BASTIDORES
Dossiês
A guerra dos adesivos começou. Um deles apresenta um tucano com uma mala no bico e dinheiro caindo. O texto é ferino: “Devolve”. O clima está esquentando, na pré-campanha, e as eleições deste ano deverão ser uma das mais agressivas da história de Goiás. Os dossiês começam a circular nas redações. Um deles contra Vanderlan Vieira Cardoso (PR).
PT aposta que chapa única da base do presidente Lula sai em junho
O republicano Vanderlan Vieira Cardoso disse ao senador Demóstenes Torres que será candidato a governador e que não vai negociar com nenhum candidato. Frisou que vai deixar a Prefeitura de Senador Canedo porque tem certeza que será candidato, e com o apoio do governador Alcides Rodrigues. Convidou o democrata para fazer parte da chapa majoritária e insistiu que não vai negociar em abril, maio, junho, julho, agosto ou setembro com o PMDB de Iris Rezende.
Não é o que pensam petistas de proa. Eles dizem que o presidente Lula da Silva não vai interferir na política do Estado e exige apenas que os palanques da ministra Dilma Rousseff sejam bem montados e fortes. O projeto número um de Lula é a campanha da dois interlocutores goianos, que uma chapa única tem mais chance de derrotar Marconi Perillo. Por isso, petistas locais, um deles deputado, afirmam que, em junho, especialmente se Vanderlan Cardoso estiver patinando, com no máximo 8%, a tendência é uma união geral. Eles avaliam que uma candidatura republicana seria saudável se conseguisse pelo menos 15% em junho e isto significasse uma queda nas intenções de voto de Marconi. Sustentam que, se Marconi não cair com a entrada de Vanderlan no jogo, não vale a pena manter a candidatura do pupilo do deputado federal Sandro Mabel.
Os petistas defendem que, em junho, mês das convenções partidárias, o PR, com o apoio do governador Alcides, tende a bancar Sandro Mabel para vice de Iris. Vanderlan disputaria mandato de deputado federal, na vaga “de” Mabel. Os colégios eleitorais de Mabel seriam divididos entre Vanderlan e Ademir Menezes. Um aliado de Mabel contesta: “Os petistas não sabem que Vanderlan é mais teimoso do que o governador Alcides. Ele não vai sair do páreo. Pode anotar”.
Tucano terá problema com tempo de TV, diz Demóstenes
O senador Demóstenes Torres diz que, sem o apoio do DEM, o pré-candidato do PSDB ao governo, Marconi Perillo, terá dificuldade para expor seus projetos e críticas na TV. Outro problema é que os prefeitos, embora não inteiramente satisfeitos com o governo de Alcides Rodrigues, ainda esperam obras e recursos. “O fato é que o nome de Vanderlan Vieira Cardoso mexeu com o xadrez político.”
Vanderlan deu garantia a Demóstenes que não vai renunciar e não está jogando para ser vice. “Alcides diz que vai lançar candidato e o nome é mesmo o de Vanderlan.”
Demóstenes não quer disputar numa chapa com Henrique Meirelles. Deve ser o único candidato na chapa de Vanderlan, se aceitar o convite.
Mutirão de Marconi na Grande Goiânia
Orientado por pesquisas quantitativas e “qualis”, o senador Marconi Perillo tem dito a aliados que é preciso concentrar esforços na Grande Goiânia, principalmente em Goiânia e em Aparecida de Goiânia. Tucanos, monitorando Aparecida, concluíram que o desgaste do prefeito Maguito Vilela é crescente, mas ainda não reflete nas pesquisas. Começa a cristalizar a tese de que o prefeito é lento, tem pouca identidade com a cidade e não investe o suficiente em saúde. As denúncias do Ministério Público (promotor Élbio Vicente) aparecem em pesquisas, mas as pessoas não conseguem identificar exatamente o que está ocorrendo. Em Goiânia, a popularidade de Iris é alta. Em Senador Canedo, cidade do pré-candidato Vanderlan Cardoso, Iris lidera, com folga, assim como em Trindade. O alto tucanato, os luas azuis, avalia que Marconi não vai superar Iris em Goiânia e em Aparecida (onde a popularidade do prefeito é mais sólida do que na capital), mas que, se conseguir crescer 10 ou 15%, poderá reduzir a força do prefeito. Os luas azuis — estão elaborando um plano moderno, com divisões “para o interior” e “para a capital” — apostam no crescimento, mais na classe média do que na periferia. Para as classes médias, serão apresentados projetos modernos. Na periferia, serão expostos novos programas sociais. Aposta-se muito no funcionalismo público.
Ipasgo deixa de pagar médicos
Como o Ipasgo não paga os serviços prestados por médicos há quase 150 dias, o Conselho Regional de Medicina, presidido por Salomão Rodrigues, emitiu uma nota oficial com o seguinte teor: “Informamos aos médicos credenciados no Ipasgo que a paralisação do atendimento aos segurados, por decisão individual ou coletiva, não se caracteriza infração ética, desde que mantidos os atendimentos às urgências e emergências”. Confrontado com o fato de que o Ipasgo atrasa os pagamentos, e não apenas agora, o presidente do instituto, Geraldo Lemos, deu uma resposta que faria Groucho Marx chorar de rir: os pagamentos estão atrasados há “apenas” 150 dias. Na área de saúde, o Ipasgo é o calcanhar-de-aquiles do governo Alcides.
“Vanderlan tem de desconstruir rivais”
O ex-deputado Barbosa Neto, coordenador da “via preferencial”, como diz o governador Alcides Rodrigues, assegura que Vanderlan Cardoso será candidato a governador. “Noto que está incomodando todos os grupos. Porque é o único candidato que realmente pode falar em renovação.” Barbosa diz que há uma expectativa muito grande no embate entre Iris Rezende e Marconi Perillo. “Por isso, na campanha, Vanderlan terá de desconstruir seus adversários. Desconstruir apenas Marconi não vai funcionar, pois os modelos tucano e peemedebista são idênticos.” O espaço para a alternativa “existe. É preciso verificar como explorá-lo com inteligência. Uma eleição muito polarizada dificulta a inserção de um discurso alternativo.”
Cassação
A segunda-feira, 5, pode ser um dia muito ruim para o prefeito de Rio Verde, Juraci Martins (DEM). Depois de um domingo tranquilo, o democrata pode acordar cassado pela Justiça Eleitoral. Martins teria cometido uma série de irregularidades nas eleições de 2008. O segundo colocado, Wagner Guimarães (PMDB), político ímpar, deve assumir a prefeitura.
Braga pode deixar governo e valorizar o Fisco
Na semana passada, o governador Alcides Rodrigues discutia com auxiliares se Jorcelino Braga, do PP, deveria sair da Secretaria da Fazenda ou permanecer para dar continuidade a acertada política de contenção dos gastos inúteis e dos investimentos em lugares apropriados. Braga é símbolo de eficiência e rigor. Se deixar a Sefaz, como quer, deve indicar, com a anuência de Alcides, um de seus auxiliares para substitui-lo. Os mais cotados, e não necessariamente nesta ordem, são Sinomil Soares (superintendente do Controle Interno. “Um homem chamado decência”, afirma o secretário-geral do PP, Sérgio Lucas), Célio Campos (superintendente do Tesouro Estadual) e Paulo de Aguiar Almeida (superintendente de Administração Tributária).
A possível opção por um nome do Fisco, como Sinomil Soares — um dos técnicos mais bem informados sobre as contas do Estado, tanto que deputados preparados não conseguem acuá-lo —, indicaria uma estratégia habilidosa. Porque o Fisco conta com mil funcionários ativos e 2 mil inativos — sem contar a influência que eles exercem entre os demais funcionários. Prestigiar o Fisco equivale a prestigiar o funcionalismo do Estado. A possível desincompatibilização de Braga é um recado de Alcides Rodrigues. O governador quer manter a estrela de seu governo como um trunfo para um possível naufrágio de Vanderlan Vieira Cardoso. Há quem, no PP, ainda desconfie das ligações de Vieira Cardoso com o senador Marconi Perillo. São vizinhos, mantêm relações cordiais e o prefeito de Senador Canedo disse que não irá atacá-lo. Então, se o republicano vacilar, Braga estará a postos. Sobretudo, o secretário personifica o antimarconismo em pessoa. Tanto que, entre os vários peemedebistas, é visto como o “vice ideal”. Diz-se que, na campanha, enquanto Iris se dedicaria à linha propositiva, Braga atuaria na desconstrução de Marconi e de seus dois governos. Adiante, se Cardoso não emplacar, Braga poderia ser guindado à vice de Iris. Hoje, desconfia-se menos de Cardoso. Porque, ao se lançar candidato, contribuiu para afastar o PR de Marconi.
Ao lançar candidato a governador, Alcides poderá ter problemas com a governabilidade. Recentemente, PMDB e PSDB se uniram e atropelaram a base do governo na Assembléia Legislativa, na negociação da Celg com a Eletrobrás. Se a campanha ficar agressiva, é possível que PSDB e, quem sabe, o PMDB decidam causar problemas ao governo.
No caso de um chapão único da base de Lula em Goiás, a surpresa pode ser o DEM. Iris (PMDB) disputaria o governo, com Braga (PP) de vice e Demóstenes Torres (DEM) e Henrique Meirelles (PMDB) iriam para o Senado.
“Não quero saber de política”, diz Paulo Roberto Cunha
O Jornal Opção manteve uma longa e dolorida conversa com o ex-prefeito de Rio Verde Paulo Roberto Cunha na sexta-feira, 26. O integrante do PP não reclamou de pessoas específicas, mas admite que o gestor público, por mais que faça, não consegue agradar quase ninguém. “Estou recolhido, quieto no meu canto. Não quero mais saber de política. Estou triste com a política, de trabalhar para as pessoas e, depois, ser ofendido.” Cunha diz que está “profundamente desiludido. Vou cuidar de minhas três filhas e dos meus seis netos. Trabalho há 40 anos para os outros. Pois agora vou trabalhar para minha família. Minhas filhas não têm casas, mas construí centenas de casas para os outros. Quem me agradece ou pelo menos respeita?”. Ao ser perguntado se vai ocupar cargo no governo Alcides, Cunha é seco: “Não”. Sobre a candidatura de Vanderlan Cardoso ao governo, diz: “É um bom nome. É capaz, sério, cumpre o que fala e tem visão empresarial”. (Leia mais no site http://www.jornalopção.com.br/)
Ao saber que Vanderlan havia se lançado candidato, Cunha, que está desmotivado, animou-se um pouco. “É o único fenômeno novo nos últimos tempos. Eleitoralmente, tem chance. Pesquisas e nada agora são a mesma coisa. Estamos no período do besteirol, dos chutes. As pessoas, a partir das pesquisas que leem nos jornais, dizem: ‘Vai ganhar este ou aquele’. Mas as coisas são decididas durante a campanha. O povão só presta atenção nos candidatos entre agosto e setembro. Antes disso, é só figuração. Confesso que, embora reticente, fiquei com esperança de que haverá mesmo uma disputa eleitoral.”
Cunha assegura que, mesmo afastado das lides políticas, sabe que os prefeitos estão procurando Vanderlan. “Muitos prefeitos vão esperar um pouco mais, vão observar o início da campanha, mas têm simpatia pelo competente prefeito de Senador Canedo.”
O ex-prefeito de Rio Verde diz que não tem dúvida de que Goiás terá segundo turno. “Insisto que a novidade é Vanderlan, que fez um trabalho sensacional em Senador Canedo, felizmente reconhecido pela população local. O fato de ser prefeito o ajuda no interior, principalmente. Os prefeitos são muitos sofridos, administram com poucos recursos e recebem muitas pressões.”
O PP, na avaliação de Cunha, vai apoiar Vanderlan. “O governador Alcides Rodrigues [ou “Cidinho”, como diz o ex-prefeito] achou a bola de cristal, a pérola que estava procurando. É um diamante a ser lapidado.”
Cotado para assumir a Secretaria da Agricultura, Cunha não demonstra interesse. “Não quero nem exijo cargos. Como disse, vou cuidar de minha família. Mas não deixarei de ser goiano e de ter interesse pelas coisas de meu Estado.” Há quem diga que o governo Alcides menosprezou Cunha. Ele mesmo não dá nenhuma importância ao comentário.
No momento, Cunha está “organizando” a vida. “Estou pagando as contas. Passei sete anos e três meses na Prefeitura de Rio Verde e, com isso, deixei minhas coisas de lado.”
Recentemente, Cunha ficou 70 dias imobilizado. “Tenho uma cabeça de 20 anos, mas um corpo de 67 anos. Resultado: tive uma inflamação e a coluna ‘gritou’.”
Ao comentar a política de Rio Verde, Cunha frisou que o secretário da Agricultura de Goiás, Leonardo Veloso (PP), deve disputar mandato de deputado estadual. “Fiquei sabendo por terceiros, pois ele nunca me disse nada.” O ex-prefeito não queria falar sobre as possibilidades de Heuler Cruvinel (DEM), possível candidato a deputado federal apoiado pelo prefeito Juraci Martins (DEM). Como o repórter insistiu, frisou: “É iniciante, nunca participou de nenhuma campanha como candidato, mas já está começando pelo topo. Tem dinheiro, mas, para ganhar, precisa obter votos”. Cunha diz que uma campanha de qualidade para deputado federal custa no mínimo 5 milhões de reais. “É muito dinheiro para torrar com política.”
Com seis netos — o mais velho tem 14 anos —, Cunha diz que está se sentindo muito feliz por ter tempo para curtir a vida de avô. “Agora, vou para a fazenda com eles e andamos a cavalo. Almoço só com eles. É minha alegria.” Sempre muito sério, ao falar dos netos, Cunha riu e sua voz ganhou um tom mais suave.
Um Sérgio deve comandar a SSP
O Jornal Opção ouviu advogados, delegados da Polícia Civil e oficiais da Polícia Militar e perguntou: “Qual é o secretário de Segurança Pública ideal para substituir Ernesto Roller?” A maioria citou o diretor financeiro da Agetop, Sérgio Lucas. O segundo nome mais citado foi o de Sérgio Augusto Oliveira, superintendente da SSP. O promotor Tito Amaral faturou seis votos. É visto como o favorito de Demóstenes Torres. Os dois Sérgios querem o cargo. Tito, não.
Miranda aposta em Meirelles no Senado
O ex-senador Mauro Miranda muitas vezes é convocado pelo prefeito Iris Rezende para conversar com aliados e possíveis aliados. “Você é jeitoso, Mauro”, diz o prefeito. Discreto e ouvinte nato — desses que ficam “roucos” de tanto ouvir —, Miranda afirma que as conversações com o PR de Sandro Mabel não foram interrompidas por conta do lançamento da candidatura de Vanderlan Vieira Cardoso. “Vanderlan é um gestor eficiente, assim como Mabel é um deputado federal qualitativo.” O que isto quer dizer? “Não quero atrapalhar os projetos dos outros. Mas a articulação de uma chapa única, que é muito difícil, daria à base de Lula em Goiás a vitória no primeiro turno”, afirma o peemedebista. “Tenho conversado com os competentes Abelardo Vaz e Ernesto Roller.” Miranda aposta que Henrique Meirelles deve ser candidato a senador. “A vice e a outra vaga para o Senado devem ficar para um partido aliado. O PT fica com a Prefeitura de Goiás e com a presidente do país, Dilma Rousseff.”
As virtudes de Lívio Luciano
O secretário de Comunicação da Prefeitura de Goiânia, Lívio Luciano (PMDB), tem quatro virtudes: é competente, leal, diplomático e, como se não bastasse, é bom comentarista de futebol. No início de sua gestão, Iris Rezende fazia muito, mas não conseguia que suas ações repercutissem. Lívio assumiu e fez o óbvio: a prefeitura passou a “comunicar”, e com inteligência. Agora, quando muitos avaliavram que Iris não seria candidato, Lívio frisou: “Será”. Estava certo.
Lívio entendeu, desde o início, que não deveria divulgar Iris tão-somente como “obreiro”. Não descuidou de apresentar o prefeito realizador, que faz obras para melhorar a qualidade de vida e gerar mais conforto — caso do asfalto —, mas passou a divulgar, de modo mais enfático, o trabalho de Iris nas áreas de meio ambiente e cultura. A reinvenção de Iris deve muito sobretudo a Iris, que rearticulou seu discurso e mostrou-se aberto às novas ideias, mas também deve muito ao trabalho de Lívio, que só não aparece mais porque é discreto. As pessoas eficientes em geral são discretas. Lívio é tão leal que, para fazer o prefeito brilhar intensamente, prefere ficar na sombra, deixando, não raro, de capitalizar o que faz.
Outra virtude de Lívio é a capacidade tratar e atender bem a todos, sem distinção, sempre com um sorriso nos lábios. Um “não” de Lívio soa quase como “sim”, embora não deixe de ser um “não”. Quando ele e o ex-senador Mauro Miranda estão juntos, amigos e aliados dizem, em tom de brincadeira, mas verdadeiramente: “É o Itamarati de Iris”. Eles querem dizer que Miranda e Lívio são diplomáticos, que não resolvem nada no grito e apostam sempre no diálogo.
Pré-candidato a deputado estadual, Lívio tem outra característica que poucos conhecem: sabe tudo, ou quase tudo, sobre a economia de Goiás. Por integrar o quadro do Fisco estadual, é hábil com números e está sempre de olho no que ocorre no Estado.
Embora tenha se dado bem na Secretaria de Comunicação, Lívio também é hábil articulador político. Na eleição passada, atuou de modo decisivo na campanha de Iris e contribuiu para eleger o vereador Agenor Mariano, uma das revelações da Câmara Municipal. Ao mesmo tempo, conversou intensamente com o PT de Luis Cesar Bueno, Osmar Magalhães e Paulo Garcia. O apoio do PT a Iris se deve, em grande parte, à habilidade política de Lívio. Não é à toa que petistas o chamam de “o peemedebista que tem alma de petista”. Porque Lívio é progressista e adepto de que nada substitui o diálogo. Outro detalhe: obstinado, não desiste nunca do que quer. Mais: faz tantas coisas que parece onipresente.
Como comentarista esportivo, é craque, da escola de Tostão. Só tem um defeito: quando o Atlético, seu time do coração, perde, Lívio, embora sem perder o humor e a fleuma, fica muito chateado. Por alguns momentos. Detalhe: aos 47 anos, ainda joga bola, e bem. Exagero? Perguntem ao prefeito de Aparecida de Goiânia, Maguito Vilela, ao secretário da Fazenda, Jorcelino Braga, ao editor Cezar Santos, do Jornal Opção, e ao deputado federal Luiz Bittencourt. Eles confirmarão que Lívio está em perfeita forma, dribla e passa bem a bola para os companheiros. No time de Iris, é titular absoluto e, em 2011, certamente fará parte da seleção de novos deputados estaduais. Se Iris for eleito governador, vira secretário. Mas nem quer saber de discutir isto. Importante, destaca, é eleger Iris.
Renovação no Legislativo
O candidato a deputado estadual Frederico Nascimento, filho do secretário do Planejamento do governo de Goiás, Oton Nascimento, apresentou uma lista dos nomes que, acredita, vão renovar a Assembléia Legislativa.
“Meu nome encabeça a lista [risos]. O vereador Daniel Vilela, do PMDB, deve ser o mais votado. Outros nomes são: Francisco Vale Júnior, Bruno Peixoto, Henrique Arantes, Virmondes Cruvinel Filho, José Vicci, Fábio Souza [já deputado].”
Nascimento almoçou, no restaurante do Hotel Adress, no Setor Oeste, com o secretário do Trabalho da Prefeitura de Catalão, Leonel Safatle. São amigos, embora não partilhem o mesmo ideário político.
De um veterano pepista: “O PSDB de Minaçu é o mais forte do Estado, pois manteve todos os cargos estaduais, embora seja o que mais critica as ações do governador Alcides Rodrigues”.
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O ex-deputado pepista sustenta que “os tucanos de Minaçu deram um golpe de Estado e criaram um poder paralelo a partir dos órgãos do governo”.
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Nelson Henrique de Castro, de Jaraguá, desistiu de ser candidato a deputado estadual e permanece na diretoria administrativa da Agetop.
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O PSDB de Jaraguá avalia que, com a “renúncia” de Castro, Nédio Leite tende a absorver votos do PP. O PPS vai bancar o advogado Gilberto de Castro.
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O PTB de Jaraguá vai bancar dois candidatos. O prefeito Lineu Olímpio apoia o empresário Julivan Jayme. Outra facção fica com o deputado Frei Valdair de Jesus. O médico Breno Leite disputa pelo PHS.
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O Capitão Wayne é uma das apostas do PHS para a disputa de deputado estadual.
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Ney Nogueira decidiu permanecer na Assessoria da Governadoria. O PP vai lançar, para deputado estadual, o advogado Rogério Lourenço.
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Diretor do bem-sucedido Santa Helena, líder do campeonato goiano de futebol, Rogério Lourenço tem o apoio do governador Alcides Rodrigues.
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“Goiás: terra onde policiais ganham bem e professores ganham mal”, dizem professores petistas. “Um professor-doutor da Secretaria da Educação do Estado ganha a metade de um soldado que não tem curso superior.”
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O ministro do Trabalho, Carlos Lupi, disse para pedetistas goianos que, se for eleita deputada federal, Flávia Morais assumirá o comando do PDT em Goiás.
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Num evento em Goiânia, a secretária de Cidadania, Flávia Morais, foi extremamente deselegante com o prefeito de Catalão, Velomar Rios (PMDB).
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O secretário do Trabalho de Prefeitura de Catalão, Leonel Safatle, conseguiu verbas federais, apoio do prefeito Velomar e investiu na requalificação dos mototaxistas do município.
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Na quinta-feira, 25, Velomar, Leonel e mototaxistas de Catalão vieram a Goiânia, com o objetivo de participar de um evento, com o ministro Carlos Lupi e o governador Alcides Rodrigues. Mas entraram calados e saíram calados e insatisfeitos.
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Flávia Morais teria riscado o nome de Velomar, alegando que o tempo era curto e que tinha muita gente para falar. O nome do prefeito nem mesmo foi citado.
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O prefeito de Uruaçu, Lourenço Filho (PP), foi reeleito presidente do Consórcio Intermunicipal de Desenvolvimento Integrado Serra da Mesa. O Cidisem reúne 13 municípios.
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O prefeito Iris Rezende será lançado candidato a governador de Goiás na sexta-feira, 2,no Master Hall. Com o apoio do PT.
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A prioridade de Iris Rezende, daqui pra frente, é atender os políticos do interior.
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Peemedebistas dizem que Henrique Meirelles vai ser candidato a senador. Um jornalista nacional contou ao senador Demóstenes Torres que o presidente do Banco Central não vai disputar mandato em Goiás.
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O petista Rubens Otoni deve disputar mandato de deputado federal, especialmente se Henrique Meirelles (PMDB) for candidato a senador. Não ficar fora do processo político.
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No meio do fogo cruzado entre as raposas Meirelles e Demóstenes Torres, Rubens teme não ser eleito.
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Se Meirelles não disputar, Rubens pode ser candidato ao Senado. E, se o PMDB não fechar com o PR, é cotado para ser vice de Iris Rezende.
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Gente do governo de Goiás esteve no Supremo Tribunal Federal em busca de uma certidão. Tudo para viabilizar o negócio da Celg.
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Marqueteiros sugerem que candidato a governador primeiro tem de fazer um discurso propositivo e convincente. Ao mesmo tempo, numa programa “clean”, deve vender esperança.
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O PP em peso trabalha para Nerivaldo Costa assumir a articulação política do governo Alcides. Mas Nerivaldo é cotado para assumir a presidência da Celg.
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O comando da SSP (Ernesto Roller) avalia que a greve dos delegados de polícia é ilegal.
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O vereador Chiquinho Carlos (PDT) deixou a Secretaria de Governo da Prefeitura de Uruaçu e voltou para a Câmara. Ele deve ser candidato a deputado estadual, em dobradinha com Sérgio Caiado (PP).
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Líderes do PP avaliam que, se deixar o governo, Jorcelino Braga ficará com a imagem de que não resolveu o problema da Celg. Os tucanos torcem por isso.
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Convocada pelo governador Alcides Rodrigues, Sirlene Borba, conhecida como rainha do PTN, será candidata a deputada estadual. Está animadíssima.
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“Em Rubiataba, fiz uma reunião e apareceram 1.300 pessoas. O município tem 16 mil votos. Fiz um périplo em cinco municípios, em companhia do médico George Morais”, contra, exultante, Sirlene.
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Sirlene diz que Marconi está muito forte no interior. “Mas o nome de Vanderlan Cardoso começa a pegar.”
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Entre os médicos o Ipasgo é conhecido “Ih-Não-Paga”.
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Para não desagradar o PMDB, Neyde Aparecida, do PT, será candidata a deputada estadual.
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No PP não é apenas Roberto Balestra que torce por uma aliança com o senador Marconi Perillo.
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Na semana passada, dois pepistas, consagrados, disseram que temem contribuir para que o PMDB fique mais 16 anos no poder. “Será suicídio.”
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