sexta-feira, 19 de março de 2010

Marconi: O Legislativo é independente!


 


 
POLÍTICA


 
Marconi cita filósofo para dizer que não atua no caso

Núbia Lôbo

Para reforçar a declaração de que não tem influência ou participação sobre o movimento na Assembleia para obstruir o projeto de venda de ações da Celg, o senador Marconi Perillo (PSDB) citou até uma teoria do filósofo francês Montesquieu para destacar que o assunto é “de exclusiva competência do Executivo e Legislativo” goianos. Marconi tentou afastar o caráter político da atuação dos deputados tucanos e aproveitou para destacar que a dívida da companhia aumentou depois que ele deixou o governo.

“No sistema de freios e contrapesos, da tripartição de poderes defendida por Montesquieu, os poderes são autônomos e independentes. Temos de respeitar”, disse Marconi em evento do PSDB, realizado ontem em Goiânia, para apresentar o esboço do que será o plano de governo dos tucanos para o pleito deste ano.

Sobre a declaração dada em fevereiro do ano passado – quando Marconi considerou o acerto com a Eletrobrás “um excelente negócio” e afirmou que “se fosse governador, faria o mesmo” –, o tucano explicou que é favorável “à negociação com o governo federal”. “Eu sabia de alguma coisa pela imprensa e sou favorável ao Estado negociar, mas não conheço os termos da negociação”, esclarece.

Sobre o caráter político na obstrução ao projeto, Marconi descarta por completo. “Foi suprapartidário. Dois partidos antagônicos se juntaram para discutir o projeto”, ressaltou ele, referindo-se ao PSDB e PMDB.

“Tem de discutir o projeto. Quando vota de afogadilho, a imprensa reclama”, afirmou o tucano, lembrando que a autorização da Assembleia para vender a usina de Cachoeira Dourada foi votada a toque de caixa. “Se tivessem deixado discutir o projeto (o governador na época era Maguito Vilela – PMDB), talvez o Estado não ficasse no prejuízo”.

O tucano afirmou ainda que na página da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), o balanço fiscal da Celg mostra aumento da dívida da estatal de 2006 para cá. “Dia 31 (de março) vão completar 4 anos que deixei o governo. De lá para cá, segundo relatórios da CVM e do TCE (Tribunal de Contas do Estado), a dívida da Celg, que era de pouco mais de R$ 2 bilhões, foi acrescida em R$ 2,1 bilhões”.

Na quarta, Alcides afirmou que nunca tirou “meio centavo da empresa” e que não é responsável “pelo rombo de R$ 6 bilhões”.

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