segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Marconi em defesa dos hemofílicos!

Jornal do Senado
28 de novembro de 2008

Projetos aprovados

ÆPLS 416/09, de Marconi Perillo (PSDB-GO) – Assegura meios para o tratamento profilático dos portadores de hemofilia.

Diário da Manhã - 28 de novembro de 2009

Diário da Manhã

Opinião do Leitor

Imagem inversa

Li o artigo de Andrey Azevedo, funcionário do prefeito Iris Rezende, e fiquei espantado porque, em poucas linhas, ele conseguiu alinhar tudo de ruim que está agregado à imagem de Iris, sem apresentar um só argumento de defesa. Com defensores assim nosso querido prefeito está ferrado.

André Goulart Marcondes, via e-mail

Diário da Manhã - 28 de novembro de 2009

Diário da Manhã

Iris, perseguição e prejuízos ao funcionalismo

Apareceram nos últimos dias, aqui nas páginas do Diário da Manhã, algumas figuras exóticas que se dispuseram a emprestar seus nomes para assinar artigos onde se tenta desesperadamente provar que o prefeito Iris Rezende sempre gostou do funcionalismo público e que, caso venha a governar Goiás novamente, será “bondoso” com a classe.

É notável o esforço desses pseudo-articulistas. Comovente, até, como eu disse há poucos dias, ao avaliar um incrível artigo em que o também deputado José Nelto raspa o fundo do baú atrás de argumentos sobre o quanto Iris sempre foi, é e será “generoso” com os servidores públicos.

Mas, para quem perdeu tempo lendo os artigos da tropa de choque irista, continua saltando como verdade cristalina a comprovação daquilo que todo mundo sabe em Goiás: Iris Rezende e o seu afilhado Maguito Vilela, quando foram governadores, deram o máximo de si para perseguir e prejudicar o funcionalismo. Isso porque nenhum dos defensores de Iris conseguiu alinhar um único fato concreto mostrando algum tipo de medida, uma ou outra ação, qualquer benefício, enfim, por menor que seja, que os servidores públicos receberam durante as gestões peemedebistas.

Íris e Maguito são por demais conhecidos do funcionalismo. Nunca concederam aumentos. Pagaram sempre no mês seguinte, para lá do dia 15. Atrasaram os salários e aplicaram o dinheiro no mercado financeiro, nos tempos de inflação alta, para gerar caixa para investir em obras. Quando, derrotados nas urnas, entregaram o governo a Marconi Perillo, havia folhas atrasadas, repartições sucateadas, direitos ignorados e uma classe que era apontada como bode expiatório de todas as mazelas do Estado.

Marconi, em poucos anos, mudou essa realidade da água para o vinho. Não só passou a pagar dentro do mês trabalhado, como anunciava em janeiro as data sem que a folha seria liberada durante todo o ano, mês a mês, para que o servidor pudesse programar os seus compromissos. Iniciou-se a prática de pagar o décimo-terceiro no mês do aniversário do funcionário, regra que foi copiada por praticamente todas as prefeituras e todos os Estados brasileiros.

Os decretões de demissão em massa, tão comuns nos tempos de Iris e Maguito, desapareceram. Em 1983, no seu primeiro governo, Iris assinou o primeiro desses decretões, colocando na rua 30 mil servidores, por pura vingança política. Maguito assinou vários deles, demitindo aos lotes, em todos os órgãos do Estado. Sem exagero, em alguns momentos a condição de funcionário público chegou a ser motivo de vergonha, pelo menos até que Marconi resgatasse a dignidade desse valioso segmento de trabalhadores – úteis e necessários para o Estado na medida em que são parceiros da população no trabalho cotidiano pelo desenvolvimento econômico e pelo crescimento social.

Para estabelecer a diferença, aqueles que acreditam que Iris foi e é um governante “bom” para o funcionalismo podem consultar a seguinte relação, que mostra tudo o que foi feito pela classe pelo então governador Marconi Perillo: seguro de vida para todos os servidores ativos do Poder Executivo; capacitação profissional com oportunidade para todos os servidores; admissão por meio de concurso público (de 1999 a 2005 foram 11.126 admitidos; em 2006 foram realizados novos concursos com 9.116 novas vagas); criação e implementação de Planos de Cargos e Salários e Remuneração para todas as carreiras do serviço público e aumento salarial para todas as categorias, com instituição da data base salarial dos servidores públicos do Estado, no dia 1º de maio de cada ano.

Mas tem muito mais: aquisição de equipamentos e modernização de instalações; recuperação do Instituto de Previdência e Assistência do Estado (Ipasgo) e instituição do Fundo Estadual de Previdência; criação do Programa da Qualidade no Setor Público do Estado de Goiás; criação de Fundo de Capacitação para o Servidor; criação e implementação do Portal do Servidor; fomento à Criação da Cooperativa de Crédito dos Servidores do Estado de Goiás (Servcred); implementação gratuita da Licenciatura Plena Parcelada para os professores não-graduados da rede pública de ensino (via UEG); e, no conjunto, a valorização do funcionário público como o principal intermediário entre o Estado e a sociedade.

Todas essas conquistas são concretas e têm o testemunho do funcionalismo estadual. São fatos e não palavras. É isso que o auditor geral do município, Andrey Azevedo, o presidente do Sindgoiânia, Carlos Antonio Ramos de Alencar, e o deputado José Nelto precisam fazer: mostrar o que de real e palpável Iris fez pelos servidores públicos, como enumerei agora as realições de Marconi, e não gastar o precioso espaço do Diário da Manhã com abobrinhas e contos da carochinha.

Fica lançado o desafio.

Nilo Resende é deputado estadual pelo DEM e líder da bancada do partido na Assembleia Legislativa.

Diário da Manhã - 28 de novembro de 2009

Diário da Manhã

Serra critica a antecipação de campanha política

O governador de São Paulo, José Serra (PSDB), criticou ontem a antecipação da campanha eleitoral para a Presidência da República de 2010. Ele admitiu que neste momento é candidato apenas a fazer o seu trabalho de governador, porém não descartou a possibilidade de tomar uma decisão no ano que vem.

“Acho que a campanha eleitoral foi muito antecipada. Não há necessidade disso. Isso atrapalha a governar.” Serra negou que tenha mudado o ritmo de suas viagens para outros Estados com intenção de conquistar votos “Não estou com nenhum ritmo de viagem diferente do que eu tenho de dois ou três anos atrás.”
Diário da Manhã

Correção: Mantega ironiza Meirelles durante jantar
No texto enviado anteriormente, o nome do economista Octavio de Barros foi grafado incorretamente. Segue o texto com a correção:

Durante jantar de fim de ano organizado pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban), em São Paulo, na noite desta quinta-feira (26), o ministro da Fazenda, Guido Mantega, não perdeu a oportunidade de fazer uma provocação ao presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, que também participou do evento. Mantega, que discursou logo depois de Meirelles, disse que o presidente do BC estava "muito eloquente" e que tinha falado tudo que ele gostaria de ter discutido em sua participação no evento. "Não sei se é porque ele está criando novos hábitos de banqueiro, político, mas ele falou até da questão social", ironizou Mantega, referindo-se a Meirelles, que recentemente se filiou ao PMDB e deve se candidatar ao governo de Goiás nas eleições de 2010.

Em seus discursos, Mantega e Meirelles ressaltaram que, passado o pior momento da crise financeira internacional no País, o Brasil terá que administrar seu sucesso. Sem citar nomes, o presidente do BC disse ter encontrado um dos mais importantes analistas de mercado durante o evento da Febraban, que revisou para cima a previsão de crescimento do País em 2010. "Eu disse calma, calma, não precisa continuar nesse ritmo", afirmou, provavelmente referindo-se a Octavio de Barros, do Bradesco, que reviu a projeção do Produto Interno Bruto (PIB) de 2010, no início desta semana, de 5,4% para 6,1%.

Mantega, por sua vez, disse que a crise mundial foi "virulenta", mas o Brasil não foi pego de "calças curtas". Na avaliação dele, a crise postergou alguns avanços que a economia brasileira vinha alcançando, mas o crédito e a demanda doméstica já foram restabelecidos. O ministro comentou também a decisão de Dubai de pedir seis meses de moratória da dívida do grupo estatal Dubai World, que tem passivos de quase US$ 60 bilhões. A notícia derrubou as bolsas em todo o mundo nesta quinta-feira. "Eu acho que não vai causar nenhum problema no Brasil. O problema já aconteceu no âmbito internacional", afirmou.

Fonte: Agencia Estado - Anne Warth

O Popular - 28 de novembro de 2009

O Popular

Giro

Jarbas Rodrigues JR

DEM, PSB, PDT, PMDB e PT têm ações contra Alcides, diz PSDB

Levantamento no TRE e no TSE feito pelo PSDB revela que há 106 ações de diversos partidos, principalmente do DEM, PSB, PDT, PMDB e PT, contra o governador Alcides Rodrigues (PP). “O governador diz que não conversa com o PSDB porque é processado por nós. Com este levantamento e com base no critério do PP para definir com quem vai conversar, Alcides terá agora de chamar o PSDB para dialogar ou então cessar a negociação com DEM, PSB, PDT, PMDB e PT. Do contrário, estará claro que este critério não passa de pretexto”, diz José Carlos Siqueira, do PSDB. Todos os processos questionam atos da campanha eleitoral de 2006 e a maioria é contra a Coligação Tempo Novo, encabeçada pelo PP e pelo PSDB, contra o governador Alcides e também contra o senador Marconi Perillo (PSDB). “Alcides foi o candidato do tempo novo e é alvo de todas essas ações movidas por partidos que hoje dizem ser aliados dele. O governador vai acabar falando sozinho”, frisa Siqueira.

Unanimidade

Presidente do PSDB goiano, o deputado Leonardo Vilela achou graça do PP apostar numa dissidência no ninho tucano para 2010: “O senador Marconi é unanimidade em nosso partido.”

Demissão

Exonerado ontem o chefe de gabinete da Secretaria das Cidades, Francisco Lobo. Trata-se do braço direito do tucano Leonardo Vilela.

SOS tucanos

O governador Alcides garante que não pretende tirar tucanos dos cargos no Estado. Só se for provocado.

O Popular - 28 de novembro de 2009

O Popular

Cautela ao comentar Renda Cidadã
Tucanos se limitam a fazer ressalvas às medidas do governador; já aliados comemoram

Erica Lettry

A ampliação em quase 65% do programa social Renda Cidadã foi recebida com ressalva por tucanos e comemorada entre aliados do governador Alcides Rodrigues (PP). Enquanto alguns da ala do PSDB levantam a possibilidade de barganha política e pedem dados do benefício, os governistas atribuem a ampliação neste momento político ao equilíbrio do erário.

O deputado estadual Honor Cruvinel (PSDB), que ocupou a Secretaria de Cidadania e Trabalho no início da gestão de Marconi Perillo (PSDB), argumenta que é preciso esclarecer melhor algumas questões relativos ao programa.

“Até ontem (quinta-feira) ainda tinha município que não recebia o Renda Cidadã. Tive informações de que apenas 104 recebem. Se for assim é preciso primeiro uniformizar o atendimento para todas as 246 cidades”, analisa. Evitando polemizar, o deputado atribui o novo fôlego do programa ao resgate de compromissos de campanha de Alcides Rodrigues. “É natural que o governo tente resgatar suas promessas. Além disso, melhorias são sempre bem-vindas.”

O deputado estadual Daniel Goulart (PSDB), que pediu vistas ao projeto na reunião da Comissão Mista da Assembleia, avalia que esta ampliação é uma resposta às constantes cobranças de prefeito para terem seus municípios atendidos pelo programa. “Acho que ele agora vai ganhar um gancho para negociações políticas”, afirma.

Equilíbrio

O secretário de Infraestrutura e presidente estadual do PP, Sérgio Caiado, acredita que o fato do projeto de lei ter sido apresentado apenas agora coincide com a boa situação financeira do Estado. “Se há esta proposta agora, isso se deve à autorização de empréstimos que o governo conseguiu, à negociação da dívida da Celg, enfim, ao equilíbrio financeiro do Estado”, enumera. “Não tem nada a ver com questão política, e sim com a soberania do erário.”

Para Sérgio Caiado, esta seria mais uma mostra da agenda positiva de Alcides. “O governador tem uma aprovação de 60% no Estado, está liberando obras e com a agenda ativada. 2010 vai ser um ano muito bom para Goiás, quando Alcides Rodrigues terá condições de resgatar muitos de seus compromissos”, espera.

A líder da bancada do PMDB na Assembleia, Mara Naves, diz que a orientação para os membros do partido é votarem favoravelmente ao projeto de ampliação. “Achei sensacional, nem pedi vistas ao projeto porque vi que ele vale a pena.”

Assim como Sérgio Caiado, Mara Naves rechaça uma leitura eleitoreira para o fato da ampliação coincidir com a proximidade do ano eleitoral. “Tem se falado muito que o governador pegou o Estado com um déficit muito grande. Mas acredito que agora ele está conseguindo equilibrar as finanças, e se estão mandando o projeto para a Assembleia isto é uma prova disto”, diz.

Presidente regional do PSDB, o deputado federal Leonardo Vilela ressaltou que a ampliação do benefício é importante porque resgata um antigo compromisso do governador. “Há três anos o programa não era reajustado”, fez questão de lembrar. “O governo sabe o momento adequado para fazer isso”, afirma.

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Marconi: relações internacionais!


Diáiro da Manhã

Marconi discute relações comerciais com chineses
Senador almoça com delegação do país asiático em Brasília. Presidente Sarney passa mal pela manhã e recorre a atendimento médico na Casa

O vice-presidente do Senado, Marconi Perillo (PSDB/GO), representou o presidente José Sarney em almoço na residência oficial do Senado, em homenagem à delegação da Conferência Consultiva Política do Povo Chinês. No cardápio, as relações econômicas e os laços de amizade entre Brasil e China. Marconi conversou longamente com o presidente da Conferência, Jia Qinglin, cotado para ser o futuro presidente chinês. Sarney passou mal pela manhã e precisou de atendimento médico na Casa.

A Jia Qinglin, Marconi disse que o relacionamento bilateral entre Brasil e China tem uma base política cada vez mais consolidada, e ressaltou a importância da parceria entre os dois países. “Nossos dois países têm sabido, ao longo das décadas, fortalecer uma parceria ampla, que nos prepara para novas e grandes conquistas nos próximos anos. São enormes as possibilidades de cooperação bilateral, e o Senado tem sido e será sempre um agente promotor dessa maior aproximação entre nossos países e nossos povos”, disse.

A delegação, integrada por mais de 80 pessoas, entre políticos, médicos e imprensa, fica no Brasil até sábado.

Gastroenterite

Sarney passou cerca de quatro horas sob observação de médicos depois de passar mal na manhã de ontem. Após exames, foi diagnosticado que ele estava com gastroenterite. O parlamentar foi para sua casa, em Brasília. Um avião da FAB (Força Aérea Brasileira) foi colocado à disposição de Sarney – caso ele precisasse ser transferido para outro Estado. Mas seus assessores disseram que Sarney continuará em Brasília e o avião foi dispensado.

Pela manhã, o parlamentar foi levado ao posto médico de emergência localizado dentro do Senado. Depois, ele seguiu para o serviço médico da Casa, que fica num prédio anexo. No departamento médico do Senado, Sarney se submeteu a exames de raio-X e a uma ecografia abdominal. O filho do peemedebista, deputado Zequinha Sarney (PV-MA), acompanhou o pai e disse que ele passa bem.

No momento em que passou mal, Sarney recebia Jia Qinglin, presidente da CCPPC (Conferência Consultiva Política do Povo Chinês), no salão nobre da Casa. Marconi representou o peemedebista no evento.

Fonte: Da Redação, com informações das agências de notícias
Hoje Notícia
Goiânia

Xeque Mate

Suely Arantes

Bancada do bem

Os benfeitores são os senadores Marconi Perillo e Demóstenes Torres e os deputados Carlos Alberto Leréia, João Campos, Iris de Araújo, Luiz Bittencourt, Pedro Chaves, Roberto Balestra, Pedro Wilson, Ronaldo Caiado, Sandes Júnior e Sandro Mabel.

Acidente de percurso

A declaração de Alcides Rodrigues de que o PP pode se aliar ao PT para as eleições de 2010 jogou um jato de água fria nos democratas que sonham com a terceira via. Como imaginar Ronaldo Caiado e Demóstenes Torres batendo bumbo para Lula e cia.?

No altar

O governador Alcides Rodrigues e o senador Marconi Perillo têm encontro marcado no dia 11 de dezembro, às 20 horas, no Santuário do Ateneu Dom Bosco. Serão padrinhos do casamento da filha do deputado Hélio de Sousa (DEM), Danielle de Sousa, com Pablo Godinho.
Diário da Manhã

2010, eleição do moderno contra o antigo

Os defensores da candidatura de Iris Rezende ao governo do Estado enfrentam três problemas: a mágoa do funcionalismo público com as perseguições sofridas nas administrações do PMDB, a falta de diálogo do próprio Iris com a juventude e o tradicional desprezo que o atual prefeito de Goiânia sempre teve pelos programas de ajuda direta às famílias carentes.

Com frequência, nas páginas do Diário da Manhã, deparamo-nos com entrevistas, reportagens e artigos em que funcionários do Paço Municipal e políticos peemedebistas tentam resolver essas três graves deficiências da candidatura de Iris.

Tentam. Só que é notória a carência de argumentos e a rachadura vai se ampliando e quem sabe até o ponto de comprometer em definitivo a candidatura.

Examinando a longa carreira pública do atual prefeito de Goiânia, é fácil notar que ele realmente tem um estilo administrativo que se caracteriza por uma única marca: a construção de obras físicas. E, mais objetivamente ainda, Iris gosta de fazer asfalto, pavimentando rodovias nos seus tempos de governador ou ruas, nos seus mandatos como prefeito da Capital.

Programas de governo que não são tangíveis – como oferecer condições de subsistência digna aos pobres – nunca foram o forte das gestões de Iris. Agora mesmo, na prefeitura, ele teve que ser acionado judicialmente pelo Ministério Público, através de uma ação civil pública, para que voltasse a cuidar dos menores e adolescentes de rua em Goiânia. Até então, Iris vinha desativando os programas municipais que prestavam atendimento a esse segmento, o que levou os promotores estaduais a buscar a Justiça para tentar resolver um problema social que se apresentava cada vez mais grave.

Falei da longa carreira pública de Iris. Seguramente, ele é um dos mais antigos políticos brasileiros em atividade. E sempre dando prioridade para os seus próprios interesses. Desde a primeira vez em que foi prefeito de Goiânia, Iris sempre foi o candidato da vez e só abriu mão quando estava impedido de disputar a reeleição. Foi assim que ele botou dezenas de políticos jovens para longe do PMDB, a começar pelo próprio Marconi Perillo, hoje o seu grande adversário.

Bem, como político antigo, que vem de uma outra época, quando não havia internet, telefone celular, imprensa de massas e nem sequer televisão, é inevitável que Iris tenha dificuldades para se comunicar com quem está habituado a essas novas tecnologias, especialmente a juventude. Já que, para Iris, o mundo se resume a um canteiro de obras, a consequência dessa visão é o distanciamento em relação às pessoas jovens, que se preocupam muito mais com qualidade de vida, acesso à web, serviços públicos rápidos e eficientes e, enfim, uma vida com acesso aos bens civilizatórios da modernidade.

Falta de contato com a juventude pode ser fatal em um Estado como o de Goiás, onde o eleitorado de 3.800.000 é composto em mais 50% de rapazes e moças com idade abaixo de 34 anos, conforme dados do TRE. Esperar, como disse Iris, que “avós e pais contem aos seus filhos” quem ele é e o que ele faz parece um pouco ingênuo e, pior ainda, o reconhecimento de que realmente existe dificuldade para falar com as novas gerações.

A ojeriza ao funcionalismo público, demonstrada não só nos governos de Iris Rezende, como também no de Maguito Vilela, decorre desse apetite insaciável por obras. Dinheiro gasto com a folha de pagamento dos servidores, em resumo, é dinheiro perdido, que desaparece e não fica eternizado em ferro, cimento e massa asfáltica. Por causa dessa filosofia, sabe-se que ao primeiro sinal oficial da candidatura de Iris a governador, um exército formado pelos funcionários e suas famílias se levantará contra, receoso da volta da perseguição e da desvalorização da classe.

Os obstáculos para a eleição de Iris Rezende, como se vê, não são pequenos nem desprezíveis. Seu adversário será o senador Marconi Perillo, político de terceira geração, jovem, sorridente e nada carrancudo, permanentemente antenado com as mudanças tecnológicas que chegam com rapidez incontrolável nos dias de hoje. E, até agora, não notamos nenhuma mudança no comportamento do prefeito de Goiânia, que se mantém apegado ao seu estilo populista tradicional, com um segundo mandato morno, sem mote para entusiasmar o eleitor.

A ser assim, o desfecho de 2010 não deverá trazer grande novidade. Será o enfrentamento entre o moderno e o antigo, com resultados previsíveis.

Nivaldo Mello é artista plástico

Diário da Manhã

Fio Direto

Tony Carlo

Goulart pede vistas de projeto e causa desconforto ao governo

O deputado Daniel Goulart (PSDB) começa a se tornar uma verdadeira pedra no sapato do governador Alcides Rodrigues (PP). Um exemplo claro foi ontem durante a votação do projeto que amplia o benefício da Renda Cidadã de R$ 80 para R$ 120. Estava tudo certo para que a proposta passasse sem problemas, mas o tucano resolveu pedir vistas. A atitude não gerou ataques claro, mas o mal-estar ficou no ambiente da Comissão Mista. "O projeto estava redondinho, muito bem relatado pelo deputado Helio de Sousa. Mas paciência", afirmou o líder do Governo, deputado Evandro Magal (PP), ao se referir à criação dos auxílios Educação e Saúde que geraria o aumento de R$ 40 do benefício. Essa ação na área social é estratégica para o governo tentar alavancar sua imagem. Magal evitou críticas mais contundentes, mas apostou que no dia 1º de dezembro, quando a comissão se reúne novamente, a proposta será votada. O tucano Goulart continuou a impor barreiras. Logo em seguida, na votação da proposta que libera empréstimo do Estado junto ao BNDES até o limite de R$ 170,5 milhões, valor que vai se juntar aos R$ 113,7 milhões, que serão captados por meio de operação de crédito como ampliação do Programa Emergencial de Financiamento aos Estados e ao Distrito Federal. Daniel pediu vistas também, mas isso já era esperado. "Um valor dessa magnitude não tinha como ser diferente", disse. Assim que Goulart pediu vistas, colegas entraram na onda e copiaram a atitude dele.

Frente

Ao investir em programas sociais e visitar e lançar obras constantemente no Entorno do DF, o governador Alcides Rodrigues busca dividir espaço com o senador Marconi Perillo.

Canudo

Perillo está em sua reta final de estudos para pegar o diploma de Direito. Ano que vem, ele se forma ao lado da esposa, Valéria.

Marconi: inovação!

Diário da Manhã

Café da Manhã

Ulisses Aesse

Marconi e as inovações

O governador (sic) Marconi Perillo não voltou as costas para as inovações tecnológicas. Ao utilizar-se do Twitter, mostra que está antenado e de olho em um público que a cada dia cresce mais e mais. Em tempo: uma pesquisa revela que os “twitteiros” são os que mais tempo permanecem na rede.

Só não vê quem não quer!

Diário da Manhã

Goiânia, cidade das crianças na rua

A área de assistência social da Prefeitura de Goiânia vai mal, muito mal. Essa realidade só não é vista pelo auxiliar do prefeito encarregado deste importante segmento da administração municipal. O morador de Goiânia, este sim, testemunha todo dia as mazelas sociais da capital quando se defronta com crianças pedindo esmolas em sinaleiros, com adolescentes e meninos em situação de rua usando droga, se matando, em plena luz do dia, famílias inteiras passando a noite sob marquises.

Apesar dessa verdade nua e crua que nos choca cotidianamente, o auxiliar do prefeito teve o desplante de vir a público dizer que somos mal informados. Para tentar provar que a assistência social da prefeitura funciona, alega que acaba de ampliar em 118% a quantidade de vagas destinadas ao atendimento de moradores de rua. Em outras palavras, a prefeitura admite que aumentou o número pessoas morando nas ruas de Goiânia, daí a necessidade duplicar as vagas para acolhê-las, e acha que esse fato é positivo.

Ora, isso é um grande equívoco. Completamente enganado, o responsável pela área de assistência social deveria lamentar profundamente o aumento de pessoas morando nas ruas de Goiânia, precisando de apoio do município. Das duas uma: ou a Prefeitura de Goiânia não vinha atendendo sequer a metade dos moradores de rua ou então ocorreu nos últimos anos cinco anos (período em que Iris administra a Capital) um aumento de 100% na quantidade de pessoas que passaram a morar nas ruas da nossa cidade. Qualquer das hipóteses representa um fracasso total da área de assistência social justamente no período em que Iris Rezende se encontra à frente da prefeitura.

E os problemas não são apenas com os moradores de rua. Crianças e adolescentes também sofrem com o péssimo atendimento social da prefeitura. Defendendo a extinção da ONG Sociedade Cidadão 2000, o auxiliar do prefeito novamente considera positivo o aumento de 180% no atendimento. Aí ele não explica qual tipo de atendimento aumentou, se foi o preventivo ou aquele em que o poder público chega tarde e não consegue atender a pessoa em Estado de necessidade antes de ela ganhar as ruas. Portanto, concluímos que os dois tipos de situações só fizeram aumentar na gestão de Iris, o que não pode ser comemorado.

É possível que o auxiliar de Iris Rezende sinta orgulho e anuncie o aumento de atendimentos a moradores de rua e a crianças em situação de rua. Mas felizes ficaríamos mesmo se viesse a público dizer que a prefeitura finalmente adotou uma política eficaz e resolveu investir para evitar que mais crianças vão para as ruas.

Assim como a polícia não se orgulha quando aumentoao número de atendimento, pois isso indica algo negativo, ou seja, o aumento da criminalidade, a Prefeitura de Goiânia não deve comemorar jamais o aumento do número de atendimento a moradores de rua. Por uma razão elementar: isso vem provar que está aumentando o número de moradores de rua, o que decorre de falhas na assistência social, que deve trabalhar com foco também na prevenção.

Já está na hora de Goiânia deixar o provincianismo de lado e contar com gestores qualificados, especialmente em um setor tão importante como a assistência social. Contudo, não chega a ser surpresa o prefeito Iris Rezende entregar a área social da prefeitura nas mãos de uma pessoa despreparada para esse tipo de desafio. Ali, é preciso alguém que tenha capacitação profissional conjugada com sensibilidade humana e o fulano que está lá é exatamente o contrário dessas duas exigências.

Iris está se lixando para os excluídos, tanto que nomeou uma pessoa sem compromisso com o bem-estar dos menos favorecidos. Nomeou alguém que tem um histórico de perseguição e que foca suas ações exclusivamente no corte de gastos e na economia a qualquer preço. Ainda que o preço a pagar venha em vidas humanas.

Pedro Azulão Jr. é vereador em Goiânia pelo PSB

O Brasil tem oposição inteligente!

Diário da Manhã

Opinião

O criticável em Lula

Faz parte do folclore político uma passagem atribuída à antiga raposa política mineira José Maria Alckmin. Um amigo chegou a ele com uma novidade: “O fato é o seguinte...” Alckmin: “Dê logo a versão.”

Vem bem a calhar no caso Caetano Veloso versus Lula. O talentoso compositor, em entrevista à jornalista Sonia Racy, do Estadão, disse que a senadora Marina Silva é Lula e Obama. Teve, como o primeiro, bonita história de superação e, como o segundo, a pele negra, sem ser “analfabeta como o Lula, que não sabe falar, é cafona falando, grosseiro”.

Não adiantou o próprio Caetano explicar que a fala de Lula, “pouco instruída e frequentemente grosseira e cafona”, não é meramente negativa. O próprio presidente se vangloria disso, “os linguistas aplaudem” e ele “é forte inclusive por isso: atinge a maioria dos ouvintes”. A versão que se espalhou foi de que chamou Lula de analfabeto.

É preciso ser sincero. Lula é um animal político, figura de muitos méritos. E hoje é pessoa culta. Não possui a cultura livresca, a escolaridade regular que almejamos para nossos filhos. Mas é muito inteligente. Revela imensa capacidade de aprender e de apreender o que lhe ensinam. Conhece mais de 100 países e os mais relevantes chefes de Estado. Conhece o mundo e as pessoas.

Não é por aí que, a meu ver, merece ser condenado. Não pode, porém, ficar imune a críticas. Ter 80% de aprovação em pesquisas não lhe confere carta branca para fazer o que bem entende. Nem pode inibir a oposição. Se denunciar o que está errado, corrupção e superfaturamento, significa marchar contra a corrente e implica risco de perder eleição, corra-se o risco, porém cumpra-se o dever para com a Nação.

O País está tomando rumo preocupante, sobretudo porque as coisas mais absurdas já estão parecendo naturais. A Nação está aceitando como normal um filme produzido com dinheiro de empresas que dependem do governo, sobre um personagem vivo e que está no poder. Sua bonita história até mereceria um filme, mas que eticamente só poderia ser realizado e exibido após o término do mandato – como aconteceu com as obras de Sílvio Tendler sobre João Goulart e Juscelino Kubitschek.

Convive-se ainda, de forma alarmantemente passiva, com investidas contra a liberdade de imprensa e contra a fiscalização de obras do governo. O presidente já disse que o jornalismo deve ser informativo e não investigativo. E o governo acusa um órgão respeitável como o Tribunal de Contas da União de, com sua fiscalização, estar emperrando o Programa de Aceleração do Desenvolvimento (PAC). Só aceita que possíveis irregularidades sejam apontadas após a conclusão das obras...

No Congresso, com sua folgada maioria – bem menor no Senado – o governo vai sufocando a oposição ao desmoralizar, por exemplo, o instituto das CPIs, esse que é o mais tradicional instrumento de apuração de denúncias de irregularidades. A base governista assume o comando delas, tumultua as reuniões e não deixa aprovar a convocação de quem julgue inconveniente, além de, sistematicamente, impedir quebras de sigilo bancário ou telefônico.

Estabelece-se perigoso maniqueísmo. Quem se coloca contra qualquer iniciativa de interesse do governo não é “patriota”. Investigar irregularidades na Petrobras é ficar “contra o Brasil”, discutir a Petro-Sal é “impatriótico”. Só há um caminho “certo”: o do governo. Daqui a pouco estaremos a assistir ao culto à personalidade, com grandes estátuas e grandes painéis com a figura do chefe de Estado espalhados pelo País.

Arthur Vírgilio é senador pelo Amazonas e líder do PSDB

Marconi: Internacional!

O Popular

Giro

Jarbas Rodrigues JR

Gigante

Marconi recebia ontem no Senado delegação chinesa comandada por Jia Qinglin, cotado para ser o próximo presidente da China. A comitiva, de 80 pessoas, chegou ao Brasil em dois Boeings 737.
O Popular

Serra critica política monetária, mas evita falar em candidatura ao Planalto

Folhapress

São Paulo – O governador de São Paulo, José Serra (PSDB), disse ontem que o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil tem “boas chances” de voltar a crescer cerca de 5% no próximo ano, mas os juros altos e o câmbio ainda continuam sendo uma grande preocupação para a economia.

Em entrevista aos jornalistas Helena Chagas e Florestan Fernandes, da TV Brasil, que foi ao ar na noite de ontem, Serra evitou falar em eleições e quando perguntado sobre sua possível candidatura à Presidência da República, disse que essa decisão só deve ocorrer no ano que vem. “Se antecipa muito essa discussão eleitoral, e tenho muito trabalho aqui, como governador de São Paulo. Campanha eleitoral antecipada não enche barriga”, disse.

Serra voltou a fazer críticas à política monetária, embora admita que os sinais da economia são positivos. “Acho que tem boas chances de crescer isso (5%). O que me preocupa na economia brasileira é outra coisa. Acho que os juros continuam muito altos e isso prejudica indiretamente, através do câmbio, as nossas exportações. Estamos com problemas nas atividades exportadoras e elas têm uma responsabilidade grande sobre o emprego e também barateia, de maneira não justa, as importações que concorrem com produtos que são feitos aqui”, afirmou.

Para Serra, o Banco Central cometeu um equívoco ao não ter aproveitado o momento de crise econômica para baixar “os juros mais depressa e mais fortemente como aconteceu no mundo inteiro”. “Nenhum país da América Latina tem os juros tão altos (quanto o Brasil). Isso não é bom a médio e longo prazo.”

Enquanto isso na gafelândia...

O Popular

Depois de filme, papel higiênico

Agência O Globo

São Paulo – O fabricante de papel higiênico Neve está levando ao ar, desde ontem, em emissoras de rádio do País, propaganda bem humorada em que usa imitação da voz do presidente Lula. A peça é sobre o “novo Pack (embalagem) de Neve”, alusão ao Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Sem citar a ministra Dilma Rousseff (Casa Civil), um imitador de Lula, o humorista Beto Hora, usa bordões de Lula como “brasileiros e brasileiras” e “nunca na história deste País”, para falar do “pac que vai trazer mais economia para os brasileiros”.

Ele prossegue dizendo que vai “chamar a maior responsável por esse sucesso. Com vocês, a ministra. Ué, cadê a ministra?”. No fundo, se ouve voz feminina gritando “Alfredooo” (mordomo que marcou as propagandas do papel higiênico).

“Lula” volta a falar. “Vamos aproveitar que a ministra está em conferência com o Alfredo pra falar do pack econômico de Neve com 16 rolos. Nunca na história deste país o povo teve tanta maciez. Só papel higiênico Neve tem o toque da seda”.

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Diário da Manhã

Fio Direto

Tony Carlo

Voltas

O senador Marconi Perillo foi ao velório do ex-deputado Fêlix de Moura Telles, pai do advogado Ney Moura Telles, na última segunda-feira. Ney foi adversário de Marconi na disputa pelo Senado em 98.

Motivos

Marconi tuitou para explicar a presença no velório do pai de Ney Moura:" A prática política em Goiás precisa avançar. Ódios e inimizades pessoais não podem se impor aos interesses coletivos e aos valores morais".

Linha Cruzada

• Deputados marcaram presença no velório do ex-vice-prefeito de Luziânia Vasco Melo, ontem, que faleceu vítima de um Acidente Vascular Cerebral (AVC).

• Vasco era pai do deputado Marcelo Melo (PMDB). O senador Marconi Perillo esteve presente, além dos deputados Wagner Guimarães, Iris Araújo, Pedro Chaves, Leandro Vilela, Luiz Bittencourt e Jovair Arantes (PTB).

Vooz

Advocacia OAB monitora no Senado projetos do Exame de Ordem e das Prerrogativas

O presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil, Cezar Britto, foi comunicado ontem (24) pelo presidente da Comissão Nacional de Legislação da entidade, conselheiro federal Marcus Vinicius Furtado Coelho, que entraram em pauta de apreciação nas Comissões do Senado Federal dois relevantes projetos de lei para a advocacia nacional. São eles o projeto de lei (PLS) 186/2006, que tenta extinguir o Exame de Ordem para ingresso na advocacia - que tem a oposição visceral da OAB - e o projeto de lei complementar (PLC) 83/2008, que torna crime a violação das prerrogativas do advogado - proposta que encontra franco apoio na entidade, que estimulou sua apresentação ao Congresso.

O conselheiro federal Marcus Vinicius (PI) informou que o projeto que extingue o Exame de Ordem, PLS 186, encontra-se na pauta de votação da Comissão de Educação, sendo relator o senador Marconi Perilo (PSDB-GO). A OAB nacional foi recebido em audiência pelo relator, que adiantou sua posição favorável à manutenção do exame, como critério imprescindível ao ingresso dos novos advogados. O parecer do relator deve ser votado ainda essa semana.

O projeto que torna crime a violação às prerrogativas do advogado, PLC 83, foi incluído na pauta de votação da Comissão de Constituição e Justiça do Senado, sendo relator o senador Demóstenes Torres (DEM-GO). O Conselho Federal da OAB, observou Marcus Vinicius, conseguiu aprovar esse projeto na Câmara dos Deputados por unanimidade, com apoio de todos os lideres partidários. No Senado, entretanto, sofre resistência do relator e de setores da magistratura - observou o presidente da Comissão Nacional de Legislação em seu relato ao presidente nacional da OAB.

O presidente da Seccional da OAB-GO, Miguel Cançado, foi acionado pelo presidente Cezar Britto e o conselheiro Marcus Vinicius para tratar com os dois senadores relatores - ambos são de Goiás - sobre os pleitos da advocacia brasileira em relação às duas matérias. Ao mesmo tempo, Britto e Marcus Vinicius solicitaram aos presidentes das Seccionais da entidade e aos advogados brasileiros a remessa de emails aos senadores de seus Estados, em defesa da manutenção do Exame de Ordem e da aprovação do projeto que cria o tipo penal especifico que criminaliza a violação à prerrogativas dos advogados.

Marconi vai onde o povo está!

Diário da Manhã

Café da Manhã

Ulisses Guimarães

Marconi intensifica visitas ao interior

Aliado de primeira hora do senador Marconi Perillo (PSDB), o deputado Padre Ferreira (PSDB) se desdobra para acompanhar o tucano nas visitas ao interior. Em Rio Verde, no último final de semana, Ferreira fez até discurso ao lado de Marconi.

O tucano esteve na cidade para prestigiar o aniversário do presidente da Câmara Municipal da cidade, Elecir Casagrande (PP).

— O carinho do povo goiano para com o senador Marconi é algo gratificante. Os moradores de cada município o recebem com festa e alegria – afirmou Ferreira, sem esconder o seu entusiasmo.

Marconi é o pré-candidato do partido na disputa ao governo de Goiás em 2010.

Iris pode não ser candidato!

Diário da Manhã

Iris admite abrir mão por Meirelles
Ao receber R$ 20 milhões em recursos, prefeito afirma que disputa governo quem unir mais forças junto aos partidos

Apesar de já ter sido lançado pelo presidente estadual do PMDB, Adib Elias, como candidato da sigla ao governo estadual em 2010, o prefeito de Goiânia Iris Rezende defendeu ontem que, se a candidatura do presidente do Banco Central Henrique Meirelles (PMDB) facilitar alianças com maior número de legendas, a preferência será dada a ele.

Após receber o ministro da Integração Nacional, Geddel Vieira Lima, para assinatura de convênio que destina recursos a Goiânia para obras de reurbanização do vale do Córrego Botafogo, Iris foi questionado pela imprensa se o nome de Meirelles facilitaria conversações com eventual frente a ser articulada pelo governador Alcides Rodrigues (PP), para um confronto contra o PSDB.

“Minha posição, a cidade e o Estado conhecem: se tiver um candidato com possibilidade de vitória, com propostas que sensibilizem a população, eu continuaria na Prefeitura e esse candidato representaria o partido. Vai depender muito da ação desse pretenso candidato. E o nome do doutor Meirelles indiscutivelmente está posto em discussão. Se o nome dele, porventura, puder unir mais forças ainda, por que não? Não podemos nunca, no terceiro milênio, fazer política por fazer.”

O prefeito, contudo, insiste em tese que contraria uma decisão do presidente do BC. Iris quer que Meirelles anuncie plano político em dezembro. Meirelles afirma que abre o jogo apenas em março. Indagado se valeria a pena esperar pela decisão do colega até o ano que vem, o prefeito foi irredutível. “Não. Ele pode chegar até depois de abril, não tem problema. Mas uma definição precisa acontecer antes”, disse, indicando que não há empecilhos para que Meirelles permaceça no BC até março, desde que adiante anúncio de candidatura para antecipar acordos de coligação.

Iris justificou. “Porque se for representar o partido nessa peleja, ele precisa manter muitas conversações, muitas. Ele precisa pensar em um plano de governo a ser apresentado ao povo e isso seria impossível em quatro ou cinco meses. Por isso é que sugeri – não vou impor nada a ninguém – sugeri que até o final do ano já haja, já ocorra definição. Isso não envolve outras questões, de ele continuar no banco mais meses, mas a estrutura política precisa de uma posição e, indiscutivelmente, o nome dele conta com a nossa deferência. Eu tenho manifestado isso publicamente.”
Diário da Manhã

Aécio diz que aceita postergar candidatura

O governador de Minas, Aécio Neves (PSDB), afirmou ontem que não será na base da pressão que os dirigentes dos partidos oposicionistas conseguirão convencer o governador de São Paulo, José Serra (PSDB), a definir o mais cedo possível sua pré-candidatura ao Palácio do Planalto. Aécio, que também pleiteia o posto de presidenciável tucano, disse que é preciso respeitar a estratégia do colega paulista, garantindo mais uma vez que, qualquer que seja a decisão final, o PSDB caminhará unido em 2010. Em almoço na terça-feira, as cúpulas do DEM, PPS e PSDB, traçaram um cenário de preocupação com a ascensão nas pesquisas da pré-candidata governista, a ministra Dilma Rousseff.
O Popular

Giro 

Jarbas Rodrigues JR

Tucanos ensaiam isolar a base pepista do governador Alcides

Um plano tucano pretende isolar a cúpula do PP da base do partido. Ontem, na CBN Goiânia, o deputado e vice-presidente do PSDB goiano, Daniel Goulart, disse que seu grupo espera ganhar na convenção do PP. Ao Giro, o deputado Carlos Lereia (PSDB) afirma que seu partido separa o PP do governador Alcides Rodrigues. “Nosso problema não é com o PP, mas com Alcides, que deveria ser varrido do mapa político de Goiás. Temos muito respeito pelos companheiros no PP, que certamente vão firmar apoio à candidatura de Marconi Perillo”, diz. “Sérgio Caiado e Alcides mentem para posarem de vítimas. Foram eles os primeiros a entrar com processo na Justiça contra um tucano, no caso, contra mim. Mas têm perdido em todas as instâncias”, afirma o deputado. Sobre uma frente alcidista para 2010, costurada pelas cúpulas do PP,DEM,PR,PSB e PTN, Lereia diz: “Tenho absoluta certeza de que quem participar da aliança com este governo estará fadado ao fracasso eleitoral”.

PSDB x PP

De graúdo tucano: “O que existe não é ação, mas pretexto para traição”. Esta briga vai longe.

Hora H

Vilmar Rocha, da banda do DEM que defende aliança com o PSDB, acredita que na hora H a maioria na base vai pressionar pela unidade. Algo para o final de março.
O Popular

MEMÓRIA

Há 45 anos, militares tiravam Mauro Borges do governo

Núbia Lôbo

Faltando três meses para completar 90 anos, o ex-governador Mauro Borges vive hoje uma data marcante de sua biografia – 45 anos de sua deposição do governo de Goiás. Em 26 de novembro de 1964, o filho de Pedro Ludovico Teixeira e Gercina Borges deixava o Palácio das Esmeraldas – não sem antes ensaiar uma resistência com apoio popular – após o anúncio de intervenção federal no Estado pelo então presidente da República, general Humberto de Alencar Castello Branco.

Do governo marcado pela modernização que implantou no Estado, por meio do Plano MB de administração que traçou diretrizes de desenvolvimento baseadas no potencial econômico de Goiás, Mauro lembra em detalhes e com orgulho, apesar dos avanços do Mal de Alzheimer. Nora do ex-governador, Maria Dulce Loyola Teixeira conta que o sogro é uma pessoa extremamente feliz e que um de seus prazeres é cantar as letras que entoava na época em que prestou serviços à infantaria do Exército brasileiro.

Desde 1987, ano da morte de sua mulher, Maria de Lurdes Estivallet Teixeira, Mauro mora sozinho em um apartamento no Setor Oeste, cercado por enfermeiros e familiares. Com 4 filhos (todos casados), 14 netos e 2 bisnetos, o ex-governador optou por não se casar novamente. Hoje Mauro quase não sai de casa.

“Ele fazia caminhadas, mas agora evitamos que ele faça muito esforço porque seu joelho está fragilizado por uma artrose. Ele sai para passear e fazer consultas médicas. E em casa é atendido por um terapeuta e um massagista”, conta a nora.

O Mal de Alzheimer se manifestou com maior intensidade em 2007. De lá para cá, o ex-governador vive momentos em que sua memória recente se perde, mas ele jamais esquece do pai e da herança político-administrativa que sua família deixou para o Estado.

“Quem não sabe da doença, não percebe que ele luta contra ela. Está sempre muito bem-humorado, muito bem-educado, sabe agradar homens e mulheres”, diz Dulce. Para quem estava acostumado ao convívio com Mauro, a perda de memória provoca tristeza. “É difícil porque ele foi muito inteligente, capaz, com profundo conhecimento de mundo. E não conseguimos mais conversar sobre diversas coisas”, afirma a nora.

Resistência

Apesar da memória afetada, a saúde de Mauro resiste ao tempo tão bem como ele resistiu às pressões dos militares que comandavam o País enquanto ele estava à frente do Estado. Mesmo obrigado a deixar o governo, encontrou no povo goiano o apoio de que precisava para aceitar o golpe dos militares.

Em entrevista ao jornalista Hélio Rocha, publicada no livro Os inquilinos da Casa Verde, Mauro conta que muitos goianos queriam lutar contra a intervenção federal, que ele inclusive tentou comprar munição para uma possível guerra civil, mas que decidiu obedecer a legalidade daquele ato do governo militar.

“Na verdade, eu me preparei. Seria uma luta um pouco mais que suicida, ou um pouco menos. Eu mesmo fiz um plano. Faríamos coisas muito graves. E essas coisas não precisaram ser feitas. Saí carregado até a porta da casa do meu pai e mais digno eu não podia sair”, lembrou o ex-governador na entrevista concedida em março de 1998 ao articulista do POPULAR.

História

Mauro Borges chegou ao Palácio das Esmeraldas em 1961, eleito para ficar no governo durante cinco anos. Com o início da carreira política apadrinhada pelo pai, Pedro Ludovico, Mauro chegou ao governo pelo PSD – partido ludoviquista. Enfrentou resistência dentro da legenda em razão de outros nomes pessedistas preteridos em prol de sua candidatura.

No início de sua administração, o então governador tinha uma boa relação política com os generais. Mauro foi, inclusive, aluno de Castello Branco na Escola Militar. Entretanto, a tranquilidade deu lugar a desentendimentos quando o pessedista começou a ignorar interesses federais. A exploração de minérios no Estado foi um dos temas que implodiu a relação de Mauro com o regime militar e provocou sua deposição do governo.
O Popular

PSDB resiste à crise com PP e prefere falar em unidade
Presidente tucano afirma que críticas de Alcides estão relacionadas à sucessão e não ao governo

Fabiana Pulcineli

Com estratégia de responsabilizar o governador Alcides Rodrigues (PP) pelo racha na base, o PSDB estadual resiste a reagir às declarações do pepista e oficializar o rompimento. Alcides descartou, em entrevista na terça-feira, a participação de tucanos nas reuniões de aliados para discutir a sucessão de 2010.

“Ele (Alcides) falou de conversas relacionadas à próxima eleição. Não disse que não quer o PSDB no governo ou o nosso apoio na Assembleia Legislativa”, disse o presidente estadual do PSDB, deputado federal Leonardo Vilela, descartando a saída voluntária de tucanos do quadro de auxiliares e o rompimento por parte dos deputados.

“Ainda levamos em conta os compromissos que fizemos em 2006 (campanha pela reeleição de Alcides) e nossa responsabilidade com o povo de Goiás”, completou o tucano.

Leonardo ressaltou que a vontade do PSDB é manter a base que venceu as eleições em 1998, 2002 e 2006. “O PP tem o direito de escolher com quem deseja conversar. Mas que fique claro que é uma decisão do PP. Nós esperávamos que fosse considerado o apoio que demos ao partido do governador nas últimas três eleições”, disse.

Apesar da estratégia de não revidar, Leonardo eleva o tom ao dizer que Alcides usa “desculpas” para afastar-se do PSDB. Ao dar cartão vermelho para a presença de tucanos nas articulações, o governador citou os processos movidos pelo partido contra ele. “São dois processos contra mim. Um partido que processa uma pessoa certamente não a quer junto de si.”

Leonardo argumenta que os processos contra o governador foram movidos pelo Diretório Nacional do PSDB, sem a participação da gestão estadual. Questionado se a cúpula do partido no Estado não poderia barrar a iniciativa, o tucano alegou que o diretório nacional tem direito de recorrer à Justiça, se considerar que foi lesado.

“Não é um processo contra o governador Alcides, mas pela vinda do presidente Lula a evento que consideram que teve tom eleitoral. Isso é uma rotina do PSDB nacional. E não havíamos sido comunicados”, afirmou. As ações estão no Tribunal Regional Eleitoral e tem como réus Lula, o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles (PMDB), e os prefeitos de Anápolis, Antonio Gomide (PT), e de Goiânia, Iris Rezende (PMDB). Alcides é acusado de abuso de poder econômico e uso indevido dos meios de comunicação.

Quanto aos processos movidos pelo PSDB contra os recém-filiados ao PP Laudeni Lemes e Evandro Magal, Leonardo disse que qualquer partido faria o mesmo.

O deputado Daniel Goulart disse em entrevista à CBN Goiânia que o PSDB deve se esquecer do “PP palaciano”, mas ter responsabilidade com as bases do partido do governador, que querem apoio ao senador Marconi Perillo (PSDB). Segundo ele, a tese de aliança com tucanos vence nas convenções do PSDB, caso não haja intervenção. Marconi não quis comentar o assunto. Disse que cabe ao presidente do PSDB se manifestar.

Iris diz desistir por “ampla aliança”

Fabiana Pulcineli

O prefeito de Goiânia, Iris Rezende (PMDB), admitiu ontem abrir mão de disputar o governo do Estado caso o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles (PMDB), consiga aglutinar os partidos da base do governador Alcides Rodrigues (PP).

“Se tiver um candidato com possibilidade de vitória, com propostas que sensibilizem a população, eu continuaria na Prefeitura e esse candidato representaria os partidos aliados nas próximas eleições”, disse Iris no Paço Municipal, após assinar, com o ministro da Integração Nacional, Geddel Vieira Lima (PMDB), convênio de R$ 20 milhões para a reurbanização de vales na região da Marginal Botafogo.

“Se o nome dele (Meirelles) unir mais forças ainda, melhor. Porque não (abrir mão da candidatura)? Desde que objetivo seja Goiás”. O peemedebista aproveitou para afirmar novamente que, para aglutinar mais forças políticas ao PMDB, o presidente do BC tem que se colocar como candidato o mais breve possível, ainda que apenas nos bastidores.

“Ele (Meirelles) pode vir para Goiás só em abril, não tem problema. Mas a definição eu entendo que tem de acontecer antes”, ponderou, admitindo, no entanto, a dificuldade do aliado avançar politicamente em virtude de cargo que ocupa. “Mas a estrutura política precisa de uma posição. E o nome dele conta com nossa deferência”, ressalvou.

Enquanto PMDB e PT ainda acreditam na possibilidade de palanque único em Goiás para a candidatura da ministra Dilma Rousseff - embora o Palácio das Esmeraldas trabalhe uma candidatura avulsa – o ministro Geddel descartou a possibilidade de aliança com o PT na Bahia, onde deve disputar contra o governador Jaques Wagner (PT).

“O fato de termos projeto nacional comum não obriga que necessariamente nos Estados se repita essa mesma engenharia”, afirmou, negando que dois palanques atrapalhem Dilma na Bahia.

A deputados, Meirelles volta a citar candidatura

Bruno Rocha Lima

Após passar os últimos dias emitindo sinais de que poderia ficar no comando do Banco Central até o final de 2010, desistindo de disputar as eleições – o que lhe obrigaria a deixar o cargo em março – Henrique Meirelles (PMDB) demonstrou ontem a lideranças do PMDB goiano disposição de se candidatar.

A qual cargo, dizem os peemedebistas, é a incógnita que permanece. “Meirelles mostrou vontade de ser candidato, mas lembrou que tanto um projeto nacional quanto a disputa regional permanecem como possibilidade para ele”, conta o deputado José Nelto.

Além de Nelto, estiveram com o presidente do BC em sua residência no Lago Sul, em Brasília, o deputado Samuel Belchior, o prefeito de Acreúna, Wander Carlos, e o vereador por Aparecida de Goiânia Ezízio Barbosa. A reunião durou uma hora. Meirelles havia adotado a estratégia de se desviar do foco político após a crise no BC que culminou na saída do diretor de Política Monetária, Mário Torós.

Mas ontem o presidente do BC, contam os peemedebistas, mostrou entusiasmo com seu projeto político ao citar que “na fila” do partido para ocupar a vice da chapa presidencial da ministra Dilma Rousseff (PT), apenas o presidente da Câmara dos Deputados, Michel Temer (SP), estaria na sua frente. “Isso nos faz pensar que talvez esse seja o principal foco dele”, avalia um dos presentes à reunião.

Meirelles descartou acatar a proposta do prefeito Iris Rezende e definir seu projeto político até dezembro, o que, na concepção de Iris, fortaleceria as articulações do PMDB junto a outras siglas. “Ele até admitiu que Iris está certo ao pedir antecipação, mas lembrou o quanto seu cargo exige cautela e a possibilidade de alçar um vôo nacional”, conta Samuel Belchior.

O deputado diz que ainda assim o presidente do BC garantiu que está em sintonia com Iris e descartou um racha interno no partido. “Como ele e Iris estão desprendidos, fica mais fácil chegarmos num consenso sobre o projeto do partido para 2010”, avalia.

O presidente do BC teria admitido que Iris hoje é o nome mais viável para disputar o governo pelo PMDB e também acatado o pedido de intensificar as reuniões com membros do partido para “estreitar” as relações.

Marconi: Leitor do DM parabeniza

Diário da Manhã

Opinião do Leitor

Senado aprova novas regras em concursos – Economia, 24/11/09

Na espera

Parabéns, senador. Este projeto muito nos orgulha e nos dá esperança de dias melhores. Lamentamos o fato de o atual governador Alcides Rodrigues não ter tido, até o momento, a hombridade de convocar os concursados aprovados para o quadro de reserva da Aganp. Uma pena, pois até o prefeito Iris Rezende, que é citado por muitos como um governante ruim para os funcionários públicos, teve a dignidade de convocar todos os candidatos aprovados em todos os concursos realizados pela Prefeitura de Goiânia, inclusive os aprovados na gestão anterior do prefeito Pedro Wilson.

Ailton José de Oliveira, via e-mail
Diário da Manhã

Iris e os servidores: a defesa da solidão

O deputado estadual José Nelto, veterano em conquistas de mandato para a Assembleia Legislativa, tornou-se o único e fiel defensor de Iris Rezende nos jornais. É fácil perceber que ele está sozinho nessa empreitada. Além do próprio Iris, ninguém mais tem a petulância de defender a política do velho PMDB em relação aos servidores públicos. Isso ocorre, em minha opinião, não porque o partido não tenha gente com coragem ou capacidade para fazê-lo. O problema é que essa é uma causa perdida na origem, gasta pela prática e irremediavelmente forjada na história.

Em seu último artigo defendendo a relação de Iris com os servidores públicos, o deputado José Nelto afirmou que o prefeito sempre quitou as folhas de pagamento do funcionalismo em dia, “como determinava a legislação” na época em que foi governador. Não é verdade, e o deputado sabe muito bem disso. Neste aspecto, provavelmente Nelto se baseia na máxima nazista da repetição sistemática de uma mentira até que a verdade seja substituída por ela. Isso realmente funciona, mas somente em regimes de exceção.

Se os salários dos funcionários da Prefeitura de Goiânia são hoje pagos dentro do mês trabalhado, não há qualquer dúvida na sociedade sobre o início dessa prática. Nasceu com o então prefeito Nion Albernaz, do PSDB, que em 1997, ao receber a Prefeitura com folhas vencidas e acumuladas, lançou mão de uma programação de pagamentos, avisando ao servidor exatamente quando receberia. Em um ano, o prefeito colocou a folha dos servidores rigorosamente em dia e, aí sim, dentro do que determina a legislação.

No Estado, Marconi Perillo avançou nessa questão, e mesmo tendo herdado folhas atrasadas, não somente colocou o pagamento dos servidores em dia como passou a antecipar a liberação dos salários dentro do mês trabalhado, algo absolutamente inédito nos Estados brasileiros até então. Essas são as diferenças entre aquilo que o PMDB de José Nelto prega e a prática daquilo que sempre foi norma de conduta de Iris Rezende em relação aos servidores públicos. De um lado, tanto na Prefeitura de Goiânia como no Governo de Goiás, os avanços na relação entre governantes e servidores, de outro, no máximo, a repetição do que foi implantado por Nion e Marconi.

É por isso que os servidores sabem perfeitamente o que virá pela frente com o retorno de Marconi Perillo ao comando do Estado. Recentemente, o próprio secretário da Fazenda, Jorcelino Braga, que se tornou o maior crítico das modernizantes administrações de Marconi por razões meramente políticas, admitiu que de 1999 para cá, especialmente no período em que o Tempo Novo esteve no poder, os salários dos servidores públicos de Goiás subiram mais de 100% acima da inflação desse período. E disse isso em tom de crítica, imagine só.

A falta de sensibilidade política de Iris Rezende quanto ao serviço público é que faz com que não se registre qualquer tipo de avanço nessa questão em seus governos. Na Prefeitura de Goiânia não há pauta para a discussão plena e aberta de planos de cargos e salários. Não há qualquer perspectiva real de mudança a curto, médio ou longo prazo para a carreira profissional dos servidores, enquanto o governo tiver a orientação arcaica adotada por Iris Rezende.

A ojeriza de Iris Rezende para com os servidores públicos é quase totalmente indisfarçável. Chego a imaginar que o prefeito, assim como setores do governo estadual atualmente, enxerga no funcionalismo um câncer permanente que estraga as administrações. É questão de pele, talvez. Ou resultado de visão ultrapassada, que não consegue se moldar aos dias atuais.

Louvo a fidelidade do solitário deputado José Nelto dedicada a Iris Rezende. Sei também que o deputado tem se preparado para disputar uma das vagas de deputado federal nas próximas eleições. Se isso realmente acontecer, então ele perceberá que para Iris não existe funcionário público, companheirismo ou amizade. Como bem disse o deputado federal pelo PMDB, Luiz Bittencourt, em entrevista a uma rádio da capital, basta “observar as fotos de Iris nos jornais, verá que a seu lado quase não tem lideranças representativas do partido”. Só ele sempre aparece. Por isso mesmo, ao que tudo indica, em 2010, Iris vai continuar priorizando Iris.

Gilvane Felipe é mestre em história pela Universidade Sorbonne Nouvelle (Paris) e presidente do PPS em Goiás (gilvanefelipe23@gmail.com) (http://twitter.com/gilfelipe)
O Popular

Giro

Jarbas Rodrigues JR

Nion: “Lamento muito a ideia de lançarem uma terceira via”

Presidente de honra do PSDB goiano, o ex-prefeito Nion Albernaz considera um grave erro a ideia de lançarem a frente alcidista para disputar o governo de Goiás em 2010. “Lamento muito esta ideia de terceira via. A possibilidade de ganharmos a eleição no ano que vem, se mantermos a unidade construída em 1998, 2002 e 2006, será maior e mais fácil. Se nos separarmos, a dificuldade aumentará consideravelmente”, afirma o tucano. “Curiosamente, o PMDB, que nunca cedeu espaço para outros partidos, percebeu que sozinho não ganhará nada. E nós, em vez de nos unirmos, vamos nos dividir?”, critica Nion. O ex-prefeito faz um apelo para que a cúpula do PP escute mais o deputado Roberto Balestra. “O deputado, referência em experiência política no PP, também defende a tese de mantermos a unidade da base. Precisa ser mais consultado pelo seu partido. Precisamos mais de diálogos e menos de ressentimentos. Eleição se ganha com a cabeça e não com coração”, afirma o tucano.

Entorno 2010

O governador José Roberto Arruda (DEM-DF) e o senador Marconi confirmaram presença no lançamento de obras do consórcio Cesb-Saneago, amanhã, em Águas Lindas. Alcides ainda não.

Coisa de candidato

Na entrevista ontem à CBN Goiânia, o tucano José Serra afirmou que a disputa presidencial em 2010 será de biografias (Serra x Dilma) e não de ex-presidentes (FHC x Lula).
O Popular

ENTREVISTA/JOSÉ SERRA

“Não vou entrar em campanha eleitoral agora”

Em entrevista ao programa Papo Político, da CBN Goiânia, o governador de São Paulo, José Serra (PSDB), procurou amenizar ontem a inclusão do deputado federal Ciro Gomes (PSB-SP) nas pesquisas para a Presidência, criticou a “antecipação” da campanha e voltou a afirmar que não baterá agora o martelo sobre sua candidatura. “Não vou entrar em campanha agora”, disse o pré-candidato tucano à Presidência. “A campanha foi bastante antecipada, nunca tinha acontecido isso antes.”

Como o senhor avaliou a pesquisa CNT/Sensus, divulgada na segunda, na qual perdeu espaço entre os eleitores?

O que vi é que não perdi espaço nenhum. Você tem de comparar a pesquisa com a pesquisa anterior semelhante. Se mudar os nomes, altera os resultados, é natural. Nesse sentido, não houve perda de espaço, não.

O nome de Ciro Gomes (deputado federal, PSB) na disputa então é a grande diferença?

Não. É que depende quando entra, quando sai. Outra coisa são as interpretações que circulam. Você sabe como é, sai uma pesquisa, aí todo mundo tenta mostrar que a pesquisa foi a seu favor, não do outro, então tem muitas versões contraditórias. Por isso que inclusive eu normalmente não analiso muito pesquisa. Mas ela dá um resultado claro, digamos, de ordenação. E o meu nome, que nem me apresentei como candidato, está folgado na frente. Inclusive, dependendo do quadro, pode ter aumentado ou pode ter diminuído a diferença, dependendo do termo da comparação, da forma como é feita. Pesquisa é útil para político e para jornalista, porque é um quadro de referência, não é resultado de eleição. Ninguém imagina que a eleição do ano que vem vai ser resolvida na base da goleada. Os resultados vão ser sempre apertados.

Que avaliação o senhor faz do fato político que é o nome de Ciro Gomes entrando na disputa. Qual interpretação que faz disso?

Nenhuma. Ele diz várias vezes que quer ser candidato e quando um instituto faz pesquisa uma hora põe o nome, outra hora tira. Naturalmente, tudo isso sempre altera resultados. Não tenho muito o que acrescentar sobre isso, são exercícios, simulações. Na verdade, a campanha eleitoral no Brasil foi muito antecipada, bastante antecipada, nunca tinha acontecido isso antes. A eleição ainda é em outubro do ano que vem, os registros das candidaturas em junho do ano que vem, então tem muito tempo pela frente. Eu, pessoalmente, nesse momento estou concentrado no trabalho de governador de São Paulo. Não vou entrar em campanha eleitoral agora, vou ficar concentrado no meu trabalho de governador. Se eu vier a ser o candidato escolhido pelo PSDB, aí terei de sair do governo em abril por questões legais, e terei seis meses para fazer campanha. Então, tem muito tempo pela frente, para a gente discutir, analisar.

Quais são as linhas mais gerais hoje dessa articulação política que vai definir as candidaturas?

Não é fácil identificar porque o quadro de quem é candidato não está definido no momento pelos nomes apresentados. Eu sempre tenho estado na frente (nas pesquisas), o que para mim é um motivo de satisfação, porque a última eleição nacional que disputei faz sete anos. É interessante ver o pessoal lembrando (do meu nome) na Região Norte, no Nordeste, no Centro-Oeste, no Sul, porque tenho estado nos últimos anos mais fixado apenas em São Paulo, já que fui prefeito da capital e agora sou governador. Acho que essa tendência deve se manter mais adiante. Acho que o candidato do governo tem força, indiscutivelmente, inclusive para crescer. Acho que outros candidatos praticamente certos, como a Marina, que enfatiza muito as questões ambientais – embora eu também considere o meu governo ambientalista. Outras candidaturas não estão definidas. O PMDB discute internamente se deve lançar um candidato. Teve agora uma reunião em Curitiba, promovida pelo Roberto Requião (governador do Paraná), que contou com mais da metade dos diretórios do PMDB no País, onde levantaram a hipótese da candidatura própria. O Ciro Gomes não se sabe o que vai ser (candidato), vai ser uma decisão que vai depender muito do presidente Lula. Como nenhum ex-presidente será candidato, a escolha do eleitor no ano que vem será baseada em duas questões fundamentais: no currículo de cada candidato e nas propostas. Isso a gente viu acontecer em outras eleições.

O presidente Lula tem forçado para que haja uma polarização entre ele e o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB). E, pelas notícias nos jornais de hoje (ontem), vemos que o PSDB decidiu afastar FHC da disputa porque acha que o partido pode perder com isso. Qual a sua opinião sobre essa questão?

Acho bobagem. Porque o Fernando Henrique não vai ser candidato. Já foi presidente há quase oito anos. É como você em Goiás dizer que a disputa vai se fazer entre quem foi governador há 8, há 12 anos. A população não está nem aí para isso. Cada um tem a sua personalidade, tem a sua história e vai ser julgado com base nessa história. Uma coisa interessante: lembra do Fernando Collor (senador pelo PTB)? O Collor está apoiando o governo Lula hoje. O (presidente do Senado) José Sarney está apoiando o governo do Lula. Eles são ex-presidentes, então, na eleição, vamos resolver também se volta o Collor ou não. Por que não? Se for nessa base, volta para isso. Eu acho sinceramente que a eleição não vai andar por esse caminho. Agora, todo mundo é livre para dizer, para fazer e analisar uma pesquisa. Nós estamos em um clima de liberdade e é útil que haja até especulações de toda a natureza. Não tenho dúvida que o povo vai saber filtrar isso.

Íntegra da entrevista

Cileide Alves

Como o senhor avaliou a pesquisa CNT/Sensus, na qual perdeu espaço entre os eleitores?

José Serra – O que vi é que não perdi espaço nenhum. Você tem de comparar a pesquisa com a pesquisa anterior semelhante. Se mudar os nomes, altera resultados, é natural. Nesse sentido, não houve perda de espaço, não.

O nome de Ciro Gomes (deputado federal, PSB) na disputa então é a grande diferença?

Não. É que depende quando entra, quando sai. Outra coisa são as interpretações que circulam. Você sabe como é, sai uma pesquisa, aí todo mundo tenta mostrar que a pesquisa foi a seu favor, não do outro, então tem muitas versões contraditórias. Por isso que inclusive eu normalmente não analiso muito pesquisa. Mas ela dá um resultado claro, digamos, de ordenação. E o meu nome, que nem me apresentei como candidato, incluído na pesquisa está folgado na frente. Inclusive, dependente do quadro, pode ter aumentado ou pode ter diminuído a diferença, dependendo do termo da comparação, da forma como é feita a pesquisa. Eu acho que pesquisa é uma coisa útil para político e para jornalista, porque é um quadro de referência, não é resultado de eleição. E também ninguém imagina que a eleição do ano que vem vai ser resolvida na base da goleada. Os resultados vão ser sempre apertados, disso eu não tenho dúvida nenhuma.

Gostaria de saber a avaliação do sr. desse fato político que é o nome de Ciro Gomes entrando na disputa. Qual a interpretação que faz disso?


José Serra – Nenhuma. Ele diz várias vezes que quer ser candidato e quando um instituto faz pesquisa uma hora põe o nome, outra hora tira. Naturalmente, tudo isso sempre altera resultados. Não tenho muito o que acrescentar sobre isso, são exercícios, simulações. Na verdade, a campanha eleitoral no Brasil foi muito antecipada, bastante antecipada, nunca tinha acontecido isso antes. A eleição ainda é em outubro do ano que vem, os registros das candidaturas em junho do ano que vem, então tem muito tempo pela frente. Eu, pessoalmente, nesse momento estou concentrado no trabalho de governador de São Paulo. Ontem, dei início a uma nova linha de metrô, um monotrilho em direção em bairros mais distantes e populosos da cidade, mais carentes, que soma aí 24 quilômetros de linhas. Estive envolvido no planejamento do ensino técnico, que para mim é a prioridade número um; nós estamos fazendo escola técnica por todo Estado de São Paulo, aumentando 100 mil vagas. Encontrei 70 e poucas mil, estamos fazendo 100 mil a mais, que é para a garotada que está no ensino médio obter uma profissão. A cada cinco que se formam, quatro conseguem empregos na hora. Num programa de treinamento de formação de técnicos em enfermagem, nós vamos formar 100 mil, porque, quem carrega a saúde nas costas não é o médico. O médico é indispensável, mas é a enfermeira, é o auxiliar de enfermagem, é o técnico de enfermagem que dão mais duro. Estou dando como exemplo quais foram as minhas atividades ontem, então, não vou entrar em campanha eleitoral agora, vou ficar concentrado no meu trabalho de governador. Se eu vier a ser o candidato escolhido pelo PSDB, aí terei de sair do governo em abril por questões legais, e terei seis meses para fazer campanha. Então, tem muito tempo pela frente, para a gente discutir, analisar.

Quais são as linhas mais gerais hoje dessa articulação política que vai definir as candidaturas?


José Serra – Olha, não é fácil identificar porque o quadro de quem é candidato não está definido no momento pelos nomes apresentados. Eu sempre tenho estado na frente (nas pesquisas), o que para mim é um motivo de satisfação, porque a última eleição nacional que disputei faz sete anos. É interessante ver o pessoal lembrando (meu nome) na Região Norte, no Nordeste, no Centro-Oeste, no Sul, porque eu tenho estado nos últimos anos mais fixado apenas em São Paulo, já que fui prefeito da Capital e agora sou governador. Então, eu acho que essa tendência deve se manter mais diante. Acho que o candidato do governo tem força, indiscutivelmente, inclusive para crescer. Acho que outros candidatos praticamente certos, como a Marina, que enfatiza muito as questões ambientais - embora eu também considero o meu governo ambientalista - também têm (força para crescer). Outras candidaturas não estão definidas. O PMDB, por exemplo, discute internamente se deve lançar um candidato. Teve agora uma reunião em Curitiba, promovida pelo Roberto Requião (governador do Paraná), que contou com mais da metade dos diretórios do PMDB no País, onde levantaram a hipótese da candidatura própria. O Ciro Gomes não se sabe o que vai ser (candidato), vai ser uma decisão que vai depender muito do presidente Lula. Como o Lula não vai ser candidato, nenhum ex-presidente será candidato, a escolha do eleitor no ano que vem, acredito eu, será baseada em duas questões fundamentais: no currículo de cada candidato e nas propostas. O povo vai se atentar para o que ele fez, no que demonstrou ser capaz de fazer, nas virtudes e defeitos e também vai prestar atenção nas propostas que tenha para o Brasil. Eu acho que esses vão ser os elementos determinantes. Isso a gente viu acontecer em outras eleições, inclusive locais, estaduais e municipais, e acho que esse vai ser o critério fundamental.

O presidente Lula tem forçado para que haja uma polarização entre ele e o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB). E, pelas notícias nos jornais de hoje (ontem), vemos que o PSDB decidiu afastar Fernando Henrique da disputa porque acha que o partido pode perder com isso. Qual a sua opinião sobre essa questão?


José Serra – Acho bobagem. Porque o Fernando Henrique não vai ser candidato. Já foi presidente há quase oito anos. É como você em Goiás dizer que a disputa vai se fazer entre quem foi governador há 8, há 12 anos. A população não está aí para isso. Cada um tem a sua personalidade, tem a sua história e vai ser julgado com base nessa história. Uma coisa interessante: lembra do Fernando Collor (senador pelo PTB)? O Collor está apoiando o governo Lula hoje. O José Sarney (presidente do Senado, PMDB), está apoiando o governo do Lula. Eles são ex-presidentes, então, na eleição, nós vamos resolver também se volta o Collor ou não. Por que não? Se for nessa base, volta para isso. Eu acho sinceramente que a eleição não vai andar por esse caminho. Agora, todo mundo é livre para dizer, para fazer e analisar uma pesquisa. Nós estamos em um clima de liberdade e é útil que haja até especulações de toda a natureza. Não tenho dúvida que o povo vai saber filtrar isso.