terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Marconi: injustiça, não!

                                                         Foto: Renato Conde
                                Marconi: “O debate deve se dar em torno de ideias”
O Popular

Política

SUCESSÃO

Marconi diz não ver debate político acirrado no Estado
Senador prega debate de ideias, mas afirma que reagirá às acusações “injustas” dos adversários

Núbia Lôbo

Apesar do embate travado nas últimas semanas em troca de acusações e respostas com o prefeito de Goiânia, Iris Rezende (PMDB) e membros do governo estadual, o senador Marconi Perillo (PSDB) disse ontem não ver acirramento no debate político. O tucano garante que deseja discutir o futuro do Estado, mas que não pode deixar de responder a acusações injustas.

“Claro que quando atacado injustamente eu preciso responder, afinal de contas tenho que defender um patrimônio moral, político e administrativo que procurei construir ao longo desses últimos anos”, destaca Marconi.

O senador falou ao POPULAR durante encontro comunitário promovido ontem pelo vereador de Aparecida de Goiânia Manoel Nascimento no Setor Garavelo. As reuniões entre Marconi e comunidades estão sendo realizadas desde o ano passado em várias regiões de Goiânia e entorno da capital.

O senador defendeu que o debate político seja vinculado a um plano de governo, à modernização e ao desenvolvimento do Estado. “Goiás cresceu muito nos últimos dez anos, se desenvolveu de forma acelerada e na minha opinião o debate deve se dar em torno de ideias, não de futricas, não em torno de questões menores”, afirmou.

Sobre a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar o déficit nas contas do Estado ao final de seus governos, Marconi não respondeu sobre a provável politização do debate e voltou a defender a investigação na Casa.

“Existem muitas calúnias – leviandades – que precisam ser esclarecidas e a melhor forma é investigando. Não se pode desqualificar a CPI, ela é um instrumento legítimo de investigação. Uma pessoa que mente numa CPI pode inclusive ser presa”, ponderou o tucano.

O deputado Jardel Sebba (PSDB), que vai assumir a liderança da bancada na Assembleia quando acabar o recesso legislativo, está responsável por colher assinaturas e garantir a criação da CPI do déficit. Se isso acontecer até o início de março, a investigação poderá se estender até o segundo semestre deste ano.

Sobre a acusação de suposta extorsão contra Anniela Ganzaroli Braga, filha do secretário da Fazenda, Jorcelino Braga, Marconi mais uma vez evitou politizar o caso. “É um caso grave, que envolve dinheiro público, corrupção, suposta propina, mas não é um caso que deva ser politizado. É um caso que deve ser esclarecido pela polícia e pela Justiça”, disse o senador tucano.

Mesmo Anniela sendo filha de um possível candidato ao governo do Estado pela frente palaciana, Marconi recusa a politização: “A minha opinião é essa”.

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