quarta-feira, 16 de setembro de 2009

HOJE

Edição: 1063       Data:16/09/2009

Marconi vê incerteza em aliança com PP

Venceslau Pimentel
 
O senador Marconi Perillo (PSDB), que tenta manter aceso por onde passa o discurso da unidade da base aliada, deu ontem sinais do distanciamento político com o governador Alcides Rodrigues (PP). Em evento ontem em Goiânia, que reuniu majoritariamente tucanos e peemedebistas, ele avaliou como incerta a manutenção da aliança com os pepistas para 2010, e ainda comentou pela primeira vez sobre especulações de uma eventual composição com o PMDB de Iris Rezende.

Virtual candidato a governador, Marconi disse que uma aliança com o PP é um assunto que ele só saberá no ano que vem. “Nós temos agora o calendário das filiações, depois teremos o calendário das desincompatibilizações e o calendário das convenções. Nós vamos saber quem está com quem só lá pra junho do ano que vem”, estima.

Em que pese as dúvidas sobre a continuidade da aliança com o PP, o senador classificou de boa a convivência com Alcides. “Eu sou um democrata, sou uma pessoa educada, compreendo a importância e sei respeitar as instituições e os detentores de cargos. Aprendi isso desde cedo”, frisou ele, após participar de ato que marcou o início das atividades do Instituto ProEconomia, ao lado do governador interino Ademir Menezes (PR), na sede da Associação Comercial e Industrial de Goiás (Acieg).

Ao contrário das últimas três eleições estaduais, em que a base permaneceu unida, Marconi vê o estágio atual como embrionário. Disse que até as convenções continuará articulando, sem estresse e sem ansiedade, “porque isso faz parte do combate”. No entanto, afirmou que em todos os momentos vai se posicionar em relação às questões que são postas que dizem respeito aos interesses do Estado.

Indagado se vislumbrava uma aliança com o PMDB, em resposta às especulações de uma eventual composição eleitoral, Marconi comentou o assunto pela primeira vez. “O cenário (político) em Goiás ainda está muito aberto. Mas isso só será decidido em junho do ano que vem”.

Já sobre eventual filiação partidária do presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, Marconi disse que preferia não tecer comentários de um assunto que ainda não passa de hipótese. “Acho que esse tipo de discussão só merece ser efetivamente debatida após a concretização (da filiação). Nós ainda temos alguns dias para o encerramento do prazo das filiações. Vamos aguardar como espectadores, tranquilos, sem nenhum tipo de ansiedade, sem nenhum tipo de preocupação”.

Enquanto o cenário permanece indefinido, o senador sustentou que continuará com a agenda de reuniões, em Goiânia e no interior do Estado, e minimizou críticas sobre o caráter político desses encontros. (Venceslau Pimentel)


SENADOR EVITA POLEMIZAR COM BRAGA SOBRE NION

Marconi evitou polemizar com o secretário da Fazenda, Jorcelino Braga, sobre o embate com o ex-prefeito Nion Albernaz (PSDB). Limitou-se a fazer considerações ao comportamento do tucano. “Considero o professor Nion Albernaz um dos grandes homens públicos do século passado e da história recente de Goiás”.

Para o senador, “Nion mudou a fisionomia, a moldura e a fotografia de Goiânia, em suas três administrações. É excelente gestor, fez as principais obras da história de Goiânia, é seríssimo, respeitadíssimo por todos nós, é o presidente de honra do meu partido. Merece todo o nosso respeito e o da população goianiense e de Goiás. Com certeza vai continuar com seus conselhos, com as suas ideias, e sabedoria nos guiando”.

Sobre a CPI da Celg, instalada pela Assembleia Legislativa, Marconi assegurou que, se convidado, atenderá ao convite. “Vou com todo prazer com todas as informações que disponho”, garantiu. Também comentou que já convidou o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, para falar sobre a Celg no Senado e que pretende convidar também a direção da Agencia Nacional de Energia Elétrica (Aneel). “Porque no debate, confrontando números, muitas vezes as pessoas soltam aquilo que não querem soltar com medo de represália política”, avalia. (V.P.)

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