Editorial
A agonia do trânsito
Com a frota de veículos automotores que circula em Goiânia se aproximando da casa de 1 milhão, a falta de política e medidas mais ousadas pode provocar um caos absoluto na cidade. Em meio à perplexidade causada pela situação, a única luz que se enxerga no fim do túnel consiste de medidas surpreendentemente mais baratas, mas, por serem polêmicas, muitas encontram séria resistência.
Como é preciso ousar, chegou o momento de uma busca consensual para a aceitação dessas medidas. Proibir, por exemplo, as conversões à esquerda, e extinguir estacionamento em vias movimentadas, ou em pelo menos alguns trechos dessas, já deveriam ser medidas em vigor.
Dificilmente se conseguirá em Goiânia a implantação de medidas mais duras, como a de rodízio de placas, até porque o sistema de transporte coletivo não é eficiente e confortável. O rodízio seria aceitável se existisse a alternativa de metrô, por exemplo, ideia que parece utópica para a cidade.
É preciso dar urgência à conclusão do Anel Viário, obra que depende da administração estadual, para que a administração municipal venha a proibir a circulação de veículos pesados no centro e nos bairros de maior congestionamento. Já é tempo também de eliminar semáforos de três tempos e racionalizar as licenças para a construção de polos geradores de trânsito, o que nunca foi feito em Goiânia. Sem a adoção de medidas racionais, não há como alcançar um trânsito menos caótico e violento.
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