Geraldo Alckimim:com Marconi Perillo!

Política & Justiça 

Em Goiânia, Alckmin lamenta ataques de Lula a Serra e critica postura do petista

Governador eleito em São Paulo elogia programas sociais criados por Marconi e realiza carreata em Aparecida

Taynara Borges 

O governador eleito em São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), esteve em Goiás na tarde de ontem. Ele realizou carreata em Aparecida de Goiânia em apoio às candidaturas do senador Marconi Perillo (PSDB) para o governo do Estado e de José Serra (PSDB) para a Presidência da República. Em entrevista à imprensa, criticou a postura do presidente Lula (PT) em interferir de forma enérgica na campanha eleitoral, que classificou como “campanha de baixo nível”.

Ao lado dos senadores Lúcia Vânia (PSDB) e Demóstenes Torres (DEM), e de lideranças e apoiadores locais do partido, como Daniel Goulart, presidente do diretório regional do PSDB, e os deputados Marlúcio Pereira (PTB) e Elias Júnior (PMN), Alckmin e Marconi percorreram os setores Garavelo, Buriti Sereno, Cidade Vera Cruz, Veiga Jardim e Cruzeiro do Sul, em uma das mais expressivas carreatas da campanha. O ato é mais uma estratégia para fortalecer a candidatura de Marconi Perillo no município.

Alckmin elogiou os programas sociais implantados por Marconi, a quem classificou como “pioneiro da rede de ação social” e ainda suas ações para desenvolver o Estado. “Além de criar o Renda Cidadã, que, inclusive, utilizamos o mesmo nome em São Paulo, e ainda o Bolsa Universitária e o Cheque Moradia, Marconi fez muito pela geração de emprego e renda. Em Goiás ele foi o governador do desenvolvimento”, disse. Quanto à relação entre os Estados, o tucano declarou que Goiás e São Paulo tem grande “complementaridade”, e reafirmou as parcerias que tem no País. “Temos o Aécio Neves em Minas Gerais, o Beto Richa no Paraná, o Siqueira no Tocantins e o Marconi em Goiás. É um bom time.”

Em relação à postura do presidente Lula em interferir de forma enérgica na campanha eleitoral, Alckmin declarou que “como cidadão, ele tem o direito de apoiar seus candidatos. O que não pode é um chefe de Estado agir cometendo até injustiças”, se referindo ao comentário de Lula sobre a agressão sofrida por José Serra no Rio de Janeiro.

Segundo Alckmin, uma eleição se ganha com “embate de ideias, de propostas”. “Como dizia Peròn, a Isabelita: fale muito das pessoas, pouco dos outros e nada sobre você. Política se ganha com ética e não com esse vale tudo”, deixou o recado.

Sobre a colocação de Serra nas pesquisas, o governador eleito de São Paulo declarou não ser motivo para alarde. “O Brizola já dizia que se pesquisa ganhasse eleição, não tinha eleição”, pontuou. “Estive no Acre, em Cuiabá, Dourados, Campo Grande, São Paulo, e em todos estes lugares Serra está na frente. A expectativa é que ele ganhe com grande diferença. Estamos otimistas. Temos todas as condições para chegar lá.” Mas admite: “É uma eleição disputada.”

Cumprimentando e dando as boas-vindas ao companheiro tucano, Marconi declarou que Alckmin é “uma das grandes lideranças brasileiras, que sempre respeitou muito os valores éticos, morais e cristãos”. “Ele é verdadeiramente a síntese do que a gente precisa na política”, complementou.

CRIME

O senador Demóstenes Torres (DEM) classificou como “criminosa” a interferência do presidente Lula na campanha eleitoral brasileira. “Eu não sei porque até agora o Ministério Público Federal (MPF) não tomou providências. Esse negócio de multa é bobagem. A interferência do presidente da República e da máquina de governo têm sido criminosa”, acusou. “Mas conheço muito o procurador geral, e creio que ele esteja recolhendo material para entrar com processo de abuso de poder político para impedir a posse da candidata Dilma Rousseff”, concluiu, ao dizer que também a omissão do MPF tem sido uma “omissão criminosa”.

Em sua última visita a Goiás, na última terça-feira (19), Lula atacou os adversários Marconi Perillo (PSDB) e José Serra (PSDB) de forma exaltada, em comício com Iris Rezende (PMDB) no Jardim Curitiba I, setor da região Noroeste da Capital. Marconi recebeu na sexta-feira (22) o apoio do ex-prefeito de Aparecida de Goiânia José Macedo (PR), que era um dos coordenadores da campanha de Vanderlan. A reunião aconteceu na casa do ex-prefeito, que ficou completamente lotada com aproximadamente duas mil pessoas, que conclamaram Marconi a voltar ao governo de Goiás. Marconi reafirmou seus compromissos e estabeleceu alguns novos, como os de estender o Centro de Recuperação para Dependentes Químicos.
 

Tucano compara adversário a Dick Vigarista e reclama de “jogo sujo”
Em visita a Mineiros, o candidato a governador pela coligação Goiás Quer Mais, Marconi Perillo (PSDB), comparou o adversário Iris Rezende (PMDB) a um famoso personagem de desenho animado, Dick Vigarista, e disse que os métodos do peemedebista o faz pensar que o staff irista trata esta eleição como uma espécie de “Corrida Maluca” – seriado que ganhou fama entre crianças na década de 1980.

“Eu já não me preocupo mais com as falácias e insinuações do meu adversário. Entendo o desespero dele ao ver se aproximar o dia 31 de outubro. Ele me lembra muito aquele desenho que assistíamos na televisão há algumas décadas. Era aquela Corrida Maluca em que se destacava o Dick Vigarista. Durante toda a corrida ele tentava todos os métodos sujos para tentar vencer, mas sempre perdia. Nós também, a despeito de todo jogo sujo da oposição, vamos chegar na frente.”

O Diretório do DEM de Mineiros, que no primeiro turno das eleições apoiou Vanderlan Cardoso ao governo do Estado, anunciou apoio a Marconi. A declaração foi feita ontem.

 
Sobre Paulo Beringhs: “Estamos voltando à idade das trevas”
A respeito da denúncia de censura e intervenção sofrida pelo jornalista Paulo Beringhs em seu Jornal Brasil Central, pela Agência Goiana de Comunicação (Agecom), Marconi declarou que “isso não pode acontecer”. “Denunciei em meu programa eleitoral, e o fato ainda teve repercussão internacional. Nós estamos voltando à idade das trevas. Deve haver repúdio de toda a sociedade”, asseverou. 

A denúncia de Beringhs virou notícia internacional, como disse Marconi. O site Journalism in The Americas noticiou o abuso cometido pela Agecom e também postou o vídeo em que Paulo Beringhs revelou ao vivo que estava sendo vítima de censura dentro da emissora do governo.