segunda-feira, 1 de junho de 2009

O provincianismo nosso de cada dia!

O governador Alcides Rodrigues, ao se aliar aos seus antigos detratores, está fazendo o jogo daqueles que sabem do seu pouco apetite político e do seu quase nulo futuro eleitoral. Fomentar a candidatura de Henrique Meirelles, em detrimento de uma possível união da base aliada em 2010, é o mesmo que entregar o poder ao adversário; poder duramente conquistado pela oposição ao PMDB, depois de 16 anos em que esse partido teve a chance de fazer e não fez o que devia, tanto que os problemas estruturais que temos hoje, são frutos da falta de investimentos planejados em obras que representassem um salto para o futuro.
Fazer estradas sem acostamento, foi desconhecer a tendência de Goiás ao desenvolvimento econômico. Com o passar do tempo, aumentou o número de veículos nas rodovias, especialmente de caminhões, tornando nossas estradas acanhadas para a nova realidade. Fazer casas pequenas, longe e sem infraestrutura, criou bolsões de miséria, de demandas sociais reprimidas e de criminalidade que, ainda hoje, prejudicam as médias e grandes cidades goianas. Fazer centenas de ginásios de esporte, quando eram necessárias escolas convencionais e profissionalizantes, significou atraso, na medida em que as indústrias vieram e não tínhamos mão-de-obra qualificada para ocupar as vagas de emprego. Vender a Usina de Cachoeira Dourada, foi condenar a CELG ao endividamente descontrolado, pois a empresa teve de comprar energia acima do preço de mercado, o lucro foi privatizado, enquanto o prejuízo foi socializado.
Agora, o PMDB e o PT estão fazendo algo de extremamente nocivo à política goiana e à auto-estima de todos nós, ao atrelarem as decisões locais ao interesses do presidente Lula, que não visa fortalecer politicamente o nosso Estado, mas, tão-somente, ampliar seu poderio pessoal, indiferente aos partidos e peculiaridades de cada estado.
Goiás, como prova esse episódio das sedes da Copa do Mundo, nunca foi considerado nas grandes decisões nacionais e, toda vez que os goianos se apresentam divididos frente às discussões importantes, isso tende a piorar.
Independente da vontade de Lula, o eleitorado goiano precisa ser conscientizado de que somos responsáveis pelo nosso destino, pois, os mandatários mudam, mas as necessidades do povo continuam sendo as mesmas faz muito tempo.
Cabe aos líderes goianos reverterem esse quadro, visto que a política nacional tem sua própria e arraigada dinâmica, na qual só poderemos intereferir se tivermos força para nos impor.

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