quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Marconi é o melhor para Goiás!

Diário da Manhã

Opinião

Luiz Faleiros

As diferenças entre Marconi, Iris e Meirelles

Não existem critérios definidos cientificamente para se avaliar o desempenho de governos. Muitos acreditam que essa aferição pode ser feita através dos índices de popularidade. Outros, pelo balanço financeiro. A maioria, entendo eu, prefere avaliar a qualidade de vida das populações governadas.

Há líderes que se apegam unicamente aos efeitos da rigidez financeira. Entendem eles que essa é a única forma de, em um dia, num futuro que sabe-se lá quando se tornará realidade, o povo poderá enfim obter melhor qualidade de vida. É uma visão que fez história no Brasil durante o regime ditatorial, quando o então ministro Delfin Netto defendia que era necessário fazer o bolo crescer para depois dividi-lo. É uma visão técnica que nunca leva em conta o bem-estar imediato da população.

Goiás terá a oportunidade de escolher um governante no ano que vem, caso se confirmem todas as candidaturas até agora citadas, entre homens com características bastante distintas: Marconi Perillo, Iris Rezende Machado e Henrique Meirelles. Meirelles, o presidente do Banco Central, é apresentado como técnico. E é isso mesmo que ele é. Nunca fez outra coisa na vida. É um banqueiro, homem ligado às finanças, que tem como objetivo proteger o dinheiro. Sempre o dinheiro, jamais as pessoas. Ou, na visão financista, ele defende o dinheiro para que o dinheiro possa, quem sabe, defender as pessoas.

Só que é a tal conta futura que nunca fecha. Entre o lucro financeiro e o investimento na qualidade de vida das populações mais sofridas, até por instinto ele sempre optará pelo caixa. Numa administração do Estado com um governante com o perfil de Meirelles, não se permite nem mesmo imaginar o chefe do Estado andando em bairros sem estrutura, ou sentindo de perto o sofrimento das pessoas em hospitais abarrotados de macas espalhadas por todos os cantos. É fácil imaginá-lo nos salões climatizados, conversando com as elites econômicas e financeiras, nos seus mais de 30 anos comandando o Banco de Boston ou no último andar do Banco Central, onde chegou após uma mirabolante campanha de deputado federal, que mais parecia majoritária. Esse é o mundo dele.

Iris Rezende é o velho líder peemedebista que todos conhecem. O homem das grandes empreitadas. Iris que deveria continuar à frente do Palácio das Campinas, pois, buscar um novo embate contra Marconi poderá não ter um resultado favorável. Nos governos anteriores de Iris, explodiram alguns dos maiores escândalos da história recente de Goiás, como os casos BEG, BD e Caixego. Na prefeitura, já, neste mandato, veio o escândalo do furto de arroz na ONG Cidadão 2000. E ao invés de apurar os responsáveis, acabou com o programa. Iris ganha mais tocando as obras que ainda faltam para cumprir seu plano de governo neste segundo mandato de 4 anos.

Felizmente, Goiás poderá optar mais uma vez por Marconi Perillo. Em dois mandatos, Marconi demonstrou sua grande capacidade de modernizar as relações do Estado para com a sociedade. Apoiou decisivamente o aporte de milhares de novos empreendimentos em Goiás, desde grandes indústrias aos pequenos empreendedores beneficiados pelo Banco do Povo. Ao mesmo tempo, construiu a maior rede de fóruns no Estado, para que a população pudesse ter acesso à Justiça. Criou a segunda maior universidade do País, a UEG, que infelizmente atravessa agora uma fase muito difícil, mas que na época era motivo de orgulho para todos os goianos. Sem falar na sua rede de proteção e de inclusão social, que serviu de exemplo para outros Estados e até para o governo federal.

Enfim, o que estará sob julgamento e opção do povo de Goiás no ano que vem será a valorização e melhoria da qualidade de vida, como sempre fez o moço da camisa azul, e os modos atrasados de administrar ou de proteção ao dinheiro e aos endinheirados.



Luiz Faleiros é administrador e gestor municipal

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