quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Marconi: precaução na análise de pesquisas!

Geraldo Magela/Ag. Senado

                                Senador Marconi Perillo (PSDB) primeiro na pesquisa

Diário da Manhã

Política e Justiça

Larissa Bittar

Pré-candidatos analisam pesquisa com precaução

Líder no levantamento, Marconi diz que eleitores reconhecem trabalho realizado em Goiás. Pepista afirma que é precipitado comentar números

Os principais citados na pesquisa Ecope/DM, publicada na edição de ontem do Diário da Manhã, consideraram positivos os resultados da pesquisa. O senador Marconi Perillo (PSDB) – que aparece com 47,4% das intenções de voto em cenário que disputa o governo estadual com o prefeito de Goiânia, Iris Rezende (PMDB), o deputado federal Ronaldo Caiado (DEM) e Washington Fraga, candidato do PSol – foi cauteloso ao comemorar a vantagem sobre o principal rival Iris, que apareceu em segundo, com 39,1%.

“Uma pesquisa, a esta altura, reflete nada mais que a fotografia do momento. Como tenho dito em outras análises a respeito de pesquisas, recebo-a com alegria e satisfação pessoal por perceber que os goianos reconhecem o trabalho e o grande esforço empreendedor que fizemos para alavancar Goiás no desenvolvimento econômico, no desenvolvimento social, no apoio ao funcionalismo público. Recebo mais esta, calçando as sandálias da humildade, com os pés no chão, consciente de que não estamos no momento para a deflagração do processo eleitoral.”

O deputado federal Jovair Arantes (PTB), que já fechou apoio a Marconi, chamou atenção para dois dados da pesquisa. Um em que o tucano aparece mais forte no interior, que é seu principal oponente. O senador tem 50,2% das intenções de voto no interior do Estado, contra 36,5% do peemedebista. Em Goiânia, contudo, Iris lidera: 48,8% contra 37,3%. Segundo Jovair, o fato de ter a máquina municipal para administrar confere mais visibilidade ao prefeito na Capital. Acredita que, em época de campanha, essa diferença será reduzida e ambos se equipararão em Goiânia. Outro ponto que destaca são índices relativamente baixos apontados na Ecope/DM em relação à intenção de voto para o deputado Caiado e o secretário estadual da Fazenda Jorcelino Braga (PP), ambos ventilados para encabeçar terceira via na disputa em 2010.

“Sempre disse que essa tese de terceira via não tinha espaço. Há dois eixos políticos em Goiás e a pesquisa mostrou isso. Um comando por Marconi e outro pelo Iris”, disse. Procurado pelo DM, Caiado não comentou a pesquisa, assim como o presidente regional do PMDB, Adib Elias. O deputado federal Roberto Balestra (PP) também afirmou que é precipitado comentar números. Segundo o pepista, as pesquisas devem, ao menos até que os candidatos sejam anunciados, se limitar a análise interna dos partidos.

“Sondagens para deputados, senadores e governador só atrapalham quando publicadas nos jornais antes da hora. Principalmente em relação a eleições proporcionais. É igual olhar sexo de criança antes de nascer, tem gente que passa raiva antes, quando na verdade os resultados dependem de um trabalho de base que ainda está sendo feito”, diz Balestra.

Segundo citado, atrás de Caiado, para deputado federal, o deputado Jardel Sebba (PSDB), destaca que o crescimento de Iris (7,6 pontos) em relação a setembro e a queda de Marconi (2,6) não representa ameaça. “Quando chegar a campanha vai ser difícil acompanhar a onipresença de Marconi. O prefeito tem um teto de crescimento. Já o teto do Marconi é ilimitado.”

PRIMEIRO TURNO

Presidente do PSDB de Goiás, o deputado Leonardo Vilela considerou positiva a pesquisa. “O estudo mostra, com clareza matemática, que o senador vence as eleições no primeiro turno, em todos os cenários propostos”, disse. Segundo ele, essa é uma prova da consistência da pré-candidatura. A pesquisa trabalhou com três cenários, nos quais Marconi sempre enfrenta um adversário do PMDB e outro da chamada terceira via.

Na avaliação de Leonardo, a pesquisa mostrou que a disputa mais apertada seria a da primeira hipótese, quando são colocados os nomes de Iris e Caiado, além de Marconi. O tucano venceria no primeiro turno, com 51,36% dos votos válidos, já que os demais adversários somariam apenas 47,4%. Para o deputado, o segundo cenário, substituindo Iris por Henrique Meirelles, presidente do Banco Central, como candidato peemedebista, teria resultado ainda mais positivo para o senador. Sua vitória no primeiro turno seria com 68,6% dos votos válidos.

Flávia

Embora não tenha ainda disputado eleição para a Câmara Federal, o nome da secretária de Cidadania e Trabalho, Flávia Morais (PDT), figurou entre os 12 mais votados na pesquisa. Assim mesmo, sete dos 12 já disputaram no mínimo duas eleições para o cargo, lembrou a secretária. Flávia recebeu, por exemplo, o mesmo percentual que o tucano Carlos Leréia, que já vem de dois mandatos. “E há que ressaltar o fato de que a minha candidatura ainda não foi massificada pela mídia.”

Demóstenes quer ampliar alcance no interior

Líder na sondagem para o Senado, tanto na pesquisa espontânea quanto na estimulada, o senador Demóstenes Torres, que vai disputar a reeleição em 2010 informou ao DM que o objetivo é ampliar o eleitorado, conquistando base no interior.

A pesquisa Ecope/DM apontou que Demóstenes tem 14,5% das intenções de voto em Goiânia e 5,3% no interior do Estado. Os números são maiores que os dos adversários, mas o senador considera necessário campanha que alcance o interior como alvo eleitoral. “É natural que eu tenha mais aceitação na Capital, é onde há mais divulgação do meu trabalho e onde contrui minha carreira... Mas vou buscar formas para que meu trabalho no interior seja mais consistente.”

Demóstenes se disse satisfeito com os números da pesquisa e não quis citar adversário mais difícil de enfrentar. O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles (PMDB), o prefeito de Aparecida de Goiânia, Maguito Vilela (PMDB), o prefeito de Goiânia, Iris Rezende (PMDB), a senadora Lúcia Vânia (PSDB) e o senador Marconi Perillo (PSDB) foram os mais citados, depois de Demóstenes, na espontânea.

terça-feira, 27 de outubro de 2009

Bases querem a união!


                   O presidente da Câmara Municipal de Barro Alto, José Adão de Deus (PP),

Diário do Norte

Política

TRECHOS DA ENTREVISTA DE JOSÉ ADÃO DE DEUS


No plano estadual, ele rechaçou uma eventual candidatura do secretário da Fazenda, Jorcelino Braga, seu colega de partido, para suceder o governador Alcides Rodrigues, a partir de janeiro de 2011. Presidente do PP em Barro Alto, Adão de Deus também defendeu a candidatura do senador Marconi Perillo (PSDB) nas próximas eleições. "Hoje, três ou quatro cabeças-duras, que existem dentro do PP e do PSDB, estão destruindo o Tempo Novo por uma questão meramente pessoal", alfinetou.

Leia trechos da entrevista

Deixaram que as razões pessoais interferissem numa história bonita e produtiva para Goiás, através do Tempo Novo
 
Diário do Norte - O secretário da Fazenda, Jorcelino Braga, filiou-se ao PP atendendo a um pedido do governador Alcides Rodrigues. A candidatura de Jorcelino, seu colega de partido, para suceder Alcides, é viável na avaliação do senhor?
 
Adão - Honestamente falando, acho que não. Até pelo fato de que o PP é um partido que compôs o Tempo Novo, da base aliada, com o DEM e com o PSDB. O PP deveria pensar e ouvir mais antes de lançar qualquer nome, porque houve um desconforto entre o PSDB e o PP. E um dos pivôs disso foi justamente o Jorcelino. Então, o que deveria ser feito é uma reciclagem política lá em cima, ver o que é melhor para o partido, ao invés de colocar em jogo situações pessoais. Poderia se discutir, ouvindo as bases, uma candidatura do PP ou uma composição do PP com qualquer outro segmento partidário. Mas não lançar um candidato garganta abaixo do interior (dos diretórios do PP, no caso), porque ele (Jorcelino) não vai passar. Nota-se um desmanche na base do governo, com a saída do Nédio (Leite, ex-prefeito de Jaraguá) do PP para o PSDB; e com a saída do (deputado federal) Roberto Balestra de uma das secretarias de Alcides. Eles são pessoas que devem ser ouvidas para uma eventual decisão (do PP, em lançar candidato próprio ou não).
 
DN - PP e PSDB poderão estar juntos na eleição de 2010 e reeditar o Tempo Novo no próximo pleito? Ou a base aliada efetivamente já rachou?
 
Adão - Houve muitas pessoalidades na discussão em nível de Estado. Deixaram (Adão não citou nomes) que as razões pessoais interferissem numa história bonita e produtiva para Goiás, através do Tempo Novo. Está mais do que na hora das pessoas que causaram esse desastre político botarem a mão na consciência, recuarem, pensarem e dar um passo atrás. Não serão cinco ou seis pessoas dentro de Goiânia que vão decidir o destino do Estado de Goiás. O Tempo Novo deu passos dolorosos, traçou metas políticas difíceis de serem alcançadas e conseguiu isso, revertendo quadros que seriam impossíveis politicamente. Hoje, por dois, três ou quatro cabeças-duras que existem dentro do PP e do PSDB, estão destruindo o Tempo Novo, por uma questão meramente pessoal.
 
DN - O senhor é marconista ou alcidista?
 
Adão - Eu sou Tempo Novo.
 
DN - Como o senhor avalia a eventual candidatura do senador Marconi Perillo ao governo, nas próximas eleições?
 
Adão - O quadro político, através de pesquisas, o favorece, naturalmente. É uma pessoa com muito dinamismo político, que foi um bom governador, que está sendo um bom senador. O momento é do Marconi Perillo, que tem chances reais de vencer a eleição. Ele seria o candidato natural, mas não descarto a chance do nosso partido, o PP, também lançar um candidato, já que eu defendo essa união. Mas sou um simples presidente de partido no interior. Se me ouvirem, o que eu acho que não vai acontecer, o candidato da base seria Marconi Perillo. Mas sou partidário, sou pepista. Irei analisar a decisão que o PP tomar e, se possível, acompanhar o meu partido.
 
DN - Mesmo se o ungido pelo PP for Jorcelino Braga?
 
Adão - Eu acho que a candidatura precisa ser inteligente.
 
DN - E na oposição? As chances são maiores para Iris Rezende ou para o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, recém-filiado ao PMDB?
 
Adão - O Iris seria o homem para representar o PMDB como candidato ao governo do Estado. O Meirelles brincou, de certa forma, com os interesses do PP. E, no meu conceito, acho que ele (o presidente do BC) se enfraqueceu com isso, para ser candidato. O PP desiludiu-se com Meirelles por ele ter alimentado esperanças de ser o candidato do nosso partido e ele, no final das contas, acabou se filiando ao PMDB. Por isso acho que o Iris é o favorito, por força das circunstâncias criadas por Henrique Meirelles.
 
Euclides Oliveira

Marconi conta com Nion Albernaz!

Hoje

Política

Edição: 1104 Data:27/10/2009

Nion se diz contra rompimento na Base

Divino Olávio

O ex-prefeito de Goiânia Nion Albernaz (PSDB) manifestou ontem posição contrária ao rompimento dos deputados do seu partido com o governo de Alcides Rodrigues. Alcides, segundo ele, foi eleito com a maioria dos votos da legenda. “Temos de dar a esses eleitores (do PSDB) o respeito e a ética de continuarmos com esse governo e emprestar o apoio que ele achar necessário para que no fim do seu governo possa ser agradecido a essa facção chamada PSDB, pela oportunidade de fazer uma boa administração”, explicou.

Perguntado sobre a possibilidade de união entre os partidos da base que elegeu Marconi duas vezes governador e Alcides em 2006, Nion respondeu afirmativamente. Para isso, avisa, é preciso diálogo permanente, o que ele considera o mais poderoso instrumento da política. Lembrou que, graças à unidade dos partidos, Marconi foi eleito governador em 1998 e 2002, da mesma forma que Alcides, em 2006. “Unidos, esses partidos vencem qualquer barreira, como ocorreu na disputa contra o maior ‘mito’ da política do Estado (Iris Rezende).”

Nion ainda destacou o trabalho do deputado federal Roberto Balestra (PP) pela manutenção da unidade da base. “Eu tenho um parceiro que pensa como eu, que é o deputado Roberto Balestra, com quem estamos trabalhando nesse sentido (pela unidade)”, disse. “E o que queremos não é nada mais, nada menos que unidade dos partidos que elegeram o governador Alcides", acrescentou.

Conflitos

Presidente de honra do PSDB, o professor Nion conceitua a atividade política como a arte de gerar conflitos das ideias. “Os conflitos e as divergências ocorrem nos diretórios nacionais, nos estaduais e municipais. Mas é da discussão que nascem as brigas e delas costumam surgir as melhores ideias”, ensina. Daí, reforça, a razão para não considerar impossível a reunificação dos partidos da base, para as eleições de 2010. Para ele, em política não pode haver briga definitiva. “E uma eleição de governador não é apenas o governador que se elege, mas também a maioria de deputados estaduais, dos deputados federais e dos senadores.”

Marconi continua na frente!



Diário da Manhã

Política e Justiça

Warlem Sabino

Marconi mantém dianteira na Ecope/DM
Senador tucano tem 47,4% da preferência em Goiás e vê diferença diminuir para Iris, que sobe e chega a 39,1%

O senador Marconi Perillo (PSDB) lidera os três cenários sondados pela pesquisa Ecope/Diário da Manhã em Goiás, além de estar na frente também na enquete espontânea, na disputa pelo governo do Estado em 2010. Porém, o tucano, com 47,4%, registrou queda de 2,6 pontos percentuais em relação aos números de setembro, enquanto seu principal rival, o prefeito Iris Rezende (PMDB), alcançou 39,1% e subiu 7,6 pontos percentuais.

Na pesquisa estimulada, a força de Marconi foi testada em Goiás, Goiânia e interior com três cenários diferentes. No primeiro cenário, o qual deve se configurar no ano que vem, Marconi só não tem vantagem sobre Iris na sondagem na Capital – o prefeito tem 48,8% contra 37,3% do senador.

No segundo cenário, Marconi tem ampla vantagem sobre o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles (PMDB), nos números de Goiás – 59,4% contra 17%. Nos números de Goiânia, o neopeemedebista sobe para 24%, enquanto que o tucano cai a 51,2%. Em terceiro vem o deputado federal Ronaldo Caiado (DEM), com 9,1% em Goiás, 7,8% em Goiânia e 9,4% no interior.

No terceiro e último cenário, a novidade fica por conta da inclusão do nome do secretário estadual de Fazenda, Jorcelino Braga (PP), no lugar de Caiado. Mas, Marconi se mantém soberano e até amplia a vantagem. Ele chega a 63% em Goiás, contra 18,5% de Meirelles e 1,6% de Braga. O secretário tem uma ligeira alta nos números da Capital, com 1,8%, mas, ao menos por enquanto, não consegue decolar.

Na espontânea, quando o eleitor cita o nome preferido sem ver a cartela com os pré-candidatos, Marconi aparece praticamente empatado com Iris. Em Goiás, tem 14,3%, contra 12,7%. Na Capital, a situação se inverte, com o peemedebista saltando para 22,3% e o tucano fica com 16%. O prefeito de Aparecida, Maguito Vilela (PMDB), é o terceiro mais lembrado, com 2,9%, seguido de Meirelles (2%) e o governador Alcides Rodrigues (PP), com 1,2%. Segundo o Ecope, a margem de erro é de 2,7 pontos percentuais para mais ou para menos.

Rejeição

Caiado, que articula formar terceira via para ter força para disputar o governo do Estado, é o campeão de rejeição, segundo a pesquisa Ecope/DM. O deputado e líder do DEM na Câmara Federal tem 29,5% de rejeição em Goiás. Do segundo ao sexto está todo mundo embolado. O segundo é o sindicalista Washington Fraga (PSol), com 14,1%; seguido de Marconi (14,1%), Iris (14%), Braga (13,6%), o vice-governador Ademir Menezes, do PR (13,6%) e Meirelles (10,6%).
Disse rejeitar todos 1,6% dos entrevistados em Goiás e garantiram não rejeitar ninguém 25% dos ouvidos.

Setembro


Segundo o Ecope/DM, em setembro, Marconi tinha 50% dos votos. Ele havia subido 0,6 ponto percentual em relação à mesma pesquisa de maio. Iris, por outro lado, havia caído de maio a setembro – 37,1% para 31,5%. No entanto, com os números de outubro, o peemedebista recuperou o tempo perdido e ainda registrou leve crescimento.

Meirelles, em maio, tinha 5% das intenções de votos; em setembro, 5,7%. Em outubro, pulou para 17%, triplicando a preferência do eleitorado. Porém, em setembro, o Ecope/DM fez a sondagem com Meirelles disputando com Iris. Como o executivo se filiou ao PMDB e não ao PP, como era a expectativa na época, cresceu com a força da nova sigla.

Serra lidera sucessão

Governador de São Paulo, José Serra (PSDB) lidera com folga a pesquisa de intenção de voto (estimulada) na disputa pela Presidência da República em 2010. O tucano tem 39,7% da preferência em Goiás, segundo os dados da Ecope/DM. Em segundo, bem deslocado do terceiro lugar, está o deputado federal Ciro Gomes (PPS-CE), com 17,5%. A ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff (PT), está em terceiro, com 11,3%.

Vereadora em Maceió (AL), Heloísa Helena (PSol) está em quarto lugar, praticamente empatada com Dilma, com 9,5% das intenções. Marina Silva, senadora pelo PV e ex-ministra do Meio Ambiente, é a quinta, com 7,4%. Disseram não votar em nenhum, 7,2%, e não souberam ou quiseram responder, 7,6%.

Em relação aos números de setembro da Ecope/DM, todos os candidatos registraram alta. Serra foi de 36,9% para 39,7%; Ciro saiu de 15,6% para 17,5%; Dilma pulou de 8,8% para 11,3%; Heloísa foi de 7,7% para 9,5%; Marina subiu de 7% para 7,4%. Mas é bom lembrar que o nome do governador de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB), foi retirado da cartela – em setembro aparecia em quarto, com 8%.

Espontânea

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que não pode ser candidato à reeleição ano que vem, lidera, ao lado de José Serra, a pesquisa espontânea Ecope/DM. Ambos têm 7,6% das intenções de votos em Goiás.

Marconi responde a Íris

                                 Isaildo Santos (25.09.09)

Diário da Manhã

Política e Justiça

Tainá Borela

Senador vai à televisão responder prefeito

Ao Jornal do Meio Dia, tucano elenca obras de sua administração e diz que gestão de Iris não coopera com povo

O senador Marconi Perillo (PSDB) deu entrevista ontem ao Jornal do Meio Dia, da TV Serra Dourada (afiliada ao SBT), para responder ao prefeito de Goiânia, Iris Rezende (PMDB), que foi ao programa na semana passada e disse que no governo do tucano não foram realizadas obras importantes no Estado. O senador acredita que Iris não tenha conhecimento do seu governo, por isso fez avaliações inverossímeis e injustas. “Uma coisa é o líder ser injusto em relação ao seu adversário. Outra coisa é uma constatação.” Para o ex-governador, a administração irista não coopera com a população. Marconi citou o trânsito, a falta de ação social e o problema do zoológico, que está interditado. Indiretamente, Marconi rebateu as críticas do peemedebista ao afirmar que, antes de seu governo, as contas do Estado e os salários dos funcionários públicos não eram pagos em dia. Sobre a ruptura com o PP, partido do governador Alcides Rodrigues, o senador ainda acredita que a sigla vá voltar atrás, já que a base do PP apoia o PSDB, e estarão juntos nas eleições. “Eu não vejo dificuldade alguma em se buscar um entendimento futuro.”

Jornal do Meio Dia - O prefeito de Goiânia, Iris Rezende (PMDB), esteve aqui na semana passada e disse que a gestão anterior ao governo de Alcides Rodrigues (PP) nunca fez nada por Goiás. Ele se referia ao senhor?


Marconi - Olha, eu não sei a quem o prefeito se refere. Afinal de contas, ele não citou meu nome. Suponho que tenha sido direcionada a mim essa argumentação dele. E, lamentavelmente, percebi que o prefeito estava um tanto quanto nervoso. Talvez, por isso não tenha sido correto, não tenha sido claro, sincero. Talvez, porque não tenha mesmo conhecimento em relação à avaliação do meu governo. Se o prefeito deixasse de lado um pouquinho a paixão política e partidária, a possibilidade de uma disputa ou o que já aconteceu no passado, por certo se lembraria de muitos benefícios históricos fundamentais à história de Goiânia, realizados na nossa gestão. Eu vou lembrar de alguns deles. Todos se lembram de que quando assumi o governo incendiaram o centro administrativo, o que a gente acha que foi um incêndio criminoso até para esconder, dar cabo de documentos importantes para o Estado. Nós reconstruímos o palácio, que hoje é um dos mais modernos do Brasil. Todos se lembram que não tínhamos pistas duplicadas fora de Goiânia, duplicamos a estrada que liga Goiânia a Nerópolis. A rodovia que liga Goiânia a Goianira. Duplicamos o trecho que liga o Madre Germana ao Garavelo, na saída para Aragoiânia, refizemos a estrada que liga Goiânia a Bela Vista. E ainda fizemos um trabalho muito intenso, no governo Fernando Henrique Cardoso, pela duplicação da BR-153 até Brasília. Nós construímos o Centro Cultural Oscar Niemeyer, que é um cartão de visitas pra Goiânia, deixamos pronto. Inclusive com a realização de shows. Quem não se lembra que o HGG (Hospital Geral de Goiânia) ficou oito anos fechado para reforma. Quando cheguei ao governo, não só o reabri como comprei todos os equipamentos para o funcionamento do hospital. Além disso, é importante dizer que Goiânia precisou de 70 anos, depois de sucessivos governos, pra ter sua estação de tratamento de esgoto. Nós construímos a ETE de Goiânia, que hoje custaria por volta de R$ 500 milhões. Quem não enxerga a importância do Vapt Vupt? É só ir aos shoppings, ao Centro Administrativo, à estação rodoviária de Goiânia. Vai perceber o quanto são modernos e eficientes os serviços que são realizados pelo Vapt Vupt. Quem já foi ao Restaurante Cidadão, restaurante popular em Campinas ou em Goiânia, percebe a qualidade do nosso governo no atendimento das nossas pessoas pobres. A pessoa paga R$ 1. O programa é tão bom que o próprio prefeito agora copiou e inaugurou... Mas é importante também lembrar que o prefeito não tenha tido necessidade de ir ao Crer (Centro de Recuperação e Reabilitação Dr. Henrique Santillo). O Crer é uma bênção de Deus, construído no nosso governo. Inclusive com R$ 5 milhões dos recursos devolvidos do roubo da Caixego. Então, a obra está lá pra quem quiser ver. Os pobres de Goiânia pagavam tarifas altíssimas, nós reduzimos para R$ 0,45 no Eixo Anhanguera. É importante também falar da criação da Universidade Estadual de Goiás (UEG).

Jornal do Meio dia - Senador, são quantas obras feitas no seu governo?

Marconi - Só de benefícios importantes para Goiânia foram 41. Reforma total do Estádio Serra Dourada, conclusão de 75% do prédio da Procuradoria-Geral de Justiça. Reforma total do Hospital de Doenças Tropicais. Barragem do (Ribeirão) João Leite, que é uma obra fantástica, ficou pronta, agora só falta o enchimento do lado e a construção das alças. Enfim, a criação da Orquestra Jovem. Nós concluímos o Goiânia Arena. São uma infinidade de benefícios e de obras. Só quem realmente é movido por uma paixão política desconhece o que foi feito em favor de Goiânia.

Jornal do Meio Dia - Recentemente, o senhor criticou a administração atual, principalmente na questão de trânsito, saúde e o social. A campanha já começou?

Marconi - Pelo que eu vi da participação do prefeito, a forma enfática como colocou essa questão, com desconhecimento ao que seus adversários fizeram, eu percebo que já começou. Agora, uma coisa é o líder ser injusto em relação ao seu adversário. Outra coisa é uma constatação. Eu moro em Goiânia, sou nascido aqui e ando pelas ruas, percebo algum caos. O transporte, que era para ser mudado em três meses, continua caótico, lamentavelmente. O trânsito de Goiânia é hoje também caótico, nós não temos um programa social para atender as pessoas pobres de Goiânia. A única mudança no transporte foi o preço da tarifa, que aumentou 50%. Tivemos agora uma verdadeira carnificina no zoológico, com a morte de quase 80 animais por falta de alimentação e apoio mínimo à manutenção. Temos um problema gravíssimo na periferia de Goiânia, que é a saúde. Tenho ido aos bairros toda semana para fazer reunião com os moradores e discutir projetos para serem levados ao Senado. Então, essas são constatações reais. Essa é uma verdade. A cidade que muita gente não enxerga.

Jornal do Meio Dia - O senhor está colocando também essas questões do prefeito. O senhor colocou naquele possível leque de alianças também o PP. Só que os representantes do PP, inclusive o próprio governador, têm dito que vai ter um candidato próprio. O senhor acredita nisso, nessa candidatura?

Marconi - Todos os partidos têm direito a ter suas próprias pré-candidaturas, suas próprias candidaturas. Isso não afasta a possibilidade de que nós do PSDB continuemos a trabalhar para ampliar o leque das nossas alianças. Temos relação muito boa com a base inteira do PP. Com mais de 90% das prefeituras, com os deputados do PP. Não vejo dificuldade alguma em se buscar um entendimento futuro. Agora, é claro que ninguém vai obrigar ninguém a realizar, ou celebrar essa ou aquela aliança. Isso vai depender muito dos desdobramentos futuros.

Jornal do Meio Dia - Voltando nas questões das obras realizadas no seu governo. E o abandono do Centro Cultural Oscar Niemeyer?

Marconi – Essa é uma obra que já está pronta há três anos e meio, desde quando deixei o governo. Faltam detalhes. O Tribunal de Contas tomou providências agora de exigir a conclusão. Várias vezes o Centro Cultural já foi aberto, já serviu para uma série de apresentações culturais e artísticas e eu espero que tudo seja resolvido rapidamente. O fato é que nós brindamos Goiânia com uma obra majestosa, magnífica. Quando ela estiver funcionando plenamente vai servir a tudo: biblioteca, exposições de artes plásticas, esculturas, música. É um centro muito amplo. Em relação à questão do Estado colocada aqui... Primeiro, quero agradecer a todos que elogiaram, mas em relação à questão da situação do Estado, gostaria de dizer que eu fui o único governador que ao deixar o Palácio das Esmeraldas, no dia 31 de março, deixou a folha do mês de março paga antecipada. O 13º proporcional de janeiro, fevereiro e março pagos. Programas sociais e a dívida externa pagas. Não adianta sofismar, essa é uma verdade. Havia aqui em Goiás uma prática de atrasar quatro, cinco, seis meses as folhas de pagamento quando um governador passava o governo para o outro. Havia também uma prática de atraso do 13º. Não só valorizei pra valer os funcionários pra que eles pudessem prestar um serviço de qualidade ao povo, ao usuário do serviço público, como também procurei mudar uma série de práticas, inclusive essa, adotando o pagamento do 13º no mês do aniversário do funcionário e pagando o funcionário público antes do mês vencer. Isso foi feito durante os sete anos e três meses dos nossos governos, graças a Deus.

Marconi com a comunidade!

Diário da Manhã

Política e Justiça

Marconi faz balanço positivo de reuniões comunitárias

Tucano completa 15º encontro, mobiliza dezenas de lideranças da região do Guanabara e ganha música de homenagem

Ao concluir ontem a 15ª reunião comunitária em bairros de Goiânia e da Grande Goiânia, no Jardim Guanabara, o senador Marconi Perillo (PSDB) avaliou como “extremamente positivo” o contato direto que vem tendo com a população. O encontro de ontem, na Igreja de Deus no Brasil, lotou as dependências do grande templo evangélico e mobilizou dezenas de lideranças comunitárias da região. Os principais questionamentos foram em torno da conclusão das casas do Residencial João Paulo, cujos terrenos foram doados quando Marconi era governador.

Nas saudações iniciais à comunidade, Marconi explicou que a reunião não teria caráter político, mas administrativo. “O objetivo é colher sugestões para a nossa atuação no Senado”. Marconi disse que, quando governador, garantiu inúmeros benefícios para o Jardim Guanabara, como o Colégio Luiz Contart, o residencial João Paulo (em fase de conclusão), rede de esgoto, reformas de escolas estaduais e o túnel do vento, equipamento tecnológico de precisão para uso da Brigada de Operações Especiais.

Marconi foi homenageado pelo músico Itamar Correia, que compôs uma melodia exclusiva para realçar seu trabalho de ouvir a população. “Vem, vem, vem ouvir o povo vem. Vem, vem, vem, o Senado vem pro nosso bem”, diz o refrão da música.

Residencial

O líder comunitário Wellington Carlos cobrou de Marconi ajuda para conclusão das obras de construção do Residencial João Paulo, cuja área foi comprada quando o tucano era governador. Outro líder comunitário Wanderson Cirilo reafirmou a cobrança feita pelo companheiro que o antecedeu e sugeriu ao senador a implantação de Colégio Militar no bairro. Natal França, morador do Conjunto Itatiaia, servidor da extinta Caixego, pediu que Marconi fizesse análise do processo de liquidação da instituição.

Em resposta Marconi disse ser plenamente favorável à reintegração dos ex-servidores da Caixego demitidos na época do processo de liquidação. Elaine Ribeiro, moradora do bairro, sugeriu a Marconi que apresente no Senado um projeto de apoio aos assuntos da juventude. Rondineli, líder comunitário e um dos organizadores da reunião, pediu empenho de Marconi para instalação de um Centro Cultural no Jardim Guanabara. Marconi e a senadora Lúcia Vânia se comprometeram em buscar uma solução para o problema do Residencial João Paulo, cujas casas estão inacabadas. “Vamos olhar como é que está isso”, disse Marconi, referindo-se ao residencial inacabado.

Prestigiaram a reunião comunitária a senadora Lúcia Vânia, o deputado federal e presidente regional do PSDB, Leonardo Vilela, os deputados estaduais Jardel Sebba, Padre Ferreira e Daniel Goulart (PSDB), Valdivino de Oliveira, secretário de Fazenda do Distrito Federal, o vereador Richard Nixon (PRTB),o presidente do Diretório Metropolitano do PSDB, Olier Alves, o secretário-geral do partido, Sérgio Cardoso, e o presidente da Associação dos Municípios do Norte (Amunorte), Welinton Nenzão, prefeito de Campinaçu.

Fonte: Da Redação

A CELG é dos goianos!

O Popular

Artigo

Quanto vale a Celg?

Num estudo para a CPI que se desenvolve na Assembleia Legislativa, me deparei com reportagem publicada no POPULAR há cerca de nove meses. Ela destacava a venda de 41,08% das ações da Companhia Energética de Goiás para quitar a dívida de R$ 1,203 bilhão da empresa. Agora, a intenção do governo federal é comprar a referida quantidade de ações por R$ 40 milhões. Como valorar dessa forma quase a metade da empresa se somente a subestação de Acreúna foi ampliada recentemente ao custo de cerca de R$ 20 milhões? Em 2004, uma avaliação feita pelo Banco Fibra S.A. indicava que a Celg Distribuição valeria R$ 1,5 bilhão e 41,08% de suas ações, R$ 616 milhões.

Daniel Goulart

Parte daí uma série de questionamentos. A começar por quanto vale hoje apenas a Celg Telecom, desprezando a Celg Distribuição S.A. e a Celg Geração & Transmissão – e se avaliação específica sobre essa sociedade já foi feita.

A Celg Telecom foi criada em agosto de 2008 e pode, no futuro, ser a “galinha dos ovos de ouro”. De acordo com um Plano de Negócios elaborado por uma empresa de consultoria, o horizonte de projeção tem duas partes. Uma descreve os resultados operacionais previstos e projetados para dez anos, com base no desempenho previsível de mercado e da economia e no potencial de participação da empresa.

A segunda parte do horizonte de projeção começa no período de dificuldades de previsão, quando é complicado manter a agregação de riqueza. Nessa parte, o investimento passa a ser remunerado em porcentual bastante próximo ao da taxa mínima de retorno requerida pelos provedores de capital. Como resultado da avaliação desse Plano de Negócio, o valor da Celg Telecom ficou estimado em R$ 208,8 milhões, para o cenário normal, e em R$ 156,9 milhões, no período de dificuldades. Ou seja, negociar 41% das ações da Celg Par, que compreende a Celg Telecom, a Celg D e a Celg G & T por R$ 40 milhões é uma afronta do governo federal.

O próprio presidente Lula declarou em agosto que a Celg tinha o valor de R$ 184 milhões. Assim, em menos de dois meses esse valor teria caído para R$ 97,37 milhões. Qual a avaliação para chegar a esses valores?

A Eletrobrás vem sinalizando empréstimo de R$ 3,4 bilhões através da Reserva Global de Reversão. De acordo com a Resolução da Aneel, esse fundo tem a finalidade de expansão e melhoria dos serviços públicos de energia elétrica. Ou seja, a Celg Par já poderia ter se beneficiado desse recurso quando estava adimplente com a Eletrobrás. Por que só agora ela coloca esse financiamento a disposição?

Daniel Goulart é deputado estadual e vice-presidente do PSDB goiano

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Marconi e Goiânia!


O Popular

Artigo

Marconi Perillo

A trajetória de Goiânia

Goiânia completou 76 anos. Concretamente, nasceu nos anos 30 do século passado, com o processo revolucionário de então, que colocou no comando Getúlio Vargas, em nível nacional, e Pedro Ludovico Teixeira no controle da política goiana.

Marconi Perillo

A ideia de mudança da capital é antiga, veio dos séculos 18 e 19, mas foi efetivada somente no burburinho de transformações dessa tempestuosa década. Pedro Ludovico Teixeira empalmou as mudanças, retomou a ideia de transferir a capital e deu ao tema novos tons políticos e econômicos.

Construir Goiânia era, para Pedro Ludovico, o sonho de uma capital moderna, planejada, coerente com os novos tempos que se anunciavam no País e encontravam ecos em Goiás.

Pedro Ludovico é uma das faces dessa jovem e ousada capital. Mais de 4 mil trabalhadores somaram-se a ele, além dos geniais urbanistas Atílio Corrêa Lima e Armando Augusto de Godói, engenheiros do gabarito dos irmãos Coimbra Bueno e uma sociedade sedenta de transformação que completava a rede de anseios da época.

A construção de Goiânia seguia seu rumo indiferente aos embates. Problemas de ordem financeira eram resolvidos através do Tesouro estadual, da venda de lotes ou por meio de apólices e empréstimos do governo federal. Pedro Ludovico não queria saber de gastos, mas reforçava a ideia de que estava fazendo um grande investimento. O tempo mostrou suas razões, seus sonhos, sua ousadia.

Goiânia representaria o trampolim para novos e arrojados projetos, como a construção de uma nova capital federal, Brasília, e a rodovia Belém-Brasília. A inauguração oficial ocorreu em julho de 1942 sob o signo da modernidade e da cultura, no chamado Batismo Cultural.

Goiânia nasceu plural, cosmopolita, altamente moderna, com prédios públicos em art déco, cravada no interior, Campinas. Daí também sua mesclagem entre o urbano e o rural, o campo e a cidade. Foi ambiciosa para a época. Projetou-se para 50 mil habitantes e hoje conta com cerca de 1,1 milhão de trabalhadores que a constroem diuturnamente.

Bonita, altaneira, capital do verde e do acolhimento, a Goiânia de Pedro Ludovico e de todos nós, moderna, cosmopolita, contrasta em seu seio com inúmeros problemas, cobrando a atenção vigilante de todos os goianos: os avanços da medicina de Primeiro Mundo e a fragilidade das políticas públicas de saúde; a beleza de suas ruas e o caos do transporte coletivo urbano; a força trabalhadora de seu povo e um sistema de tráfego sem o menor planejamento e, por isso, problemático; a qualidade de vida de parcela da população e a inexistência de políticas públicas municipais de inclusão social; além de tantos outros problemas que reclamam da administração local uma atuação mais ampla e de resultados.

Assim é que, ao completar 76 anos, Goiânia nos leva a refletir sobre sua trajetória histórica, seus problemas e possíveis soluções. Enche-nos de orgulho ao mesmo tempo em que nos cobra saídas. Duas vezes governador de Goiás, ajudamos, ao lado de tantos outros governantes, a enfrentar os problemas dessa metrópole em formação e projetar seu futuro com obras definitivas nas áreas de saúde, cultura, saneamento, infraestrutura, modernização administrativa e políticas sociais. São obras e serviços que atestam nosso compromisso permanente com Goiânia.

Por isso a louvamos e nos preocupamos com sua trajetória, entendemos sua formação multicultural e apoiamos sua diversidade em todos os campos do saber.

Goiânia aos 76 anos merece não só os parabéns, mas solicita o conhecimento sobre sua história como forma adequada de reconhecer suas tradições, sua importância patrimonial, seu povo e, por fim, para firmar o compromisso de cada um de nós com sua preservação, sua memória e sua identidade.

Marconi Perillo (PSDB-GO) é vice-presidente do Senado

Marconi não tem preguiça!

Diário da Manhã

Fio Direto

Alexandre Bittencourt

“A diferença é que Marconi não tem preguiça”, diz Jardel

Em resposta a adversários que apontam viés de campanha extemporânea nas andanças do senador Marconi Perillo (PSDB), o deputado estadual Jardel Sebba (PSDB) afirma: “Os adversários de Marconi, de propósito, confundem campanha eleitoral com atenção permanente à população goiana. Grande parte dos políticos tradicionais só dispensam atenção aos municípios em ano de eleição. São os chamados políticos ‘Copa do Mundo’, que aparecem apenas de quatro em quatro anos para pedir votos.”

O deputado diz ainda que o senador, ao contrário de seus críticos, optou por preservar contato próximo com segmentos organizados na Capital e interior. “A diferença é que Marconi não tem preguiça, está sempre pronto para dialogar e interagir com todos os segmentos. Marconi não dá atenção só aos municípios com mais potencial eleitoral, mas a todos. É por isso que ele incomoda tanto.”

Marconi ou Íris?

Diário da Manhã

Opinião

Reynaldo Rocha

 O confronto esperado

A primeira pesquisa do Serpes em relação à disputa de 2010 trouxe números que dão consistência à estimativa geral acerca da polarização entre o prefeito Iris Rezende e o senador Marconi Perillo na corrida pelo Palácio das Esmeraldas. Neste momento, portanto, não há que se considerar outra alternativa, a se ver da intensidade das intenções do eleitorado em votar em Iris ou em Marconi. É fato que ainda falta um bom tempo para as eleições, que boa parte do eleitorado ainda não se ligou na disputa e que, em política e em eleição, tudo pode mudar até na última hora. Não há a lembrança de 1998, quando apenas três meses de campanha de Marconi foram o suficiente para ele reverter todas as tendências e vencer Iris na hora decisiva?

No cenário do momento os nomes a serem considerados são esses dois e mais nenhum outro. Aí, salta a primeira pergunta: Henrique Meirelles, agora filiado ao PMDB, não vai brigar para ser o candidato do partido a governador? O balanço político da semana que passou trouxe Meirelles de novo à tona, com o foco no Palácio das Esmeraldas, e com a garantia do pleno apoio do presidente Lula. Com a pertinente pergunta, uma outra análise: Iris deixaria a vaga para Meirelles, contentando-se com o Senado, e conforme está no seu próprio discurso, quando diz que o presidente do Banco Central sai para a disputa ao cargo que quiser? Será isso mesmo?

Voltando a Iris: ele não se declara candidato, mas não deixa dúvida de que gostaria de mais uma vez disputar o Palácio das Esmeraldas. Anda até dando prazo para essa definição: dezembro – daqui a pouco mais de mês, portanto. Sendo esta a vontade, o que mais poderia desestimular o prefeito? No PSDB se especula que ele deixaria a questão de lado se as pesquisas não lhe apresentarem perspectivas favoráveis. Por esse raciocínio, Iris não trocaria o restante do mandato na prefeitura pelo que poderia se apresentar como uma aventura.

De outro lado, entre os aliados do prefeito se defende, neste momento ainda de indefinição de Iris, a tese de que por enquanto há apenas um candidato a governador, Marconi. Já incomoda, sim, a intensa movimentação do senador, que já há meses vem correndo o Estado de ponta a ponta – e, por último, fazendo estratégicas incursões em Goiânia, onde é alta a potencialidade da candidatura de Iris. Como senador no pleno exercício do mandato, Marconi se vê, mais do que no direito, na obrigação de sair por aí. Não é – disse ele esses dias – o político Copa do Mundo, que só procura o eleitor de quatro em quatro anos.

Com a intenção de ser candidato a governador, e com muito pouco para tomar concretamente a decisão, Iris, com a boa experiência que carrega, vai imaginando o cenário de 2010. Vai se repetir o episódio de 1998, quando para a surpresa geral acabou perdendo para Marconi? Renascido politicamente depois da vitória em Goiânia, em 2004, e consagrado na conquista do segundo mandato na Capital, em 2008, Iris – e com razão – está novamente senhor do seu poderio eleitoral. Soma, de novo, as plenas condições para assumir uma candidatura efetivamente com chances de dar certo. Ao imaginar o cenário, ele visualiza um confronto a que dá o título de histórico, pois seria o momento de um acerto de contas entre o PMDB e o seu modo de administrar e de fazer política, e o PSDB e o estilo ousado de Marconi. Fixando-se nessa expectativa, Iris acha que o saldo do imaginado confronto tem tudo para lhe ser favorável – e em parte pelo processo de desconstrução da obra de Marconi, um ponto, aliás, que anda hoje preocupando o senador.

Pela manifestação mais recente do prefeito de Goiânia, o PMDB deve se definir até dezembro, e com a apresentação de chapa completa, incluindo Senado, Câmara dos Deputados e Assembleia Legislativa. Ou seja: o processo está em andamento. Como do lado do PSDB o que se vê é Marconi em plena corrida, visualiza-se o cenário imaginado por Iris. E, um ano antes, projetando o mais esperado confronto político da história de Goiânia nos últimos tempos.

Reynaldo Rocha é jornalista 

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Marconi: em defesa do turismo!


Marconi Perillo: “Acreditamos que a pujança do turismo poderá nos servir de fonte inspiradora”
Diário da Manhã

Política e Justiça

Marconi destaca papel do turismo
Senador elogia pujança do setor na República Dominicana e diz que é exemplo para o Brasil


O senador Marconi Perillo (PSDB) foi um dos debatedores ontem do seminário “Desenvolvimento Econômico Pós-Crise; O Papel do Turismo na Geração de Riquezas; Preservação Ambiental na América Latina”, em Santo Domingo, na República Dominicana. O evento é realizado pelo Grupo de Líderes Empresariais (Lide), presidido pelo brasileiro João Dória Júnior, anualmente em países diferentes da América Latina.

O seminário debateu o contexto pós-crise econômica na América Latina. Empresários e representantes de governos de diversos países discutiram a tarefa de consolidar a democracia como sistema de governo capaz de representar os interesses e as aspirações dos cidadãos, principalmente com o fortalecimento da liberdade de expressão.

Marconi, durante discurso, lembrou que o Brasil, juntamente com outras nações latino-americanas, tem dado um exemplo no sentido de consolidar a democracia no continente. “Desde a promulgação da Carta Constitucional de 1988, temos celebrado sucessivas eleições livres para as esferas federal, estadual e municipal, com ampla participação popular e sem qualquer problema relativo à transição do poder entre as diversas correntes políticas e ideológicas.”

Outro tema em debate no seminário foi a crise econômica. Os debatedores lembraram sobre a importância da prevalência de um Estado fiscalmente e tecnicamente competente. Em outras palavras, o Estado precisa saber arrecadar e empregar os recursos em favor do estabelecimento de políticas públicas para o bem comum, sem confundir os interesses públicos com os privados.

Ressalte-se o papel da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), como instrumento para disciplinar os gastos públicos, o Estatuto do Idoso e o Estatuto da Criança e do Adolescente, estes voltados à atenção a dois segmentos sociais de fundamental importância na sociedade brasileira", discursou o senador goiano.

Pós-crise

O papel do turismo para alavancar as economias na América Latina neste período pós-crise foi levantado durante o seminário. A República Dominicana é um exemplo da força do turismo. O país pouco sofreu com a crise econômica mundial, iniciada no final de 2007 e encerrada agora. Marconi, inclusive, elogiou o turismo local.

“Acreditamos que a pujança do turismo na República Dominicana poderá nos servir de fonte inspiradora, sobretudo quando se considera a exuberante arquitetura colonial deste país, e a condição de Santo Domingo, não só como capital, mas também como um dos principais destinos turísticos do Caribe e Patrimônio da Humanidade declarado pela Unesco.”

O senador, por fim, elogiou as relações bilaterais do país com os Estados Unidos, em virtude de a República Dominicana ser signatária de tratado de livre comércio (Cafta-DR). “No caso específico do Brasil, devemos ressaltar a importância das relacões bilaterais com a República Dominicana. O acordo com os EUA cria novas oportunidades econômicas ao eliminar tarifas e abrir mercados, entre outras vantagens, em relação aos Estados Unidos.”

Fonte: Da Redação

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Marconi: o povo vota!



Diário da Manhã

Política e Justiça

Marconi lidera enquete Online


Enquete realizada pelo DM Online sobre a preferência para as eleições de 2010 mostrou que a disputa irá para o 2° turno. O senador Marconi Perillo (PSDB) lidera as intenções com 37,5% dos votos. O prefeito de Goiânia, Iris Rezende (PMDB), é o segundo com 30%. O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles (PMDB), é o terceiro com 20,5%; em quarto o deputado federal Ronaldo Caiado (DEM) com 8%; em último, o sindicalista Washington Fraga (PSol) com 4% das intenções.

Ouçam quem sabe!



Diário da Manhã

Fio Direto

Ivan Mendonça

Roberto Balestra: “Não vejo outra saída senão a unidade da base"

O secretário extraordinário Roberto Balestra, que atua na articulação política do governo de Alcides Rodrigues, ainda mantém a esperança de uma recomposição política com o PSDB, apesar de a ruptura estar inserida no dia-a-dia do noticiário político do Estado e no próprio vocabulário do presidente regional do PP, Sérgio Caiado. “Sinto-me pregando ao vento”, admite ele, reconhecendo confronto de suas convicções políticas até com dirigentes do PP e do PSDB. “Devo estar trazendo muita contrariedade, mas estou apenas traduzindo o pensamento que tenho ouvido dos companheiros por não ser tão jovem na política, por ter disputado tantos mandatos e por estar em contato permanente com o povo”, diz ele, resignado: “A verdade é que há um clamor pela união e não vejo outra saída fora disso.” Lembrado que o rompimento parece inevitável pela radicalização e troca de acusações, Roberto Balestra continua com a bandeira branca à mão: “O momento não é para discutir nomes, mas a convivência. A minha tese é que todos os partidos da base aliada lancem candidatos e que depois seja escolhido aquele o que melhor aglutinar apoio. A unidade hoje não parece tão simples, muitos acham difícil, mas ninguém nunca fechou as portas ao entendimento, ninguém nunca descartou nada, mesmo os mais exaltados. É isso que me dá forças para continuar defendendo o diálogo e tratando a todos com respeito.”

Menos sacolas plásticas!!

O Popular

Economia

SACOLAS PLÁSTICAS


Programa incentiva consumo responsável

Será amanhã, às 11 horas, o lançamento do Programa de Qualidade e Consumo Responsável de Sacolas Plásticas em Goiás. A iniciativa temo objetivo de implantar o consumo consciente de sacolas plásticas no Estado, por meio da melhoria da qualidade dessas embalagens e da educação do consumidor em saber usar de forma a não desperdiçar o produto e não descartá-lo inadequadamente.

O programa tem obtido resultados na redução do desperdício de sacolas plásticas, nos locais em que já foi implantado (São Paulo, Bahia e Rio Grande do Sul).O lançamento será realizado no Blue Tree Tower, às Rua 22, nº122, Setor Oeste.

Fora do padrão

Em Goiás, o Ministério Público Federal também está preocupado com a qualidade das sacolas plásticas utilizadas pelos supermercados e já realizou várias reuniões com supermercadistas e representantes do comércio para incentivar o uso de retornáveis.

Em maio deste ano, testes comprovaram que 70% de 20 amostras de sacolas plásticas utilizadas por grandes redes de supermercados de Goiânia estavam fora do padrão determinado pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). Os testes foram encomendados pelo Ministério Público Federal (MPF) e realizados no Centro de Tecnologia de Embalagens, laboratório ligado à Secretaria de Agricultura de São Paulo, a pedido do Instituto Nacional do Plástico (INP). O resultado foi divulgado em maio deste ano.

As amostras passaram por testes para verificar sua resistência ao peso das mercadorias. Uma sacola plástica considerada padrão de supermercado tem dimensão de 40 por 50 centímetros e deve resistir a seis quilos de peso.

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Marconi: hora de união!



Contexto
O jornal de Anápolis - on line

Marconi: momento é de união contra a crise
Senador tucano prega junção de esforços para ajudar o Brasil a retomar o caminho do desenvolvimento

“Este ano é um ano de união, incluindo a classe política, os empresários, os trabalhadores, enfim, todos de uma maneira geral, pela superação da crise mundial. Porque a crise já chegou nas casas, nos trabalhadores, já chegou nas famílias, pois à medida em que a pessoa perde o emprego, isso desestrutura toda a família. Então, na minha opinião, não é hora de se falar em política, em eleições. Eleição fica para o ano que vem e é lá que vamos tratar desse assunto. Por enquanto, entendo que é melhor deixarmos isso para 2010. Por enquanto, é bom que todos nós nos concentremos em busca de soluções para a crise”. Palavras ditas pelo senador Marconi Perillo (PSDB) ao Jornal CONTEXTO ontem, ao ser questionado sobre o movimento “volta Marconi”, iniciado por algumas lideranças, propondo a sua candidatura ao Governo de Goiás no ano que vem.

Marconi Perillo destacou, ainda, o esforço que a Mesa Diretora do Senado, da qual é o primeiro vice-presidente, para enxugar despesas e cortar gastos naquela Casa. Ele entende que é necessário que se reduza, drasticamente, o número de diretorias e secretarias e que se promova uma readequação, criando um novo organograma no Senado. Marconi defende que seja estabelecido um número máximo de seis diretorias para que se possa ter economia e agilidade, além de dar exemplo ao Brasil de racionalidade quanto aos gastos públicos na chamada Câmara Alta. “Num momento em que vivemos uma grande crise mundial, com reflexos no Brasil, com empresas fechando postos de trabalho, é bom que todos nós nos unamos em torno dos trabalhadores, dos empreendedores para a manutenção dos empregos. Então é importante que o Senado dê esse exemplo para que possamos ver, de novo, o Brasil crescendo”, disse o parlamentar goiano.

Cotas

O senador tucano comentou, ainda, a aprovação, na Comissão de Constituição e Justiça do Senado, da proposta de se estabelecerem cotas para as chamadas minorias, nas universidades brasileiras. Marconi lembra que quando governou Goiás, instituiu esse sistema na Universidade Estadual (UEG), criando vagas especiais para negros, pardos e índios, mas que, hoje, tem outra visão a respeito do assunto. Para ele, seria bem mais importante se criarem cotas sociais e não raciais. “Cheguei à conclusão de que o ideal é que todos os povos tenham os mesmos direitos e que todos os alunos das escolas públicas, os alunos pobres, tenham oportunidades iguais”, disse. Perillo assegurou, ainda, que considera mais democrático o sistema de cotas sociais. “Se não mudarmos, corremos o risco de deixar de fora, por exemplo, os brancos pobres. Entendo que todos devam ter os mesmos diretos sociais. Alunos que estudem nas escolas públicas e sejam filhos de pais pobres, oriundos de famílias humildes, independentemente da cor e da raça, devem ter as mesmas oportunidades”, disse.

Marconi Perillo falou mais que apresentou uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) estabelecendo a criação das cotas sociais, em vez das cotas raciais, e pediu, esta semana, o apensamento dessa proposta junto à Mesa Diretora. O senador tucano disse que com as cotas sociais, permite-se uma maior igualdade, uma vez que elas vão permitir a que estudantes que não puderam frequentar bons colégios, tenham mais espaço na corrida a uma vaga para a universidade.

Autor: Nilton Pereira

Marconi: Tributo

Diário da Manhã

Opinião

Arismundo J. Franco

Tributos ao emérito senador Marconi Perillo

Falar da personalidade ou pessoalidade faz-se necessário uma sustentação em princípios éticos, morais, sociais, culturais e profissionais. É imprescindível a imparcialidade e, o que venho evidenciar, justifica-se pela imensa consideração e pelo conhecimento das origens deste cidadão a quem desejo reverenciar. Por ser um pai de família autônomo e ter boas amizades, conhecimento e qualificação profissional, respectivamente, procuro ultrapassar os limites habituais dos conservadores e driblar o impossível dos dogmas ancestrais, para convencer e construir um novo paradigma sócio-cultural.

Posso afirmar que o sempre “jovem governador” traz o dom divino refletido em forma de inteligência notadamente acima da média. Possibilita a prosperidade e o discernimento das disparidades entre os interesses individuais e os coletivos, que se concretizam por suas brilhantes ações, oportunizando uma chance de igualdade e prosperidade para milhares de goianos e brasileiros. Transforma o medo em desafio, o impossível em pujante vitória, e se ainda preciso for, repete a dose, com a mesma disposição, habilidade e sabedoria que o coroa com o arquétipo de herói. É indizível a satisfação que ostento de ter excelentes amizades, de ver meus sonhos e aspirações serem realizadas, graças a uma semente de esperança inicialmente semeada em Palmeiras de Goiás no ano de 1988. Basta dizer que o Senador Marconi Perillo, ao lado de sua esposa Valéria Jaime Perillo, continua íntegro, muito competente, humano e empreendedor. Agradeço pela conduta com que tem se pautado, sempre de mãos limpas, promovendo mudanças, abrindo horizontes. “Não dar o peixe, nem ensinar a pescar”, mas incentivar a produção e a construção da autonomia do próprio sucesso, através da implantação dos inovadores projetos sociais, entre eles, a Bolsa Universitária, decisiva para a conclusão do meu curso de Direito, paralisado por mais de quinze anos, e a de centenas de estudantes, cada qual com sua história.

Parabéns, Excelentíssimo Senhor Senador, 1º Vice-Presidente do Senado Federal Marconi Ferreira Perillo Júnior! Que Deus lhe conserve a saúde, a coragem e a ousadia; que o Novo continue e seja eternamente Novo. Amigo é também aquele que reconhece e preserva. “Fica sempre um pouco de perfume...”. Muitíssimo obrigado.

Arismundo J. Franco é bacharel em Direito pela Universo de Goiânia

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Marconi: homem de bem!

                                                     Ronaldo Henrique


Diário da Manhã

Política e Justiça

Larissa Bittar

“Braga está equivocado”

Ex-secretário José Carlos Siqueira questiona existência de deficit e diz que Marconi pagou mais de R$ 5 bilhões em dívida


A entrevista concedida ao Diário da Manhã pelo secretário da Fazenda, Jorcelino Braga (PP), já desperta as primeiras manifestações. Em visita à Redação do DM, ontem à tarde, José Carlos Siqueira, secretário de Planejamento durante o segundo governo de Marconi Perillo (PSDB), e da Fazenda, entre janeiro de 2006 a março do mesmo ano, classificou as afirmações de Braga como “um grande equívoco.”

Braga, que assumiu o comando da pasta em abril de 2007, disse que o governador Alcides Rodrigues (PP) herdou um Estado endividado de seu antecessor. Deficit mensal de R$ 100 milhões e restos a pagar no valor de R$ 1,308 bilhão são colocados como as heranças mais negativas que o pepista teria assumido. Siqueira contesta os dados. Diz que, no final do último ano do governo Marconi (2005), os restos a pagar eram de R$ 853 milhões e que o tucano diminuiu de 24,5% da receita bruta do Tesouro Estadual para 8% a dívida consolidada do Estado.

O ex-secretário confronta ainda as despesas com folha de pagamento do funcionalismo. “Desde que Alcides assumiu, os gastos com folha subiram de R$ 324 milhões para R$ 460 milhões”. Siqueira avaliou ainda que os principais culpados pela enfermidade financeira da Celg foram os governos peemedebistas, de Maguito Vilela (PMDB) e Iris Rezende (PMDB), mas deixou claro que os governos da ex-base aliada do Tempo Novo, Marconi Perillo e Alcides Rodrigues, não alcançaram só resultados positivos para a companhia.

O ex-secretário não redimiu Jorcelino Braga da culpa dos deficits do Estado. Siqueira desafiou o atual secretário da Fazenda sobre as acusações dele ao DM sobre a existência de crime fiscal durante a gestão tucana . “Se tem crime fiscal o secretário é responsável por não ter representado ao Ministério Público. Ainda bem que não tem. Assim, ele não vai responder por nada”. Para o marconista, o governo atual deve assumir sua responsabilidade de cabeça erguida e não transferir a culpa para a gestão de Marconi Perillo. Siqueira avaliou o governo Alcides Rodrigues como apático e negativo para Goiás. E disparou. “Ao criticar governos anteriores, o secretário está tendo uma postura autofágica, já que Alcides é parte desse período.”

Em virtude de o ex-secretário ter chegado à Redação do DM às 17h30 de ontem, a entrevista terá apenas duas páginas e não quatro, como foi a do secretário Braga publicada na edição de ontem do DM.

DMEm entrevista concedida ao Diário da Manhã, o secretário estadual da Fazenda, Jorcelino Braga, apresentou números para dizer que o governo do senador Marconi Perillo (1999-2006) deixou dívidas ao sucessor. O senhor, como ex-secretário, admite que esse endividamento foi um legado ao governador Alcides Rodrigues?

José Carlos Siqueira – Considero lamentável essa avaliação feita pelo secretário, transmitida à sociedade goiana e contrária ao governo Marconi, iniciado no dia 1º de janeiro de 1999 e concluído definitivamente em 31 de março de 2006. O equívoco de avaliação chega a configurar postura atá autofágica contra o primeiro ano do governador Alcides Rodrigues. É importante colocar que o mandato de Alcides se iniciou em 31 de março de 2006 e as considerações feitas, portanto, abrangem o governador.

DM – O senhor está querendo dizer que as críticas do Braga esbarram em ações do próprio governador Alcides Rodrigues?

Siqueira – Sem dúvida alguma e vou dizer o porquê. Uma questão que vem ao longo dos dias sendo colocada é que o governo anterior ao atual teria agido de forma pouco responsável com as contas estaduais, as desequilibrando. Mas é preciso considerar que o governo anterior ao governo de Alcides Rodrigues é o governo de Alcides Rodrigues. O período de 1º de abril de 2006 a dezembro de 2006, quando assumiu o Executivo com a desincompatibilização de Marconi. Ao se evidenciarem as questões da forma como tem sido feito, fica parecendo que a pretensão é estabelecer para a sociedade que o governador Alcides assumiu o governo quando o secretário Jorcelino Braga tomou posse. Isso não é verdadeiro. No dia que ele tomou posse, Alcides já tinha governado plenamente com responsabilidade exclusiva por muitos meses. Isso precisa ficar claro, quando as constatações do Braga se configuram como uma disposição de denegrir determinados períodos governamentais, isoladamente.

DMO secretário Jorcelino Braga afirma que encontrou um Estado com deficit de R$ 100 milhões/mês.

Siqueira – Deficit? Que deficit? Que data tinha esses documentos que ele apresentou? Ele diz que encontrou esse deficit quando assumiu. E por que só veio dizer isso alguns meses depois? Aliás, em 31 de março de 2006, quando Alcides assumiu e o Braga ainda não era secretário da Fazenda, as contas do governo estavam bem, ao contrário do que o secretário diz. O governo Marconi, de 1º de janeiro de 1999 a março de 2006 pagou mais de R$ 5 bilhões de dívida externa, juros e demais acessórios inerentes à dívida. O secretário de Planejamento, Oton Nascimento, recentemente numa audiência pública na Assembleia Legislativa, afirmou que deficit é toda demanda da população que o Estado não consegue atender. Se for isso um deficit de R$ 100 milhões seria até natural de estar acontecendo. Mas não foi dessa forma que o Braga colocou.

DM O secretário Braga afirma que um dos maiores problemas do Estado é a folha de pagamento. Essa seria outra herança negativa. Ele diz que hoje a folha consome quase 80% da arrecadação.

Siqueira – Em 31 de março de 2006, quando Alcides assumiu, o governo estava terminando de pagar a folha do mês. Deixou encaminhado todos os recursos para pagar as folhas do Tribunal de Justiça, do Ministério Público. Elas foram pagas nos dias 4 e 5 de abril. O novo secretário da Fazenda, Oton Nascimento, tomou posse no dia 3 e no outro pagava as folhas, com recursos encaminhados. Estava tudo em dia, equilibrado. Há indícios evidentes de que as contas estavam bem. Além disso, as obrigações com o Tesouro Nacional, que constituem uma outra parcela relevante do gasto do Tesouro Estadual, também estavam cumpridas. Se considerarmos a realidade de hoje, o secretário Braga afirma que o gasto com pessoal é de 80% – e acho até estranho que isso esteja acontecendo porque ofende a lei. Agora indago: como que alguém que encontra um deficit de R$ 100 milhões não tenha tomado providência com relação ao crescimento da folha de pagamento de pessoal do Estado? Há documentos claros da Secretaria do Tesouro Nacional demonstrando que as contas do Estado melhoraram de forma efetiva no período de 1º de janeiro de 1999 a 2005. Em dezembro de 1998, só a dívida externa do Estado reclamava para o seu pagamento 3.25 receitas anuais do Estado. Em 31 de março de 2006, 1.85. Goiás tinha até 2015 para adequar suas contas no que tange ao cumprimento das obrigações da dívida externa. Teria que reduzir nesse período duas vezes a relação receita anual pra pagar dívida. Alcançamos, em 2006, mais que isso.

DMO secretário afirma que quando assumiu a Sefaz, 93% do que sobrava líquido do Tesouro eram para pagamento de folha. Ele diz que diminuiu esse valor elevado.

Siqueira – Não eram de 93%. Pelo menos quando Marconi saiu do governo. Eram menos de 60%, que é o limite constitucional. E tenho esses dados. E também, afirmo, do dia 1º de abril de 2006 até o mês de setembro de 2009 a despesa com folha cresceu de R$ 324 milhões para R$ 460 milhões.

DMMas com a reforma administrativa do Estado a folha não teria que ter diminuído?

Siqueira – Essa é uma questão que o secretário deveria responder. Um dos argumentos do governo pra reforma seria o de reduzir despesas. Pode ter reduzido outras despesas. Agora o valor das folhas é publicado trimestralmente na Assembleia, contas do demonstrativo orçamentário e financeiro do Estado. Inclusive em março de 2006, incluindo valores dos Três Poderes, era de R$ 324 milhões. Como encontra R$ 100 milhões de deficit, sobe a folha em mais de R$ 100 milhões? Então há um equívoco na analise realizada pelos técnicos da Sefaz.

DMOs técnicos não apresentaram números de confiança?

Siqueira – O secretário diz que esses técnicos são pessoas de sua confiança, que ele entregaria seus bens pra que eles administrarem, sem perceber que, quando ele fala da fragilidade das contas anteriores ao governo Alcides, está colocando em xeque o trabalho da maioria desses mesmos técnicos que ele elogia agora. O superintendente do Tesouro atualmente era o mesmo quando eu era secretário. O Paulo Aguiar, que é superintendente da Receita, foi também em um período do meu mandato superintendente da Receita. Os outros técnicos que estão ali contemplados são servidores efetivos da Sefaz, que sempre atuaram na área em que se encontram. Será que naquela época esses servidores tão responsáveis não eram responsáveis? Viam o deficit acontecer e não falavam nada?

DMO senhor acredita que há motivações políticas quando o secretário usa o deficit como bandeira do atual governo?

Siqueira – A grande verdade é que por um descuido técnico, equívoco de avaliação ou vontade de desconstruir o governo anterior para justificar a ineficiência do próprio governo, ele chegou a essas considerações. E ainda assim, sou daqueles que entendem que a grande preocupação do Estado e da administração pública não deve ser muito forte com um deficit um pouco menor ou maior. Com vermelho no cifrão um pouco maior ou menor. A preocupação do Estado é de não ter vermelho na educação, saúde, segurança pública. E lamentavelmente o que a gente está verificando hoje é que essa é a realidade.

DMO secretário Braga alega que em função da necessidade de zerar o deficit sobraram menos recursos para investimentos.

Siqueira – Essa é uma questão de escolha. Entre dever um pouco mais e melhorar a qualidade de vida da população, eu optaria por dever um pouco mais. Importante verificar é que se afirma que esse deficit é responsabilidade do governo anterior. E aí se caracteriza como governo anterior só o período de Marconi, querendo apagar da história de Goiás um ano e alguns meses de governo de Alcides. O governador Alcides tem responsabilidade nos períodos do governo Marconi. Era vice, foi candidato à reeleição porque estava contente com o governo. Foi secretário de Estado de uma secretaria que tinha atribuições muito fortes, porque somava uma série de atribuições, que era a Secretaria de Meio Ambiente, Recursos Hídricos e Habitação. Foi interventor do Estado no município de Anápolis e exerceu o governo do Estado em muitas oportunidades. Inclusive, quem encaminhou o projeto de lei dos Planos de Cargos e Salários, que agora afirmam que teria contaminado (e não contaminaram de forma relevante) as contas estaduais, foi o governador em exercício Alcides Rodrigues. Houve um evento realizado, e Alcides assinou a mensagem de encaminhamento do projeto para a Assembleia. Como desconhecer isso depois? E tenho certeza do que estou falando porque estava lá e assinei meu nome embaixo do dele.

DMOutro ponto colocado por Braga é que Alcides herdou R$ 1,308 bilhão de restos a pagar.

Siqueira – Isso não é verdadeiro. Esses documentos mostram que os restos a pagar em dezembro de 2005 eram de R$ 832 milhões Em dezembro de 2008, quando o ilustre secretário disse ter resolvido todas as contas do Estado, os restos a pagar eram de R$ 1,285 bilhão. Inclusive na entrevista, eles, para crucificar o que chamam de governo anterior e mostrar que o governo atual está muito bem, criam um resto a pagar mensal. Resto a pagar é conta anual. Não tem inscrição mensal. Alguém que ocupa cargo tão importante não pode ser voz de uma vontade política e sacrificar alguém que liderou dois governos de resultados reconhecidos por toda sociedade. Tanto que esses resultados contribuíram para a eleição de Alcides, em 2006. O secretário da Fazenda, Jorcelino Braga, que era um dos coordenadores de marketing da campanha de Alcides, por várias vezes me solicitou encaminhar resultados do governo Marconi para dar consistência à campanha de Alcides Rodrigues.

DMMas R$ 835 milhões também não são muito a ser deixado?

Siqueira – É preciso considerar que Marconi assumiu com R$ 721 milhões de restos a pagar. E foram oito anos de investimentos. Goiás experimentou nesse período a receita mais que duplicada. Quando você trabalha com oito anos é um período bem distinto de dois anos. O governo Alcides cresceu mais os restos a pagar que todo período que Marconi esteve no cargo. Em 1988, os restos a pagar representavam 24,5% da receita bruta do Tesouro. No fim do governo Marconi caiu para 8%.

"É importante colocar que os mandatos de Alcides se iniciaram em 31 de março de 2006 e as considerações feitas, portanto, abrangem o governador”

"Há documentos da Secretaria do Tesouro Nacional demonstrando que as contas do Estado melhoraram no período de janeiro de 1999 a 2005”

"Alguém que ocupa cargo importante não pode ser voz de uma vontade política e sacrificar alguém que liderou dois governos reconhecidos”