terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Tribuna de Anápolis
Sábado, 20 de Fevereiro de 2010

Estratégica e central

A vinda do aeroporto de cargas para Anápolis é, com razão, o maior tema de engajamento do empresariado da cidade. Afinal, e a instalação do terminal de cargas para o aeroporto do município que vai conferir a Anápolis melhores condições de lutar pela vinda de investimentos na área de logística que poderão guindá-la à condição de maior encontro de caminhos do centro da América do Sul. É assunto em que insistimos neste ponto há anos. Anápolis está em situação privilegiada, em termos geoestratégicos, não só em relação ao Brasil, mas em relação a todo o subcontinente do Hemisfério ocidental. A montante e à jusante, a relativa eqüidistância da região na qual está situada Anápolis em relação aos oceanos Atlântico e Pacífico lhe confere posição única no que se refere a potencialidades de distribuição de mercadorias importadas dos centros industriais de Segunda e Terceira Revolução Industrial da Ásia (Sudoeste Asiático e Subcontinente Indiano), e de exportação de produtos do agronegócio, tanto para países OCDE quanto para economias emergentes (o que engloba tanto os eixos atlântico quanto pacífico). Ademais, a Ferrovia Norte Sul pode propiciar a Anápolis, seu marco zero, possibilidade de ligação com os portos de Matarani, Maratani e Alo, no Peru, na costa pacífica da América do Sul. Dessa forma, Anápolis poderia se inserir como nó da infra-estrutura logística sul-americana (de resto, o setor que ensejou a criação da Unasul), tanto em um seu ramo modal de baixos custos (o ferroviário) quanto de altos custos e alta segurança (aeroviário). O sonho de uma nova era logística, após o fim, nos anos 80, dos ganhos que o municpipio obteve do desenvolvismo iniciado nos anos 30, é estratégia renovada no século XXI.

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