sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Marconi: festa para o líder!!

O Popular
 
Giro
Jarbas Rodrigues
 
PMDB prevê conversa com Mabel para semana que vem
 
A expectativa na cúpula do PMDB irista é de que o prefeito-candidato Iris Rezende chame o deputado e presidente do PR goiano, Sandro Mabel, para uma conversa na próxima semana. Há consenso no Paço de que a aliança com o PT, consolidada, deve indicar um petista para uma vaga ao Senado. A outra está reservada para Henrique Meirelles (PMDB) ou para uma composição com outro partido. O PMDB afirma que uma vice irista para Mabel favorece o vice-governador Ademir Menezes (PR), que poderá disputar mandato de deputado federal. Como governador em exercício, Ademir demonstrou ontem boa relação com o prefeito Maguito Vilela em evento no Palácio das Esmeraldas. Mas a aliança com o PMDB ainda está longe de consenso no PR. O vereador goianiense Alfredo Bambu, por exemplo, diz ser contra: “O PMDB nunca nos deu valor ou importância”, afirma. Uma conversa do PR com PMDB dependerá também do retorno do governador Alcides Rodrigues (PP) neste fim de semana.
 
Comparação volta
 
Jorcelino Braga (Sefaz) e Marcos Vinícius (Agecom) acertaram com agências nova estratégia de publicidade do governo. As comparações devem voltar, discretamente.
 
Tempo alcidista
 
Braga diz que o mote será mostrar que o governo Alcides “fez muito em pouco tempo”. Diz ainda que a defesa do governo ao TRE está sendo feita.
 
É que...
 
O TRE proibiu, por solicitação do PPS marconista, a publicidade que comparava o governo Alcides com as gestões anteriores.
 
Paga para ver
 
Presidente da Assembleia, Helder Valin (PSDB) disse à CBN Goiânia não acreditar em retaliações do governo por conta da CPI do Déficit. É a aposta na expectativa de poder.
 
Camicase tucano
 
Tucanos na Assembleia estavam divididos ontem quanto ao deputado Daniel Goulart (PSDB), que se autodenomina camicase, ser membro da CPI do Déficit.
 
Dobradinha
 
O senador Demóstenes Torres (DEM) e o deputado Jardel Sebba (PSDB) têm visitado juntos algumas bases eleitorais do Sudeste goiano. São candidatos à reeleição.
 
Antigos amigos
 
Hoje tem reunião prevista entre as alas Movimento Cerrado (Pedro Wilson e cia.) e Articulação (Paulo Garcia e cia.), do PT goiano.
 
Oficializar
 
Esta reunião precede a de segunda-feira da executiva estadual do PT, que pode oficializar o noivado com o PMDB em Goiás.
 
Pegou embalo
 
Do prefeito-candidato Iris Rezende, ontem: “O eleitor vai contar até mil para votar num candidato que não tenha idoneidade e capacidade administrativa.”
 
Chamem a Delta
 
Iris chegou a comparar Goiânia com São Paulo, ao afirmar que aqui não existem alagamentos há cinco anos. Só que pintou uma lagoa na trincheira da Avenida 85.
 
Dia da Mulher
 
A secretária alcidista Denise Carvalho (Semira) prepara as comemorações para o Dia da Mulher. Mas o governador Alcides ainda deve a promessa de ter mulheres na metade de seu primeiro escalão.
 
Todos de preto
 
O trade turístico quer encher o aeroporto de Goiânia na terça-feira. Nada de pacotão de viagem, mas protestar pela obra que não decola.
 
ARREMATE
 
Bolsa – Talles Barreto (Agel) informa que na segunda-feira abre novas inscrições ao Pró-Atleta, depois de pagar esta semana o mês de janeiro a todos beneficiados pelo programa.
 
Licença – O vereador Charles Bento pedirá licença na Câmara de Goiânia e, no seu lugar, assume o suplente Jeovane Lopes. Ambos do PRTB.
 
Obras – Às 10 horas, Ernesto Roller (Segurança) e Barbosa Neto (Goiás Turismo) anunciam medidas que visam dar maior segurança ao autódromo de Goiânia.
 
Em Natal – Joel Braga Filho (SecTec) participa de Fórum Nacional dos Secretários de Ciência e Tecnologia, onde apresentará o projeto do Centro de Radioterapia.
 
Hospital – A Santa Casa de Goiânia recebeu certificação de Hospital de Ensino como melhor classificação dos hospitais universitários.
 
Aparecida – Secretária de Ação Social, Carmem Sílvia confirma parceria com o Goiás Esporte Clube para atender cerca de 800 crianças carentes da cidade.
 
Crixás – O subseção da OAB pede afastamento do presidente da Câmara, Carlos Borges (PMDB), por supostas irregularidades na sua gestão.
 
Telas – O Shopping Bougainville recebe a Exposição Goiânia 76 Anos, com obras de diversos artistas.
 
Beneficente – Hoje tem jantar dançante no Castro´s Hotel para ajudar a Rede pela Paz. Participe.
 
Lereia: “Não há cota para chapa majoritária”
 
Do deputado tucano Carlos Lereia: “José Batista Júnior, candidato ao Senado pelo PTB, vai empolgar porque é novo na política e empresário de sucesso. A única exigência da Justiça eleitoral sobre cotas para mulheres é para chapas proporcionais, de deputado, e não para senador”. Claro, se refere à senadora Lúcia Vânia (PSDB), cada vez mais sem espaço para se candidatar à reeleição.
 
PERGUNTA PARA: Romilton Moraes, deputado do PMDB
 
Como ex-secretário da Fazenda, como avalia a CPI do Déficit de 1991 a 2009?
 
Trata-se de ação palanqueira da bancada do senador Marconi Perillo (PSDB). Esta CPI foi instalada na Assembleia sem maioria, sem credibilidade, porque está totalmente contaminada pelo ano eleitoral. Vale lembrar que os balanços fiscais do Estado foram aprovados na Assembleia, pelo TCE e pelo Tesouro Nacional.
 
 
Comentários do João
 
Quero comentar, especificamente, a frase do prefeito de Goiânia Iris Rezende “O eleitor vai contar até mil para votar num candidato que não tenha idoneidade e capacidade administrativa.” Claro que vai. É preciso, por exemplo, analisar o histórico de cada candidato quando teve oportunidade de governar Goiás. Ver quem atrasou o desenvolvimento do Estado, ao asfaltar muito, mas fazendo das rodovias goianas um desafio à vida, pois que foram feitas sem acostamento e com asfalto de baixa qualidade. É preciso notar o respeito que o governo tinha para com o servidor público. É preciso ver a guerra fiscal desenfreada e, mais recentemente, as obras em Goiânia. A barragem do ribeirão João Leite, com um lago que pode abastecer a cidade até o ano de 2040 e a Estação de Tratamento de Esgoto de Goiânia, que despoluiu o rio Meia Ponte, são obras de quem tem visão de futuro. A trincheira alagável da Avenida 85 e a outra da Praça do Chafariz, são obras que estarão obsoletas em, no máximo, 5 anos, devido ao crescimento vertiginoso do número de automóveis em circulação.
A promessa de se solucionar o problema do transporte coletivo em Goiânia em 6 meses, também não foi cumprida, basta que alguém vá aos terminais de passageiros em horário de pico, para ver que o problema continua grave; e lá se vão quase 6 anos de admnistração do PMDB em Goiânia.

O eleitor precisa pensar 2010 vezes antes de optar pelo atraso!

A farsa começa e ser desfeita!

Valin: recomendação para que bancadas indiquem os nomes que vão compor a comissão
O Popular

Política

Com novo foco, CPI da dívida é aberta
Comissão instalada ontem vai investigar o endividamento do Estado nos últimos 19 anos

Erica Lettry

Sem colocar o requerimento em votação, o PSDB conseguiu instalar ontem a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Endividamento na Assembleia, mudando o foco inicial da proposta e estendendo o período investigado a quase 19 anos. Com a mudança, a apuração que atingiria apenas o governo do hoje senador Marconi Perillo (PSDB) abrangerá também as gestões dos peemedebistas e do governador Alcides Rodrigues (PP). A estratégia é ganhar tempo e evitar que a gestão de Marconi seja a primeira analisada pela comissão.

Autor do requerimento, o líder do PSDB, deputado Jardel Sebba, pediu ontem à mesa diretora que seguisse a orientação da procuradoria da Casa e instalasse a CPI mesmo sem votação, a exemplo do que ocorreu na quarta-feira com a comissão da Pedofilia. A justificativa de Jardel para antecipar o pedido é que o PMDB teria tentado boicotar a votação ontem, já que toda a bancada faltou à sessão (leia correlata ao lado). O presidente da Assembleia Helder Valin (PSDB) orientou ontem as bancadas da oposição e da situação para nomearem os cinco parlamentares que deverão compor a comissão.

De acordo com o requerimento, a CPI vai investigar as causas do endividamento do Estado entre 15 de março de 1991 e 31 de dezembro de 2009. A mudança de conteúdo da CPI surpreendeu alguns dos 15 parlamentares que estiveram na sessão, que esperavam que ela esclarecesse apenas sobre o déficit mensal de R$ 100 milhões que teria sido deixado por Marconi.

Esse déficit foi apontado pelo secretário da Fazenda Jorcelino Braga (PP) e provocou reação dos tucanos, que ainda no recesso parlamentar prometeram atender ao pedido de Marconi e criar a CPI para esclarecer a questão.

Questionado sobre a mudança de foco, Jardel assegurou que a preocupação era evitar que o partido fosse acusado de fazer uma CPI eleitoreira “só para livrar a cara do Marconi”. O tucano afirmou que o objetivo é esclarecer à sociedade, que segundo ele estaria sendo confundida com as declarações de que o senador deixou o déficit de herança para Alcides.

Uma das ausências de ontem na sessão, o líder do governo na Casa Evandro Magal (PP) garantiu estar decepcionado com a mudança. “Todos esperavam que pudéssemos tirar essa dúvida sobre o déficit, mas agora o foco (da CPI) não tem nada a ver com isso. Essa CPI não vai produzir nada, porque simplesmente não dá tempo de analisar esse volume de informações. Vamos gastar o resto do ano e não vamos conseguir”, analisou.

Surpresa

O teor do requerimento só foi anunciado ontem quando o líder do PT Luis César Bueno discursava na tribuna, alertando que o Legislativo estaria assinando atestado de incompetência se admitisse ter votado as contas do Estado sem analisá-la. Ao chamar a CPI do Déficit de “CPI do absurdo”, o presidente Valin interrompeu a fala do petista e afirmou que ele estaria equivocado, uma vez que a investigação seria sobre o endividamento do Estado.

Depois disso o petista adotou um tom irônico e disse que a “bancada tucana mostrou sabedoria ao mudar o nome da CPI do Déficit para CPI do Endividamento”. Isso porque, justificou, seria impossível negar o déficit deixado por Marconi. “Se abríssemos o balanço do Estado para tentar mudar os dados para provar que não há déficit, estaríamos fraudando um balanço, seria uma aberração”, disse o petista.

Em discurso, o peemedebista Romilton Moraes – que apareceu no plenário depois da instalação – também reforçou a defesa do petista e disse que a CPI, nos moldes apresentados anteriormente, iria desmoralizar os órgãos fiscalizadores do Estado. “Já foi tudo fiscalizado e aprovado, inclusive pela Assembleia”, disse Romilton.

Retorno

A CPI do Endividamento já havia sido proposta em 2007 pelo então governista Daniel Goulart (PSDB), que tinha a expectativa de investigar o endividamento do Estado nos últimos 25 anos.

O pedido, no entanto, foi derrubado em plenário a pedido do líder do Governo na época, Helder Valin. Poucos dias antes de pedir para derrubá-lo, Valin havia discursado a favor da instalação da CPI, o que provocou desconforto no governo. Ao justificar depois porque pediu a rejeição, o tucano afirmou que a CPI iria paralisar o Estado.

Base governista atua para esvaziar sessão

Erica Lettry

A instalação da CPI do Endividamento por pouco não foi adiada para a próxima semana. Isso porque os deputados tiveram dificuldades para garantir o quórum mínimo na sessão.

Por nove minutos o presidente do Legislativo, Helder Valin, esperou que ao menos 14 deputados comparecessem à abertura da sessão. As ausências mais notadas foram a da bancada do PMDB e do líder do Governo, Evandro Magal (PP), que ficou do lado de fora do plenário.

Completando o quórum mínimo necessário, o autor do requerimento, o tucano Jardel Sebba, pediu à mesa diretora que instalasse a CPI, alegando que houve uma tentativa de boicote por parte do PMDB. Até então o deputado dizia estar aguardando o apoio de 21 parlamentares para colocar o requerimento em votação. “Gostaria de votar, mas vi que há planos para esvaziar a sessão. Caberá agora à oposição decidir se indica ou não os membros para a comissão”, afirmou.

Jardel chamou de “ridícula” a postura de esvaziamento e afirmou que o governo estaria com medo que a verdade sobre o déficit do Estado viesse à tona. “Vamos instalar a CPI e mostrar qual o valor do déficit e quem é o responsável por ele”, disse.

Alguns tucanos afirmaram que Magal estaria na porta do plenário pedindo a aliados que não entrassem, com intuito de evitar que a CPI fosse instalada ontem. Magal negou que tenha feito essa manobra e que houvesse alguma orientação do governo. Segundo ele, ontem não havia projetos do governo importantes a serem votados e, por isso, ele teria liberado as bancadas.

Além de sete tucanos, estiveram na sessão Álvaro Guimarães (PR), Vanuza Valadares (PSC), Coronel Queiroz (PTB), Humberto Aidar (PT), Helio de Sousa (DEM), Isaura Lemos (PDT) e Tiãozinho Costa (PT do B).



Comentários do João

Como no caso do endividamento e quase falência da CELG, os que querem desconstruir a imagem do ex-governador Marconi Perillo, acabam de sofrer mais uma derrota, pois, quando se analisar o histórico de contração de dívidas, pagamentos do serviços desta dívida e a aplicação de recursos em obras; se verá quem são os verdadeiros culpados pelo endividamento crescente e pelos déficits, que não são invenções do Governo Alcides, mas são heranças que, por um motivo ou outro, passam de governo para governo, aliás, como é inevitável, já que nenhum governo, em seu curto espaço administrativo, vai dar conta de zerar todas as dívidas, justas ou suspeitas, que foram feitas ao longo da história de Goiás.

A mudança está no ar!!

 
Caros amigos e leitores do Anapolítica!

O blog Anapolítica está, a partir de hoje, mudando o enfoque das suas publicações. Ao invés de apenas reproduzir as matérias publicadas nos jornais de maior circulação, vamos trabalhar mais os artigos de opinião, com prioridade para os assuntos de maior relevância e também analisando de forma regular os assuntos de interesse específico da cidade de Anápolis, sem deixar de notar o que acontece em Goiás,no Brasil e no mundo.

Essa mudança tem dois motivos principais: o primeiro é que 2010 é um ano eleitoral e não podemos ficar alheios a esse importante fato da democracia. O segundo é mais pessoal: um leitor, que acovardou-se atrás do anonimato, tachou a maneira de publicação como plágio, numa clara confusão entre reprodução e plágio. Reprodução é colocar matérias já publicadas em outros órgãos informativos. Plágio é assinar matérias semelhantes ou iguais a de outros autores.

Considero-me com capacidade suficiente para não precisar plagiar, pois, além de gostar de escrever, tenho facilidade de analisar textos e saber interpretá-los de forma autônoma, sem ter de recorrer à falta de ética para expressar minhas opiniões e visão de mundo. 

Se elas estão certas ou erradas, são as que tenho e espero contribuir para que outros também formem as suas próprias.

Um abraço,


                                                   João Aquino

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

O HOJE
terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

CPI do déficit deve ser instalada hoje

Charles Daniel

O senador Marconi Perillo (PSDB) promoveu ontem almoço com sua base de apoio da Assembleia para articular a instalação da CPI que deverá investigar o suposto déficit de R$ 100 milhões mensais que o senador teria deixado para o sucessor, Alcides Rodrigues (PP). O requerimento conta com assinaturas necessárias – 14 – para a instalação, que deve ocorrer hoje. Marconi não deu entrevista, e indicou o líder da bancada na Casa, deputado Jardel Sebba, para ser o interlocutor. Segundo Sebba, o senador e a bancada querem que a sociedade goiana fique sabendo o que realmente aconteceu.

Por um lado, o secretário da Fazenda do Estado (Sefaz), Jorcelino Braga, disse que o governo pagou mais de R$ 1,5 bilhão de dívidas do governo anterior e, por outro, Marconi nega a existência do déficit. Jardel argumentou que não há nada melhor do que uma CPI para esclarecer os fatos. Jardel afirmou que a Governadoria pediu para diversos deputados votarem contra a CPI e, por isso, acredita que estejam receosos com a criação da comissão.

O líder da bancada do PSDB afirmou que defende o rompimento do partido com o PP. “Se for votar, meu voto é pelo rompimento, mas se a maioria decidir que não, vou continuar dando respaldo ao governador Alcides.”

Sobre a decisão do governo de reformular a equipe, exonerando os servidores indicados pelo PSDB, argumentou que o partido ganhou cargos porque ajudou na eleição de Alcides e informou que o assunto ainda será conversado. Jardel não considera que haja clima de guerra entre PP e PSDB, mas estão chateados, porque os tucanos foram trocados por peemedebistas. O tucano disse que ficou triste porque o PMDB, que antes criticava o governador, agora tem interação com Alcides.

Já o presidente regional do PSDB, deputado federal Leonardo Vilela, acredita que o rompimento é irrelevante, porque não mudará o quadro político e, por outro lado, demitir e nomear é uma prerrogativa do governador, portanto, nada cabe ao PSDB senão lamentar.

“Nós lamentamos porque essas pessoas sempre vestiram a camisa do governo, trabalharam dia e noite pela eleição de Alcides, ocupam cargos no governo com responsabilidade, trabalham de verdade, são competentes e dão contribuição ao Estado”, desabafou.

O deputado disse que o partido vai lutar até o dia 30 de junho para trazer o PR e o DEM para a coligação. Ele acredita que é possível porque há simpatizantes de Marconi nas duas siglas. Estiveram presentes os deputados estaduais democratas Hélio de Sousa e Nilo Rezende, Frei Valdair (PTB), presidente da Assembleia, Helder Valin (PSDB), Tiãozinho Costa (PTdoB), Honor Cruvinel (PSDB), Fábio Sousa (PSDB), entre outros.

Dívida cresceu 250% em 5 anos, diz relatório

O último relatório do Tribunal de Contas do Estado (TCE) apresentado ontem que analisou as contas da Celg entre 2003 e 2008 revelou que houve salto de 250% no endividamento da empresa, no período analisado. A dívida total, incluindo o passivo, saiu de cerca de R$ 2,3 bilhões em 2003 para R$ 5,7 bilhões no final de 2008.

O relatório foi apresentado em reunião da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Celg pela analista do TCE Edna Araújo Andrade. A contratação de empréstimos para pagamento em curto prazo foi um dos principais motivos para o aumento. Entre 2004 e 2008 foram contratados R$ 2,4 bilhões em empréstimos.

“A empresa, de 2003 a 2008, aumentou seu endividamento e apresentou resultado econômico negativo, reduzindo a capacidade de autofinanciamento.” Conforme o relatório, em 2006, houve aumento dos prejuízos acumulados e redução do patrimônio líquido, que caiu de R$ 1,23 bilhão para R$ 966 milhões. Edna informou que foi o ano em que o endividamento mais cresceu.

A estatal também contratou empréstimos em 26 instituições financeiras somente em 2006, disse. Na justificativa da estatal, os empréstimos teriam sido para pagar fornecedores, impostos e comprar energia.

A analista informou ainda que, em 2003, 2004 e 2005, a empresa teve lucro. Em 2007, houve crescimento de 9,77% no mercado, conforme aponta o relatório, mas com prejuízo de R$ 176 milhões. Em 2008, os relatórios indicaram prejuízo de R$ 244 milhões. Conforme disse Edna, a situação financeira piorou de forma acentuada, houve dificuldades para honrar compromissos a curto prazo e redução da capacidade de autofinanciamento.

Ontem, a CPI aprovou o requerimento do relator, Humberto Aidar (PT), que prorroga o prazo para a entrega do relatório final por até 20 dias após a data limite de 3 de março. (C.D.)
O HOJE

Política
segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010 

PSDB discute hoje situação de tucano no governo Alcides

Venceslau Pimentel

A cúpula do PSDB agendou para hoje reunião com objetivo de avaliar o quadro político, as eleições e os atos do governo em relação aos tucanos que ocupam cargos na administração estadual. Apesar da defesa de uma das alas do partido, a questão do rompimento com o governador Alcides Rodrigues (PP) deve estar na agenda, mas sem a tomada de decisão a respeito do assunto.

Sobre a demissão de pessoas ligadas ao PSDB, o presidente da legenda, Leonardo Vilela, diz que é atribuição do governador nomear ou demitir, e que nem por isso o partido vai espernear ou xingar o governo.

De qualquer forma, ele saiu em defesa dos correligionários que já saíram do governo ou que estão prestes de deixar seus cargos, afirmando que todos são competentes, trabalharam e ajudaram na eleição de Alcides, no pleito de 2006.

Na semana passada, antes da viagem ao Leste Europeu, o governador antecipou mudanças na sua assessoria de comunicação. Deixaram seus cargos dois assessores ligados ao PSDB: Jayro Rodrigues (amigo pessoal do senador Marconi Perillo) e João Batista Cardoso. Outro exonerado foi Horácio Mello, diretor técnico do Detran.

No governo

Dois outros nomes que têm forte ligação com Marconi, e que ainda permanecem no governo, são o secretário extraordinário Fernando Cunha, e o chefe de gabinete do governador, Olier Alves, que preside o diretório tucano em Goiânia.

Apesar do processo lento e gradual de demissão de tucanos, eles ocupam 80% dos cargos na administração estadual, segundo o presidente regional do PP e secretário de Infraestrutura, Sérgio Caiado, que ressalva: o governador não tem feito pressão para a saída de tucanos. Sérgio Caiado, porém, não esconde que o PP quer mais espaço na administração.

Marconi em Anápolis

CONTEXTO
O jornal de Anápolis
20/02/2010

"Desistência de Meirelles não muda nada"
O anúncio de que o Presidente do Banco Central não estaria mais interessado em disputar o Governo de Goiás nas eleições de outubro não abalou o principal adversário do PMDB

Para o Senador Marconi Perillo, que esteve em Anápolis no feriado de carnaval, visitando eventos religiosos, a desistência do Presidente do Banco Central, Henrique Meirelles (PMDB) em disputar a Governadoria do Estado este ano, não modifica o projeto do PSDB em relação à disputa pela sucessão do Governador Alcides Rodrigues. Marconi entende que o PSDB acumulou experiência suficiente para administrar qualquer situação política em Goiás. Segundo ele, o partido tem uma folha de bons serviços prestados ao Estado e vem se preparando para apresentar um projeto de futuro, de modernidade, focado no social. “Não será um projeto de vertente única. Vamos trabalhar a diversidade, como a infraestrutura, a saúde, o social, a educação e o setor produtivo”, disse.

Perillo acrescentou que respeita todos os adversários, mas entende que a situação se clareará somente no começo de abril, quando se encerram os prazos para filiações. O senador tucano falou ao CONTEXTO sobre a situação vivida em Brasília, com a prisão do governador José Roberto Arruda (sem partido) na semana passada. Para ele (Marconi) as instituições devem ser respeitadas e a lei deve ser cumprida.

“Se o Governador Arruda deve, e os julgadores entenderam que deve, pois até decretaram a sua prisão, é sinal de que a justiça está tomando um novo encaminhamento no Brasil. O que nós esperamos é que ele não seja um bode expiatório, que tenha amplo direito de defesa, conforme garante a Constituição. Mas que os outros, também, sejam avaliados da mesma forma. Tivemos, recentemente, o maior escândalo da história republicana do Brasil, que foi o mensalão. E pelo que consta, nenhum dos envolvidos foi incomodado pela Polícia Federal. Nenhum foi preso. O que esperamos é que todos o que praticam ilícitos, corrupção, peculato, etc. possam, também, ter o mesmo destino e que tenham o direito de defesa. O que não dá é um ser punido e os outros não”, ponderou Marconi Perillo.

Colarinho branco

Ainda, de acordo com o representante de Goiás no Senado Federal, “os criminosos de colarinho branco devem ser punidos. Tem muita gente que fala bonito, fala que é honesto, mas, na verdade, pratica todo tipo de imundície, de sujeira. O Brasil tem sido o país do faz de conta, da mentira, da insinceridade. Quando tivermos um país onde reinar a verdade, viveremos numa democracia plena e com justiça. Hoje, grande parte das injustiças, nasce na corrupção, através de pessoas que se preocupam com o bolso, com o patrimonialismo, usando o dinheiro público para comprar fazendas e outras coisas. Daí, o alto índice de analfabetismo, a saúde pública mal conduzida, a educação em estado lastimável, muita droga, muita violência” declarou Marconi.

De acordo com o senador, a eleição presidencial deste ano será um momento importante para a comparação de projetos e elaboração de ações com vistas ao futuro. “O Brasil pode ser melhor governado, não há dúvidas. Pode ser um país mais justo, mais eficiente. Mas, é preciso que o povo saiba escolher bem. Precisamos de estadistas para governarem este país”, alegou. Marconi Perillo declarou ter a certeza de que o PSDB vai apresentar esse nome. “O Governador José Serra, que já foi ministro, tem experiência, pode ser o divisor de águas, ainda mais se tiver como companheiro de chapa o Governador de Minas, Aécio Neves. Tenho muita confiança nos nomes que estão dentro do PSDB”, disse.

Quanto ao governo Alcides Rodrigues, seu sucessor, Marconi Perillo disse que ficou sete anos e três meses no comando político do Estado e passou o cargo. “Depois, ele teve o meu apoio como candidato nas últimas eleições. Quem deve julgar um governante, é o povo. Se ele está indo bem, a resposta virá nas urnas”, concluiu o senador Marconi Perillo.

Autor: Nilton Pereira
Tribuna do Planalto
Sábado, 20 de Fevereiro de 2010

Política

PSDB parte para o ataque

Se este ano já havia começado quente na política, agora, passado o recesso do carnaval, o ambiente começa a pegar fogo. E a julgar pela disposição do PSDB e de seus correligionários para enfrentar seus adversários e batalhar pelo retorno ao Palácio das Esmeraldas, a temperatura deverá subir a patamares inimagináveis. A tática tucana, apesar de contraditória, tem sido eficiente. A contradição ocorre porque as lideranças do partido defendem o debate limpo e, ao mesmo tempo, atacam duramente os adversários. A eficiência se deve ao fato de o partido demonstrar que está coeso, que tem um só discurso e que tem estratégia e armas suficientes para enfrentar as estruturas do PP e do PMDB na guerra eleitoral.

Enquanto atacam os adversários, seja por meio de críticas diretas e indiretas a integrantes da Nova Frente e aos peemedebistas ou entrando com ações na Justiça, os tucanos adotam o discurso de quem quer o debate propositivo, sem ataques, sem denuncismo. Agindo desse modo, o PSDB busca fazer com que seu pré-candidato a governador, o senador Marconi Perillo, apareça diante da população e da opinião pública como o bom moço, vítima de ataques “desleais” e da “traição” de antigos companheiros.

Na última quinta-feira, 18, quando esteve presente na abertura dos trabalhos da Assembleia Legislativa, a contradição existente na tática tucana ficou evidente na fala do senador Marconi Perillo. Ao mesmo tempo em que defendeu a discussão de ideias e foi elogiado pelo presidente da Casa, Helder Valim, por “propor um debate de alto nível”, atacou, sem citar nomes, os adversários pepistas, durante entrevista à imprensa.

Depois de confirmar que defendeu junto à bancada do seu partido a proposição de uma CPI para apurar o déficit de R$ 100 milhões que teria deixado de herança para o atual governo, o senador tucano falou que os nazistas usavam repetir uma mentira por diversas vezes para que esta se transformasse em uma verdade. Ao dizer isso, o senador disse, pelas entrelinhas, que o atual governo mente ao passar adiante a informação de que recebeu um governo deficitário e, ainda, comparou os integrantes do governo aos nazistas. Prosseguindo no ataque indireto, Marconi disse que há em Goiás “déficit de lealdade, de gratidão e de competência” e que há também “superávits de propina e de perseguição”.

Ao contrariar os interesses do governo, propondo a criação da CPI do déficit, e desferir críticas veladas a seus integrantes, os tucanos demonstraram que estão afinados e agindo em bloco contra aqueles que se apresentam como obstáculos à concretização do projeto do partido de retornar ao poder. Os defensores da candidatura de Marconi Perillo tem adotado, ainda hoje, o discurso da reconciliação da antiga base aliada, que tinha como integrantes o PP o DEM e o PR e, ao mesmo tempo, procurado tratar como insignificante e inconsistente a Nova Frente, aliança que tem como principal líder e articulador o governador Alcides Rodrigues.

Justiça

Outra forma adotada pelos tucanos e seus aliados para enfrentar seus adversário tem sido a de recorrer à Justiça. Depois de ter entrado com ação contra o secretário da Fazenda, Jorcelino Braga, os defensores da candidatura de Marconi Perillo, dessa vez representados pelo diretório regional do PPS - partido que está comprometido com o PSDB em níveis estadual e nacional - entraram na Justiça para proibir o governo do Estado de veicular propaganda nos maios de comunicação comparando a administração atual com a anterior. A ação, que acusa o governador de promover propaganda eleitoral antecipada foi vitoriosa. Decisão proferida pelo juiz Alexandre Magno de Almeida Guerra Marques, no dia 12, acatou pedido feito pelo PPS e obrigou a Agencia Goiana de Comunicação (Agecom) a suspender a propaganda, sob pena de multa diária de R$ 10 mil.

O senador Marconi Perillo protocolou na última quarta-feira (17), duas ações contra o prefeito de Goiânia e pré-candidato ao governo do Estado, Íris Rezende (PMDB). A primeira diz respeito a suposto crime penal e a outra pede indenização por danos morais.

O advogado do senador, Gabriel Massoti Pereira, justificou as ações com o argumento de que as criticas de Íris Rezende ultrapassaram os limites e vulneraram a honra de Marconi. Segundo ele, o senador busca a reparação por todas as “calunias, injurias e difamações”, que foram tecidas pelo prefeito. “O que Marconi faz questão de deixar muito claro para a população é que o político está acostumado com as críticas políticas, e isso faz parte do exercício da democracia. O que o agente político, prefeito e vereador não pode - e o judiciário veda isso expressamente -, é que crítica ultrapasse os limites para vulnerar a honra do indivíduo”, afirmou o advogado.
Tribuna de Anápolis
Sábado, 20 de Fevereiro de 2010

Estratégica e central

A vinda do aeroporto de cargas para Anápolis é, com razão, o maior tema de engajamento do empresariado da cidade. Afinal, e a instalação do terminal de cargas para o aeroporto do município que vai conferir a Anápolis melhores condições de lutar pela vinda de investimentos na área de logística que poderão guindá-la à condição de maior encontro de caminhos do centro da América do Sul. É assunto em que insistimos neste ponto há anos. Anápolis está em situação privilegiada, em termos geoestratégicos, não só em relação ao Brasil, mas em relação a todo o subcontinente do Hemisfério ocidental. A montante e à jusante, a relativa eqüidistância da região na qual está situada Anápolis em relação aos oceanos Atlântico e Pacífico lhe confere posição única no que se refere a potencialidades de distribuição de mercadorias importadas dos centros industriais de Segunda e Terceira Revolução Industrial da Ásia (Sudoeste Asiático e Subcontinente Indiano), e de exportação de produtos do agronegócio, tanto para países OCDE quanto para economias emergentes (o que engloba tanto os eixos atlântico quanto pacífico). Ademais, a Ferrovia Norte Sul pode propiciar a Anápolis, seu marco zero, possibilidade de ligação com os portos de Matarani, Maratani e Alo, no Peru, na costa pacífica da América do Sul. Dessa forma, Anápolis poderia se inserir como nó da infra-estrutura logística sul-americana (de resto, o setor que ensejou a criação da Unasul), tanto em um seu ramo modal de baixos custos (o ferroviário) quanto de altos custos e alta segurança (aeroviário). O sonho de uma nova era logística, após o fim, nos anos 80, dos ganhos que o municpipio obteve do desenvolvismo iniciado nos anos 30, é estratégia renovada no século XXI.
Tribuna do Planalto
Sábado, 20 de Fevereiro de 2010

Política

Diretório do PMDB se posiciona contra administração petista

Marco Antonio Oliveira
Da Tribuna de Anápolis

Nas últimas semanas, o ex-prefeito Adhemar Santillo (PMDB) e o atual, Antônio Gomide (PT), não têm escondido que a harmonia está longe de ser o sentimento predominante entre os partidos. O PMDB, que na esfera nacional é o considerado o principal aliado do PT e que em Goiás trabalha para consolidar essa união, em Anápolis assumiu o caráter oposicionista em relação à administração petista.

Para Adhemar, o governante tem de entender que, às vezes, uma crítica fundamentada tem mais valor para o administrador público que ouvir apenas aquilo que lhe interessa. O ex-prefeito disse que está à disposição de Antônio Gomide caso queira conversar. “Com esse posicionamento somos mais úteis que aqueles que estão próximos por bajulação. Não estamos radicalizando, mas, se ele quiser acertar os ponteiros, basta me convidar”, sinaliza.

Apesar do embargo, as lideranças dão como certa a possibilidade apoiarem o mesmo candidato ao governo do Estado. No entanto, para estar junto ao PT, Adhemar exige que um candidato do PMDB encabece a chapa, de preferência Iris Rezende. Ou seja, se depender de Adhemar, o PMDB anapolino não fará campanha para o deputado Rubens Otoni (PT). “Se o candidato for de outro partido não vamos seguir cegamente a decisão do Diretório Regional. Vamos procurar o que for melhor”, diz.

Além do possível racha na disputa pelo governo goiano, o Diretório do PMDB em Anápolis também pode ir contra a decisão nacional do partido em apoiar a candidatura da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff (PT). De acordo com Adhemar Santillo, isso acontecerá caso a “parte boa do PMDB” decida por não apoiar a candidata do presidente Lula. “Caso os nomes históricos do PMDB, Pedro Simon, Roberto Requião, Orestes Quércia, Luiz Henrique, não apóiem a candidata do presidente, não tem como nós apoiarmos. Teremos que nos reunir para decidir com quem ficar”, emendou.

O prefeito de Anápolis não comentou o posicionamento de Adhemar. Na quinta, sexta e sábado (18, 19 e 20), Gomide foi a Brasília participar do IV Encontro Nacional do PT. Na ocasião, o chefe do Executivo, um dos coordenadores da campanha da ministra Dilma à presidência, se reuniu com outras lideranças petistas engajadas no propósito de consolidar a postulação da correligionária.

Petista aponta “polêmica inexistente”

O chefe de gabinete do prefeito, Céser Donisete (PT), se incumbiu de colocar panos quentes na discussão entre o ex-prefeito e o atual. Para ele, essa conversa é uma “polêmica inexistente”, que não terá importância para o cenário político. “Os dois vereadores do PMDB anapolino apóiam o governo de Antônio Gomide. Vamos caminhar juntos, mesmo que o Diretório não nos apoie”, disse o petista.

Céser disse que o objetivo do partido é conseguir unir, em Goiás, toda a base que apoia a candidatura da ministra Dilma. “Nós defendemos que o Rubens (Otoni) seja o candidato da aliança e não apenas do PT. Acreditamos que o nome dele consegue juntar, mas se tiver alguém que junte mais nós não teremos essa vaidade”.

O cientista político Wilson Ferreira, professor PUC-Goiás, avalia que qualquer forma de crítica à administração pública é benéfica à cidade e ao eleitor. Ele acredita que o fato de o ex-prefeito criticar a atual administração faz parte de estratégia para recuperar o espaço político perdido pelos Santillos em Goiás, sobretudo em Anápolis. “A democracia em sentido único vira ditadura, mas essa discussão em Anápolis significa a repartição do bolo político”, analisa.

O professor salienta que o embate travado entre Gomide e Adhemar Santillo não vai influenciar no Estado. Para ele, a discussão apenas evidencia que não existe a instituição dos partidos políticos, e destaca que as legendas são frentes comandadas por lideranças regionais na disputa por predomínio em termos de espaço político. No caso de Anápolis, esse predomínio teria saído da influência predominante dos Santillo e agora se encontraria nas mãos dos Otoni Gomide.
O Popular

Giro

Jarbas Rodrigues





Tucanos afirmam que Ademir será o fiel da balança no PR

A cúpula do PSDB goiano dá como certa a aliança com o DEM neste ano, embora evitará se pronunciar até o anúncio do deputado Ronaldo Caiado, algo esperado para abril ou maio. Os tucanos também avançam, com cautela, no PR presidido pelo deputado Sandro Mabel. Os tucanos acreditam que uma sinalização do PR virá quando o governador em exercício Ademir Menezes deixar a vice-governadoria, até 3 de abril, para ser candidato a deputado. O PSDB aposta num descontentamento de Ademir pelo fato de não ter assumido o governo. Isto, se o governador Alcides Rodrigues (PP) decidir mesmo concluir o mandato. Além de prometer apoio para Ademir se candidatar a deputado federal, o PSDB também abre a possibilidade para o prefeito Vanderlan Cardoso (Senador Canedo), do PR, ocupar a vice na chapa ao governo do senador Marconi Perillo. O fato é que cresce a confiança entre os tucanos para a formação de ampla aliança em torno de sua chapa majoritária. A conferir.

Goianos no Rio

A Construtora Biapó, especializada em patrimônio histórico, iniciou a restauração do tradicional Hotel Glória. É mais uma empresa goiana na cidade maravilhosa.

Falando nisto...

O que mais a comitiva alcidista ouviu na República Checa é o interesse dos empresários de lá na infra-estrutura do Brasil. De olho na Copa 2014 e nas Olimpíadas 2016.

Price em Goiânia

Sócio-diretor da Price Waterhouse, Geovani Fagunde almoça hoje com Pedro Bittar na Acieg para tratar de abertura de filial em Goiás.

CPI do Déficit

O almoço ontem do senador Marconi Perillo com sua bancada na Assembleia reuniu deputados do PSDB, PTB, DEM, PT do B e do PR.

Operação abafa

Oito deputados, dos 15 presentes no almoço com Marconi, afirmaram que teriam recebido pedido de Jorcelino Braga (Sefaz) para não assinarem a CPI do Déficit.

Duas alas

Enquanto o deputado Cláudio Meirelles (PR) almoçava com Marconi, o deputado Valdir Bastos (PR) anunciava apoio de Maguito Vilela (PMDB) à sua candidatura.

Lado positivo

Do deputado Sandro Mabel (PR): “A única coisa boa caso Marconi Perillo seja eleito governador é ter Ciro Miranda, seu suplente, no Senado. Mas acho que Ciro continuará suplente até 2014.”

ARREMATE

Sindifisco – Jorcelino Braga (Sefaz) afirma que é justa a reivindicação de incorporar participação da receita estadual nos salários dos fiscais, mas é preciso avaliar se o Estado pode arcar “com mais este benefício à categoria.”

Anápolis – Professores da UEG falam de manifestação em 16 de abril caso, até lá, o governo não realize concurso público para a categoria.

Protesto – Entidades ligadas ao Fórum em Defesa dos Servidores e Serviços Públicos promete, para 8 horas, ato político em frente ao Palácio Pedro Ludovico Teixeira.

Tribunal – Dia 5, às 15 horas, Norival Santomé será empossado desembargador do TJ goiano.

Decola – Amanhã e quinta-feira, na Assembleia, representantes da Procuradoria Geral da República em Goiás e do TCU falarão sobre as obras paralisadas no aeroporto de Goiânia.


Demóstenes e Caiado erguem bandeira única

Presidente da CCJ do Senado, Demóstenes Torres coloca em pauta amanhã o projeto de lei que torna a corrupção um crime hediondo. Se o Congresso aprovar este projeto, a pena para este tipo de crime passaria dos atuais de 2 a 12 anos para 10 a 25 anos de prisão. O deputado Ronaldo Caiado (DEM) protocola amanhã pedido de expulsão de Paulo Octávio do partido e de intervenção no DEM do DF.
O Popular

Política

Dívida da Celg sobe 250% em 6 anos
Dado é do quarto e último relatório do tce entregue ontem à CPI que investiga a companhia energética

Erica Lettry

O quarto e último relatório entregue pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE-GO) à CPI da Celg, ontem, mostra que o endividamento da estatal cresceu 250% em seis anos. Os dados abrangem o período de 2003 a 2008.

Conforme os números levantados pelo TCE, entre 2003 e 2006 o passivo da Celg aumentou 86%. No período de 2006 e 2008 a tendência de crescimento continuou, mas atingiu apenas 34%. Para a supervisora dos relatórios do TCE entregues à CPI, Edna Andrade, esses dados reforçam a tese de que houve aumento dependência de terceiros e a busca por capital de giro para honrar compromissos a curto prazo da Celg.

O valor total dos empréstimos contratados pela companhia energética entre 2004 e 2008 chegou a R$ 2,43 bilhões, sendo 2006 o ano mais crítico. Enquanto em 2004 os empréstimos somavam R$ 80 milhões, em 2006 eles chegaram ao patamar de R$ 961 milhões. Apenas nesse último ano os empréstimos nacionais envolveram 26 instituições financeiras, com reflexos no atual balanço patrimonial de R$ 710,513 milhões (sendo R$ 198 milhões de saldo devedor decorrente de contrato com o Banco Máxima S.A. e R$ 141 milhões com o Banco Prosper).

O ano de 2006 também foi aquele em que o endividamento da companhia mais cresceu, devido à reversão da estratégia de obter equilíbrio econômico-financeiro, provocada pelo aumento do endividamento a curto prazo. Conforme o órgão, houve aumento de 89,94% no total de empréstimos e financiamentos a curto prazo.

As justificativas para os empréstimos foram pagamento a fornecedores de material e serviço, compra de energia e impostos. “Não houve possibilidade de identificar quais fornecedores e impostos foram pagos com esses recursos. A gente percebe que o demonstrativo de empréstimos contratados aumentou significativamente em 2006”, afirmou a supervisora durante a apresentação do relatório.

Edna também afirmou que a capacidade de pagamento de curto prazo do período entre 2003 e 2008 caiu de R$ 0,97 para R$ 0,46, respectivamente, para cada R$ 1 real a receber. Já a rentabilidade do ativo caiu de R$ 0,43 para R$ 0,30 no período.

Créditos

O TCE também concluiu que a Celg tem R$ 2,173 bilhões a receber, valor referente a dívidas do Estado e de prefeituras, além de créditos junto à Eletrobrás. “Há expectativa de recebimento – por isso não está contabilizado pela Celg – de R$ 1,092 bilhão, que o governo federal deveria repassar para a Celg, em função dos subsídios concedidos à Codemin. Portanto, esse valor não entra nos R$ 2,173 bilhões a receber”, explicou.
O Popular

Política

Aécio reforça confiança na candidatura de Serra

Agência Estado

Sabará (MG) – Após passar 11 dias no exterior, o governador de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB), minimizou ontem o crescimento recente nas pesquisas da ministra da Casa Civil e pré-candidata petista, Dilma Rousseff, e disse que continua confiante na capacidade eleitoral do virtual presidenciável tucano, José Serra. O mineiro, que deverá receber uma visita do colega paulista nos próximos dias, ressaltou que cabe agora a Serra encontrar o “caminho e o momento adequado” para o anúncio de sua candidatura. A pedido de Serra, os governadores tucanos programaram um encontro para depois do carnaval, fato que evitou detalhar.

Aécio disse que tem conversado com Serra e acredita que, “no momento certo”, o governador paulista vai se manifestar. “Continuo tendo grande confiança nas suas possibilidades eleitorais”, afirmou. campanha Aécio – que tem reiterado publicamente que irá mesmo disputar uma cadeira no Senado, descartando a possibilidade de ser vice numa chapa encabeçada por Serra – voltou a dizer que estará à disposição da candidatura tucana no segundo colégio eleitoral do País.

E salientou que na sua opinião o PSDB não deve seguir a lógica estabelecida pelo governo federal na eleição presidencial. “Não me aflige neste instante a exposição deste ou daquele candidato, porque a campanha, efetivamente, aquela que vai levar os eleitores a uma decisão, começa na propaganda eleitoral.”
O Popular

Política

Aliados de Marconi

Fabiana Pulcineli

Deputados que participaram da reunião com o senador e comporiam bloco de apoio na Assembleia:

PSDB

Daniel Messac
Fabio Sousa
Helder Valin
Honor Cruvinel
Jardel Sebba
Júlio da Retífica
Padre Ferreira
Samuel Almeida
Túlio Isac (licenciado)

PR

Cláudio Meirelles

PTB

Coronel Queiroz
Frei Valdair

PT DO B

Tiãozinho Costa
Wellington Valim

DEM

Helio de Sousa
Nilo Resende

AUSENTES NA REUNIÃO, MAS QUE FORMARIAM O BLOCO

Cilene Guimarães (PR)
Cristóvão Tormin (PTB)
Daniel Goulart (PSDB)
Iso Moreira (PSDB)
Marlúcio Pereira (PTB)
O Popular

Política

Secretário confirma ação contra comissão

Fabiana Pulcineli

O secretário estadual da Fazenda, Jorcelino Braga, ligou nos últimos dias para deputados mais próximos para pedir que não assinassem o requerimento da CPI do Déficit. A articulação foi revelada por aliados do PSDB na reunião de ontem e recebeu críticas do deputado Jardel Sebba, líder do PSDB na Assembleia.

“É no mínimo esquisita essa iniciativa do secretário. Se o governo está tão convicto do déficit, por que não quer a CPI?”, questionou o deputado.

Jardel apontou estratégia dos tucanos e aliados de mostrar que, se o governo herdou déficit de R$ 100 milhões mensais, foi de sua própria gestão – quando Oton Nascimento, hoje na Secretaria de Planejamento, comandou a Sefaz. “Para nós, basta uma declaração dizendo que o governo herdou do Oton e não do Marconi”, disse.

Jorcelino Braga confirmou ao POPULAR que entrou em contato com deputados “amigos e de sua confiança”. “Estou tentando mostrar que essa CPI é inócua, absolutamente desnecessária. Ela tem fins políticos, não técnicos, e servirá para acirrar os ânimos na Casa”, justificou.

Braga voltou a dizer que as contas do governo estão na Assembleia. “Foram conversas civilizadas. O governo está preparado para qualquer investigação. Se vão aprovar a CPI, paciência. Não tem problema. O governo respeita a Assembleia e isso vai continuar.”

Líder do Governo, Evandro Magal (PP) disse não acreditar em formação de bloco contra o governo. “Até junho, vamos ter um ou outro mais agressivo, mais radical, mas bloco, não acredito.”
O Popular

                               Jardel sobre a CPI: “Quem votar contra vai ter de explicar”


PSDB articula bloco na Assembleia
Objetivo é endurecer o tom contra o governo do estado nas discussões no legislativo

Fabiana Pulcineli

O PSDB começou ontem a articular a formação de um bloco na Assembleia Legislativa para endurecer contra o governo estadual e atender os interesses do pré-candidato do partido, senador Marconi Perillo. O primeiro teste da união do bloco será a votação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Déficit, prevista para quarta-feira.

A formação do bloco, que passaria a discutir com frequência estratégias para as eleições, foi discutida em reunião convocada pelo senador no início da tarde de ontem. Foram convidados 20 deputados, que o PSDB julga aliados – incluindo DEM, PTB, PR e PT do B –, dos quais 15 compareceram (veja lista). O encontro foi no Castro´s Hotel.

Primeiro a discursar, Marconi “exigiu” a instalação da CPI do Déficit, conforme relatos de deputados presentes. Disse que é preciso mostrar a verdade à população goiana e desmistificar a tese do governo de herança de déficit de R$ 100 milhões mensais.

Novo líder do PSDB na Assembleia, Jardel Sebba recolheu as assinaturas para o requerimento da CPI no encontro e informou que o pedido deve ser apresentado hoje na Assembleia. São necessárias 14 assinaturas para que o requerimento seja apresentado. Os tucanos teriam obtido 15 assinaturas.

No plenário, o grupo precisará de 21 votos para garantir a instalação da CPI. Mesmo contando com o compromisso de apenas 20 deputados, Jardel se diz otimista com a aprovação. “Estamos mostrando que queremos a verdade. Quem votar contra, vai ter de explicar à sociedade.”

O líder do PSDB disse que pretende reunir aliados na sessão de hoje para discutir também uma posição em relação à perda de cargos no governo e aos projetos enviados pela gestão estadual. Segundo ele, a reunião com Marconi tratou apenas da CPI.

“Vamos passar a reunir sempre esse bloco para discutir nossas posições. Temos de ser democráticos. O que a maioria decidir será acatado”, disse Jardel. O grupo dos 20 pode ser ampliado para 22 ou 23. Os aliados de Marconi articulam a adesão dos deputados Betinha Tejota (PSB) e Misael Oliveira (PDT), que ainda resistem a se posicionar. “Chegou a hora de definir quem é quem”, cobra Jardel, sem citar nomes de deputados.

O tucano apresentou justificativa para ausência dos cinco deputados que são considerados aliados – Cilene Guimarães (PR) está com dengue; Iso Moreira (PSDB), em viagem para Natal; Daniel Goulart (PSDB), em Portugal; Marlúcio Pereira (PTB), em Brasília, e Cristóvão Tormin (PTB) alegou problema pessoal.

Embora tenha a maioria nos cinco partidos, o grupo de Marconi enfrenta resistências. O deputado Álvaro Guimarães (PR) disse ontem que é contrário à CPI.

Segundo ele, a comissão servirá apenas para acirrar os ânimos na Casa.

O deputado federal Leonardo Vilela, presidente do PSDB estadual acompanhou a reunião. Marconi saiu sem dar entrevistas à imprensa.
O Popular

Opinião

Inclusão digital

Os dados do IBGE sobre acesso à internet e posse de telefone móvel para uso pessoal confirmam: a inclusão digital ainda é um desafio sob vários aspectos no Brasil. Constatou-se que houve crescimento substancial no número de conectados, porém ainda existem 104,7 milhões de brasileiros excluídos do mundo digital, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) de 2008 e divulgada no final do ano passado.

A expansão da renda e do crédito possibilitou que o número de brasileiros com acesso à rede mundial de computadores aumentasse 75% em três anos, passando de 32 milhões para 56 milhões de pessoas. No mesmo período, 30 milhões de brasileiros adquiriram, pela primeira vez, um celular. O total de brasileiros com linha individual soma 86 milhões – aumento de 53,6% em comparação a 2005.

O novo retrato do Brasil na internet é este: 34,8% da população está conectada – em 2005, o porcentual era 21%. O resultado é superior ao da média mundial -25,8%.

O crescimento da quantidade de incluídos ocorreu de modo mais acentuado nas Regiões Nordeste e Norte. No total, chega a 24 milhões o contigente de brasileiros que descobriram a internet entre 2005 e 2008. Em média, o novo usuário tem 27 anos de idade e renda de até um salário mínimo. Acessa a rede mundial de computadores em casa ou em uma lan house, por banda larga, e também está cadastrado no site de relacionamento Orkut para encontrar amigos.

Assim como no uso da internet, o IBGE identificou o maior salto no acesso ao celular, em termos proporcionais, entre grupos de baixa renda. Entre pessoas com renda familiar per capita entre zero e um quarto de salário mínimo, 11% tinham celular em 2005; agora, 1 em cada 4 tem o aparelhinho.

O caminho que deve ser percorrido, agora, é aquele que nos levará à universalização do acesso. Segmentos populacionais específicos, como pessoas idosas, menos escolarizadas ou ambas, ainda figuram como minoria entre os usuários. E permanece o contraste acentuado entre regiões: o Norte detém porcentual de usuários da internet de apenas 27,5%, enquanto o Sudeste conta com 40,3%.

Além disso, a comunicação entre as pessoas aparece na pesquisa como o principal motivo de acesso, superando fins educacionais e de aprendizado, em terceiro lugar.

Daí a importância de programas que operem em diversas frentes. A facilitação do acesso deve estar acompanhada da preocupação com a formação. Se há 65% de pessoas com 10 anos ou mais de idade sem acesso à internet no Brasil, e isso merece atenção e providências, também é fato que os 35% que integram a comunidade virtual nem sempre sabem aproveitá-la adequadamente. Tirar o devido proveito da tecnologia pode ser um desafio tão grande quanto ou maior do que ter acesso a ela. Para superá-lo, o papel da educação (leia-se escola) é fundamental, a começar pela própria inclusão e capacitação dos professores nas novas tecnologias.

Quanto aos estudantes, a inserção de uma disciplina como tecnologia da informação no currículo certamente contribuiria para a formação de usuários mais conscientes e aptos a maximizar o aproveitamento de ferramentas como a internet e os celulares.

Na atual era do conhecimento, é preocupante que a educação esteja perdendo espaço para a comunicação interpessoal (ainda que essa também seja de extrema importância) e o lazer na rede mundial de computadores. Esse talvez seja um indício de que a escola ainda não está suficientemente integrada às novas tecnologias e, com isso, as esteja subaproveitando.

Portanto, torna-se cada vez mais relevante a educação em ciência e tecnologia desde a infância. Ao ritmo em que avança a sociedade contemporânea, em termos de desenvolvimento científico-tecnológico, relegar esse tipo de formação a um segundo plano representa prejuízo em diversos níveis tanto para indivíduos quanto para nações.

A educação de qualidade é uma tarefa para todos e a ser desenvolvida com todos. E precisa inserir-se em clara estratégia de desenvolvimento, como o fizeram, no século 19, Argentina, Uruguai e Costa Rica, entre outros países, e, na história recente, Cuba, Irlanda, Espanha e Coreia do Sul. Agora, no início do século 21, a América Latina está na posição de perceber o que se passa no mundo desenvolvido. É tempo de correr para reduzir a distância que separa os desenvolvidos dos em desenvolvimento. O caminho mais curto está na educação.


Jorge Werthein é doutor em Educação pela Stanford University, ex-representante da Unesco no Brasil