terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

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Carta dos Leitores

Matagal e dengue

Moro no Setor Santa Genoveva há oito anos e sempre convivi com o mato, como se estivéssemos na roça. Tem um lote na Rua Guariroba, outro na Rua Landi e outro na Rua Pecuária, próximo à Escola Municipal Maria Genoveva, onde a quantidade de capim é tão grande que daria para alugar como pasto.

Já reclamei à Amma pelo protocolo 8826885, faz aproximadamente um ano, mas nenhuma providência foi tomada. Enquanto isso, a dengue continua maltratando e matando, sem que se saiba a quem recorrer. Uma coisa é certa: a situação não pode continuar dessa forma.

EUZIMAR MARQUES
Centro – Goiânia


Moro no Jardim Olímpico, em Aparecida de Goiânia, há mais de 20 anos, e nesse período nunca vi nenhuma ação concreta das autoridades para, pelo menos, amenizar o problema da dengue que já atinge vários moradores desse bairro, sem falar nos demais aqui da região.

A sujeira faz parte do dia-a-dia aqui do bairro, com esgoto a céu aberto escorrendo nas ruas, matagal, lixo e entulhos por todos os lados.

É muito difícil encontrar uma rua ou avenida que tenha calçadas, e quando tem ficam ocupadas por veículos, pneus, bicicletas, móveis, mesas de bares e entulhos. A sujeira em certos locais chega a ser assustadora e os focos do mosquito da dengue estão em quase todos os lotes baldios.

A solução para esse problema existe. O que precisa ser feito de imediato é punir esses agressores do meio ambiente, bem como uma fiscalização rigorosa por parte da Prefeitura e até mesmo da Polícia Militar para tentarmos resolver essa situação tão triste que vem ocorrendo.

RÔMULO TAVARES
Aparecida de Goiânia – GO


Cirurgia bariátrica

O Ministério Público Federal de Goiás impediu que o médico e cientista Áureo Ludovico continuasse com os procedimentos de sua técnica chamada de “gastrectomia vertival, com interposição de íleo”, com sucesso comprovado. A propósito, venho agradecer ao cartunista Katteca, pela coragem de dizer em seus bem-humorados quadrinhos, o que toda população indignada gostaria de alardear: o médico está engessado, pelo menos por enquanto.

Isso porque sua técnica foi ensinada a equipes da Índia, da Itália e dos EUA. Atitudes como esta de repassar os conhecimentos com rapidez a outros cantos do mundo, não só divulga e amplia a nova técnica, mas preserva a vida do cientista, em relação a setores que possam ter alguns interesses contrariados.

Não conheço o médico, não sou gordo nem diabético, mas procurei conhecer superficialmente a técnica empregada. Ele não trabalha com células-tronco, células embrionárias, não faz transplantes de órgãos, apenas faz um procedimento simples, pelo qual hormônios do próprio indivíduo trabalham a seu favor, contra a diabetes.

Este médico procurou com insistência; estudou, testou sua técnica em diversas pessoas voluntárias, que ainda hoje agradecem e elogiam tal procedimento. Peço ao médico e cientista Áureo Ludovico de Paula que não desista. Goiás precisa de seus serviços, porque não só criou esta nova técnica cirúrgica, mas porque já faz parte de nosso patrimônio científico, juntamente com a equipe do Hospital de Queimaduras, da família Pícollo, referência mundial no tratamento de queimaduras; do médico-cientista Marcos Pereira de Ávila, referência mundial no tratamento de males da retina.

Dezenas de outros profissionais, como cirurgiões-plásticos, neurologistas e cardiologistas, fazem com que Goiânia seja procurada por milhares de pacientes de todo o mundo, levando nosso nome a todas as partes, sendo hoje referência mundial não só nestas especialidades citadas, mas em todas as especialidades médicas.

A história diz que há 2 mil anos, o maior dos médicos também foi expulso de sua própria cidade, porque fazia curas que os outros não conseguiam fazer.

Mas a própria história cuida de refazer as injustiças, mesmo que o tempo passe e os injustiçados aguardem vários séculos para serem “perdoados”, como Galileu.

ALBERTINO ROQUE
Goiânia - GO

Centro de Goiânia

Com vasta cultura, memória prodigiosa, arraigado senso de preservação histórica e ambiental, além de poesia à flor da pele, José Mendonça Teles colocou no papel minha revolta quanto ao deteriorado Centro de Goiânia, particularmente da Rua 20.

Estudei no Conservatório de Música, antiga Faculdade de Direito e atual Justiça Federal, que nos fez o grande “favor” de descaracterizar o dantes belo e memorável prédio.

Evito, até mesmo, passar por ali para não me aborrecer e frustrar minhas recordações da infância e da adolescência. Certa feita, constatei que havia um espigão onde outrora existia o palacinho, com suas profusas roseiras no jardim. Senti um baque, como quando alguém caro ao coração se vai. Lágrimas banharam meu rosto.

Quantos casarões maravilhosos e frondosas árvores poderiam ter sido protegidos no Centro pelo Patrimônio Histórico. Os exemplares que, bravamente, ainda se mantêm de pé, creio que possuem os dias contados, pois não há a cultura da preservação da história, como se observa nos países desenvolvidos.

KÁTIA BRENNER QUEIROZ
Setor Bueno – Goiânia


Preço da gasolina

A notícia veiculada na matéria Governo reduz Cide para segurar preço da gasolina, não passa de mais um factóide das autoridades para mascarar a sua incompetência em solucionar um problema que se repete todos os anos.

Ele não será resolvido com medidas emergenciais, como essa de baixar o valor da Cide de R$ 0,23 para R$ 0,15 devido o alto custo do etanol, cujo resultado não chegará ao consumidor final. Sabemos que a cana-de-açúcar, como qualquer outro produto do agronegócio, está sujeito à sazonalidade da produção, portanto, previsível.

Soma-se a esse fato, que a safra 2009/2010 da cana-de-açúcar foi enormemente prejudicada pelo excesso de chuva na Região Sudeste (maior produtora nacional), exatamente no período da colheita, o que provocou uma quebra de aproximadamente 20% na quantidade e outro tanto na qualidade (quanto mais chuva, menos sacarose).

Esse negócio de jogar a culpa na exportação do açúcar é uma balela, pois o setor continua mais alcooleiro do que açucareiro. Para resolver o problema do abastecimento – e preço – do etanol no período da entressafra, basta que se implante uma simples medida, ou seja, fazer estoque regulador durante a safra.

Para tanto, ao contrário dos anos anteriores, o governo deve flexibilizar as exigências de garantia ao produtor (o etanol estocado já é uma garantia real), dar um prazo maior para pagamento do empréstimo e cobrar juros menos escorchantes. O consumidor que confiou no preço baixo do etanol e comprou o veiculo flex, necessita da garantia firme de abastecimento e preços estáveis.

HUMBERTO VIANA GUIMARÃES
Setor Oeste – Goiânia 

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