segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Diário da Manhã

Opinião do Leitor

A serviço do poder
06/02/2010

A inversão de valores em Goiás é preocupante. Estou estarrecido, por exemplo, com a presteza e a rapidez com que os políticos se dispuseram a dar apoio e a solidarizar com o secretário Jorcelino Braga, no episódio em que a filha dele foi flagrada recebendo propina para facilitar liberação de verbas do Estado. Os políticos não esperaram nem a apuração do caso para colocar a mão no fogo pelo secretário. Mas, estes mesmos políticos se omitem vergonhosamente em outro episódio que mancha o Estado de Goiás e envergonha os cidadãos. Sandro Mabel, Sérgio Caiado, Ernesto Roller, Iris Rezende, José Nelto e Alcides Rodrigues não disseram uma palavra sequer sobre o inaceitável constrangimento por que passou o jorna-lista Batista Custódio, editor-geral do Diário da Manhã. Batista sofreu abusiva abordagem da Polícia Militar, passou por humilhações e foi afrontado nos seus direitos de cidadão honrado e respeitado. É a ele, Batista Custódio, ícone do jornalismo goiano e defensor das liberdades de imprensa, que estes políticos deveriam apoiar e prestar solidariedade e não aos poderosos de plantão. Mas, por que eles não se manifestaram no caso de Batista e foram tão prestativos no episódio do secretário da Fazenda? A resposta todos sabem: Batista está na trincheira do povo, lutando pelo bem público. Eles querem é dividir o bolo do poder, locupletarem-se. São todos farinha do mesmo saco. O deputado José Nelto, por exemplo, é protagonista de vários escândalos e agora acaba de ser cassado. É por isso, portanto, que eles evitam estar do lado de Batista, um cidadão honrado, de bem, honesto, que abriu mão de privilégios pessoais por sua bandeira, o jornalismo livre e democrático, materializado pelas páginas do DM.

Essa omissão deles, embora compreensível do ponto de vista de uma análise sociológica, é vergonhosa e inadmissível. Mostra simplesmente que perderam o senso e não se guiam mais pelas vozes das ruas, mas pelos interesses obscuros e mesquinhos do poder.

Almeida Machado Passos , Goiânia-GO, via e-mail

Lado fraco

Será que por ser negra e pobre a dona Ivone Francisco dos Santos, da Renafé, vai ser transformada em bandida nesse rumoroso caso de propina? Será que mais uma vez a corda vai arrebentar do lado mais fraco? Meu Deus, esse País precisa mudar!

Nilva Antônia Lopes , Goiânia-GO, via e-mail

Filha relegada

O que mais me impressionou nesse caso foi o pai negar a filha. Sou pai de três filhos, todos já me deram dor de cabeça, mas jamais os jogaria aos leões. Mesmo que tenham errado, não os abandono. Fico com eles em qualquer situação. Afinal, filho é filho. Abriria mão até de cargos importantes, mas jamais os deixaria sós. E não há perdão para quem age de outra maneira.

Lincoln Roossevelt Silva, via e-mail

Solidariedade a Braga

Instado por alguns colegas, auditores fiscais, como eu, da secretaria da fazenda do Estado de Goiás, a me manifestar através desse espaço, quanto ao divulgado da filha do titular da pasta à qual pertencemos, desse, então me sirvo, para me solidarizar com o senhor Jorcelino Braga, considerando o que até aqui foi publicado.

Como marconista e que por muitas vezes já me manifestei, inclusive em artigo nesse mesmo veículo de comunicação de ser essa a minha opção para as próximas eleições, e também com a mesma firmeza e convicção de sempre me posicionar quando assim julgo necessário, não tenho a mínima preocupação, por não ser verdade, de que venha a se interpretar essa manifestação como uma bajulação ou agrados ao meu superior hierárquico, é que expresso o meu apoio ao secretário pelo o que foi até agora divulgado.

Assuntos dessa natureza são bastante melindrosos, pois quando se trata de enxovalhar, denegrir e até mesmo pulverizar a imagem de uma pessoa pública, o jogo é para lá de sujo e mesquinho e assim nunca se sabe em como a coisa vai se finalizar. Porém, a todos deve se dar um voto de confiança e crédito, principalmente quando nem direta ou indiretamente se relacionou a participação do secretário nos acontecimentos que estão na mídia, pois seria um pré-julgamento, de consequências mais do que danosas.

Ele, realmente, tem feito um excelente e sério trabalho à frente de tão espinhosa pasta, pois ao mesmo tempo em que tem como incumbência arrecadar para manter a máquina pública estadual em funcionamento, tem que também falar muitos nãos, principalmente àqueles (mesmo os colegas de outras secretarias) que têm que fazer gastos, e estes são sempre crescentes, e assim estão sempre a tentar pressioná-lo para um maior repasse de verbas, daí a necessidade de alguém ali que seja inflexível, porém com traquejo suficiente para dizer um não que, às vezes, pareça um sim.

Soa bastante triste e lamentável que de um modo ou de outro, nem que seja pela paternidade da envolvida, seu nome se veja no torvelinho desse episódio, pois em nenhum tempo durante os quase três anos que já está à frente da Sefaz, nunca houve qualquer mera insinuação quanto a uma conduta mal condizente com o cargo que ocupa.

Os fatos até agora publicados nos dois maiores jornais de circulação goianos, trazem trans-crições de diálogos e imagens de vídeos da filha do secretário em conversações, envolvendo valores que, ao que tudo indica, seriam propinas para intermediações para liberações de verbas junto ao poder público estadual, porém a não ser citações ao seu nome, o que é até natural, pois uma das envolvidas é a sua filha, de modo concreto nada até agora incrimina o secretário Braga.

Como pai e como trabalhador, imagino o grande sofrimento pelo qual está passando o cidadão Jorcelino Braga, torço e espero que realmente ele não tenha nada a ver com essa situa-ção, uma vez que, ressalte se, ao que até agora foi publicado, não consta qualquer participação sua, mesmo que indireta.

Faço votos de que tudo se esclareça e que a verdade venha à tona, e que a reputação e idoneidade do secretário possam permanecer incólumes, muito embora quando isso vir a acontecer, os prejuízos morais e psicológicos não serão jamais ressarcidos, pois lhe terão calado fundo no mais íntimo da alma.

José Domingos, Goiânia-GO, via e-mail

Lamentável

Não se deve atirar pedras contra as pessoas porque, muitas vezes, o maior inimigo está dentro da própria casa. Que a lamentável situação que está vivendo o secretário Jorcelino Braga sirva-lhe de reflexão.

Sisenando Francisco de Azevedo, via DM Online

Tráfico de influência

Há uma clara e nítida confusão na análise do caso da propina recebida pela filha do secretário Jorcelino Braga. Muita gente dizendo que o pai não pode pagar pelos erros do filho. Claro que não. Mas neste caso, existem dois crimes a serem apurados, no meu entender. O primeiro, é a extorsão praticada pela mulher. E o segundo é o tráfico de influência, que teria sido praticado pelo agente público. Portanto, não se trata de pai pagar pelo ato da filha, mas responder pelos seus atos como gestor público.

Iolanda Neves , Itumbiara - GO, via e-mail

Usual

Não acredito que esse episódio envolvendo o secretário Braga e sua filha tenha sido armação de quem quer que seja. Primeiro, porque seria muito difícil combinar tudo aquilo. Nem em novela da Globo para dar tão certo. Segundo, porque essa é a justificativa de todos os políticos quando são pegos com a boca na botija. Paulo Maluf, Jader Barbalho, José Roberto Arruda e outros tantos.
Agora mesmo, o deputado José Nelto foi cassado e vem com a mesma ladainha: é armação política. Portanto, acho que não é a melhor justificativa. Vamos apurar os fatos.

Sílvio Reis, Goiânia -GO, via e-mail

Dificuldades financeiras

Este episódio que aconteceu com a filha do secretário da Fazenda Jorcelino Braga, supostamente extorquindo uma entidade filantrópica, vai contribuir e muito para políticos, pois os filhos hoje em dia ricos e pobres precisam de apoio financeiro, a Aniela Braga, às vezes, estava com dificuldades financeiras, partiu pra este lado.

Sebastião Graci Evangelista da Silva, via e-mail

Fato

Não entendo o rumo que algumas pessoas procuram dar ao caso da filha do secretário da Fazenda. Em vez de se preocuparem com o crime em si, querem saber do revólver.

Marilda Cavalcanti , Aparecida de Goiânia, via e-mail

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