segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Diário da Manhã

Opinião do Leitor

Cobertura isenta
08/02/2010

Parabenizo o Diário da Manhã pela cobertura isenta e imparcial das denúncias sobre o recebimento de propina pela filha do secretário da Fazenda e do tráfico de influência deste auxiliar do governo para beneficiá-la. Quero também me solidarizar com o grande e honesto jornalista Batista Custódio. Sou leitor assíduo de seus belos artigos e admiro sua retidão de caráter, a qualidade dos escritos e a coragem de se colocar contra os poderosos de plantão. Agora mesmo, o idealista Batista Custódio abre as páginas do jornal para a livre manifestação dos leitores sobre esse escândalo. Quem teria coragem de fazer isso? Ninguém, a não ser o nobre Batista, que não titubeia em colocar seu pescoço a prêmio para garantir o direito da livre expressão do pensamento, da liberdade de imprensa. Batista é único e, por isso, sofre perseguições insanas. Sei, por exemplo, que agora este governo sufoca economicamente o Diário da Manhã, porque não se conforma com o espírito libertário de Custódio. Sei que essa ação da polícia foi para intimidá-lo. Mais tenho duas certezas: Batista Custódio não se calará e eles não conseguirão vencer. Numa adaptação livre de Mário Quintana, digo que eles passarão, o Batista passarinho.

Cleber Resende Rios, Goiânia, via e-mail

Atenção desviada

Só pode ser lunático quem inventou esta história de armação para desviar a atenção do caso do que está sendo chamado pelo povo de “propinobraga”. Como que pode existir uma armação contra dois candidatos que nem têm um ponto sequer nas pesquisas publicadas. O Iris e o Marconi não estão preocupados com o Braga e o Roller. Os dois se preocupam com eles mesmos. A crise na segurança e as denúncias das propinas que saíram na imprensa não podem ser taxadas de armação.

Luciano Caetano Rocha , Aparecida de Goiânia-GO, via e-mail

Armação

Não tem cabimento essa absurda história que estão querendo enfiar garganta abaixo do povo de que as denúncias de maracutaia entre o governo e a filha do secretário da Fazenda sejam armação política. Estão é querendo abafar o caso. Aliás, li nos jornais que foi montada uma gigantesca operação para blindar o secretário Braga. Fiquei revoltado, pois eles deveriam é montar uma operação para prender os culpados pelo cambalacho. O povo está cansado de ver os políticos e homens públicos cometerem crimes e nada acontecer. Será que este caso será mais um? Pelo que estou vendo, vai ser, sim. Eles vão abafar e, se brincar, vão culpar a mulher da entidade de caridade, que é pobre, negra e humilde.

Luís Couto, Senador Canedo-GO, via e-mail

E as provas?

São graves os fatos denunciados pela TV Anhanguera/Rede Globo na semana passada. O governo e o senhor Jorcelino Braga falam em armação política ou coisa que o valha. Até agora, não vi nenhuma prova sobre isso. Só blablablá não basta. O povo quer provas desta armação, assim como o Ministério Público e as Polícias têm de apurar com rigor para saber se aquilo que vimos na TV é realmente verdade. Quero também dar os parabéns ao Diário da Manhã pela cobertura correta, corajosa e verdadeira do caso.

Luciana Peixoto, Goiania-GO, via e-mail

Reputação em risco

Sempre admirei o secretário Jorcelino Braga, a quem ainda reputo como homem sério. Mas está história está mal explicada. Principalmente este escape de dizer que é armação política. O melhor, no meu entendimento de homem simples do povo, é mostrar a verdade. Repito: ainda tenho o senhor Braga como homem sério e confiável, mas ele tem de colocar tudo em pratos limpos, porque sua reputação corre risco.

Uilmar Silveira, Uruaçu-GO, via e-mail

Apoio

Continuo apoiando o secretário Braga. Todo mundo faria o que ele fez. Quem se negaria a ajudar a filha, dando um empurrãozinho no governo? Ninguém pode ser crucificado por isso. É uma coisa tão pequena num país marcado por mensalões, dinheiro na cueca, dinheiro na meia, Arruda, Maluf, Nicolau Lalau, Jader Barbalho. Isso é café pequeno. Então, deixem o homem trabalhar, gente.

Denilson Fraga SIlva Costa, Brasília -DF, via e-mail

Vila Nova X Atlético

Abuso de autoridade

Manifesto nossa indignação quanto à atuação da Polícia Militar do Estado de Goiás no último sábado, dia 06, durante o jogo do Campeonato Goiano, Vila Nova e Atlético, no Estádio Onésio Brasileiro Alvarenga (OBA).

As famílias que ali estavam presenciaram cenas de total desrespeito, violência e abuso de autoridade. O policiamento deixou de cumprir seu principal objetivo que é garantir a segurança dos torcedores, agindo de maneira truculenta e aterrorizando pessoas pacíficas e de bem.

Direitos constitucionais como ir e vir e liberdade de expressão foram tolhidos na noite de ontem. Os policiais utilizaram sua autoridade e armamento para agredir sem distinção. Cidadãos foram detidos, impedidos do permanecer em determinados setores da arquibancada (lugar legítimo do torcedor) e coagidos durante manifestações. O que foi testemunhado pelos mais de 4 mil presentes foi a total desproporção entre o comportamento da torcida e ação da polícia.

A torcida do Vila Nova foi impedida mais uma vez de fazer o que para ela é o mais importante, apoiar o time com festa, vibração e muita paixão. É uma vergonha para o Estado permitir que momentos degradantes como os ocorridos na Ditadura Militar sejam revividos em tempos de democracia.

Roseneide Ramalho e Rosemeire Ramalho, via e-mail

Uma vida ao chão

É com muita tristeza que venho incomodá-lo.
Tomei conhecimento do Decreto Municipal nº 4313, de 29 de dezembro de 2009, no qual consta a quadra e o lote, da rua, onde há mais de 50 anos reside a minha sogra, como sendo imóvel a ser desapropriado.

Ocorre, senhor Prefeito, que não é só tirar umas casas do lugar! Derrubar, construir projetos arquitetônicos nababescos que ficarão marcados como sendo de sua gestão.

Lá mora, entre outros, minha sogra, que tem 86 anos de idade, é apegada ao quintal, do qual colhe goiaba, banana, jabuticaba, maracujá, limão e algumas verduras para consumo diário. Pode investigar!

Meu sogro comprou a casa em 1965 e morreu logo depois, de doença no coração. Minha sogra levantou muitos anos às 4 horas da madrugada fazendo salgado “para fora”, dando educação para o único filho, meu marido, que na época tinha 12 anos.

Eles conservaram a casa modestamente e só há poucos anos começaram a reformá-la. Parte do material já está comprado dentro da casa (azulejos, piso, pia, vaso, etc.)

Tem mais, são as vizinhas que vão com ela à missa, na Igreja Sagrado Coração de Jesus, da Av. Paranaíba, quase todos os dias. São elas que sentam, na varanda no fim de tarde para contar das novelas, dos filhos, dos netos, de tudo! É para lá que vão os netos desde pequenos brincarem no quintal. É na casa que fazemos os deliciosos biscoitos de queijo da Vó, as empadinhas de frango, e muito mais.

Isso tem preço? Tem reparação? Indenização? O dinheiro não dá para comprar uma casa naquele lugar. Vamos colocá-la em um apartamento alugado?

Meu marido tem suspirado e perdido noites de sono desde que soube da derrubada da casa, enquanto o senhor dorme embalado pelo murmúrio das águas do Bosque dos Buritis.

O Prefeito sabe como é muito bom morar ao lado de um bosque!

Nosso medo é do que vai acontecer com ela assim que perder as raízes. As profundas raízes que têm naquele pedaço de chão.

Ainda não demos toda a notícia para ela. Por enquanto, estamos presenciando o sofrimento dos outros vizinhos, como a que reside há mais de 60 anos no local, e a filha dela, que no mês passado comprou a casa ao lado, para cuidar pessoalmente da saúde debilitada da mãe. E muitos outros.

Portanto, são inúmeras as vidas felizes e tranquilas que poderão se reverter em tragédias pessoais, a partir da efetivação da desapropriação dos imóveis.

Outra coisa a considerar: as casas já foram inspecionadas pelo governo municipal, prefeito Pedro Wilson, para o tombamento, pois a maioria ainda conserva a arquitetura do início da construção de Goiânia (Bairro dos Comerciários).

Certa de poder contar com a compreensão de Vossa Excelência no sentido de terminar de vez com esse sofrimento.

Despeço-me,

Maria Celina Martins da Fonseca, via e-mail

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