segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Marconi: vantagem ampliada!



Diário da Manhã
 
Marconi aumenta vantagem sobre Iris
Crescimento de 4 para 9 candidatos colocados pelos partidos na sucessão estadual não afeta liderança de Marconi e evidencia que a polarização entre PSDB e PMDB na disputa pelo Palácio Pedro Ludovico é praticamente definitiva
16/11/2009

O senador Marconi Perillo (PSDB) continua na liderança da pesquisa Ecope/Diário da Manhã com 50,8% das intenções de voto em Goiás. O prefeito de Goiânia Iris Rezende (PMDB) manteve a segunda colocação, com 37,1%. Os números excluem votos indecisos que são considerados nulos na contagem final. Com o aumento dos debates políticos, a soma dos indecisos caiu para 6,3% em relação ao início da série de pesquisas (em maio), quando indecisos somavam 9,7%.

Presidente do Banco Central, Henrique Meirelles (PMDB) é o terceiro colocado, com 4,5%. Ele é seguido dos deputados federais Ronaldo Caiado (DEM), com 2,3%, Sandro Mabel (PR), com 2,2%, e Rubens Otoni, com 2,2%. Na rabeira, o secretário de Segurança Pública, Ernesto Roller (PP), com 0,6%, o secretário de Fazenda, Jorcelino Braga (PP), com 0,2%, e o sindicalista Washington Fraga (PSol), com 0,1%. A pesquisa foi realizada entre os dias 28 de outubro a 08 de novembro, em todo o Estado, e ouviu 6.298 eleitores.

A formação de uma sequência de pesquisas (Ecope/DM) já permite uma análise de tendências que mostra o que acontece na cabeça do eleitorado diante do debate sucessório em Goiás. Os candidatos que têm aparecido como “alternativos” mais afetam os eleitores de Iris do que os de Marconi, mas nunca alteram a polarização entre os dois candidatos e muito menos a tendência de definição em primeiro turno, se considerados os votos válidos a favor de Marconi Perillo.

Em qualquer quadro comparativo, Marconi mantém liderança inalterada, conseguindo, sozinho, mais votos que a soma dos demais candidatos. Na sondagem Ecope/DM de outubro, Marconi tinha 47,4% das intenções de voto, contra 39,1% de Iris. Em setembro, Marconi tinha 50% dos votos. Ele havia subido 0,6 ponto percentual em relação à mesma pesquisa de maio. Iris, por outro lado, havia caído de maio a setembro – 37,1% para 31,5%.

Rejeição

O quadro de rejeição mede o peso que cada candidato tem que carregar durante sua caminhada. Maior carga negativa dificulta o crescimento da candidatura. Para os partidos políticos, apoiar um nome com alta rejeição significa maior risco de perder a batalha das urnas. Também é consenso entre os políticos que é mais trabalhoso reverter rejeição do que melhorar a preferência.

Pelos índices medidos, todos os adversários de Marconi têm mais restrições junto ao eleitorado. O deputado federal Ronaldo Caiado é o mais rejeitado, seguido pelo também deputado federal Sandro Mabel, Henrique Meirelles (presidente do Banco Central) e Jocelino Braga (secretário estadual de Fazenda). Iris, que mais se aproxima de Marconi na disputa, também enfrenta maior rejeição que o adversário – 10,9% rejeitam Iris e 7,6% não aceitam Marconi.

Capital

Outro fator de forte disputa é o eleitorado de Goiânia. Por ter Iris como prefeito, o PMDB aposta em larga vantagem na capital, o que se confirma desde o início, mas com tendência de queda. Iris, que aparecia com 48,8% de preferência do eleitorado em Goiânia no mês de outubro, diminuiu para 47% em novembro. Já Marconi conseguiu, no mesmo período, aumentar de 37,3% para 39%. A diferença que era de quase 12 pontos percentuais agora está em 8 pontos percentuais.

Se a disputa pode se acirrar em Goiânia, uma garantia forte para os tucanos vem do Entorno de Brasília. Desde maio, a liderança de Marconi é quase absoluta em um eleitorado que ultrapassa o dobro da Capital. Marconi tem 63,6% da preferência na região, contra 36,4% de todos os demais juntos (votos válidos). Se considerada a disputa Marconi X Iris, o tucano bate de 72,9% contra 27,1% do peemedebista.

Tanto Marconi quanto Iris têm mantido agenda de eventos públicos e populares nos bairros de Goiânia. Iris, com inaugurações e mutirões de serviços; Marconi, com reuniões marcadas para buscar sugestões para o Senado, onde os problemas dos bairros sempre tomam conta da discussão.

Serra lidera disputa à presidência

O mesmo eleitorado pesquisado pela Ecope/DM respondeu sobre sua preferência entre os nomes já conhecidos da disputa presidencial. Nem o aumento da exposição de Dilma Rousseff (PT) na agenda diária do presidente Lula ou a indefinição do PSDB sobre José Serra (governador de São Paulo) e Aécio Neves (governador de Minas Gerais) alterara substancialmente o “humor” do goiano sobre a eleição do ano que vem.

Serra mantém liderança folgada, mesmo quando a pesquisa coloca dois nomes tucanos. A entrada de Aécio também tira votos dos demais candidatos – Ciro Gomes (PSB), Dilma, Heloisa Helena (PSol) e Marina Silva (PV). O índice de indecisão subiu quase dois pontos.

Segundo os pesquisadores do Ecope, a realização de uma série de pesquisas faz o estudo político migrar de uma visão momentânea (uma única amostragem) para uma análise de tendências (na comparação das pesquisas em sequência).

Em Goiás, a polarização entre as duas correntes mais tradicionais na adversidade política – PMDB contra PSDB – parece inevitável. O fato de se manter a polarização mesmo mudando as pesquisas de quatro nomes, em agosto, para nove candidatos, em novembro, indica que ainda não apareceu nome ou fato para mudar o quadro da disputa.

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