BASTIDORES
“Iris Rezende só deixa prefeitura se o PT definir apoio convicto”
O presidente do PMDB de Goiás, Adib Elias, disse ao Jornal Opção que o prefeito de Goiânia, Iris Rezende, “ainda não definiu” se será candidato a governador. “Iris quer ser candidato, o PMDB exige que dispute e o presidente Lula é um de seus principais incentivadores. Mas só vai se definir quando o PT anunciar apoio integral à sua candidatura. Ele não pode deixar a prefeitura sem o anúncio oficial e convicto dos petistas, nossos aliados preferenciais.”
O PT diz que quem aglutinar mais deve lançar o candidato a governador. “Mas quem aglutina mais são Iris e o PMDB. Esperamos que o PT se decida nos próximos 15 dias.” Se Iris ficar na prefeitura, o PMDB lança candidato? “É claro. Mas reafirmo: o candidato do PMDB e do PT será o prefeito Iris. Mas, sem o apoio decidido do PT, nada feito.”
Quanto à disputa para o Senado, Adib diz que não há nada definido. “Os nomes para o Senado só começarão a ser postos quando definirmos a questão da aliança do PMDB com o PT.”
Adib avalia que Henrique Meirelles não está descartado para o Senado. “Mas não deve disputar o governo. Ele prefere alçar voos nacionais, mas o grupo de Michel Temer, por ser dominante, pode não lhe abrir espaço, considerando-o como cristão-novo. Eu devo acrescentar que o presidente do Banco Central não está chateado com Iris.”
O DEM de Ronaldo Caiado conversa com líderes do PMDB. “Mas sabemos que o DEM prefere compor com a terceira via propugnada pelo governador Alcides Rodrigues. Não aposto que o PP tenha condições de se aliar conosco no primeiro turno. Acho que o lançamento de candidatos do PMDB e do PP é mais adequado para os dois partidos.” O presidente do PMDB avalia que uma união com o PP pode ficar para o segundo turno. “Se Iris, favoritíssimo, não for eleito já no primeiro turno.”
Pedro Alves é o favorito para comandar a Fieg
As eleições para presidente da Federação Goiana das Indústrias de Goiás (Fieg), que reúne os 35 maiores sindicatos empresariais de Goiás e movimenta milhões de reais por ano, serão realizadas em agosto. Mas os pré-candidatos já estão em campanha, pedindo votos e fazendo articulações. O favorito para substituir o respeitado presidente Paulo Afonso Ferreira é seu vice, Pedro Alves de Oliveira, presidente do Sindicato das Indústrias do Arroz (Siago). “Pedro é um candidato competente, com grande folha de serviços prestados ao empresariado goiano, e será eleito presidente da Fieg”, diz o deputado federal Sandro Mabel, presidente do poderoso Sindicato das Indústrias de Alimentação. “Das 35 assinaturas, Pedro tem 21 o apoiando”, revela.
Paulo Afonso tem dito aos sindicalizados que vai apoiar o que estiver mais bem posicionado. Na verdade, é um dos principais articulistas do nome de Pedro Alves. Ponto forte do vice: é o que mais conhece a estrutura da Fieg. Está na federação desde a década de 1980. Seus pontos fracos: é apontado por alguns “eleitores” como uma líder “envelhecido”, “não há rotatividade no sindicado que preside e articula pouco com os presidentes dos sindicatos”. Mabel contesta: “Pedro é articuladíssimo e é moderno”.
Antônio da Kelps, dono da Editora e Gráfica Kelps e presidente do Sindicato das Indústrias Gráficas (Sigego), corre por fora. Ponto forte: a seis meses das eleições, tornou-se o que alguns chamam de “o candidato 24 horas”. Disputar a presidência da Fieg é sua obsessão. Chega a ter um projeto de gestão pronto. Seu sindicato é apontado como atuante e preside a Comissão de Meio Ambiente da Fieg. Pontos fracos: não tem o apoio da cúpula da Fieg e vários presidentes de sindicatos garantem que não tem “estatura” para presidente de uma instituição tão poderosa.
Domingos Sávio, do Sindicato das Indústrias Extrativas de Pedreiras, é tido como o líder mais “forte” que surgiu na Fieg — é seu primeiro tesoureiro — nos últimos cinco anos. É seu ponto forte. Pontos fracos: embora apontado como “novo”, não é citado como “moderno” pelos adversários; tem fama de não ouvir os aliados, de ser centralizador.
Roberto Elias Fernandes, do Sindicato da Indústria da Construção Civil (Sinduscon), é apontado como um nome forte. Mas adversários dizem que o Sinduscon indicou os dois últimos presidentes e, por isso, eleger um terceiro não seria prova de democracia.
Principal defensora da industrialização de Goiás, a Fieg é uma potência e coordena o Senai, o Sesi, o Instituto Euvaldo Lodi (IEL) e o Instituto de Certificação Qualidade Brasil (ICQB). Sua força política é imensa, tanto que todos os candidatos a governador passam pela sala do presidente.
“Lula não falou do essencial em Goiás”
O deputado federal Luiz Bittencourt, do PMDB, fez uma série de comentários pertinentes a respeito da visita de Lula da Silva em Goiás. “Pode ter sido a última visita administrativa do presidente ao Estado e nós, políticos, deveríamos ter cobrado mais do líder petista.”
Lula não falou, nem foi perguntado, sobre a conclusão da duplicação da rodovias BR-060 e 080. A duplicação da BR-153 , rumo ao Norte do Estado, não foi mencionada nem en passant. Esqueceram de discutir a construção aeroporto de Goiânia e o contorno viário da capital. A liberação dos recursos do Orçamento, que interessa a todos os prefeitos, não mereceu uma linha. Goiás está perdendo recursos. A negociação da Celg, decisiva para o Estado, virou nota de rodapé. A modernização do Hospital das Clínicas da UFG não mereceu nenhuma atenção. “O presidente deixou de falar o essencial para Goiás e os políticos e a imprensa deixaram de cobrá-lo. Todos deveriam ter puxado o debate para o presente, não para o passado.”
------------------------------
Horácio Santos mostrou elegância ao ser expurgado da Diretoria de Operações do Detran. “Fui prestigiado pelo governador Alcides Rodrigues durante quase quatro anos.”
-------------------------------
Ao retirar Santos do Detran, criticado por ser ligado ao senador Marconi Perillo e ao enfant terrible do PPS, Gilvane Felipe, os pepistas avaliaram que estavam dando um toque para o diretor-superintendente do Detran, Bráulio Morais, pedir o boné.
-------------------------------
O PSDB organiza seu encontro regional no dia 3 de março, na Cidade Ocidental, no Entorno do Distrito Federal.
------------------------------
Especialistas em segurança garantem que Goiás precisa mais de peritos — pelo menos 100 — do que de novos agentes. A polícia está deixando de investigar e esclarecer vários casos por falta de perícia.
-------------------------------
Sobre a publicitária Polyanna Borges, a pergunta é: PMs estariam matando seus supostos assassinos?
-------------------------------
Se a resposta for positiva, por que motivos policiais estariam matando os possíveis envolvidos no crime?
-------------------------------
A PM está envolvida no assassinato de Polyanna? “Não”, afirma, peremptório, um delegado de polícia.
-------------------------------
De um ex-agente federal: “A polícia de Goiás é tão ‘rápida’ que, quase um ano depois do assassinato da garota Camila Lagares, ainda não conseguiu produzir um laudo”.
-------------------------------
O policial aposentado sugere que a “rapidez” da polícia tem uma explicação: o crime pode ter sido cometido por policiais militares. O promotor de justiça Rodney Silva, seriíssimo, deveria pedir explicações sobre o caso. -
-------------------------------
Paulo Eustáquio, reitor da Fesurv, faculdade de Rio Verde, vai disputar mandato de deputado estadual. Pelo PTB de Jovair Arantes.
-------------------------------
O prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, disse para o ex-deputado federal Vilmar Rocha que as eleições de Goiás, a possível aliança entre PSDB e DEM, passam pela questão nacional.
------------------------------
O PT se impôs uma tarefa: destruir seu principal oponente ideológico, o DEM. Por isso, o DEM nacional não vai permitir projetos que contribuam para favorecer a candidata petista a presidente da República, Dilma Rousseff.
-------------------------------
De um peemedebista: “Joaquim Roriz pode sair da disputa pelo governo do Distrito Federal brevemente. Teme que as baterias do PT voltem-se contra ele. Aos 74 anos, não tem saúde para aguentar uma campanha agressiva e demolidora”.
Nenhum comentário:
Postar um comentário