Diário da Manhã

Fio Direto

Tony Carlo

Conciliador, Valin não deixa crise chegar à Assembleia
17/11/2009

Na política, não existe cargo mais espinhoso do que a presidência do Poder Legislativo, seja federal, estadual ou municipal. É isso que tem constatado o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Helder Valin (PSDB), que administra em tempo integral as vaidades de 40 parlamentares, as pressões da imprensa e o jogo de empurra entre governo e oposição. A avaliação unânime, na Casa, é que o tucano possui um ótimo desempenho na Presidência, com perfil conciliador e habilidade para conversar em todas as frentes. Internamente, o Legislativo goiano é um poder pacificado, sem brigas nem discórdias entre os seus deputados. O problema principal, na verdade, é a falta de comando do líder do governo, Evandro Magal, que não conseguiu ocupar espaço como articulador do plenário e, na prática, entregou essa função ao presidente, depois de se incompatibilizar com os colegas a partir da troca de partido (saiu do PSDB e foi para o PP) e de denunciar publicamente, da tribuna, a falta de quórum. Valin entrou no vácuo para resolver a crise e, quase que imediatamente, o plenário passou a contar com um número expressivo de deputados, debatendo e votando as matérias da pauta. Equilibrado e ponderado, o presidente assumiu com firmeza o papel de coordenador da maioria e ainda defendeu a Assembleia ao dizer que não se prestaria ao papel de bedel para cortar o ponto dos parlamentares faltosos. Em particular, chamou cada deputado e pediu um esforço maior nas sessões. Deu certo.