quinta-feira, 18 de março de 2010

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POLÍTICA

Valin: “Se havia pressa, porque não mandou projeto antes?”

Valin ignora apelo e não muda pauta
Presidente da Assembleia critica “pressão” de alcides, sugere que houve “inoperância” e mantém audiências sobre projeto da Celg

Erika Lettry de São Paulo

De nada adiantou a pressão do governo estadual para que a Assembleia reconsiderasse o adiamento da votação do projeto de venda das ações da Celg para a Eletrobrás. Ontem o presidente da Assembleia Helder Valin (PSDB) reforçou a disposição dos deputados de realizarem audiências públicas (veja abaixo quem aprovou pedido) e chegou a falar em inoperância do governo. “Talvez haja uma pressão (do governo) ou então ele (o governo) é inoperante. Se havia pressa, porque não mandou o projeto há 15 dias atrás?”, questionou. “Não se pode tirar o direito da Assembleia de debater. Se for assim, vamos fechá-la.”

O tucano concedeu entrevista coletiva poucos depois de receber em seu gabinete o vice-governador Ademir Menezes (PR) e o presidente da Associação Goiana dos Municípios (AGM), Abelardo Vaz (PP), que afirmaram estar fazendo uma visita “de cortesia”. Valin também recebeu o presidente da Celg, Carlos Silva (PP), e uma comissão de superintendentes da empresa – todos empenhados na tarefa de obter o apoio dele para agilizar a matéria.

Na defesa do adiamento, Valin alegou que o governo desenvolve a negociação para tentar recuperar a empresa há três anos, mas que agora pede pressa ao Legislativo. “Em dezembro Alcides disse que o projeto viria para cá e que aqui era o lugar ideal para debatê-lo. Hoje (ontem) completam cinco dias que o projeto está aqui, obedecendo os procedimentos normais. Entendo que não serão alguns dias a mais que irão inviabilizar a Celg”, avaliou.

Valin acredita que faltam aos deputados mais informações sobre o projeto e questiona, por exemplo, o artigo que prevê a perda da gestão da Celg pelo Estado caso ele não cumpra as obrigações pactuadas com a Eletrobrás.

O líder do PSDB, Jardel Sebba, também recebeu ontem representantes da Celg, mas afirmou que de sua parte não haverá recuo. E, a exemplo de Valin, reclamou do governo. “Da minha parte não terá recuo. Até porque o governador nunca conversou com a gente. Não houve interlocução com a Assembleia”, disse.

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