quinta-feira, 4 de junho de 2009

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Diário da Manhã

“Suposto rompimento entre Alcides e Marconi”
Sr. editor,
Lamento profundamente a enxurrada de asneiras que foram ditas por um grupo de supostos “cientistas” políticos, em matéria publicada no domingo passado sobre o rompimento entre o governador Alcides Rodrigues e o senador Marconi Perillo. Em sua maioria, as palavras desses “respeitáveis” especialistas foram desfavoráveis ao senador Marconi, mas por motivos óbvios, que são as posições partidárias e políticas preconcebidas por cada um deles. De maneira aberta, criticaram Marconi os “professores” Pedro Célio Alves Borges, da Universidade Federal de Goiás (UFG), e Denise Paiva, da mesma instituição. Vamos lá: Pedro Célio é militante petista notório, tendo, inclusive, um irmão médico que foi candidato a prefeito de Trindade pelo PT; já Denise Paiva, é famosa por sua simpatia pelo PMDB, partido com o qual conviveu intimamente ao elaborar sua tese de mestrado sobre o papel de Iris Rezende na redemocratização em Goiás. Desses dois, portanto, não seria de esperar outra coisa senão ataques ao maior adversário tanto do PT como do PMDB – no caso, Marconi Perillo.
Mas, continuando, estão na matéria as opiniões de Clever Luiz Fernandes, apresentado como historiador da UFG, quando, na verdade, é professor da Faculdade Padrão. Esse Clever também atira pedras em Marconi, mas não esclarece que sua tese de mestrado se propõe a uma defesa da União Democrática Nacional (UDN) ao longo da história de Goiás – e o grupo que cerca o governador Alcides Rodrigues costuma se autodenominar de udeno-caiadista. Pelo menos, teve um mérito: reconheceu que a UDN é golpista e tem um vasto currículo de traições em Goiás. Outro “cientista” que fala na reportagem é Itamy Campos, da UniEvangélica, também de laços com o PMDB e que já externou, em artigo publicado na imprensa, a opinião de que Iris Rezende está fadado a voltar ao governo de Goiás.
Finalmente, são citados os “cientistas” Sérgio Duarte, apontado como professor da UFG, que provavelmente deve ser Luiz Sérgio Duarte da Silva, dos quadros docentes da Universidade Católica de Goiás (UCG). Este, um historiador de conceitos equilibrados. Há também Wilson Ferreira da Cunha, que leciona Sociologia na UCG, e tem a língua solta, já foi de esquerda, mas hoje é um crítico mordaz do petismo mensaleiro, experiente observador da cena política estadual e por isso mesmo capaz de analisar o quadro com sobriedade e ausência de preconceitos ideológicos.
As duas jornalistas que assinaram a matéria – Érika Letry e Núbia Lobo – evidenciaram ingenuidade ao ouvir como “cientistas” isentos pessoas que têm comprometimento, porém, acredito que assim agiram porque são jovens demais para arriscar um texto sobre um tema tão complicado e de tamanha envergadura.
Conclusão da matéria publicada: se Alcides traiu Marconi, não há problemas, porque, em política, “trair é uma virtude”, segundo Maquiavel, citado pelo “cientista” Clever Luiz Fernandes. Nunca vi tamanha distorção. Maquiavel jamais disse tal asneira. Ao contrário: aos traidores, fica reservada a lata de lixo da história, sentenciou o filósofo florentino, sem nenhuma referência minha ao governador atual.
José Justino Porto, via e-mail

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