Política
DEM e PSDB condenam discurso “estatizante” de Dilma em congresso
Agência Estado
Brasília – O PSDB e o DEM, principais adversários do governo na disputa eleitoral pela presidência da República, criticaram ontem o discurso da ministra Dilma Rousseff no lançamento de sua pré-candidatura no 4º Congresso do PT. O Estado forte pregado por Dilma foi considerado sinônimo de governo autoritário e as referências feitas pela ministra às privatizações, como uma tentativa de atribuir à oposição uma prática de aumentar o espaço da iniciativa privada a qualquer preço.
A oposição criticou não apenas o que foi dito pela ministra, mas também o que considerou omissões. O presidente do PSDB, Sérgio Guerra (PE), afirmou que a pré-candidata deixou em suspense a posição dela e a do PT quanto ao direcionamento da economia. “Não há nada claro, nem no que a ministra disse nem nos documentos do partido”, afirmou Guerra. O presidente tucano disse ainda que Dilma e o PT ignoraram a questão dos marcos regulatórios e das agências reguladoras. “As agências estão contaminadas pela influência política, por pressões de grupos econômicos, e não têm condições de defender o interesse da população e de balizar o interesse público e o da iniciativa privada”, afirmou.
Guerra relacionou o “Estado forte” defendido por Dilma a um discurso ideológico aliado, segundo ele “à sua notória capacidade (de Dilma) de desenvolver ações autoritárias”. Reprodução Na mesma linha de discussão sobre a participação do Estado, o presidente do DEM, deputado Rodrigo Maia (RJ), considerou que a pré-candidata do PT reproduz o que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez em campanhas anteriores. “Ela repete o clichê de tentar colar na oposição a pecha de que íamos privatizar a qualquer preço. Isso não é verdade”, disse Maia.
“O discurso de Estado forte cabe em qualquer linha política e não significa governo estatizante, como prega a ministra Dilma. Nós queremos um Estado que cumpra o seu papel, que tenha força na regulação e na fiscalização do setor privado”, afirmou ainda o presidente nacional do Democratas.
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