quarta-feira, 20 de outubro de 2010

José Serra: comptência para continuar mudanças!





Política & Justiça


Serra promete fazer “mudança ampla” na economia brasileira
Candidato do PSDB à presidência defende a valorização do produto nacional em detrimento do importado e questiona política cambial do governo. Rigotto e Fogaça declaram apoio ao  tucano

Da Agência Estado 

Ao criticar a política cambial do governo Lula, o candidato do PSDB à Presidência, José Serra, afirmou ontem que adotará “uma mudança ampla” na economia, caso vença a disputa contra a adversária do PT, Dilma Rousseff. 

“O governo atual é o responsável pela política econômica. Eles nos levaram a uma situação em que o consumo de produtos importados, no começo do governo Lula, que era de 12%, chegasse agora a 20%. Isso está substituindo a produção nacional”, acusou Serra, ao chegar ao escritório de Fernando Gabeira, do PV, que ontem formalizou seu apoio ao tucano no segundo turno.   

Serra criticou a política econômica de Lula, ao ser questionado sobre a questão cambial e o aumento do IOF determinado pelo Ministério da Fazenda, numa tentativa de conter a queda do dólar frente ao real. Ele se mostrou cético quanto à eficácia das medidas adotadas.   

“É interessante ver agora o que o governo vai fazer. É responsabilidade dele. No meu caso, como presidente, a mudança vai ser muito mais ampla, do ponto de vista de política econômica, de equipe, de maneira de encarar a questão da economia e do gasto público”, declarou. 

No dia em que o governador reeleito do Rio, Sérgio Cabral Filho (PMDB), reuniu prefeitos de todo o Estado para promover ato de campanha em favor de Dilma, Serra anunciou que, se eleito, pretende governar com a parceria dos chefes dos Executivos estaduais e municipais independentemente de filiação partidária. 

O tucano citou o próprio Cabral como exemplo de futuro parceiro em investimentos no território fluminense - em especial para a Copa do Mundo de 2014 e a Olimpíada de 2016. 

Segundo Serra, ele sempre teve uma “boa relação pessoal” com o governador do Rio. “E essa relação vai se manter do ponto de vista administrativo. Não quero que exista a menor dúvida sobre isso”, disse Serra, que, no primeiro turno, teve um de seus piores desempenhos no Estado do Rio, onde obteve 22,53% dos votos. 

Serra participou de rápida coletiva de imprensa no terraço do prédio onde o deputado federal Fernando Gabeira, candidato derrotado ao governo do Rio pelo PV, tem escritório. Ontem, Gabeira anunciou apoio ao tucano. 


ADESÕES

O apoio que Serra buscava no Rio Grande do Sul desde o início da campanha foi conquistado nesta terça-feira, a 12 dias do segundo turno da eleição para a Presidência da República. O ex-governador Germano Rigotto (PMDB) e o ex-prefeito de Porto Alegre José Fogaça (PMDB) declararam que vão votar no tucano. Ao mesmo tempo, evitaram prometer engajamento na campanha. Argumentaram, para isso, que foram derrotados nas eleições deste ano. Rigotto buscou uma cadeira no Senado, mas acabou em terceiro lugar, atrás de Paulo Paim (PP) e Ana Amélia Lemos (PP). Fogaça, que havia deixado a administração municipal em março, disputou o governo do Estado, que ficou com o petista Tarso Genro, eleito no primeiro turno. 

A declaração de voto para Serra foi acompanhada de reuniões com nomes de peso da política regional. Inicialmente, Fogaça e Rigotto anunciaram a decisão aos integrantes das bancadas estadual e federal do partido reunidos num hotel do centro de Porto Alegre. Participaram do encontro seis dos nove deputados estaduais e três dos cinco deputados federais do partido, todos favoráveis a Serra. Dos ausentes, sabe-se que apenas o deputado federal Mendes Ribeiro Filho está com Dilma Rousseff (PT). 

Depois, em outro hotel, no bairro Moinhos de Vento, o ex-prefeito e o ex-governador encontraram-se com o governador eleito de Santa Catarina, Raimundo Colombo (DEM), o vice governador eleito Eduardo Pinho Moreira (PMDB) e os senadores eleitos Luiz Henrique da Silveira (PMDB) e Paulo Bauer (PSDB) e líderes do Movimento Suprapartidário Gaúchos com Serra. 

A adesão de Fogaça e Rigotto foi saudada como grande conquista por Silveira, que também é coordenador da campanha de Serra em Santa Catarina. “Se (vocês) não venceram, conquistaram votação expressiva, e isso lhes dá a autoridade para definir o voto de muitos no 2º turno”.

Nenhum comentário:

Postar um comentário