sexta-feira, 26 de março de 2010

O povo vai à luta!






CIDADES

Mais um protesto contra CMTC
 
Estudantes pararam ontem ônibus que circulam próximo ao câmpus da ufg cobrando a volta de linhas

Malu Longo

Acadêmicos da Universidade Federal de Goiás (UFG) e moradores de bairros próximos ao Câmpus Samambaia, na Região Norte de Goiânia, voltaram a protestar ontem contra as mudanças implantadas nas linhas de ônibus pela Companhia Metropolitana de Trânsporte Coletivo (CMTC). Esta foi a quarta manifestação desde a semana passada. Quase 20 ônibus foram interceptados durante o protesto, que começou no Setor Itatiaia e avançou até o Jardim Pompéia. A Polícia Militar acompanhou de longe. A CMTC não enviou representantes para o local.

Coordenador geral do Diretório Central de Estudantes (DCE) da UFG, Leandro Viana explicou que não existe um conselho com participação popular no Transporte Coletivo. “Quem decide as medidas relativas ao transporte coletivo é uma câmara deliberativa que não tem representação popular”. Presidente da Associação de Moradores dos setores São Judas Tadeu, Jardim Pompéia, Vila Maria Rosa, Chácaras e Retiros, Evanilce Araújo de Queiroz reclamou da retirada da linha Campus-Marista nos fins de semana e feriados. “Esta linha atende a nossa comunidade há 30 anos”, disse. Segundo ela, as mudanças implementadas pela CMTC estão obrigando os moradores, muitos deles idosos, a caminhar mais de dois quilômetros até a GO-080 para pegar ônibus.

Entre as reivindicações apresentadas pelos manifestantes estão os retornos das linhas Itatiaia-Praça da Biblia e 174, com ponto final no Terminal Padre Pelágio, além de mudança da linha 270 com passagem no São Judas e Jardim Pompéia. Estudantes e moradores da região pedem ainda uma planilha com os horários dos ônibus em cada ponto, conforme prevê os contratos de concessão.

Moradores do recém construído Residencial São Geraldo, cujas casas são adaptadas para atender pessoas com dificuldades locomotoras, Doralice Souza Dourado, 48 anos, e Reinado Almeida Barbosa, 15, ambos portadores de paralisia cerebral e cadeirantes, participaram da manifestação. Doralice contou que o bairro, embora seja próximo ao Conjunto Itatiaia, não conta com linha de ônibus e é comum os motoristas não descerem o elevador dos veículos para cadeirantes.

Na manhã de ontem, Júlio César, funcionário de um escritório de advocacia, ficou horas aguardando ônibus no Jardim Pompéia para voltar ao local de trabalho, no Centro. “Os donos das empresas precisam resolver isso porque protestos assim prejudicam nós, trabalhadores”. Hoje, novos protestos deve ocorrer na Praça A, em Campinas.

Quatro manifestantes foram detidos por agentes da Polícia Civil que os confundiram com assaltantes. No trevo da GO-080, que dá acesso ao câmpus 2 da UFG, os manifestantes tentavam interceptar alguns ônibus quando o veículo com o policiais se dirigiam para uma digilência no interior do Estado. Eles foram levados para o 25º Distrito Policial e liberados em seguida, sem lavrar o Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO).


Vejam as fotos do protestos, todas do repórter fotográfico Diomício Gomes, do jornal O Popular





















Nenhum comentário:

Postar um comentário