quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Iris pode não ser candidato!

Diário da Manhã

Iris admite abrir mão por Meirelles
Ao receber R$ 20 milhões em recursos, prefeito afirma que disputa governo quem unir mais forças junto aos partidos

Apesar de já ter sido lançado pelo presidente estadual do PMDB, Adib Elias, como candidato da sigla ao governo estadual em 2010, o prefeito de Goiânia Iris Rezende defendeu ontem que, se a candidatura do presidente do Banco Central Henrique Meirelles (PMDB) facilitar alianças com maior número de legendas, a preferência será dada a ele.

Após receber o ministro da Integração Nacional, Geddel Vieira Lima, para assinatura de convênio que destina recursos a Goiânia para obras de reurbanização do vale do Córrego Botafogo, Iris foi questionado pela imprensa se o nome de Meirelles facilitaria conversações com eventual frente a ser articulada pelo governador Alcides Rodrigues (PP), para um confronto contra o PSDB.

“Minha posição, a cidade e o Estado conhecem: se tiver um candidato com possibilidade de vitória, com propostas que sensibilizem a população, eu continuaria na Prefeitura e esse candidato representaria o partido. Vai depender muito da ação desse pretenso candidato. E o nome do doutor Meirelles indiscutivelmente está posto em discussão. Se o nome dele, porventura, puder unir mais forças ainda, por que não? Não podemos nunca, no terceiro milênio, fazer política por fazer.”

O prefeito, contudo, insiste em tese que contraria uma decisão do presidente do BC. Iris quer que Meirelles anuncie plano político em dezembro. Meirelles afirma que abre o jogo apenas em março. Indagado se valeria a pena esperar pela decisão do colega até o ano que vem, o prefeito foi irredutível. “Não. Ele pode chegar até depois de abril, não tem problema. Mas uma definição precisa acontecer antes”, disse, indicando que não há empecilhos para que Meirelles permaceça no BC até março, desde que adiante anúncio de candidatura para antecipar acordos de coligação.

Iris justificou. “Porque se for representar o partido nessa peleja, ele precisa manter muitas conversações, muitas. Ele precisa pensar em um plano de governo a ser apresentado ao povo e isso seria impossível em quatro ou cinco meses. Por isso é que sugeri – não vou impor nada a ninguém – sugeri que até o final do ano já haja, já ocorra definição. Isso não envolve outras questões, de ele continuar no banco mais meses, mas a estrutura política precisa de uma posição e, indiscutivelmente, o nome dele conta com a nossa deferência. Eu tenho manifestado isso publicamente.”

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