Fio direto
Tony Carlo
Marconi foca na estratégia de respeito aos partidos para reunificar a base aliada
“O nosso adversário está do lado de lá e não aqui entre nós”, diz o senador Marconi Perillo a este Fio, seguindo a estratégia que adotou nas últimas semanas, de silêncio absoluto sobre os assuntos internos da base aliada, ao mesmo tempo em que não deixa sem respostas os ataques que vêm do PMDB. No Twitter, Marconi repete que trabalha pela união da base e usa a máxima de que é preciso “respeitar os partidos”, reconhecendo os interesses e projetos de cada um como legítimos. O estilo cauteloso do senador já apresenta os primeiros resultados positivos, na medida em que retira os argumentos contra a sua candidatura dentro da própria base aliada e abre caminho para conversações de paz. Saem fortalecidos também os articuladores que apoiam a ideia da reunificação, a exemplo do deputado federal Roberto Balestra – que joga todo o prestígio e histórico na defesa do que chama de solução de bom senso para os partidos que venceram juntos em 1998, 2002 e 2006 e que agora, em 2010, podem repetir a dose se estiverem novamente ombro a ombro. Sobre a movimentação do grupo que tenta montar uma terceira via, tendo como ponto de partida o poderio da máquina representado pelo governo Alcides, é ainda mais eloquente o silêncio de Marconi. Ele não fala nada sobre o assunto, não reclama e não critica ninguém. Na prática, dá tempo ao tempo. Parece apostar que o tempo, como dizem os filósofos, é o senhor da razão.
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