quarta-feira, 31 de março de 2010






POLÍTICA E JUSTIÇA



Marconi recebe apoio de 31 prefeitos do PP

O senador Marconi Perillo (PSDB) recebeu apoio de 31 dos 48 prefeitos do PP. Em encontro ontem no apartamento do senador, em Brasília, que se estendeu com almoço no hotel Naoum, 25 prefeitos anunciaram pessoalmente a disposição de caminhar com o tucano nas eleições deste ano. Sob o argumento de que não foram ouvidos pela cúpula pepista, eles disseram que apoiarão a candidatura de Marconi a governador.

"Nos últimos meses, tentamos conversar com o presidente do partido, Sérgio Caiado, sobre a questão das alianças, mas ele nunca atendeu o telefone", afirma o prefeito de Piracanjuba, Ricardo de Pina. "Quando avisamos que iríamos nos reunir com o senador, ele disse: 'pode reunir, tenho certeza que não vai ninguém' ".

"Eu procurei o presidente do partido porque queríamos participar da escolha do nosso candidato. Por duas vezes ele não se pronunciou nesse sentido. Até brinquei com ele dizendo que, se eu fosse para o PMDB, talvez fosse ouvido", reclama Ricardo. "Não adianta a cúpula decidir sozinha o que o partido vai fazer, os prefeitos não aceitam. Nós não queremos que o PP brigue com o PSDB e não vamos aceitar nada imposto goela abaixo."

O prefeito de Piracanjuba diz que os prefeitos tomaram a decisão de se aliar a Marconi, mesmo sabendo que pode haver reação por parte do governo. "Retaliações são inevitáveis, estamos conscientes disso. Mas não queremos, com este ato, enfrentar o governador. Mesmo porque admiramos o governador Alcides Rodrigues (PP), sabemos que ele não tem perfil de briga. Talvez sua assessoria, que quer promover a briga, é que esteja atrapalhando este contato."

Outros prefeitos que participaram da reunião também conversaram com o DM, mas pediram anonimato. Eles revelam que a articulação existe há pelo menos dois meses, mas tomou corpo com a decisão do governador de declarar apoio à pré-candidatura do prefeito de Senador Canedo, Vanderlan Cardoso (PR), ao Palácio das Esmeraldas, na segunda-feira (29). Em menos de 24 horas, eles organizaram o almoço com Marconi, em Brasília, e conseguiram falar com 32 colegas. Destes, 31 fecharam "E pode ser até que outros prefeitos ainda se juntem a nós", explicou Ricardo de Pina.

Contas

Vinte e cinco prefeitos foram a Brasília e almoçaram com o senador. Dois confirmaram apoio por telefone viva-voz, no mesmo momento em que os colegas estavam na Capital Federal. Três justificaram ausência, mas garantiram apoio, e outro chegou no final da tarde e também aderiu. Um prefeito, por telefone, disse que consultaria as bases (vereadores e lideranças) para se decidir. Durante o almoço de ontem, houve apelo pela união da base aliada em torno da postulação de Marconi. Outro prefeito conta ainda que emissários do governo entraram em contato com eles logo após o encontro.

Juntos, eles comemoraram o fato de haver, em uma reunião marcada com urgência e sem agendamento prévio, número de prefeitos bem maior do que havia no lançamento da pré-candidatura do prefeito de Senador Canedo, Vanderlan Cardoso (PR), ao governo. De acordo com políticos que organizaram o evento da Nova Frente, Vanderlan conseguiu reunir apenas seis prefeitos pepistas - foram 31 ao todo no evento, mas gestores de diversos partidos.

Em entrevista ao DM, Marconi disse que ficou "impressionado com o nível" da reunião, sem ataques e críticas aos outros pré-candidatos ao governo - Vanderlan e o prefeito de Goiânia, Iris Rezende (PMDB). Na opinião do senador, os prefeitos demonstraram firmeza e determinação ao seguir uma linha diferente daquela que a cúpula do PP escolheu.

"Estamos juntos há muito tempo, especialmente nas últimas três eleições, e vamos continuar juntos nessa", garante um prefeito. "Não podemos permitir que o avanço que o Estado teve com as administrações do PSDB sejam em vão. Nossos verdadeiros inimigos estão no PMDB."

A exemplo do que diz Ricardo, aliados do senador costumam dizer que a formação de uma Nova Frente e o divórcio com Marconi são resultados de uma costura feita entre as cúpulas do PSB, PP, PR e PTN, que não teriam consultado as respectivas bases antes de anunciar a decisão de lançar um terceiro nome para disputa ao governo. Dizem ainda que, no momento em que essas bases forem ouvidas, os partidos caminharão com o PSDB.

O DM tentou na noite de ontem ouvir o presidente do PP em Goiás, Sérgio Caiado, que também é secretário de Infraestrutura. Mas ele não atendeu as ligações em seu celular e nem sua assessoria retornou contato.

Ranking

Marconi aparece entre os três senadores brasileiros mais influentes no Twitter, saltando à frente de políticos de destaque do cenário nacional, como Marina Silva, do PV, Aloízio Mercadante e Eduardo Suplicy, ambos do PT. O ranking dos senadores é feito pelo site Twitterank (www.twitterank.com.br), que avalia o desempenho dos usuários do microblog no Brasil e é baseado em três fatores que formam a nota geral: influência, popularidade e envolvimento.

Marconi: Reunião com Prefeitos do PP






POLÍTICA


Senador Marconi Perillo

Tucano reúne prefeitos do PP que criticam decisão “isolada” da cúpula

Fabiana Pulcineli

Um dia depois de o governador Alcides Rodrigues (PP) declarar apoio à pré-candidatura de Vanderlan Cardoso (PR), o senador Marconi Perillo (PSDB) reuniu em seu apartamento em Brasília 25 prefeitos do PP que prometeram trabalhar em favor do tucano na campanha pelo governo do Estado.

Após o rompimento na base governista, o PSDB quer mostrar que contará com o apoio das bases do PP e do PR no interior. O senador não quis divulgar nomes sob argumento de que prefere evitar “retaliações”, mas três prefeitos falaram à reportagem sobre o encontro.

O prefeito de Piracanjuba, Ricardo Cabral, disse ter sido um dos organizadores da reunião, depois de tentativas frustradas de conversas com o governador e o presidente do PP estadual, Sérgio Caiado. “Temos o direito de participar da discussão sobre as eleições. Estamos todos preocupados com o caminho que o PP está seguindo. Não queremos candidato goela abaixo”, disse.

Marconi contou que, além dos 25 presentes, quatro prefeitos entraram em contato por telefone e falaram na reunião, por viva-voz. “O que todos repetiram é que a base do partido não aceitará imposição da cúpula. A reclamação é de que não foram ouvidos”, disse. “Além disso, se disseram gratos ao meu apoio em 2004, 2006 e 2008. Disseram ser leais e que vão ficar comigo”, completou.

Os prefeitos de Itumbiara, José Gomes da Rocha, e de Morrinhos, Cleumar Freitas, também articularam a reunião com Marconi. Eles reclamam da decisão de apoio a Vanderlan sem consulta às lideranças municipais.

Um outro prefeito, que preferiu não se identificar, disse que as bases aguardavam que, diante do rompimento, o PP pelo menos lançasse um nome. “Aí aparece o nome do Vanderlan, sem sermos ouvidos. Sem opção de candidato do PP, nós achamos que o melhor nome para Goiás é do senador Marconi, com quem estamos juntos há 12 anos.”

Ricardo Cabral disse que PP e PSDB estão ligados na maioria das cidades do interior. “Nosso inimigo é o PMDB. É praticamente impossível eu dizer ao PSDB na minha cidade que não estamos juntos. Se a cúpula insistir podemos caminhar com Marconi informalmente”, afirmou.

Sérgio Caiado disse ontem que não acreditava na manifestação de apoio dos pepistas a Marconi. “O senador deve ter convidado e foram por educação. Ele (Marconi) tem sido muito sutil nessas articulações. E pré-campanha é um momento de muitas mentiras”, atacou. Sérgio afirmou que há apoio da maioria das lideranças municipais ao candidato do PR. “Sinto aceitação quase unânime do partido a Vanderlan. Por isso nem há necessidade de reunião.”

Ricardo Cabral disse que avisou ao presidente do diretório que organizaria reunião com Marconi. “Ele falou que não daria ninguém. Estamos provando que temos força, estamos unidos e queremos participar das discussões.”

Dos 48 prefeitos do PP, 32 foram convidados para o encontro. Marconi adianta que deve receber outras lideranças municipais dos partidos que hoje compõem a base governista. “Eles me procuram e vou recebê-los.”

O senador disse que o lançamento da candidatura de Vanderlan é direito do PR, PP e aliados, mas que espera uma campanha de alto nível. Sobre ataques que virão do governo e do PMDB, disse que a campanha do PSDB será propositiva, sem temas negativos. “Todos os ataques serão contra-atacados. Mas não queremos falar de temas negativos. Vamos discutir o futuro, em bom debate.”





GIRO

Jarbas Rodrigues
 
Celg tem prejuízo de R$ 94,4 milhões e deve R$ 5 bilhões

A Celg teve prejuízo de R$ 94,4 milhões em 2009, segundo o balanço divulgado ontem pela Bovespa. Em 2008 o prejuízo foi de R$ 253,9 milhões. Mas isto não representa melhoras. O endividamento da empresa cresce à taxa de 10% ao ano e fechou em dezembro do ano passado em R$ 4,969 bilhões. O agravante é que 70% desta dívida são de curto prazo (juros altos). O prejuízo só não foi maior por conta de medidas de contenção, como a que reduziu em 31,7% as despesas com aquisição de materiais e serviços por conta do leilão eletrônico. A Celg prevê economia neste ano de R$ 63 milhões na folha com o PDV. É difícil entender como uma empresa que vende insumo básico (energia elétrica) sem concorrência chega à atual situação. A receita líquida da Celg no ano passado foi de R$ 1,85 bilhão, aumento de 3,2%. Isto sem poder reajustar suas tarifas desde 2006 por estar inadimplente. Dos seus maiores gastos em 2009, R$ 909 milhões foram na compra de energia e R$ 358,1 milhões com terceirizados.

Pós-Vanderlan

O senador Marconi Perillo (PSDB) reuniu ontem 25 prefeitos do PP em Brasília. Mais outros 4 participaram por viva-voz. Dos 48 prefeitos do partido do governador Alcides, 32 foram convidados.

Abortar decolagem

Os tucanos comemoraram muito o encontro com os prefeitos pepistas. A estratégia é minar o embalo de uma candidatura ao governo de Vanderlan Cardoso (PR).

Lista secreta

Mas os tucanos não divulgaram os nomes dos prefeitos presentes no encontro com Marconi. Argumentam que é para evitar perseguição.

Bode expiatório

“Não vão colocar a culpa no PSDB se fracassar a negociação com a Eletrobras. Apresentamos emendas ao projeto para resguardar a Celg”, diz o senador Marconi Perillo.

Casa cheia

Presidente do PMDB, Adib Elias cochichou no ouvido do prefeito-candidato Iris Rezende quando chegaram ontem ao Master Hall: “Ainda bem que isto aqui está lotado.”

PMDB-PT

O deputado José Nelto (PMDB) acredita que a chapa majoritária irista será composta por PMDB e PT. Só não sabe se seu partido ficará com duas ou três das quatro vagas.

Torcida

No ato pró-Iris falava-se muito na (remota, bom frisar) possibilidade de uma candidatura solo de Ronaldo Caiado (DEM) ao governo.

Agora vai

Depois do “Volta” de Marconi e do “Vem” de Vanderlan, alguns deputados do PMDB lançavam ontem o “Agora vai” de Iris.

PT em festa

Postagem ontem no Twitter do vice-prefeito Paulo Garcia (PT): “Agora é oficial: Iris Rezende é candidato a governador de Goiás. Vamos à luta e vencer as eleições”.

Enfim, de volta

Paulo assume amanhã a Prefeitura depois de 455 dias como um discreto vice-prefeito. O PT voltará a comandar o Paço depois de 1.915 dias da saída de Pedro Wilson.

PERGUNTA PARA: José Gomes (PP), prefeito de Itumbiara

O senhor esteve na reunião de prefeitos do PP com o senador Marconi Perillo. Qual sua avaliação?

Não nos sentimos à vontade com a candidatura de Vanderlan Cardoso (PR). É outro mundo, diferente ao que estamos acostumados. Declaramos apoio ao senador Marconi e vou procurar o governador Alcides. Os prefeitos do PP querem nova chance para a reconciliação das cúpulas da base aliada.

ARREMATE

No muro – Presidentes de partidos pequenos que foram anunciados como aliados tanto no evento de Vanderlan Cardoso como no de Iris Rezende se apressaram ontem para se afirmarem como “indefinidos”.

Entorno – Presidente do PR distrital, Izalci Lucas diz que o governador interino do DF ajudará com uma campanha ao governo de Vanderlan Cardoso.

PDT dividido – Se os deputados Misael Oliveira e Flávia Moraes foram ao ato pró-Vanderlan, a deputada Isaura Lemos estava bem à vontade ontem no ato pró-Iris.

Seu bolso – A Infraero informa que o reajuste das tarifas de estacionamento no aeroporto de Goiânia, congeladas desde 2006, vigoram a partir de amanhã.

Tumulto – Usuários do aeroporto de Goiânia reclamam que alguns motoristas deixam os carros estacionados por longo período na área de embarque/desembarque.

Homenagem – O escritor e imortal Antonio José de Moura recebe hoje de manhã na Assembleia a Comenda Pedro Ludovico Teixeira.

Economia – Às 19 horas, no Hotel Nobile, a Associação de Jovens Empresários de Goiás realiza a palestra “Como a economia pode influenciar sua vida e sua empresa”, com Flávio Guerra.

Friboi: A carne é forte!






ECONOMIA


JBS investe em couros na Austrália

AG

São Paulo - A JBS Friboi anuncia a inauguração de uma unidade de processamento de couros em Ipswich, em Queensland (Austrália), por meio de sua subsidiária integral, Swift Austrália.

O investimento foi de aproximadamente US$ 20 milhões, ou 22 milhões de dólares australianos. De acordo com o comunicado divulgado ontem, a unidade iniciou suas operações nesta semana, com capacidade de processar 6 mil couros por dia.

No último dia 19, o JBS anunciou que fechou um acordo para comprar a australiana Rockdale Beef. De acordo com o frigorífico brasileiro, a Rockdale Beef possui uma operação de carne bovina integrada através de fazendas, confinamentos, fábrica de ração e frigorífico.

Situada em Nova Gales do Sul, a Rockdale tem capacidade de abate de 200 mil bois por ano, combinada com uma capacidade de confinar mais de 50 mil bois simultaneamente, informou o comunicado divulgado na ocasião.

No início do mês, o grupo JBS, maior processador mundial de carne bovina, reportou lucro líquido de R$ 127,9 milhões no quarto trimestre, revertendo as perdas de R$ 53,2 milhões nos últimos três meses de 2008. (AE e AG)

Serra acima!





 
POLÍTICA


Serra tenta conter desgaste da saída

Agência Estado

São Paulo – Pré-candidato do PSDB à Presidência, o governador de São Paulo, José Serra, quer se despedir do governo hoje falando diretamente ao eleitor paulista. O discurso que em cerimônia no Palácio dos Bandeirantes não será um balanço recheado de números, mas uma prestação de contas em tom político, que lhe permita falar com emoção.

É a partir dessa cerimônia que Serra tentará converter em capital político, junto aos paulistas, o desgaste que sofreu com a cúpula do partido e com as lideranças tucanas que em vão o pressionaram para que assumisse logo a candidatura.

A intenção do governador era não se ater à leitura de um texto, e sim seguir a lista dos tópicos que deverão ser pontuados de maneira mais natural. “Eu não vou fazer balanço. Numeralha não vai ter”, diz o governador tucano.

O PSDB mobilizou cerca de 5 mil militantes para prestigiar a cerimônia em que ele anunciará a saída do governo e, por tabela, assumirá a candidatura presidencial. A ideia é mostrar que, no cenário nacional, ele “fará acontecer” muito mais por São Paulo e pelo Brasil. Ao apresentar o conjunto de realizações, ele falará da importância do desenvolvimento de São Paulo, focando os benefícios que isso gera para o País.

Em evento de liberação de R$ 53 milhões em convênios com 221 municípios, Serra deu ontem o tom de sua despedida: “Saio triste. Não estou contente de deixar o governo”. (Agência Estado)

Marina critica PAC 2






POLÍTICA


Marina eleva críticas a lançamento do PAC 2

FP

Recife – Em clima de campanha à Presidência, a pré-candidata do PV, Marina Silva, subiu ontem o tom das críticas ao Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), principal vitrine eleitoral da adversária Dilma Rousseff (PT). Marina definiu o plano como “colagem de obras e disse que a nova etapa -PAC 2, lançado ontem pela chefe da Casa Civil- lembra uma “marmita requentada".

Segundo a senadora, é preciso ficar “atento para não se deixar enganar pela propaganda oficial.

“O PAC não é programa, é colagem de obras. Entre o anunciado e o realizado, há uma distância muito grande. Tem coisas que são repetidas a cada PAC. Alguma coisa nessa marmita está requentada”, disse a senadora do PV. (FP)

 


POLÍTICA


Aécio deixa governo ainda cotado a vice

AEBelo Horizonte – O governador de Minas, Aécio Neves (PSDB), se desincompatibiliza hoje do cargo, deflagrando a sucessão estadual. Aécio passará o bastão para o vice e pré-candidato tucano, Antônio Anastasia, que será empossado pela manhã na Assembleia Legislativa.

Até o momento, Aécio não admite outra hipótese que não seja concorrer ao Senado e tem demonstrado que sua prioridade é mesmo fazer o sucessor e manter o controle sobre o Estado, o segundo maior colégio eleitoral do País. Mas o mineiro ainda é cotado candidato a vice na chapa encabeçada pelo presidenciável do PSDB, o governador de São Paulo, José Serra.

Aécio tem dito que pode fazer mais pela aliança tucana concentrando esforços em Minas, onde vai enfrentar uma frente de líderes políticos alinhados com o presidente Lula. Ontem o governador mineiro revelou que está subsidiando Serra com informações para que seja formulada proposta para Minas. (AE)

Ponte com tráfego limitado!






TRÂNSITO

Justiça interdita ponte que liga a Minas Gerais

O Popular

Estava prevista para ocorrer ontem à noite a interdição parcial da Ponte Engenheiro Ciro de Almeida, que liga Itumbiara a Araporã, em Minas Gerais (MG), na BR-153, por danos na estrutura. O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) de Minas foi notificado de decisão judicial do juiz federal da 1ª Vara de Uberlândia, Bruno Vasconcelos, que ordena o controle do tráfego pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) para limitar a passagem a apenas uma das faixas da ponte. Dnit e PRF se reúnem hoje para tratar do assunto. Segundo divulgou o DNIT de Minas, a restrição é para que não passem pela ponte veículos com mais de 45 toneladas ou mais de cinco eixos.

E os investimentos?


 




Violência cresce 105% em Goiás
Estudo leva em consideração o número de mortes violentas e a população, na última década

Rosana Melo

O número de assassinatos em Goiás cresceu 105,2% entre os anos de 1997 e 2007. O índice deixou o Estado em oitavo lugar entre os que registraram aumento da violência criminal. Os dados constam do Mapa da Violência – Anatomia dos Homicídios no Brasil – 2010, elaborado pelo Instituto Sangari, organização não-governamental que realiza a pesquisa anualmente, há uma década. O Mapa tem como fonte o Sistema de Informações sobre Mortalidade, do Ministério da Saúde, o que pode divergir das estatísticas de mortes registradas pela Delegacia de Investigações de Homicídios.

O estudo revelou também, entre outras coisas, que houve uma queda de 4,4% no número de homicídios das capitais brasileiras entre 1997 e 2007, quando se leva em consideração o número total da população. Os dados expostos permitem afirmar que a década foi atípica na história recente do País, já que é possível observar uma queda nos índices de assassinatos no País. Até 2003, os números eram crescentes e declinaram, pelo menos nas maiores capitais brasileiras. Isso, segundo os responsáveis pela pesquisa, deve-se ao Estatuto do Desarmamento, que entrou em vigor nos últimos dias de 2003 e ao sucesso de algumas políticas estaduais em alguns Estados, como no Rio de Janeiro e São Paulo.

Nesta comparação, Goiânia, que em 1997 ocupava a 21ª posição no ranking das capitais, com uma taxa de 22,1 homicídios para cada grupo de 100 mil habitantes, em 2007 ocupava a 15ª posição entre as capitais brasileiras, com 34,6 mortes para cada grupo de 100 mil habitantes. Em relação ao total da população, a capital aparece em 10º lugar, registrando um aumento de 89,8% no número de crimes de morte na década. Em 1997, o estudo aponta que ocorreram 226 assassinatos em Goiânia. Em 2007, seriam 429.

No número coletado junto ao Ministério da Saúde, o estudo computa como sendo homicídio ocorrido em Goiânia, mortes violentas registradas em hospitais da capital, sem levar em consideração o local onde o crime foi cometido. Em 2007, segundo a Delegacia de Homicídios, ocorreram em Goiânia 315 assassinatos. O estudo aponta também que, dos 5.564 municípios brasileiros, 300 tiveram os maiores aumentos nas taxas de assassinatos da década. Destes, dez ficam em Goiás. Maurilândia, que ocupa o 84º lugar no ranking, teria uma taxa de 57,9 de homicídios para cada grupo de 1 mil habitantes. As outras cidades goianas são Formosa, Luziânia, Flores de Goiás, Cidade Ocidental, São João d’Aliança, Valparaíso de Goiás, Abadia de Goiás, Teresina de Goiás e Novo Gama.

De acordo com a pesquisa, em Goiânia, houve um aumento de 160% no número de assassinatos de jovens entre 15 e 24 anos entre 1997, quando foram registradas 65 mortes pelo MS, e 2007, quando ocorreram 169 crimes de morte. Quando se fala em população com faixa etária entre 15 e 29 anos, Goiânia deixou o 24º lugar, com taxa de 33,1 para grupos de 100 mil habitantes em 1997, para a 17ª posição, em 2007, com 70,8.

Número de mortes supera países em guerra

Rosana Melo

O Mapa da Violência 2010 – Anatomia dos Homicídios no Brasil, do Instituto Sangari, revela que 512,2 mil pessoas foram mortas no Brasil entre os anos de 1997 e 2007, o que ultrapassa o número de mortes em países em guerra como a Chechênia (1994 a 1996), Guatemala (1970 a 1994) e El Salvador (1980 a 1992), por exemplo.

Se o ano a ser comparado for 2005, por exemplo, o Brasil fica em sexto lugar entre os países com as maiores taxas de homicídio, se considerada a população total do país. Na frente do Brasil, cuja taxa é de 25,8%, estão El Salvador, Colômbia, Guatemala, Ilhas Virgens e Venezuela. No Centro-Oeste brasileiro foram assassinadas, entre 1997 e 2007, mais de 38 mil pessoas, das quais, 12.439 foram executadas em Goiás. Em Goiânia, segundo dados do Ministério da Saúde, 4001 pessoas foram mortas entre 1997 e 2007.

Segundo o Mapa, os maiores índices de homicídio no Brasil concentram-se na faixa de 15 a 24 anos, com pico entre os 20 e os 21 anos, com 36,6% dos homicídios. Vale lembrar, como a própria pesquisa ressalta, que os jovens nessa faixa representam 18,6% da população em 20O7.

Leitores opinam!


 


CARTAS DOS LEITORES

Dança das cadeiras

Esta quarta-feira é a data-limite para a desincompatibilização dos agentes públicos interessados em concorrer a mandatos na próxima eleição. O meio político está bastante agitado, ansioso com as possíveis coligações, e, principalmente, com a dança das cadeiras, que possivelmente vão vagar com a saída de prefeitos e demais secretários interessados a um novo mandato (governo e/ou deputado).

Acompanhando tudo isso pelos principais jornais de nossa capital, me veio à lembrança uma frase de minha saudosa avó materna, de família tradicional do meu Rio Verde: “Às vésperas das eleições, os políticos mais sisudos tornam-se sorridentes, distribuem beijos em crianças e cansativos e demorados tapinhas nas costas”.

Lendo os jornais, pude ver que as coisas evoluíram: tem político abraçando e beijando cachorro em inaugurações públicas. Não que esses animais não mereçam, mas que é o fim da picada, para mim, isso é.

LUIZ GONZAGA CRUVINEL FERREIRA
Setor Oeste – Goiânia

Renúncia de Iris

Até parece que meu amigo Iris, infelizmente, está anestesiado e insensível para notar o que está acontecendo. Seu partido, o PMDB, está cavando a sua sepultura política, com a finalidade de abrir caminho e liderança para outros, em virtude da sua idade, caminhando, como eu, para os 80 anos.

Renunciando à Prefeitura e se perder as eleições será o seu fim político em Goiás. Caso vença, estará dando a Prefeitura e o governo estadual para o PT, sem que eles tenham tido meio voto para a Prefeitura, o mesmo acontecerá para as eleições estaduais.

Uma amizade de mais de 57 anos me obriga a abrir os olhos de Iris, para que não caia nessa. Ele tem mais 3 anos e meio de mandato, então que o cumpra com dignidade, sem dar ouvido a falsos palpites. Sou seu amigo desde os bons tempos de Escola Técnica e do Liceu de muitas tradições e o quero muito bem.

EDNER MENDES DE BRITO
Centro – Goiânia

Na minha opinião, o prefeito Iris Rezende deveria cumprir seu mandato até o fim. Concorrer ao governo no Estado trará um desgaste desnecessário, já que ele está fazendo um ótimo trabalho na Prefeitura de Goiânia.

Terminar seu mandato, seria o fechamento com chave de ouro de seu ciclo político na história de Goiás.

LUÍS DIAS DA COSTA
Leste Universitário – Goiânia




Em período pré-eleitoral todos estão preocupados com as eleições de 2010. O governo de Goiás anda pensando muito nas eleições, dívida da Celg, CPI de Endividamento, etc., que até se esquece de realizar tapa-buracos nas estradas goianas.

É vergonhosa, por exemplo, a situação da GO-070, entre Itauçu e Itaberaí. As crateras colocam em risco a segurança de quem trafega pelo local, além de provocar prejuízos financeiros aos motoristas que têm os veículos danificados ao passar pelos buracos. Alô governo de Goiás, a GO-070 precisa urgentemente de reparos.

VINÍCIUS PINHEIRO
Mossâmedes - GO

O ir e vir do cadeirante

Sou cadeirante e não é fácil, como o autor de uma grande novela global no horário nobre está demonstrando. Tudo bem que é ficção, mas a realidade não é diferente – ir e vir é o nosso maior obstáculo.

Trabalho em um grande órgão do Estado, Vapt-Vupt de Campinas, que tem inclusive ISO 9001:2000 e chegar ao recinto é uma das minhas maiores dificuldades.

O elevador destinado aos deficientes físicos e idosos não funciona há meses. A manutenção é de responsabilidade da Sefaz e ela não a faz, deixando assim tanto os usuários como os funcionários necessitados desamparados. A escada não é acessível, e, por várias vezes, tive de ser carregada pelos seguranças, podendo ocorrer algum acidente comigo.

Pergunto as autoridades onde está o meu direito, que foi conquistado? Onde está o respeito com nossa dignidade? Sou funcionária pública há 25 anos, e trabalho no momento no Sine.

SIMONE PINTO DA COSTA
Setor Gentil Meireles – Goiânia

Transporte coletivo

Em Goiânia, o transporte coletivo se agrava dia após dia, sem perspectiva de solução imediata. Uma pergunta se faz necessária e fica no ar para quem tiver a resposta concreta: até quando vamos conviver com um transporte coletivo caótico na grande Goiânia?

Será que não temos nenhum administrador com idéias de vislumbrar uma solução plausível e definitiva para o referido serviço prestado à população?

DINAIR JOSÉ DE SOUSA
Setor São José – Goiânia

Motoristas goianos

Com todo respeito, discordo do leitor Thiago Coelho, autor da carta publicada sábado, quando ele diz que os motoristas goianos dirigem mal, desrespeitando a sinalização e ignorando a seta, não a acionando quando necessário.

Segundo ele, trafegando em Brasília deu para ver como os motoristas ali são respeitosos com relação à condução de seus veículos. Esquece o leitor que a seta, quando acionada, indica que o condutor pretende efetuar manobra à direita ou à esquerda, o que não lhe dá o direito de simplesmente acionar o dispositivo e achar que pode realizar a manobra sem a devida cautela.

É preciso atentar para um detalhe: toda manobra com veículo pretendida ou realizada deverá ser efetuada com segurança para si e para outrem. Prefiro acreditar que os nossos motoristas (goianos) são melhores.

RONALDO CAETANO
Anápolis – GO

Cadê o poder público?


 


Editorial

Mazelas penais

A liberação de 240 presos da Casa do Albergado, no Jardim Europa, a fim de que as vagas sejam ocupadas por detentos do regime semiaberto do complexo penitenciário de Aparecida de Goiânia, foi uma decisão judicial justificada como inevitável e única saída.

É procedente, no entanto, o temor dos moradores do Jardim Europa e bairros vizinhos em relação à segurança na região. A Polícia Militar prometeu reforçá-la e tem de cumprir a promessa com total rigor. Os moradores não têm culpa na formação das mazelas penais.

A precariedade das instalações do regime semiaberto é tão assombrosa que muitos detentos do regime fechado que aguardam liberdade condicional e que poderiam assim receber o benefício da transferência para o semiaberto preferem ficar detidos em tempo integral.

Em uma situação tão degradante, claro que nem faz sentido a expressão reeducando para definir os detentos, pois o local em que ficam não contribui para a reeducação e para a ressocialização desses prisioneiros.

As deficiências do sistema penitenciário brasileiro atingem todos os Estados, mas em Goiás as mazelas se agravam em maior escala do que nos demais, como têm mostrado há algum tempo reportagens deste jornal. Em face disso, toda a urgência tem de ser imprimida às medidas recomendadas, que estão com atraso e algumas na verdade ainda nem foram acionadas.

A sociedade tem de cobrar mesmo as ações que estão faltando – e que dizem respeito à segurança de todos.


COMENTÁRIOS DO JOÃO AQUINO

É intrigante confrontar a realiade de Goiás, no que tange aos seviços públicos municipal, estadual e federal de Goiânia, Anápolis e Aparecida de Goiânia. Nas propagandas oficiais, milhões de reais estão sendo aplicados; nunca neste país a educação recebeu tanto investimento; a segurança pública duplicou os recursos e tais e coisas. Mas, então por que tantas mazelas? Bairros investados pelo mosquito da dengue, com matagais amazônicos e limpeza pública deficiente; presos em cadeias superlotadas, escolas sendo invadidas por vândalos, sumiços e assassinatos sem solução, avenidas saturadas pelo trânsito e tantas outras reclamações diárias, que fica parecendo que os governos só ouvem o que querem e fazem o que lhes interessa mais politicamente, deixando as verdadeiras necessidades sociais em segundo, terceiro ou plano nenhum.

terça-feira, 30 de março de 2010

Marconi: Influente!






POLÍTICA E JUSTIÇA


Goiano está na lista dos influentes do Twitter do Brasil, mostra o Twitterank

O senador Marconi Perillo (PSDB) aparece entre os três senadores brasileiros mais influentes no Twitter, saltando à frente de políticos de destaque do cenário nacional como Marina Silva, do PV, Aloízio Mercadante e Eduardo Suplicy, ambos do PT. O ranking dos senadores é feito pelo site Twitterank (www.twitterank.com.br), que avalia o desempenho dos usuários do microblog no Brasil e é baseado em três fatores que formam a nota geral: influência, popularidade e envolvimento.

O senador goiano (@marconiperillo) é um dos tuiteiros mais ativos do microblog e já atinge a casa dos 11 mil seguidores. Marconi divide a liderança do ranking dos senadores com Cristovam Buarque (PDT) e Álvaro Dias (PSDB). Ele mantém seu perfil atualizado com postagens diárias, sempre comentando temas quentes e se posicionando politicamente. O Twitter de Marconi é apontado como exemplo de políticos que utilizam bem a ferramenta digital.

O tucano divulga propostas, agenda e responde às perguntas dos seguidores. Também costuma rebater pelo Twitter os ataques que recebe de adversários e chama a atenção para questões políticas importantes de Goiás. Nos últimos dias, Marconi cobrou a reabertura do Centro Cultural Oscar Niemeyer, criticou o péssimo estado das estradas goianas e reclamou do abandono da Universidade Estadual de Goiás, além de denunciar o caos do transporte coletivo e o alto número de crianças de ruas em Goiânia.

No Twitter, o Brasil tem a segunda maior comunidade, só perdendo para os Estados Unidos, onde a rede nasceu há mais de quatro anos. Por aqui, a onda explodiu no final do primeiro semestre do ano passado, quando artistas, jornalistas, cantores e o público em geral se interessaram pelo Twitter. Quem chegou depois, mas com força total, foram os políticos. Além de Marconi, um verdadeiro ícone do Twitter é o governador de São Paulo, José Serra (@joseserra_), do PSDB.

Acessada

Serra, que deve disputar a Presidêncida da República, não foi um dos primeiros a criar um perfil na rede, mas é ele quem tem uma das páginas mais acessadas dentre todos os políticos. Para se ter uma ideia, existem pelo menos dez fakes (perfis falsos) com o seu nome. Por sinal, segundo o próprio Serra explicou, a existência dos perfis falsos é que o levou a criar um oficial, hoje com selo de autenticidade fornecido pelo próprio Twitter. Serra tem mais de 156 mil seguidores.

De acordo com o Twitterank, a influência é medida a partir da interação entre seus seguidores (followers) e o perfil analisado. A popularidade leva em consideração as pessoas que possuem prestígio e influência e é baseada em uma fórmula que envolve quantidade de amigos e seguidores. Diretamente ligada ao envolvimento, a influência também é estabelecida tendo em conta a quantidade de postagens diárias. Quanto mais o público interagir, melhor será a nota do ranking.





POLÍTICA E JUSTIÇA


PSDB prepara Cheque Computador

Com o intuito de mais uma vez buscar ouvir os anseios da população, o senador Marconi Perillo (PSDB) reuniu-se ontem com lideranças políticas, empresários, presidentes de associação de moradores de bairro, conselheiros tutelares e populares dos setores Jardim Mariliza e Parque Atheneu, na região sudeste da Capital. No encontro, o senador apresentou mais um item do programa de governo que o PSDB e os partidos aliados preparam para apresentar à sociedade: o Cheque Computador. Marconi voltou a defender a importância da inclusão digital.

"O analfabetismo do Século 21 não é mais o analfabetismo da falta de leitura e escrita, mas sim o analfabetismo digital. Devemos cuidar desde já de nossas crianças, propiciando a elas o acesso às tecnologias digitais", disse, sob aplausos de cerca de 500 pessoas.

Segundo Marconi, o cheque será destinado às famílias de baixa renda, para que possam adquirir computadores para seus filhos. Há também a intenção de atrair fábricas de computadores para o Estado, a fim de diminuir o custo dos equipamentos. O senador falou da importância de ouvir a população e pediu que os presentes dessem sugestões ao plano de governo do PSDB, explicando que os projetos têm sido elaborados de acordo com as necessidades regionais e a opinião do povo.

"Ao longo da minha vida aprendi a dialogar com o povo. Ouvindo vocês, aprendo mais e erro menos. Em todos os meus governos, agi dessa forma e sempre fui muito criativo. Se tem uma coisa que os adversários não podem dizer é que não tenho criatividade", afirmou Marconi.

As lideranças que discursaram elogiaram a interação do senador com a população, através de diversos canais, e o anúncio da criação do Cheque para quitar despesas de cartório para regularização de imóvel, outro item do projeto do PSDB. Segundo uma líder de bairro presente à reunião comunitária, muitas famílias sonham com a escritura de seus imóveis ou com a quitação de débitos pendentes, mas não têm condições financeiras para arcar com as despesas.

"Essa ideia veio ao encontro dos anseios das famílias carentes", disse. As principais reclamações foram em relação à falta de melhorias na saúde, educação e transporte. Críticas às mudanças feitas recentemente no trajeto de algumas linhas e a extinção de outras, sem consultar a população, foram unanimidade entre os que discursaram.

Marconi, por sua vez, criticou a falta de obras na área da saúde e o aumento do valor da passagem de ônibus, além de frisar a necessidade de reinstalação dos programas sociais criados pelo seu governo. Estavam com Marconi no evento os deputados tucanos padre Ferreira, Fábio Sousa e Leonardo Vilela (federal), além do vereador Anselmo Pereira (PSDB).





PANORAMA POLÍTCO

Miríam Leitão

Peça de marketing

O presidente Lula governa o Brasil há 87 meses.

Faltam nove para acabar seus dois mandatos. Por que ele lança, assim no finalzinho, um programa para os próximos quatro anos e além? Para fazer campanha política, óbvio. O presidente alega que é para que o próximo governante não perca um ano sem saber o que fazer, mas para isso existe o Plano Plurianual, que vai até 2011.

Do PAC-1, anunciado em 2007, não se concluiu uma única obra de logística. Foram inaugurados alguns trechos de rodovias, mas de ferrovia não adianta inaugurar trechos.

A Ferrovia Norte-Sul andou, mas não ficará concluída.

A Ferrovia Oeste-Leste é só uma ideia na cabeça, que liga um porto sem estudo de mercado, sem projeto, sem licença, em Ilhéus, à Norte-Sul. A Transnordestina está parada pelas enormes complicações das desapropriações de minifundios no nordeste.

Os portos não foram dragados. O trem-bala precisará de mais dois anos para concluir o projeto. Começou custando US$ 11 bilhôes, hoje custa US$ 20 bilhões, e o governo diz que fará mais três trens-balas diz o professor de logística Paulo Fernando Fleury.

O truque dos números gigantes é somar o que pode vir a ser orçado com o que pode vir a ser investido pelo setor privado e com os futuros orçamentos das estatais.

Assim foi construído o número de R$ 503 bilhões anunciado em 2007. Depois, virou R$ 638 bilhões.

Destes, o governo considerou ações concluídas de R$ 256 bilhões, mas do Orçamento foram R$ 35 bilhões disse o economista Gil Castelo Branco, do site Contas Abertas.

Mas como 35 viram 256? Do total, mais da metade são empréstimos habitacionais de pessoa física com dinheiro do FGTS. Até reforma na sua casa se for com dinheiro da Caixa entra como ação do PAC diz Gil. No balanço do PAC-1, o governo disse que R$ 88,8 bilhões foram investimentos do setor privado. O site Contas Abertas já perguntou insistentemente ao Planalto que empresas são estas.

Ainda não obteve resposta.

O governo alega que completou 40% do que se propôs a fazer nestes quatro anos, mas só concluiu 11%, segundo o site.

Para os próximos quatro anos, o governo Lula anuncia investimentos de cerca de R$ 1 trilhão. O número é outro ilusionismo, e o anúncio, feito agora, é truque eleitoral. De novo, reempacotase dinheiro que já está aí, como o do FGTS, com investimento que pode estar no orçamento dependendo do próximo governo e possíveis investimentos privados e de estatais a serem feitos no futuro.

É uma forma de dizer, em linguagem de palanque: se o governismo vencer, é isso que o país terá. É também uma armadilha para o próximo governante, se não for eleita a candidata oficial. O próximo será cobrado em cada cidade, cada estado, cada região por não ter feito aquilo que Lula faria. E todas as ideias que são levadas ao governo são incluídas nessa verdadeira sacola de papainoel.

A mensagem é clara: tudo isso só acontecerá se o governo continuar. Como disse o presidente da CUT, não podemos retroceder.

Ou como disse a ministra Dilma Rousseff: O neoliberalismo que nos antecedeu não tinha planejamento.

Antes, nós tínhamos o Estado que dizia não.

Era o Estado omisso.

Lula admitiu que não lançou o PAC-1 em 2006 para não confundir com as eleições.

A ministra fala do que acontecerá em 2011 como se não houvesse uma eleição no meio.

Tenho a felicidade de anunciar que haverá a democratização da água prometeu.

Os números mostram que, apesar dos sete anos e três meses do governo Lula e um PAC, os problemas de água e esgoto continuam enormes.

Segundo o presidente da Abcon (Associação Brasileira das Concessionárias Privadas de Serviços Públicos de Água e Esgoto), Yves Besse: 14,5 milhões de pessoas não têm acesso à água potável; 40 milhões sofrem com abastecimento descontínuo de água; 70 milhões não são atendidos por coleta de esgoto; 100 milhões não têm esgoto tratado.

Besse diz que o PAC-1 prometeu R$ 40 bilhões para quatro anos, pouco mais de 15% do necessário, mas não trouxe recursos novos, apenas reorganizou orçamentos como o do FAT (Fundo de Amparo do Trabalhador), sob controle da BNDES, e o do FGTS, sob comando da Caixa Econômica.

No ritmo atual de investimentos, o serviço de água e esgoto só vai ser acessado pelo total da população em 2070 afirmou.

Planejamento é necessário, mas isso que foi exibido ontem não foi planejamento.

A Constituição estabelece que seja feito, e passe pelo Congresso, o Plano Plurianual, e determina que ele não coincida com o período de mandato, exatamente para que não haja a paralisia que Lula teme que ocorra no ano que vem. O Plano atual vai até 2011. Claro que existem obras que não podem ser concluídas no período de quatro anos ou oito , mas não é razoável apresentar uma lista gigante de projetos que tomariam o próximo governo inteiro, a menos que fosse um programa de governo de candidato.

O empenho para pagar parte da festa saiu ontem no Diário Oficial. A empresa Swot, serviços de festas e eventos, receberá R$ 170 mil.





Falta livro didático na rede estadual

Enquanto em Iporá milhares de livros didáticos foram jogados no lixão da cidade, há uma semana, em Goiânia faltam livros em escolas da rede estadual de educação. Prejudicados, alunos que ficaram sem material impresso para estudar reclamam da situação e do tempo gasto pelas escolas para repor os títulos que estão em falta.

Há, no entanto, um jogo de empurra entre os estabelecimentos de ensino e a Secretaria Estadual de Educação (Seduc). De um lado, os colégios afirmam que já fizeram pedido dos livros que estão faltando. Do outro, a Seduc explica que não recebeu esses pedidos de reposição de material didático, mas está trabalhando para resolver o problema.

Até que o impasse seja resolvido, estudantes são obrigados a dividir livros com os colegas e em alguns casos não podem sequer levar o material para estudar em casa. O clima de descontentamento atinge toda a comunidade acadêmica, desde alunos, pais, e até professores que acumulam mais trabalho, que são obrigados a administrar o clima de tensão que fica em sala de aula, já que nem todos recebem o material didático e protesta. Já houve até empurra-empurra em sala de aula porque os estudantes não entendiam porque só alguns eram beneficiados, contou uma professora que pediu para não ser identificada.

Déficit

Nas escolas consultadas pela reportagem do POPULAR, a que apresenta pior situação é o Colégio Estadual (C.E.) Pedro Xavier Teixeira, no Setor Bueno. Lá faltam mais de 70 coleções para os 8º e 9º anos. Cada coleção é composta por exemplares das disciplinas de Matemática, Português, Ciências, Geografia e História. Ou seja, há um déficit de 360 livros na unidade de ensino.

Prejudicados, alunos pedem solução imediata para o problema. É o caso de Higor Rodrigues Vieira, de 15 anos, que está no 8º ano e não aguenta mais ir para a escola sem o material didático completo para seus estudos. "Na maioria dos casos, a gente tem que dividir o livro com outro colega. É horrível. Atrapalha muito", afirmou o jovem.

No colégio, funcionários informaram que a falta de livros é decorrente da não devolução de exemplares utilizados em anos anteriores. Cada livro deve ser usado por três anos, logo, beneficiará três alunos que passarem pela mesma série. Ao final de cada ano letivo, o estudante é obrigado a devolver o exemplar para que outro colega possa utilizar o material. Quando isso não ocorre, os livros que faltam têm que ser repostos pela Seduc, que mantém uma reserva técnica justamente para esses casos - o que nem sempre é possível.

A direção do C.E. Pedro Xavier disse que já tinha feito pedido para a reposição dos livros, mas que ainda não tinha sido atendida. A Seduc rebate e explica que um e-mail foi encaminhado à secretaria ontem, apenas. Ainda de acordo com a assessoria de imprensa da secretaria, requerimentos como esse só podem ser feitos por meio de ofício.

Defasagem

Coordenadora do C.E. Pedro Gomes, em Campinas, Lívia Amélia de Sousa Santos explicou que a falta de livros alterou até a rotina dos professores que, agora, têm que passar quase todas as atividades no quadro para os alunos acompanharem e acabam perdendo tempo. Lá, faltam exemplares de Matemática no 6º ano e de História, no 9º ano.

Na C.E. Teotônio Vilela, no Conjunto Vera Cruz, dos mais de 800 alunos matriculados, pelo menos 30 passam pelo desconforto de não ter livros para estudar.

Pior ainda é a situação no C.E. José Lobo, no Setor dos Funcionários. Em algumas turmas, até metade dos alunos não receberam livros didáticos este ano. A situação seria mais crítica para os estudantes dos 7º e 8º anos o que levou a diretoria da escola a barganhar uma troca de livros com outras unidades, mas apareceu um empecilho: cada escola adota os livros didáticos que preferir.

Segundo a assessoria de imprensa da Seduc, o problema da falta de livros em escolas da rede ocorre principalmente por causa da falta de devolução do material didático ou, ainda, dá má conservação do que é devolvido nos colégios.

A secretaria informou que tem realizado trabalhos para orientar melhor sobre a conservação dos livros e devolução. Ainda, a Seduc lembrou que tem uma reserva técnica de livros correspondente a 3% do total de títulos requeridos pelos colégios estaduais de Goiás para reposição.

 


GIRO




Jarbas Rodrigues

Déficit será tema de Iris e Vanderlan contra Marconi

O déficit fiscal de R$ 100 milhões mensais que teria sido deixado pelo ex-governador Marconi Perillo (PSDB) virou tema obrigatório nos discursos dos prefeitos-candidatos Iris Rezende (PMDB) e Vanderlan Cardoso (PR). Trecho do discurso de Iris, ontem à noite, no evento Maiores do ISS, para uma plateia coalhada de empresários: “Jamais deixaremos dívidas ou déficits como herança, mas um legado de grandes realizações”, enfatizou. Curiosamente, Iris herdou da gestão petista uma dívida de R$ 240 milhões na Prefeitura de Goiânia. Vanderlan, domingo, também alfinetou o tucano ao citar o déficit que teria sido herdado pelo governador Alcides Rodrigues (PP). No evento de ontem à noite, Iris também fez um balanço de seus seis anos no Paço. Enalteceu as áreas de Saúde e Educação, com a expansão das escolas em tempo integral e criação do Teleconsulta, a área social com construção de moradias, a pavimentação de 1,6 mil quilômetros de ruas, a construção de 400 praças e 18 parques. Sobre o trânsito e transporte coletivo de Goiânia, foi muito discreto no discurso.

PMDB de Dilma

O prefeito Maguito Vilela (PMDB) promete levar hoje a maior caravana de peemedebistas ao Master Hall. Ontem, acompanhava Iris Rezende no lançamento do PAC 2. Falaram com Gilberto Carvalho, chefe do gabinete do presidente Lula.

Dia da mentira

Curioso: quase todos pré-candidatos devem renunciar mandatos amanhã. Teriam até dia 3, mas sábado ninguém merece, sexta-feira é feriado e quinta é... 1º de abril.

A propósito...

Equipe da Stylus está de prontidão há três semanas para gravar amanhã a saída de Iris do Paço.

Pede urgência

O senador Marconi se reuniu no domingo à noite com deputados tucanos. Teria pedido urgência na aprovação do projeto da Celg para até amanhã na Assembleia.

Carapuça

O governador Alcides voltou a criticar ontem, em ato político, a manobra na Assembleia que atrasou a votação do projeto da Celg.

Virou goiano

O empresário Marco Ermírio de Moraes, herdeiro do grupo Votorantim e promotor do Rali dos Sertões, recebe amanhã título de cidadão goiano. Às 8h45, na Assembleia.

Vem x Volta

O slogan da pré-candidatura de Vanderlan Cardoso (PR) é “Vem”. É uma clara alusão ao slogan “Volta”, dos marconistas, sobre a pré-candidatura de Marconi Perillo (PSDB).

Frente alcidista

Antes de chegar ao evento pró-Vanderlan, ontem, o governador fez questão de posar para foto no Palácio das Esmeraldas com os presidentes estaduais do PP, PR, PSB, PTN, PV, PSDC, PHS, PDT (este representado por Flávia Morais).

Contra-informação

Guerra de informações: em relação ao número de prefeitos no ato pró-Vanderlan, marconistas contaram de 20 a 31 presentes. Já os alcidistas contaram 48.

Vestiu a camisa

Chamou atenção o empenho do prefeito Abelardo Vaz (PP), de Inhumas. Dá pinta de que vai assumir posto-chave na coordenação da campanha da frente alcidista.

Nova equipe

Inicialmente cotado para a Secretaria do Governo, o pepista Ney Nogueira agora está mais para secretário de Infra-Estrutura. A conferir.

Seu bolso

A taxa de estacionamento do aeroporto de Goiânia vai custar R$ 3,50 a hora. A diária custará R$ 15.

PERGUNTA PARA: Vanderlan Cardoso, pré-candidato do PR

Sua pré-candidatura a governador foi lançada. E os próximos passos?

Ainda temos muito trabalho até as convenções partidárias de junho, mas posso afirmar que nossa prioridade será garantir a presença do DEM na nossa chapa. Mas temos de esperar a questão nacional do DEM ser resolvida primeiro, temos tempo. Em relação às outras vagas na chapa, serão os partidos aliados que vão indicar, de forma consensual.


ARREMATE

Viés de alta – O BC divulgou ontem a ata da última reunião do Copom que prevê aumento dos juros básicos (Selic) para 11,2% até dezembro. Henrique Meirelles (PMDB) não comandará esta trajetória de alta.

Prefeitos – Alívio: os repasses do FPM para os municípios em março foram 4,5% em média superior que igual mês de 2009. Reflexo do aumento da arrecadação federal.

Expresso Pequi? – O PAC 2 prevê a construção de três linhas de trem-bala. Em São Paulo, Minas Gerais e Paraná. Entre Goiânia e Brasília, entretanto, nem no papel de intenções.

Paixão – Segundo o Serpes, a transmissão dos jogos do Goianão tem média de 250 mil telespectadores. Só em Goiânia.

Obra – Às 10 horas, o governador Alcides e Francisco Gedda (Metrobus) inauguram reforma do Terminal Praça A.

Estádio – Às 9 horas, Talles Barreto (Agel) apresenta a fase final da reforma do gramado do Serra Dourada.

Esporte – Presidente da Comissão de Turismo e Desporto da Câmara dos Deputados, Raquel Teixeira (PSDB) participa hoje da Conferência do Esporte Paraolímpico Brasileiro.

Cascavel – Documentos da Controladoria Geral do Município e da Procuradoria Geral autorizam o início das obras de canalização do Córrego Cascavel, acatando decisão do juiz Rodrigo Rodrigues Prudente.