quarta-feira, 24 de março de 2010

Leitores opinam! E eu também!

 



Cartas dos leitores

Só se andar de jipe

A malha rodoviária de Goiás retroagiu aos anos 60. Consequentemente, quem quiser trafegar nas precárias GOs terá de retroagir à década de 60 também. Nada de carrão importado ou até mesmo os populares nacionais.

Do jeito que está, só mesmo usando jipe, aquele veículo tão usado pelos fazendeiros naquela década.

IRACI DE SOUSA MARQUES
Caçu – GO

Opção de transporte

Que o trânsito de Goiânia está um caos ninguém pode negar. O transporte coletivo, ainda que dotado de ônibus novíssimos, está totalmente ultrapassado. Só não vê quem não quer e nosso governante municipal parece ser um desses.

Goiânia necessita urgentemente de um sistema eficiente. Não adianta aumentar o número de ônibus, já que a capacidade de expansão das ruas e avenidas é limitada. Numa recente revista semanal, li uma reportagem sobre a versão compacta do metrô, o VLT (veículo leve sobre trilhos).

Um VLT, segundo a publicação, custa a metade de um ônibus convencional e transporta quatro vezes mais passageiros. A exemplo do que ocorre nos Estados Unidos, os VLTs poderiam correr em trilhos colocados acima do nível das ruas, sustentados por vigas de aço e com estações também elevadas.

Os VLTs fariam a interligação dos pontos cardeais da capital e da Região Metropolitana. Os ônibus, nesse contexto, ficariam responsáveis pela comunicação dos demais pontos da cidade com as estações de trem. Essa, sim, seria uma opção viável e eficiente, além de ecologicamente correta. Qual interesse prevalecerá? O público, que alberga toda a população de Goiânia, ou o interesse privado das empresas que há décadas controlam o transporte público da capital?

MARCO AURÉLIO DE ALMEIDA
Setor Bela Vista – Goiânia

Discurso sobre ética

Em 2002, Goiatuba foi destaque por causa do aluno Lucas Mendes, capa da revista Veja, motivado pela educação. Agora, anos depois, Goiatuba volta à mesma revista, em razão da turma de formandos de administração ter convidado Delúbio Soares, processado por formação de quadrilha, para ser seu patrono.

Tudo isso porque ele tem dinheiro e daria ou deu R$ 6 mil para a festa. O patrono usou seu discurso para falar de ética na política, na vida, enfim, a ética que lhe faltou quando manipulava dinheiro público para o Partido dos Trabalhadores. Onde está a ética desses formandos?

Todas as pessoas que se dizem esclarecidas conhecem esse senhor da ética, mas os formandos da FAFICH não veêm problema algum. Não importa de onde vem o dinheiro.

MARCOS VIEIRA
Goiatuba – GO

Deprimente a foto publicada em uma revista de grande circulação nacional que mostra os formandos da Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas de Goiatuba (GO) homenageando Delúbio Soares, convidado para patrono da turma, e mais, para falar sobre ética na política.

O Brasil não merece isso. Eu até já percorri os percalços desse pensamento abjeto que os formandos ora vivem. Foi no tempo em que eu tinha três pés na ideologia marxista e apenas um fora. Mas, sou otimista, eles vão pensar melhor, acho que é só uma questão de idade, o tempo vai ajudar.

HUMBERTO FREIRE FILHO
São Paulo – SP

Amo pequi e daí?

Sempre é uma polêmica colocar o dedo na ferida, questionar, protestar. É mais fácil escolher as duas polaridades: ou se está do lado de cá ou do lado de lá. Deixando de lado as questões políticas, filosóficas, ideológicas e sexuais, passo a refletir sobre uma questão que não é tão importante quanto o ser ou não ser de Hamlet, mas é algo que não quer calar entre os produtores e profissionais de cinema de Goiás.

Dia 17 de março, foi divulgada a lista dos contemplados do prêmio de vídeo de curta da Agepel. Confesso que, apesar do nome do edital me causar certa estranheza, a lista dos selecionados foi esperada. Parece receita de bolo de Ana Maria Braga e demais programas culinários: no fim o resultado é o mesmo.

Assim, me pergunto para que serve o edital com tantas exigências, para que serve seu currículo, sua experiência e filmografia se o bolo do vizinho é sempre mais apetitoso? Claro que iniciativas como esse edital só enriquecem e oferecem oportunidades. Mas, para quem mesmo? E se eu preferir o bom e tradicional bolo da vovó aos invés do prático bolo de padaria? E se eu preferir os dois? Não seria melhor para o meu desgastado paladar?

Se me pergunto uma coisa dessas e tantas outras prefiro relaxar e responder: eu amo pequi e daí? O autor é goiano, produtor de cinema com mais de 60 longas-metragens, participou do edital, não passou e ama pequi.

CELSO MARTINS
Esplanada do Anicuns – Goiânia

Liberdade em Cuba

A situação em Cuba caminha para o começo do fim, pois mães e mulheres de dissidentes (as damas de branco) começaram a realizar marchas pacíficas levando flores, gritando por liberdade e protestando contra a situação dos dissidentes encarcerados. Mais uma vez, estamos presenciando as flores contra a opressão.

Alguns estão em greve de fome e, infelizmente, Orlando Zapata Tamayo é mais um mártir da liberdade. Penso que é o começo do fim do regime opressor em Cuba. Lembro-me da luta das mães da Praça de Maio na Argentina. Ditadura não presta, nem de direita nem de esquerda, e o povo cubano merece uma democracia estável e próspera.

DIONÍZIO FERREIRA COÊLHO
São Francisco de Goiás – GO

Buracos enormes

Venho manifestar meu apoio ao leitor Navon Godino da Silva, de Aparecida de Goiânia, e ressaltar que a indignação dele é também a de outros cidadãos residentes no Conjunto Liberdade, bairro limítrofe aos bairros Vila Brasília Vila Sul.

Na Rua 36 do Conjunto Liberdade há buracos enormes, e não um buraco, há meses. Não é por falta de ligar e encaminhar pedidos e reclamações à prefeitura de Aparecida de Goiânia que o problema não foi identificado e solucionado.

A revolta maior é que pagamos tributos elevadíssimos e estes parecem não ser aplicados na melhoria do bairro. Voltando ao leitor, ele está corretíssimo quanto à velha desculpa dos gestores de que a culpa é da chuva, conversa que já não convence nem criança.

A péssima qualidade do asfalto é a razão clara e notória para os buracos aparecerem nas ruas da Vila Brasília, Conjunto Liberdade e bairros adjacentes. Todos os anos o problema se repete.

Deveriam arrancar o péssimo asfalto que existe e colocar outro de melhor qualidade. Já existe tecnologia para isso. Ou será que os gestores ignoram a evolução tecnológica?

TADEU CAVALCANTE
Aparecida de Goiânia – GO

Em resposta ao leitor Navon Godino da Silva, autor da reclamação publicada na edição de segunda-feira, informamos que o trabalho de tapa-buracos na Vila Brasília, em Aparecida de Goiânia, terá início nesta semana em caráter emergencial.

Em meados de abril e no mês de maio, faremos o recapeamento, que solucionará o problema do asfalto na região.

ODON CLEBER
Diretor de Transportes Pesados da Secretaria de Infraestrutura de Aparecida de Goiânia


COMENTÁRIO DO JOÃO AQUINO

A leitora IRACI DE SOUSA MARQUES, de Caçu, com fina ironia e humor, trata de um assuntos muito sério, que diz respeito às condições de tráfego das rodovias goianas, mas, trata também da vida humana. O feriadão prolongado da Semana Santa se aproxima e já podemos prever as manchetes dos jornais da segunda-feria subsequente: Várias pessoas morrem ou ficam feridas nas rodovias de Goiás.

Ora, todo ano é a mesma coisa, é como no caso das ruas da Vila Brasília: os governos sabem que o período chuvoso existe, mas não tomam providências eficiente para acabar ou pelo menos minimizar os seus efeitos sobre as vias pavimentadas estaduais e urbanas.

Sobre Cuba, gostaria de dizer que também sou contra qualquer forma de ditadura de esquerda ou de direita, por isso, não me conformo com a condenação da Ilha como se fosse um ditadura sanguinária, com ênfase no desgaste de Fidel e Raul Castro, enquanto se fecha os olhos para outras situações piores nas Américas e em outros países do mundo.

Quem conhece a história de Cuba, sabe que àquele povo não restou outra alternativa, a não ser empunhar armas e conquistar sua libertação do jugo americano, que considerava Cuba como quintal estadunidense, apta apenas a produzir açucar para abastecer o mercado ianque e enriquecer seus empresários gananciosos. Antes da Revolução, não importava se o governante era ditador ou não, desde que satisfizesse as vontade dos EUA.

A mesma coisa continua acontecendo. É lamentável que presos políticos sejam deixados à morte ou levados à execução. Isso aconteceu com os presos políticos considerados, sem julgamento, terroristas pelos americanos: eles foram presos sem acusação formal, torturados sem nenhuma palavra de defesa, mortos sem que ninguém soubesse.

Para quem se importa tanto com os direitos humanos em Cuba, faça uma pesquisa simples e saiba que os Estados Unidos sempre apoiaram e ainda apóiam ditaduras em todas as partes do mundo, desde que elas sejam aliadas; e também que esse país terrorista, faz espionagem, treina, mata dissidentes e acusados de terrorismo e também civis; tanto nos países ocupados, como em países não aliados à sua política.  Ou melhor dizendo, lacaios que aceitam todos os caprichos dos que se consideram governantes do mundo.

Não se esqueçam de que os EUA sustentou todas as ditaduras latino-americanas, que foram os americanos que treinaram torturadores aqui no Brasil e promoveram assassinados seletivos de nossos compatriotas. Não se esqueçam de que 11 de setembro pode ter sido uma grande farsa para que eles pudessem agir com carta branca em qualquer lugar do mundo. Não se esqueçam de Abu Ghraib, nem de Guantánamo ou das mortes de civis no Iraque, no Afeganistão e do apoio americano ao ditador do Paquistão e ao lacaio da Colômbia.

Não se esqueçam de Hiroshima e Nagasaki. Não se esqueçam de que as vozes dissonantes, sempre  possibilitaram a liberdade da maioria, contra os pretensos dominadores do mundo.

NÃO PODEMOS FICAR REFÉNS DO DISCURSO DA IMPRENSA CAOLHA QUE SÓ VÊ DEFEITOS EM QUEM CONSTESTA OS IMPERIALISTAS!

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