segunda-feira, 29 de março de 2010

CONTEXTO
O jornal de Anápolis

Nilton Pereira

Abril da esperança
Se não for agora, no mês de abril, não será mais nesse governo. 

“Que você preserve o seu respeito próprio, pois, é melhor desagradar as pessoas fazendo o que você acredita ser o correto, do que agradá-las temporariamente fazendo o que você sabe que é errado.” (William J.H. Boetcker)

Abril da esperança

Se não for agora, no mês de abril, não será mais nesse governo. É assim que pensam as principais lideranças políticas de Anápolis que acreditam na iniciativa do Governo Estadual em liberar recursos para importantes obras na cidade. Tudo com base nas afirmações do Governador Alcides Rodrigues, que esteve em Anápolis e garantiu, diante de imensa platéia, que isto iria acontecer. Aliás, até uma forte campanha publicitária no rádio, na TV e em outros veículos de comunicação foi desencadeada, mesmo sem o Governo haver liberado um centavo sequer. Todavia, como é ano político e, historicamente, nessas oportunidades os governos costumam cumprir pelo menos parte, do que prometem, a esperança dos anapolinos se acende. É bom lembrar, entretanto, que se caminha para o prazo fatal de procedimentos como esses, tendo em vista que o Calendário Eleitoral impõe regras, limites e, até, proibições quanto à liberação de verbas, contratação de obras, ajustes, parcerias e outras iniciativas. O que se espera, e confia, em Anápolis é que, as obras físicas e sociais anunciadas, comecem dentro do prazo legal. Esse prazo termina em junho. E, o tempo não pára.

Oito candidatos

As eleições para Presidente da República este ano estarão, provavelmente, polarizadas entre Dilma Rousseff (PT) e José Serra (PSDB). Mas, além dos dois, e de Marina Silva, (PV) que já é pré-candidata, outros sete partidos “nanicos” devem lançar candidatos ao cargo. A ideia de “nanicos” disputarem a vaga de Lula não é só de partidos de direita. Os de esquerda, que em outros anos entraram na corrida presidencial, pretendem repetir a estratégia. Seriam candidatos: Levi Fidelix (PRTB); Rui Pimenta (PCO); Mário Oliveira (PT do B); José Maria Eymael (PDC); José Maria (PSTU); Américo Souza (PSL) e Oscar Silva (PHS). A lista pode crescer se o PSOL lançar seu candidato, ou candidata, no caso, Heloísa Helena.

De fininho

Muita gente observou a saída “de fininho” da Secretária Estadual de Educação, Milca Severino, da apresentação de uma orquestra no Teatro Municipal de Anápolis na noite de segunda-feira, 22. Antes, quando da execução do Hino Nacional, ela se ausentou da mesa diretora dos trabalhos. Depois, disse que estava sendo chamada com urgência em Goiânia, pelo Governador Alcides Rodrigues e, por isso, não poderia ficar para a sequência da solenidade. Será que foi isso mesmo? Em outra ocasião, Milca teria dormido durante um ato político em Anápolis.

Valendo

Há uma série de dúvidas pairando sobre a eventual desincompatibilização do cargo do Prefeito de Senador Canedo, Vanderlan Cardoso, que seria o nome da chapa alternativa idealizada pelo Governador Alcides Rodrigues para a disputa do Governo em outubro. Muitos acham que tem mais coisas por trás disso. Há quem diga, inclusive, que ele poderia ser vice de Marconi Perillo (PSDB). Quem entende uma coisa dessas?

É candidato? 

As reticências do Prefeito de Goiânia, Íris Rezende Machado, sobre sua eventual candidatura ao Governo do Estado, ficam, a cada dia que passa, mais enigmáticas. É que tem gente dizendo que Íris não quer “trocar o certo pelo duvidoso”. O certo, nesse caso, seria quase três anos de mandato à frente da Prefeitura da Capital do Estado, onde realiza um bom trabalho, com a possibilidade de encerrar, e muito bem, seu ciclo na política goiana. É bom lembrar que em duas outras ocasiões, Íris deixou o cargo que ocupava para disputar outras eleições. O duvidoso, no caso, é a incerteza de que cedendo a prefeitura para o PT, (vice Paulo Garcia) Íris não seria “engolido” pela força política petista. A conferir.

Escoamento

A reclamação é geral. Trabalhadores do turno noturno das empresas do Daia estão chegando atrasados ao serviço, por conta do estrangulamento do trânsito no trevo de acesso ao Daia. Há casos em que os ônibus ficam retidos, até, 40 minutos. E, os que deixam o serviço, no final da tarde, sofrem com o mesmo problema. E, não é culpa da TCA.

Metralhadora I

A “metralhadora giratória” do vereador Mauro Severiano (PDT), agora, tem na mira a deputada de seu partido, Isaura Lemos. Ela teria reclamado que o vereador não contribui com a legenda. Devolvendo a “gentileza”, Maurão do INPS, disse que não dava de fato “um tostão” a um partido “que não tem pessoas sérias”. Ressalvando, o vereador hoje é aliado de primeira hora da também deputada Flávia Morais, que está assumindo o partido em nível estadual.

Metralhadora II

O vereador lembrou, ainda, que Isaura Lemos, quando dirigia o partido, fazia as “pílulas” para a propaganda gratuita do TRE somente com o marido (ex-vereador Euler Ivo) e uma filha (Tatiana Lemos, eleita vereadora em Goiânia). “Era uma famioliocracia”, disparou, dizendo que enquanto as igrejas cobram dízimo, eles queriam cobrar o “trízimo”. Entretanto, enfatizou que a legenda, hoje, entra em uma nova fase e que quer contribuir com o fortalecimento do PDT goiano.

Sem palavras

O prefeito Antônio Gomide (PT) não quis falar à imprensa após a visita do secretário estadual de Agricultura, Leonardo Veloso. Isso, depois de os profissionais convidados para cobrir a visita, esperarem por mais de uma hora. Um técnico da Prefeitura foi escalado para dar detalhes sobre a parceria para os programas da Lavoura Comunitária, doações de kits de irrigação e cobertura da patrulha rural. A visita ocorreu na tarde do último dia 23, na sala de reuniões do Gabinete Municipal.

Aeroporto

O diretor técnico da Goiás Parcerias, Delano Cavalcanti Calixto, adiantou à coluna que está aguardando a liberação de documentação, dentre outros, da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), para providenciar o convênio com o Governo Federal visando a liberação de recursos para as obras do Aeroporto Civil de Anápolis, com o objetivo de transformá-lo em um terminal de cargas aéreas, integrando-o à Plataforma Logística Multimodal. Ele reconhece que é um processo burocrático e que há uma corrida contra o relógio, porque o convênio deve estar acertado em junho, devido ao ano eleitoral. Definindo-se o convênio, segundo ele, é possível acelerar o início das obras. A obra está orçada em R$ 100 milhões.

Problema ou solução?

A entrada em cena do empresário Júnior Friboi, do PTB, no processo de montagem da chapa costurada pelo tucano Marconi Perillo, que parecia ser uma solução, acabou virando problema. Primeiro, porque o petebista estaria incomodando o projeto de reeleição da senadora Lúcia Vânia e, depois, criou-se um mal estar com o Democrata Ronaldo Caiado. E, já de algum tempo, o PSDB vem trabalhando a política de bom relacionamento com o DEM, é claro, com vistas à sucessão de Alcides Rodrigues. Caiado não gosta nem de ouvir o nome de Júnior Friboi. Marconi precisará de muitos bombeiros para apagar esse incêndio.

Mineiro

O ex-vereador Luiz Lacerda, assessor político do prefeito Antônio Gomide junto à Câmara Municipal, faz o estilo mineiro trabalhando com discrição nos bastidores. Está presente na Casa em todas as sessões, acompanhando a tramitação das matérias de interesse do Executivo e, nos bastidores, atua para que as mensagens tenham êxito nas votações em plenário.

Efeito Iris

A indefinição de Iris Rezende, em relação a deixar a Prefeitura de Goiânia e disputar o Governo de Goiás pelo PMDB, tem paralisado todo o processo. Ninguém arrisca um prognóstico, antes de ele anunciar qual será o seu destino. E não é por menos, Iris é peça chave no jogo eleitoral de 2010, não só para o seu partido, mas também para o PT, que tem no deputado federal Rubens Otoni uma alternativa para dar sustentação à candidatura do Partido dos Trabalhadores na disputa pela Presidência da República. Para o eleitor, esse “casamento” de eleições pode não fazer muito sentido, já que o voto não é atrelado. Mas para os partidos, significa aglutinar forças para as campanhas.

Memória política

Durante a República Velha, prevaleceu a chamada "política dos governadores": o presidente da República apoiava os candidatos indicados pelos governadores nas eleições estaduais e estes davam suporte ao indicado pelo presidente nas eleições presidenciais. O plano dependia da ação dos coronéis, que controlavam o eleitorado regional, faziam a propaganda dos candidatos oficiais, fiscalizavam o voto não secreto dos eleitores e a apuração. Chegava-se assim, quase sempre, a um resultado previsível.

Era grande o poder de intervenção do governo nas eleições. (Fonte: TSE)

Boom

O secretário de Indústria e Comércio, Luiz Medeiros, trouxe na última reunião da Acia, números interessantes: há seis laboratórios interessados em operar no Daia, em plantas novas ou em associações com outras. E, ainda, que há negociações envolvendo cinco montadoras no país, sendo que Goiás tem possibilidade de fechar com três delas.

Internacional

O governador Alcides Rodrigues tira o foco da política para a administração, mais especificamente, para os assuntos da agenda internacional, e recebe comitiva da polônia. Nesta sexta-feira, os poloneses vão conhecer o Daia, o Laboratório Teuto, e a Hyundai.

Voto em trânsito

O Tribunal Superior Eleitoral divulgou alterações na legislação eleitoral de 2010, uma delas permitirá ao eleitor que estiver fora do seu domicílio votar para Presidente da República em qualquer capital do país.

Novo calendário

O TSE também fixou o prazo do dia cinco de junho para a Justiça Eleitoral enviar, aos partidos políticos, a relação de todos os devedores de multa eleitoral, a qual embasará a expedição de certidões de quitação eleitoral.

Autor: Nilton Pereira

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