sexta-feira, 20 de novembro de 2009

O Popular

Serra e Aécio voltam a discordar sobre definição
Cobrança do PSDB e do DEM por rapidez na escolha de nome da oposição expõe novamente a divergência entre pré-candidatos

Curitiba e Belo Horizonte – Um dia depois da manifestação dos presidentes regionais do PSDB – cobrando definição mais rápida do nome que disputará o Palácio do Planalto em 2010 –, os dois pré-candidatos tucanos, governadores José Serra (São Paulo) e Aécio Neves (Minas Gerais), voltaram ontem a manifestar divergência em relação à data em que a candidatura do partido deve ser definida. Enquanto Aécio tenta apressar a decisão, Serra defende que a escolha seja feita somente em março.

O governador paulista reiterou ontem, em Curitiba, que não vai se envolver em campanha eleitoral “até o momento em que nos aproximemos da época da desincompatibilização”. Foi uma resposta aos presidentes regionais do PSDB e também lideranças do DEM, que cobram rapidez na definição. Para Serra, “não há necessidade de estarmos discutindo data para isso”.

Segundo ele, este ano houve uma antecipação muito grande da campanha. “Nas campanhas anteriores não foi assim. No que se refere a mim, particularmente, estou concentrado na minha ação como governador de São Paulo, que é um trabalho bastante complexo”, disse.

Questionado sobre o encontro entre Aécio e o deputado federal Ciro Gomes (PSB-CE), que disse abrir mão de sua candidatura para apoiar o mineiro, Serra disse não ver nenhum problema. “A questão fundamental é que nós estamos unidos, nossa relação é de amizade, é de paz e de unidade”, acentuou.

Aécio, porém, reforçou ontem a defesa por uma definição do candidato tucano à Presidência em dezembro ou no máximo em janeiro de 2010. Ele disse que percebe uma “certa ansiedade” entre os aliados nas viagens que tem feito pelo País. “Os entendimentos regionais, estaduais, eles dependem de alguma forma de uma palavra do eventual futuro (candidato a) presidente da República. E, portanto, isso tem feito falta”, afirmou o governador, em Juiz de Fora (MG), onde visitou o ex-presidente Itamar Franco (PPS).

O governador mineiro não considerou uma vitória pessoal a avaliação dos dirigentes regionais do partido, que temem que a demora no processo inviabilize negociações para alianças nos Estados. Ele disse que respeita a decisão de Serra, mas voltou a afirmar que após o prazo que estabeleceu, caso não consiga se viabilizar como candidato à Presidência, vai se dedicar “muito e profundamente” à sua sucessão em Minas Gerais.

Evento

José Serra esteve em Curitiba para assinar um convênio de cooperação para troca de informações técnicas em relação a programas habitacionais e participou do lançamento de um programa de atendimento à saúde da mulher.

Saudado pelo prefeito de Curitiba, Beto Richa (PSDB), como “o melhor ministro da Saúde do mundo”, o governador paulista discursou para cerca de 2 mil pessoas, na grande maioria mulheres, falando do que fez quando esteve no ministério. Beto Richa negou que o lançamento do programa fosse um evento de campanha. (Agência Estado)

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