segunda-feira, 24 de março de 2008

Guerrilha Intelectual Brasileira – A GIB

Camaradas,

Não é mais concebível que cruzemos os braços, enquanto esse desbragado modelo econômico, que faz da miséria sua moeda mais preciosa, marcha célere para o pensamento único, exatamente a acusação que era feita contra o comunismo.
Não!! Chega!! É hora de tirar os ideais e as idéias progressistas do fundo das gavetas e levá-los para onde eles são mais úteis: as ruas, os bares, as salas de bate-papo, as páginas da rede mundial de computadores. Todos os espaços democráticos imagináveis.
É retrógrado pensar-se em luta armada, quando o adversário conta com todas as vantagens possíveis, acumuladas pela pilhagem, pelo neocolonialismo, pelo apoio da indústria armamentista, pela corrupção e pela pura e simples invasão de nações.
A luta agora é outra e precisa de novas armas, portanto, convido as cidadãs e cidadãos para a Guerrilha Intelectual Brasileira, que nasce agora e precisa de todos os que compartilham da ética humana, que está acima das “éticas” artificiais, que apenas justificam a exploração e as mazelas sociais. Na GIB usaremos a mais poderosa munição: a palavra. Mas, não a poderemos usar para discussões estéreis e frívolas. Precisamos, sim, reunir as pessoas no combate aos falsos moralistas, hipócritas e mentirosos, que usam a desinformação do povo para continuar a oprimí-lo, a roubá-lo; seja através de tendências religiosas absurdas, seja pelo predomínio na divulgação da versão dos fatos que mais interessa aos dominadores.
Faremos encontros programados para debates, entraremos na rede para desmascarar adversários, mandaremos milhares de mensagens eletrônicas para destruir conceitos tendenciosos, entraremos nas páginas de políticos, jornalistas, escritores, entidades, enfim, onde se travar qualquer embate de pensamentos; para apresentar os nossos pontos-de-vista. Tomaremos de assalto os grandes eventos que dêem visibilidade aos nossos objetivos; sempre com o apoio de intelectuais ou cientistas que possam nos munir de bons argumentos.
A Guerrilha Intelectual Brasileira está se organizando e é quase óbvio que não há uma coordenação e o assento das linhas básicas de sua organização estatutária, se é que ela terá estatutos.
Essa será uma construção coletiva, como a nova sociedade que almejamos. Não terá, necessariamente, um rótulo ou uma certidão de nascimento, nem será baseada em sistemas fracassados.
As lutas e as necessidades postas, certamente, trarão em si as melhores soluções, para que este trabalho empolgue, mobilize, provoque, espalhe, seja reconhecido e respeitado.
Então, vamos ao que interessa e comecemos, como guerrilheiros responsáveis, a agir, pois a ação nos unirá.


João Aquino Batista
Comando Provisório

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