (Editora: Imprensa Oficial do Estado de São Paulo). Na lista, estão: Folha de Goiaz, Jornal Opção, Top News, Diário da Manhã, dentre outros. É um dos campeões brasileiros de fechamento de impressos, perdendo na história para Getúlio Vargas e a ditadura pós-1964. 

O ex-prefeito de Goiânia não pode achar que todo jornalista é assessor de imprensa dele. Ainda mais agora que se coligou com os herdeiros da UDN – o partido que apoiou o regime militar e a tortura nos calabouços do País. O grupo que apoia Iris, na década de 1960, se inspirava em outro que fundava jornal para difamar adversários e desejava invadir a TV Brasil Central, render jornalistas e prender o governador Mauro Borges. Na falta de coragem, sobrava tática parlapatã para chegar ao poder. Parte desses fatos foi parar na história; outra, empurrada para debaixo do tapete. 

Conforme a coligação irista, pragmática até o pescoço, saiu no jornal e é contra o grupo, com certeza, deve ser calúnia e difamação. Foi assim com a última pesquisa Serpes, publicada em O Popular. Iris foi chorar na Justiça o desempenho negativo na sondagem de opinião. A Justiça, geralmente distante do arrasta-pé irista, ignora as bulhufas eleitorais do grupo que faz de tudo para vencer o pleito. 


Juiz 

Quem deve falar se a denúncia de Goulart procede ou não é um juiz togado ou eleitoral, conforme manda a Constituição Federal. Não existe a hipótese de o réu decidir sobre sua própria honestidade. Porém, o PMDB tenta inovar ao procurar obstruir o DM de circular uma informação. O jornal não disse que o PMDB está comprando votos, mas que existe denúncia. Seguindo a lógica do pedido do PMDB, nenhum jornal poderia tratar do caso Isabela – pois o casal suspeito ainda não foi condenado definitivamente. O mesmo deve ser dito pelos crimes hoje publicados nos jornais de todo País, visto que nada ainda foi efetivamente comprovado. 

O advogado Lazaro Adelmo Mendonça, que assina a petição do PMDB, acusa o DM de calúnia, se esquecendo, talvez, de que ele é que esteja protagonizando calúnia – ao imputar crime a um impresso que zela pelo direito inalienável e imprescritível da liberdade de imprensa. “E pasme! MM. Magistrado. O jornal Diário da Manhã divulgou ainda, caluniosamente, que há um suposto esquema de corrupção com desvio de recursos públicos das prefeituras de Goiânia, Anápolis, o governo estadual e federal, a denotar politicamente que todos os administradores públicos são corruptos.” 

O defensor peemedebista, sem muito traquejo das palavras, se entrega no malabarismo jurídico: “o jornal anunciou ‘suposto’ esquema de corrupção”. É isso mesmo, o doutor advogado escreveu bem: ‘suposto’. O que se supõe, não é. Mas se a carapuça serve, serve. 

A tinta que assina as frases da petição parece retirada de um santuário, tentando subverter uma regra ancestral em direito público: o agente e o postulante ao cargo político deve, sim, ser vigiado por atentados contra o erário. E no sistema corrupto atual não seria notícia a comprovação de que existem (aos montes) inúmeros desvios de recursos de cofres públicos. Eis aqui a regra, não exceção.


TRE nega pedido de busca e apreensão protocolado pelo PCB contra o DM 

O Tribunal Regional Eleitoral (TRE) não atendeu ao pedido do Partido Comunista Brasileiro (PCB) de impedir a circulação do Diário da Manhã no dia 3 de outubro. Conforme a decisão, que extinguiu o processo, os autores não provaram suas acusações de que o jornal estaria beneficiando o candidato ao governo do Estado, Marconi Perillo (PSDB). Esta é a segunda ação movida pelo partido contra o DM que é barrado nas mãos da Justiça. 

Na ação, o partido da candidata ao governo de Goiás no primeiro turno, Marta Jane, acusou o jornal de promover distribuição gratuita de seus exemplares que, segundo ele, estariam beneficiando o senador tucano em suas manchetes, fotos e conteúdos das matérias. 

Marconi e José Eliton, requeridos pelo processo, responderam que tudo se tratou de propaganda paga, “tendo sido cumpridas todas exigências legais, inclusive com a indicação do valor pago e a CNPJ do contratante” . E classificaram a atitude do PCB como “aleivosias lançadas ao vento” . 

Eles sustentaram que publicações do Diário da Manhã são de “responsabilidade exclusiva do jornal, pois que este apresenta e veicula uma matéria jornalística que não tem qualquer interferência dos requeridos, do qual sequer tinham conhecimento antes das publicações” . 

Então, o juiz auxiliar Alexandre Magno de Almeida Guerra Marques indeferiu o pedido de busca e apreensão do periódico, atestando que “a possível vantagem indevida que o suposto tratamento diferenciado poderia gerar já se teria consumado até as vésperas do pleito, sendo inócua qualquer medida no dia das eleições” , o que culminou na “perda do objeto da lide” . 

“Portanto, no que concerne à pretensão à apreensão dos exemplares do jornal, edição do dia 3 de outubro de 2010, e à proibição de sua distribuição gratuita, a lide perdeu seu objeto, o que acarreta falta de interesse processual (ou de agir), e a consequente extinção do processo”, relatou o juiz auxiliar Leão Aparecido Alves, que sentenciou “notifiquem-se as partes e o Ministério Público Eleitoral” . 


Primeiro turno 

Em agosto, o Tribunal Regional Eleitoral (TER) cassou a liminar concedida ao Partido Comunista Brasileiro (PCB) e ignorou o pedido de investigação eleitoral que agiria no sentido de censurar a linha editorial do Diário da Manhã. Na ocasião, o desembargador Rogério Arédio Ferreira voltou atrás na liminar concedida por ele que obrigava o jornal a conceder tratamento “isonômico” a todos os candidatos ao governo de Goiás, sob pena de multa. 

No momento anterior ao recuo, personalidades políticas, entidades de classe e representantes da sociedade civil organizada se manifestaram contrários à decisão do desembargador e declararam apoio ao jornal. 

O presidente do Sindicato dos Jornalistas do Estado de Goiás, Cláudio Curado, declarou que “o jornal, como uma empresa privada, tem o direito de se posicionar favorável à candidatura que quiser. Agora, obrigar o tratamento isonômico porque o PCB acha que está sendo desigual é uma ingerência sobre o conteúdo do jornal” . Valterli Guedes, presidente da Associação Goiana de Imprensa, disse que a “decisão não pode prevalecer. Seria o mesmo que pretender que todos os suicídios tivessem o mesmo destaque que teve o do presidente Getúlio Vargas” . 

Jornalistas repudiaram a decisão, e ressaltaram que o Diário da Manhã é o jornal mais democrático do Estado. “O cidadão tem mais espaços de artigos no Diário da Manhã que nos demais jornais do Estado” , pontuou Afonso Lopes. “Não há jornal mais democrático que o Diário da Manhã, que aceita articulistas de todos os matizes. A iniciativa do PCB tem viés autoritário” , levantou Rosenwal Ferreira. Liderados por Djalma Araújo (PT), 17 parlamentares da Câmara Municipal assinaram um documento de moção de apoio do jornal.

Valéria Perillo: com o evangélicos!





Política & Justiça

Valéria destaca respeito de Marconi pelos evangélicos

A ex-primeira-dama Valéria Perillo prestigiou o encerramento do 13º Congresso de Varões da Assembleia de Deus do Campo de Vila Nova na segunda-feira, 25, à noite. 

Ela representou o senador Marconi Perillo a convite do presidente do templo, pastor Jorge Branco de Gouveia, e do vice-presidente, pastor Josué Gouveia. O deputado federal João Campos (PSDB), membro da igreja, e o deputado estadual Daniel Messac (PSDB) também estiveram presentes. 

No início do evento, o pastor Josué deu as boas-vindas a Valéria e elogiou a sua presença no Congresso. “Estamos muito felizes com a participação da senhora neste momento de fé e oração”.  Ele pediu aos pastores e membros da igreja uma oração para proteger o senador Marconi Perillo, Valéria e sua família. 

Ao falar aos presentes, a mulher de Marconi Perillo, candidato ao governo do Estado pela Coligação Goiás Quer Mais, deixou uma mensagem aos fiéis. Valéria agradeceu o convite para participar do encerramento do Congresso e falou da importância da igreja na evangelização das pessoas. “Tanto eu quanto o Marconi respeitamos muito o trabalho dos evangélicos, pois são missionários de amor ao próximo e de união da família”. 

Preocupada com o número de jovens envolvidos com drogas no País, Valéria informou que o Centro de Recuperação de Dependentes Químicos (Credeq) precisará do apoio das igrejas para o combate às drogas. “Será um grande passo para eliminar este mal que vem tomando conta da nossa sociedade”. 

Ao fim do evento, o pastor e ex-vereador Josué Gouveia (PTC) disse ter deixado a Superintendência do Procon na gestão do PMDB para apoiar o projeto do tucano ao governo do Estado. “Marconi é um político moderno, arrojado e é o melhor para Goiás”. 

O deputado João Campos elogiou o respeito de Marconi e Valéria pelos evangélicos. Segundo ele, é uma relação positiva “porque um governante precisa conhecer a realidade de todos”.

José Eliton: luta constante pela vitória de Marconi Perillo!





Política & Justiça

José Eliton realiza carreata em Aparecida com Ademir e Darrot

Da Redação

Ao lado do atual vice-governador Ademir Menezes (PR) , o  candidato que disputa a vice  pela coligação Goiás Quer Mais, José Eliton (DEM), fez campanha em Aparecida de Goiânia na tarde de ontem para reforçar a candidatura de Marconi Perillo na reta final. 

Ademir, que já foi prefeito do município por dois mandatos, foi eleito deputado estadual e atualmente é vice-governador de Goiás. Mesmo sendo do PR, optou por caminhar com Marconi Perillo. Menezes alegou problemas ideológicos com o PMDB e afirmou que quando prefeito, Aparecida recebeu de Marconi inúmeros benefícios. 

José Eliton esteve também em Trindade, onde, acompanhado do deputado estadual eleito Jânio Darrot (PSDB), o candidato percorreu as ruas e avenidas da capital goiana da fé arrastado por uma multidão de motos e veículos que estampavam as bandeiras da coligação. Nas casas, muita movimentação dos moradores e manifestações de apoio ao candidato tucano. 

Jânio Darrot, que é empresário no município, disse que essa foi uma oportunidade para agradecer a expressiva votação que obteve no município e reforçar a campanha de Marconi. “Trindade vai retribuir o carinho que Marconi sempre teve com o município no dia 31”, disse Darrot. 

José Eliton ficou impressionado com as expressivas manifestações de apoio que recebeu na cidade. “No segundo turno, a campanha é diferenciada. Priorizamos fazer reuniões com lideranças e a moradores dos municípios, mas vejo, ao passar nas ruas em nossas carreatas, que a população está ansiosa pela volta de Marconi”, disse o candidato. 

A comitiva da coligação passou ainda por Hidrolândia e contou com a presença do prefeito José Lima (PP) e o deputado estadual eleito José Vitti (PRTB).

Iris: elevando impostos!





Política & Justiça

Como prefeito, Iris elevou impostos e executou devedores em Goiânia
Nas ocasiões em que ocupou cargos públicos, peemedebista foi severo ao cobrar dívidas e aumentar tarifas. Cogitou inclusive leiloar imóveis alheios 

Da Redação 

Candidato a governador pela coligação Goiás no Rumo Certo, o ex-prefeito de Goiânia Iris Rezende (PMDB) aumentou impostos e executou impiedosamente os devedores quando estava à frente do Paço Municipal. A fama de linha dura em relação à cobrança de impostos, no entanto, vem desde o seu primeiro mandato como governador de Goiás – (1983- 1986). À época, a truculência do Fisco Goiano, a mando de Iris, virou motivo de revolta. Os postos fiscais, localizados à beira das estradas, promoviam operação pente fino e apreendiam inclusive produtos de pouco valor como queijo e ovos. 

Em março do ano passado, Iris promoveu uma megaoperação, com o apoio da Justiça, de execução de dívidas de Imposto Territorial Urbano (ITU) e Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU). A ordem era executar prontamente os débitos de quem não quitasse toda a dívida, sem chance de parcelamento. Na Justiça, o débito era acrescido – além de juros e multas – das custas processuais e até honorários dos procuradores. Em entrevistas concedidas ao Diário da Manhã, o secretário de Finanças, Dário Campos, não descartou nem mesmo a hipótese de leiloar o único imóvel de famílias. 

Mão de ferro com os devedores, Iris Rezende também mostrou que não se importa em salgar impostos. As taxas da Prefeitura de Goiânia são hoje as maiores do País, inclusive para aprovação de construção de prédios.  

Um exemplo claro da sanha arrecadatória do peemedebista é a alíquota de Imposto Sobre Transmissão de Bens Imóveis, o ITBI. Até a Constituição de 1988, o tributo era cobrado pelo Estado, e o porcentual era de 1% do valor venal do imóvel. 

Com Iris na prefeitura, a alíquota subiu para 3,5%, e a tabela de valores dos imóveis foi consideravelmente majorada – de valor venal, o imposto passou a ser cobrado o valor real. Nas demais prefeituras goianas, o porcentual de cobrança do imposto não passa de 2%. 

Quem sentiu mais forte no bolso a mania irista de promover aumento dos impostos foram os moradores dos bairros que receberam asfalto durante a gestão peemedebista. Durante a campanha, Iris prometeu não cobrar nada pelo benefício. 

O susto veio no primeiro carnê de IPTU e ITU que chegou logo após a pavimentação. Em média, o reajuste do imposto foi três vezes o valor cobrado no ano anterior. Ou seja, quem pagava $100, se deparou com uma cobrança de R$ 300. Pior, a cobrança do imposto bem mais alta se tornou permanente – se prefeitos anteriores cobravam, em doze parcelas, uma taxa pelo benefício, Iris encontrou uma forma perversa de perpetuar a cobrança. 

A desculpa jurídica para a cobrança absurda é chamada de valoração da planta genérica, quando um benefício efetuado por órgão público propicia aumento real do valor venal da propriedade. É certo que os imóveis, realmente, passaram a valer mais com o asfalto. Mas é ainda mais certo que os beneficiários são famílias de baixa renda, cujo salário muito mal cobre as despesas mais básicas. 

Pedro Paulo de Oliveira, morador do Setor Faiçalville há dez anos, conta que levou um susto em 2006, um ano após Iris ter sido eleito prefeito da Capital. Por um lote que possui no setor, ele pagou menos de R$ 150 de ITU em 2005. No ano seguinte, o carnê chegou à sua casa com o valor surpreendente de R$ 713. “Nesse ano, o imposto chegou para mim a R$ 1.463,00. Um absurdo”, reclama. Para Pedro Paulo, fica difícil acreditar que, se eleito, Iris vai reduzir impostos. “Nasci em Jussara, mas moro em Goiânia há muitos anos. Nunca tinha visto nada nem parecido”, acrescentou. 

O governadoriável peemedebista, que se diz municipalista, também se mostrou muito pouco interessado nas dificuldades enfrentadas pelos prefeitos de cidades menores. Iris fez gestões fortes junto ao Judiciário e Executivo pra evitar que as demais cidades ficassem com parcelas um pouco maiores do bolo da arrecadação do Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). 

A reportagem do Diário da Manhã procurou a assessoria de imprensa do governadoriável do PMDB para falar do aumento de impostos promovido por ele na Prefeitura de Goiânia, mas até o fechamento dessa edição, o candidato e sua equipe não haviam dado resposta.

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Marconi Perillo: liderança absoluta nas pesquisas!!





Política & Justiça 


Marconi tem vantagem de 11,4 pontos 
Candidato tucano preserva frente para Iris e mantém tendência de vitória no segundo turno, a se realizar no domingo

José Barbacena 

A cinco dias da eleição, a primeira pesquisa Ecope do Brasil/Diário da Manhã realizada neste segundo turno mostra o candidato ao governo Marconi Perillo (PSDB) com 55,7% dos votos válidos e uma diferença de 11,4 pontos para o adversário Iris Rezende (PMDB), que obteve 44,3% no levantamento realizado entre os dias 21 e 25 de outubro de 2010. O instituto entrevistou 2.488 eleitores em 109 municípios goianos. A vantagem do tucano é maior que a obtida na vitória no primeiro turno, que foi de 10 pontos. 

No levantamento estimulado que aproveita os votos totais, Marconi está na frente com 51,4%. Iris Rezende atingiu 40,9%. Dos entrevistados, 2% não votariam em nenhum dos candidatos ao governo. E 2,7% não sabem em quem votar. Todas as pesquisas de intenções de voto realizadas no segundo turno mostraram o candidato tucano na frente do peemedebista, assim como ocorreu na primeira etapa.  

Os números do Ecope se aproximam da última pesquisa Serpes/O Popular. Nela, Marconi atingiu 55,3% dos votos válidos – contra 44,7% alcançados por Iris Rezende. A última pesquisa Serpes teve os dados coletados entre os dias 19 e 22 de outubro deste ano. No levantamento estimulado que leva em conta os votos totais, Marconi apareceu com 51,7%, e Iris teve 41,8%; segundo o Serpes.  

O candidato ao governo pelo PSDB recebeu os números divulgados pelo jornal O Popular com alegria, mas, ao mesmo tempo, alertou para que não haja acomodação. Nesta reta final, Marconi vem priorizando ações na Capital, Aparecida de Goiânia e Anápolis. No domingo à tarde, o tucano teve encontros com líderes religiosos em Anápolis, onde teve votação expressiva. Ontem, Marconi realizou caminhada no Parque Anhanguera, em Goiânia. Iris Rezende também priorizou em sua agenda visita a Anápolis, onde tem como aliado o prefeito Antônio Gomide (PT).  


Metodologia: O instituto Ecope entrevistou 2.488 eleitores em 109 municípios goianos entre os dias 21 e 25 de outubro de 2010. A margem de erro da pesquisa é de 2,7 pontos percentuais para mais ou para menos. O levantamento foi registrado no dia 21 de outubro de 2010 sob o protocolo 53553/2010.

Marconi Perillo: polícia contra as mentiras do PMDB!





POLÍTICA 


PSDB denuncia panfletos apócrifos 
PRESIDENTE DO PARTIDO PEDIU na PF INSTAURAÇÃO  DE INQUÉRITO POR CAUSA  DE MATERIAL CONTRA MARCONI

Núbia Lôbo  

Com um pacote de denúncias em mãos, o presidente do PSDB de Goiás, Daniel Goulart, protocolou ontem na Polícia Federal (PF) um pedido de instauração de inquérito para apurar disseminação de material apócrifo contra o senador e candidato a governador Marconi Perillo (PSDB). O tucano denunciou ainda suposta compra de votos no interior do Estado pela coligação adversária e uma caminhonete de Goiânia que tem adesivo plotado na parte traseira, onde o governadoriável carrega um saco de dinheiro.  

Daniel afirma que levou cerca de 20 panfletos apócrifos à PF, que circulavam basicamente na internet. Texto com ataques contra a família de Marconi e outro afirmando que o candidato teria sido obrigado pelo Ministério Público (MP) a devolver dinheiro para o erário - decisão que seria de competência da Justiça, não do MP - estão no material entregue à polícia.  

As informações levadas por Daniel à PF, que inclui posts nas redes sociais Twitter e YouTube, provocaram repercussão na internet durante todo o dia de ontem, entre internautas que defendiam a ação do PSDB e outros que falavam em censura por parte dos tucanos. Isso porque o deputado estadual Túlio Isac (PSDB), que acompanhou o presidente do partido na formalização das denúncias, tuitou: "Vários tuiteiros foram denunciados hoje na Polícia Federal por semear calúnias contra o candidato a governador @MarconiPerillo. #Justiça!". 

Daniel explica que, além de panfletos e vídeos postados "por dois ou três tuiteiros", o único material colhido no Twitter e entregue à PF trata-se da denúncia de suposta compra de votos. Por meio da rede social, um internauta afirmou ao tucano que um instituto contratava cabo eleitoral na cidade de Morrinhos por preços acima do mercado.   

"Imprimi esse post e entreguei à polícia. Na impressão, outros tuiteiros apareceram, mas que não tinham nada a ver com a denúncia. Não entreguei lista de tuiteiros, dou minha palavra", garantiu Daniel ao POPULAR.   

Além dos panfletos, o tucano também juntou dois vídeos que tacam Marconi e um e-mail supostamente enviado pela Secretaria de Esportes e Lazer (Semel) de Aparecida de Goiânia com um manifesto em prol da presidenciável Dilma Rousseff (PT), o que configura uso da máquina pública nas eleições caso seja comprovado.  

O secretário de Esportes e Lazer da cidade, Nei Sílvio, reconhece o e-mail denunciado por Daniel como sendo da Semel, mas destaca que não tem ciência do que foi entregue à PF e vai esperar ser comunicado da denúncia para verificar o que de fato aconteceu. 

"O que posso dizer é que não tenho conhecimento de panfletos enviados pelo e-mail da Secretaria e que ninguém foi autorizado a fazê-lo. Pode ser alguma armação, o que é muito natural em época de campanha", argumenta. 

Já os vídeos contêm: uma gravação dizendo que Marconi e o presidenciável José Serra (PSDB) estariam roubando ônibus de criança para fazer campanha e outra com uma denúncia em relação à desocupação do Parque Oeste Industrial.  

Na Polícia Federal, a informação é de que o material entregue por Daniel será enviado à Delegacia de Defesa Institucional, que deve encaminhar as denúncias ao Tribunal Regional Eleitoral de Goiás, antes de avaliar se vai instaurar inquérito.  


Caminhada


Uma caminhada no Parque Anhanguera e Jardim Planalto foi a única atividade pública da agenda de Marconi Perillo, ontem, em Goiânia. À noite, o tucano fez comício em Luziânia e Valparaíso.
  

Marconi recebe hoje a visita do governador eleito do Paraná, Beto Richa (PSDB). O aliado chega a Goiânia às 14h30 e parte para carreatas em Goiatuba e Caldas Novas.  


Iris acusa tucano de "campanha milionária"  

Bruno Rocha Lima 

O candidato a governador do PMDB, Iris Rezende, voltou a acusar ontem a campanha do adversário, Marconi Perillo (PSDB), de fazer gastos excessivos e reafirmou que aposta na comparação das gestões para conquistar o eleitor.  

"Eu nunca vi tanto dinheiro numa campanha quanto vi nessa. E eu nunca fiz uma campanha tão pobre quanto essa. Mas, com toda essa diferença de gastos, estamos aí, no pau a pau", disse o candidato em entrevista à imprensa.  

Iris disse que sua experiência como gestor é o grande trunfo de sua candidatura. "Eu fui governador sete anos, Marconi foi por sete anos e meio. Agora quem é que foi melhor? Em toda cidade que você chega tem cinco, seis, sete obras importantes que deixamos ali. E pergunta qual é que ele (Marconi) deixou. É raro você encontrar uma, é raro", afirmou o peemedebista após reunião com lideranças do Entorno do Distrito Federal em seu comitê. 

 Iris visitou à tarde Jaraguá, onde fez carreata ao lado do prefeito Lineu Olímpio (PTB) e do ex-candidato Vanderlan Cardoso (PR). Aproveitando que o município é um pólo têxtil, o candidato prometeu em discurso adotar, se eleito, o projeto de Vanderlan de liberar linhas de crédito para financiar as confecções, especialmente os pequenos e micro empresários.
O peemedebista destacou o crescimento de sua base no 2º turno e o fato de forças políticas adversárias nos municípios estarem superando divergências para apoiá-lo. Iris faz hoje campanha no Entorno do DF e em Rio Verde.  


Marconi ganha direito de resposta  

Carla Borges 

O Tribunal Regional Eleitoral (TRE) concedeu ontem três direitos de resposta ao candidato Marconi Perillo (PSDB), todos de um minuto de duração, no programa de rádio da coligação Goiás Rumo ao Futuro, do candidato Iris Rezende (PMDB). A concessão foi motivada por peças publicitárias consideradas ofensivas e caluniosas. 

Em uma delas, o locutor diz: "Lá vem ele, o candidato 45, o Perigo, que quase fecha a rádio, mas não vai dar conta, não". Em outro, acrescenta: "O tranca-rádios está querendo voltar. Não vamos deixar que ele volte". Ao final, um grito semelhante ao de torcida, diz: "Burro, burro". 

A Justiça também expediu no domingo mandado de busca e apreensão nos comitês de Marconi e nas sedes dos partidos da coligação Goiás Quer Mais. O intuito era verificar a existência de adesivos com o número do candidato, insígnias dos times goianos e frases como "Sou verdão, sou Marconi", com variações para Tigrão e Dragão. Segundo o juiz Alexandre Magno, nas buscas feitas ontem não foi encontrado material que confirmasse a denúncia.

José Serra: críticas ao nível da campanha!





Política & Justiça 

Serra critica nível da campanha presidencial e culpa PT de Dilma 
Candidato dispara contra táticas utilizadas pela rival. “Nunca um adversário jogou tão baixo como nessa campanha.” Tucano também duvida das propostas colocadas no plano de governo do PT 

Da agência estado, de São Paulo 

O candidato do PSDB à Presidência, José Serra, criticou o nível da campanha presidencial deste ano e culpou o PT pela “baixaria eleitoral”. “Em matéria de baixaria, por parte do adversário, sem dúvida, das campanhas que eu assisti no Brasil, essa é a pior. Nunca um adversário se aparelhou tanto, nunca um adversário jogou tão baixo quanto nessa campanha, no caso do PT”, afirmou. 

Serra – que participou de encontro com cientistas na Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), em São Paulo – comparou a disputa com a adversária Dilma Rousseff (PT) à luta de Davi contra Golias. Também afirmou que tem recebido apoio dos eleitores: “É animador ter chegado onde cheguei.” 

Para Serra, o programa de governo petista, divulgado hoje, é instrumento eleitoral. “O caso deles é só uma jogada eleitoral”, disse o candidato, que ainda não lançou seu plano de governo, mas apresenta propostas em seu site de campanha. “Eles não oficializaram coisa nenhuma.” 

Serra disse duvidar das propostas do PT colocadas em um plano de governo porque o partido, em sua opinião, discursa conforme a conveniência. “Eles pensam com a conveniência do momento”, afirmou, ao mencionar o apoio do PT ao Movimento dos Sem-Terra (MST) ao mesmo tempo em que a candidata se diz contra as invasões de terra. Ele reclamou que, no governo petista, o MST “é tratado a pão de ló”. 

O tucano fez um apelo para que os eleitores compareçam às urnas no dia 31 de outubro, durante o feriado prolongado de Finados, e só viajem depois da votação. “É importante que as pessoas não se deixem levar pelo feriado. É melhor ter um feriadão pela metade do que perder um ano novo”, afirmou. 

Para uma plateia de cientistas e acadêmicos, Serra criticou o que chamou de processo de “desindustrialização” da economia nacional. “Temos um festival de importações que concorrem com a produção doméstica eficiente, mas que está prejudicada pela política monetária e cambial do governo, que é uma política anti-industrialização, antidesenvolvimento”. De acordo com Serra, o Brasil produz cada vez menos tecnologia necessária para o desenvolvimento nacional. O País, segundo ele, está perdendo terreno para outras regiões.