segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

O Popular - 08 de janeiro de 2010

O Popular

Editorial

Educação maltratada

Está em curso o período de pré-campanha eleitoral. É hora de a sociedade cobrar compromisso para valer dos candidatos com a educação, área que precisa ser resgatada do tratamento de segundo plano que tem recebido.

O golpe militar de 1964 estará completando 46 anos no final do próximo mês. Nada a comemorar, é claro, e muito a lamentar. Como o rompimento do Estado de direito, como a prática de tortura e alguns atrasos no plano social, o maior deles a submissão da política educacional a um absoluto segundo plano.

O regime militar não apenas se descuidou da educação, como perseguiu duramente ideólogos educadores de elevado nível intelectual e cabeças pensantes nessa área, como Anísio Teixeira e Darcy Ribeiro.

Sem ênfase à educação, a colheita de impasses sociais é que foi crescendo, como a violência que hoje acossa a população. Muitos impasses e graves problemas de hoje são decorrentes da falta de prioridade à educação, que começou naquela época e que, na verdade, continuou persistindo mesmo depois do restabelecimento do primado do poder civil. A educação não tem ênfase, não é contemplada com o necessário grau de atenção. O elevado grau de evasão escolar decorre das carências das quais padece a área educacional.

Existe ainda um problema correlato. Mesmo não recebendo as dotações orçamentárias suficientes, a área educacional, no Brasil, sofre os prejuízos decorrentes da drenagem de recursos pelos ralos da burocracia e das irregularidades.

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