segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Jornal Opção

BASTIDORES

“Iris Rezende só deixa prefeitura se o PT definir apoio convicto”

O presidente do PMDB de Goiás, Adib Elias, disse ao Jornal Opção que o prefeito de Goiânia, Iris Rezende, “ainda não definiu” se será candidato a governador. “Iris quer ser candidato, o PMDB exige que dispute e o presidente Lula é um de seus principais incentivadores. Mas só vai se definir quando o PT anunciar apoio integral à sua candidatura. Ele não pode deixar a prefeitura sem o anúncio oficial e convicto dos petistas, nossos aliados preferenciais.”

O PT diz que quem aglutinar mais deve lançar o candidato a governador. “Mas quem aglutina mais são Iris e o PMDB. Esperamos que o PT se decida nos próximos 15 dias.” Se Iris ficar na prefeitura, o PMDB lança candidato? “É claro. Mas reafirmo: o candidato do PMDB e do PT será o prefeito Iris. Mas, sem o apoio decidido do PT, nada feito.”

Quan­to à dis­pu­ta pa­ra o Se­na­do, Adib diz que não há na­da de­fi­ni­do. “Os no­mes pa­ra o Se­na­do só co­me­ça­rão a ser pos­tos quan­do de­fi­nir­mos a ques­tão da ali­an­ça do PMDB com o PT.”

Adib avalia que Henrique Meirelles não está descartado para o Senado. “Mas não deve disputar o governo. Ele prefere alçar voos nacionais, mas o grupo de Michel Temer, por ser dominante, pode não lhe abrir espaço, considerando-o como cristão-novo. Eu devo acrescentar que o presidente do Banco Central não está chateado com Iris.”

O DEM de Ronaldo Caiado conversa com líderes do PMDB. “Mas sabemos que o DEM prefere compor com a terceira via propugnada pelo governador Alcides Rodrigues. Não aposto que o PP tenha condições de se aliar conosco no primeiro turno. Acho que o lançamento de candidatos do PMDB e do PP é mais adequado para os dois partidos.” O presidente do PMDB avalia que uma união com o PP pode ficar para o segundo turno. “Se Iris, favoritíssimo, não for eleito já no primeiro turno.”

Pedro Alves é o favorito para comandar a Fieg

As elei­ções pa­ra pre­si­den­te da Fe­de­ra­ção Go­i­a­na das In­dús­tri­as de Go­i­ás (Fi­eg), que reú­ne os 35 mai­o­res sin­di­ca­tos em­pre­sa­ri­ais de Go­i­ás e mo­vi­men­ta mi­lhões de re­ais por ano, se­rão re­a­li­za­das em agos­to. Mas os pré-can­di­da­tos já es­tão em cam­pa­nha, pe­din­do vo­tos e fa­zen­do ar­ti­cu­la­ções. O fa­vo­ri­to pa­ra sub­sti­tu­ir o res­pei­ta­do pre­si­den­te Pau­lo Afon­so Fer­rei­ra é seu vice, Pe­dro Al­ves de Oli­vei­ra, pre­si­den­te do Sin­di­ca­to das In­dús­tri­as do Ar­roz (Si­a­go). “Pe­dro é um can­di­da­to com­pe­ten­te, com gran­de folha de ser­vi­ços pres­ta­dos ao em­pre­sa­ri­a­do go­i­a­no, e se­rá elei­to pre­si­den­te da Fi­eg”, diz o de­pu­ta­do fe­de­ral San­dro Ma­bel, pre­si­den­te do po­de­ro­so Sin­di­ca­to das In­dús­tri­as de Ali­men­ta­ção. “Das 35 as­si­na­tu­ras, Pe­dro tem 21 o apoi­an­do”, revela.

Pau­lo Afon­so tem di­to aos sin­di­ca­li­za­dos que vai apo­i­ar o que es­ti­ver mais bem po­si­cio­na­do. Na ver­da­de, é um dos prin­ci­pa­is ar­ti­cu­lis­tas do no­me de Pe­dro Al­ves. Pon­to for­te do vi­ce: é o que mais co­nhe­ce a es­tru­tu­ra da Fi­eg. Es­tá na fe­de­ra­ção des­de a dé­ca­da de 1980. Seus pon­tos fra­cos: é apon­ta­do por al­guns “elei­to­res” co­mo uma lí­der “en­ve­lhe­ci­do”, “não há ro­ta­ti­vi­da­de no sin­di­ca­do que pre­si­de e ar­ti­cu­la pou­co com os pre­si­den­tes dos sin­di­ca­tos”. Ma­bel con­tes­ta: “Pe­dro é ar­ti­cu­la­dís­si­mo e é mo­der­no”.

An­tô­nio da Kelps, do­no da Edi­to­ra e Grá­fi­ca Kelps e pre­si­den­te do Sin­di­ca­to das In­dús­tri­as Grá­fi­cas (Si­ge­go), cor­re por fo­ra. Pon­to for­te: a seis mes­es das elei­ções, tor­nou-se o que al­gu­ns cha­mam de “o can­di­da­to 24 ho­ras”. Dis­pu­tar a pre­si­dên­cia da Fi­eg é sua ob­ses­são. Che­ga a ter um pro­je­to de ges­tão pron­to. Seu sin­di­ca­to é apon­ta­do co­mo atu­an­te e pre­si­de a Co­mis­são de Meio Am­bi­en­te da Fi­eg. Pon­tos fra­cos: não tem o apoio da cú­pu­la da Fi­eg e vá­rios pre­si­den­tes de sin­di­ca­tos ga­ran­tem que não tem “es­ta­tu­ra” pa­ra pre­si­den­te de uma ins­ti­tu­i­ção tão po­de­ro­sa.

Do­min­gos Sá­vio, do Sin­di­ca­to das In­dús­tri­as Ex­tra­ti­vas de Pe­drei­ras, é ti­do co­mo o lí­der mais “for­te” que sur­giu na Fi­eg — é seu pri­mei­ro te­sou­rei­ro — nos úl­ti­mos cin­co anos. É seu pon­to for­te. Pon­tos fra­cos: em­bo­ra apon­ta­do co­mo “no­vo”, não é ci­ta­do co­mo “mo­der­no” pe­los ad­ver­sá­rios; tem fa­ma de não ou­vir os ali­a­dos, de ser cen­tra­li­za­dor.

Ro­ber­to Eli­as Fer­nan­des, do Sin­di­ca­to da In­dús­tria da Cons­tru­ção Ci­vil (Sin­dus­con), é apon­ta­do co­mo um no­me for­te. Mas ad­ver­sá­rios di­zem que o Sin­dus­con in­di­cou os dois úl­ti­mos pre­si­den­tes e, por is­so, ele­ger um ter­cei­ro não se­ria pro­va de de­mo­cra­cia.

Prin­ci­pal de­fen­so­ra da in­dus­tri­a­li­za­ção de Go­i­ás, a Fi­eg é uma po­tên­cia e co­or­de­na o Se­nai, o Se­si, o Ins­ti­tu­to Eu­val­do Lo­di (IEL) e o Ins­ti­tu­to de Cer­ti­fi­ca­ção Qua­li­da­de Bra­sil (ICQB). Sua for­ça po­lí­ti­ca é imen­sa, tan­to que to­dos os can­di­da­tos a go­ver­na­dor pas­sam pe­la sa­la do pre­si­den­te.

“Lula não falou do essencial em Goiás”

O de­pu­ta­do fe­de­ral Lu­iz Bit­ten­court, do PMDB, fez uma sé­rie de co­men­tá­rios per­ti­nen­tes a res­pei­to da vi­si­ta de Lu­la da Sil­va em Go­i­ás. “Po­de ter si­do a úl­ti­ma vi­si­ta ad­mi­nis­tra­ti­va do pre­si­den­te ao Es­ta­do e nós, po­lí­ti­cos, de­ve­rí­a­mos ter co­bra­do mais do lí­der pe­tis­ta.”

Lu­la não fa­lou, nem foi per­gun­ta­do, so­bre a con­clu­são da du­pli­ca­ção da ro­do­vi­as BR-060 e 080. A du­pli­ca­ção da BR-153 , ru­mo ao Nor­te do Es­ta­do, não foi men­ci­o­na­da nem en pas­sant. Es­que­ce­ram de dis­cu­tir a construção ae­ro­por­to de Go­i­â­nia e o con­tor­no vi­á­rio da capital. A li­be­ra­ção dos re­cur­sos do Or­ça­men­to, que in­te­res­sa a to­dos os pre­fei­tos, não me­re­ceu uma li­nha. Go­i­ás es­tá per­den­do re­cur­sos. A ne­go­ci­a­ção da Celg, de­ci­si­va pa­ra o Es­ta­do, vi­rou no­ta de ro­da­pé. A mo­der­ni­za­ção do Hos­pi­tal das Clí­ni­cas da UFG não me­re­ceu ne­nhu­ma aten­ção. “O pre­si­den­te dei­xou de fa­lar o es­sen­cial pa­ra Go­i­ás e os po­lí­ti­cos e a im­pren­sa dei­xa­ram de co­brá-lo. To­dos de­ve­ri­am ter pu­xa­do o de­ba­te pa­ra o pre­sen­te, não pa­ra o pas­sa­do.”

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Ho­rá­cio San­tos mos­trou ele­gân­cia ao ser ex­pur­ga­do da Di­re­to­ria de Ope­ra­ções do De­tran. “Fui pres­ti­gi­a­do pe­lo go­ver­na­dor Al­ci­des Ro­dri­gues du­ran­te qua­se qua­tro anos.”
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Ao re­ti­rar San­tos do De­tran, cri­ti­ca­do por ser li­ga­do ao se­na­dor Mar­co­ni Pe­ril­lo e ao en­fant ter­ri­ble do PPS, Gil­va­ne Fe­li­pe, os pe­pis­tas ava­li­a­ram que es­ta­vam dan­do um to­que pa­ra o di­re­tor-su­pe­rin­ten­den­te do De­tran, Bráu­lio Mo­ra­is, pe­dir o bo­né.

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O PSDB or­ga­ni­za seu en­con­tro re­gi­o­nal no dia 3 de mar­ço, na Ci­da­de Oci­den­tal, no En­tor­no do Dis­tri­to Fe­de­ral.

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Es­pe­cia­lis­tas em se­gu­ran­ça ga­ran­tem que Go­i­ás pre­ci­sa mais de pe­ri­tos — pe­lo me­nos 100 — do que de no­vos agen­tes. A po­lí­cia es­tá dei­xan­do de in­ves­ti­gar e es­cla­re­cer vá­rios ca­sos por fal­ta de pe­rí­cia.

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S­obre a pu­bli­ci­tá­ria Polyan­na Bor­ges, a per­gun­ta é: PMs es­ta­ri­am ma­tan­do seus su­pos­tos as­sas­si­nos?

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Se a res­pos­ta for po­si­ti­va, por que mo­ti­vos po­li­ci­ais es­ta­ri­am ma­tan­do os pos­sí­veis en­vol­vi­dos no cri­me?

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A PM es­tá en­vol­vi­da no as­sas­si­na­to de Polyan­na? “Não”, afir­ma, pe­remp­tó­rio, um de­le­ga­do de po­lí­cia.

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De um ex-agen­te fe­de­ral: “A po­lí­cia de Go­i­ás é tão ‘rá­pi­da’ que, qua­se um ano de­pois do as­sas­si­na­to da ga­ro­ta Ca­mi­la La­ga­res, ain­da não con­se­guiu pro­du­zir um lau­do”.

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O po­li­ci­al apo­sen­ta­do su­ge­re que a “ra­pi­dez” da po­lí­cia tem uma ex­pli­ca­ção: o cri­me po­de ter si­do co­me­ti­do por po­li­ci­ais mi­li­ta­res. O pro­mo­tor de jus­ti­ça Rod­ney Sil­va, se­ri­ís­si­mo, de­ve­ria pe­dir ex­pli­ca­ções so­bre o ca­so. -

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Pau­lo Eus­tá­quio, rei­tor da Fe­surv, fa­cul­da­de de Rio Ver­de, vai dis­pu­tar man­da­to de de­pu­ta­do es­ta­du­al. Pe­lo PTB de Jovair Arantes.

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O pre­fei­to de São Pau­lo, Gil­ber­to Kas­sab, dis­se pa­ra o ex-de­pu­ta­do fe­de­ral Vil­mar Ro­cha que as elei­ções de Go­i­ás, a pos­sí­vel ali­an­ça en­tre PSDB e DEM, pas­sam pe­la ques­tão na­ci­o­nal.

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O PT se im­pôs uma ta­re­fa: des­tru­ir seu prin­ci­pal opo­nen­te ide­o­ló­gi­co, o DEM. Por is­so, o DEM na­ci­o­nal não vai per­mi­tir pro­je­tos que con­tri­buam pa­ra fa­vo­re­cer a can­di­da­ta pe­tis­ta a pre­si­den­te da Re­pú­bli­ca, Dil­ma Rous­seff.

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De um pe­e­me­de­bis­ta: “Jo­a­quim Ro­riz po­de sa­ir da dis­pu­ta pe­lo go­ver­no do Dis­tri­to Fe­de­ral bre­ve­men­te. Te­me que as ba­te­rias do PT vol­tem-se con­tra ele. Aos 74 anos, não tem sa­ú­de pa­ra aguen­tar uma cam­pa­nha agres­si­va e demolidora”.

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