segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

BASTIDORES





                                                                           Jornal Opção

Manuel Xavier vai dirigir o Sebrae 

O fazendeiro João Bosco Umbelino fez quase o impossível para continuar como diretor-superintendente do Sebrae. Mas não conseguiu. O novo diretor-superintendente, a ser indicado na quinta-feira, 9, será Manuel Xavier (foto), um gestor extremamente qualificado, ligado ao governador Marconi Perillo. “Xavier é moderado, preparado e inteligente. Ele será capaz de ampliar o raio de atuação do Sebrae, arrancando-o da letargia atual”, afirma, em off, um integrante do Fórum Empresarial. O Fórum foi fundamental na articulação do nome de Xavier.

Como previa o empresário e senador (a partir do dia 15) Cyro Miranda, a escolha para diretor-superintendente recaiu sobre um técnico do próprio Sebrae. Xavier trabalha no órgão há algum tempo. Outro funcionário de carreira do Sebrae, Wanderson Portugal, será o diretor técnico. Luciana Albernaz, filha do ex-prefeito de Goiânia Nion Albernaz, será a diretora administrativa e financeira. Wanderson e Luciana são técnicos competentes e experientes. O Sebrae, com a nova equipe, mais jovem e mais azeitada, vai voltar a funcionar. É a esperança de todos os empresários, do menor ao médio, e mesmo do grande. “Se não fossem os funcionários competentes, que trabalham à revelia da atual diretoria, o Sebrae estaria ainda mais desgastado”, diz um empresário. “Gente como Manuel Xavier e Wanderson Portugal, mesmo com a falta de experiência da equipe de João Bosco, conseguiu fazer o Sebrae funcionar, ainda que aos trancos e barrancos e sem apoio da diretoria. O Sebrae estava engessado. Agora volta ao seu leito normal — o de apoio integral às atividades dos empresários, sem privilégios e perseguições”, acrescenta. 

No dia 9, o empresário Marcello Baiocchi deverá ser eleito para a presidência do Conselho do Sebrae. Baiocci, presidente do Secovi, foi articulado pelo Fórum Empresarial, sobretudo pelo presidente da Federação do Comércio (Fecomércio), José Evaristo dos Santos, por Cyro Miranda (um dos empresários mais atuantes de Goiás, ao qual o Estado ainda terá de agradecer muito). 


“Marconi vai fazer um governo aberto ao diálogo” 

O deputado federal Vilmar Rocha (DEM) é intelectual e, ao mesmo tempo, político em tempo integral. Curiosamente, não é arrogante como a maioria dos intelectuais e sente-se extremamente bem no meio do povão. Na semana passada, contava alegre de uma homenagem que recebeu, em Ceres e Rialma, de políticos e populares. Ele escreve livros, como um excelente sobre populismo, articula com a cúpula nacional, mas fica feliz quando está circulando pelo interior, conversando com os líderes e as pessoas do povo. “Renovo-me, a cada dia, em contato com as pessoas. É minha razão de viver, pode-se dizer assim”, afirma. 

Vilmar conta que na quarta-feira, 8, a reunião da Executiva Nacional vai discutir o programa do partido Democratas para 2011. “Vamos discutir inclusive como serão articuladas as convenções. Nós temos de fazer convenções em 2011 com o objetivo de atrair novos filiados e candidatos a vereador e a prefeito. O vereador é o deputado de cada cidade e, portanto, é uma peça importante, decisiva. Quanto às prefeituras, o DEM tem de investir solidamente para conquistá-las. O DEM é um partido profundamente ideológico e moderno, e precisa ter sustentação nos executivos municipais, porque têm forte influência nas disputas estaduais.” 

O prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, está aguardando as decisões do Democratas para se posicionar. “Ele não quer sair do partido, que, no fundo, deu-lhe tudo e o consagrou política e administrativamente. Mas tem razão quando cobra posicionamento claro sobre as questões de fundo eleitoral e conteúdo político. O problema de Kassab é mais paulista do que nacional. Ele está se preparando para disputar o governo do Estado de São Paulo em 2014. Quer dizer, está se preparando para a guerra e quer saber, racionalmente, como poderá contar com o partido. Tem lógica sua preocupação.” Vilmar frisa que 2011 tem de ser o ano da mudança do DEM. “É a hora do salto qualitativo, que resultará no salto quantitativo.” 

A fusão do DEM com o PMDB, que era basicamente uma reivindicação paulista, está absolutamente descartada. Quanto à fusão com o PSDB, não há nenhuma possibilidade. “PSDB e Democratas são aliados, pensam parecido a respeito de muita coisa. Mas um partido liberal difere, em questões substanciais, de um partido social-democrata”, sustenta, aqui, o misto de teórico e político. 

Talvez por ter adotado a política de ser coadjuvante do PSDB, o DEM apequenou-se, em termos de números de parlamentares federais. O partido tinha 65 deputados federais e só conseguiu eleger, em 2010, 43 parlamentares. Dos 17 senadores, a bancada resume-se, para a legislatura que começa em 2011, a sete. “Os números indicam que o DEM precisa se rearticular. Não pode ficar parado, à espera de avaliações ufanistas. Deve avaliar-se criticamente, e reposicionar-se em termos políticos. Precisamos combinar a interpretação racional do ‘problema’ e, ao mesmo tempo, adotar táticas de recuperação. Qual é a nossa estratégia? Conquistar o poder. E quais são nossas táticas? Devemos defini-las com o máximo de objetividade, para que todos os membros do partido as entendam e possam usá-las no dia-a-dia.” 

Vilmar comenta, “en passant” que, se o DEM perdeu força nacionalmente, embora permaneça aceso, sobretudo por causa de sua firmeza ideológica, o PMDB elegeu apenas um deputado federal em São Paulo. “Em São Paulo, o DEM elegeu seis deputados federais. Em Goiás, estamos fortes, pois elegemos um senador, o vice-governador e três deputados federais consistentes, posicionados. Mas, de fato, precisamos ampliar a força do partido. Vamos nos renovar em termos municipais, lançando candidatos em várias cidades.” 

Sobre o governo de Marconi Perillo, Vilmar afirma que o tucano está fazendo a coisa certa. “Marconi está começando a conversar. Primeiro, definiu suas metas, o que vai fazer nos próximos quatro anos, daí a tese de que vai governar com gestores, como fazem as democracias modernas de todo o mundo. Agora, estabelecido o que quer fazer, começa a articulação política, a divisão dos cargos. A prioridade é a competência técnica e, ao mesmo tempo, o compromisso político. O fato é que, estabelecido o que se vai fazer, é possível discutir com mais tranquilidade, apesar das possíveis pressões, a montagem da equipe. O importante é que Marconi tem um projeto de governo, tem experiência administrativa e, ao mesmo tempo, quer ousar o novo, quer renovar-se.” 

Cotado para a Secretaria da Educação, embora tenha sido citado para outros cargos, como a pasta da Segurança Pública, e mesmo a Secretaria de Governo — no caso de Célio Silveira recusá-la —, Vilmar diz que nunca conversou objetivamente com Marconi sobre cargos. “A cúpula nacional prefere que eu permaneça em Brasília, pois não quer perder mais um deputado. Porque, como disse antes, caiu o número de quadros do partido no Congresso Nacional. Entretanto, sou cidadão goiano e, por isso, é possível que atenda uma convocação de nosso governador. Mas não vou, jamais, me apresentar como ‘candidato’ a este ou aquele cargo. Sou ‘candidato’, isto sim, a ser um bom deputado federal, discutindo as coisas do interesse de Goiás e do Brasil.” 

O Jornal Opção pergunta: “Mas o secretário de Governo não acaba sendo o próprio Marconi Perillo, um animal político por natureza?” Vilmar diz que, apesar de ter um tesão extremado pela articulação política, “Marconi precisa mesmo de um secretário de Governo. Não só Marconi, mas o governo em si. Porque o secretário de Governo tem de operar articulações, fazer a integração do governo, e o governador não tem tempo para tal, pois tem dezenas de atividades.” O secretário de Governo é uma espécie de intermediário entre as demandas da própria equipe e da sociedade junto ao governo. “Portanto, o cargo é vital.” Não é a Secretaria da Fazenda que é o coração de um governo. “A política é que move a vida das pessoas.” É uma visão que escapa, com mestria, ao economicismo dos marxistas, aproximando-se das teses do sociólogo alemão Max Weber.

A Assembleia Legislativa, diz Vilmar, deve ser convocada, de forma extraordinária, já para janeiro de 2011. “Por isso, é preciso ultimar o plano de governo.” 

Ao contrário do que muitos acreditam, apostando em vinganças, Vilmar sugere que Marconi vai fazer um governo baseado no diálogo. “Ele conversou com o governador eleito do Distrito Federal, o médico Agnelo Queiroz. Por quê? Porque os problemas graves do Entorno de Brasília devem ser resolvidos numa ação conjunta dos governos de Goiás e do DF. Os problemas afetam o Estado e Brasília. Muitos deles são criados pelo crescimento sem planejamento da capital da República. Então, digo e repito: Marconi vai fazer um governo aberto ao diálogo. Vai fazer um governo ágil, de antecipação. Não vai esperar que os problemas se agravem. Vai atuar na prevenção. Note-se que está atraindo várias empresas para o Estado, objetivando gerar empregos e criar uma cultura industrial sólida, moderna. Um Estado menor resulta numa sociedade maior, mais rica e mais arejada.” Vilmar cita a Votorantim, a Suzuki, a Hyundai, que vai se expandir, o investimento em tecnologia da informação e a construção de novas usinas de álcool e açúcar. 

Sobre a Celg, Vilmar informa que Marconi vai assessorar-se com especialistas nacionais. “O governador vai buscar uma alternativa ao projeto criado pelo governador Alcides Rodrigues. Se não der certo, Marconi vai seguir com a atual negociação. Vai fazer o que é melhor para os goianos.” O deputado eleito frisa que “é absurdo efetivar um empréstimo faltando 20 dias para acabar o governo”. 

Sobre as eleições no Congresso Nacional, Vilmar diz que José Sarney, se quiser, continua na presidência do Senado. Mas cita Eunício Oliveira como possível substituto. Cândido Vaccarezza, do PT, deve presidir a Câmara dos Deputados. “O senador Agripino Maia deve assumir a presidência nacional do DEM. Ele é um dos mais articulados políticos do partido e negocia bem com as correntes partidárias. Marcos Montes, de Minas Gerais, trabalha para ser o líder do DEM na Câmara dos Deputados.” 

Vilmar avalia que a presidente eleita Dilma Rousseff está montando uma equipe que tende a descomplicar seu governo. “Antônio Palocci, na Casa Civil, sugere que o governo vai ser moderado, sem arroubos esquerdistas. Palocci articula bem as várias forças políticas, sem menosprezá-las. Sua indicação foi muito bem aceita por praticamente todas as correntes políticas. Ele sabe dialogar, e isto é fundamental num governo. A escolha de José Eduardo Cardozo para o Ministério da Justiça significa que o governo não quer trapalhadas e, ao mesmo tempo, quer manter-se aberto ao diálogo. Cardozo é deputado federal e procurador do Estado de São Paulo. Gosto dele, por ser um indivíduo aberto às divergências.” 


Cenário nacional 

Tese do governador eleito Marconi Perillo: a escolha de Leonardo Vilela para líder da bancada do PSDB na Câmara dos Deputados será fundamental para posicionar Goiás mais adequadamente no cenário nacional. Minas e Goiás devem atuar em bloco no Congresso. Marconi tem o apoio de três senadores e dez deputados federais. 


Tucanato quer apostar tudo na Grande Goiânia e Anápolis 

Marconi Perillo tem dito, a mais de um interlocutor, que está mais disposto a governar bem, a começar a deixar uma nova marca já no primeiro ano, 2011, do que ficar fazendo política partidária em tempo integral. Ainda que a política não seja deixada de lado, o tucano vai trabalhar, com mais intensidade, a partir de 2012, quando acredita que estará com o governo ajustado, para bancar candidatos fortes a prefeito em todo o Estado. É uma questão de honra lançar candidatos competitivos em Goiânia, Aparecida de Goiânia e Anápolis. Quando dizem “Demóstenes não é nosso e pode nos trair”, o governador frisa que não se faz política sem correr riscos e que seu objetivo é fortalecer os partidos aliados, que foram decisivos para sua vitória em 2010. 


Agenor Mariano é a aposta de Paulo 

A disputa pelo comando da Câmara de Vereadores de Goiânia está acirrada. O próximo dirigente será mais do que presidente — será o vice-prefeito de Goiânia. O vice-prefeito, com a renúncia de Iris Rezende, se tornou prefeito. 

Há um grupo, ligado ao deputado Leonardo Vilela e ao governador Marconi Perillo, que trabalha para eleger Virmondes Cruvinel, do PSDC. É uma aposta num legislador que tem boa formação intelectual, não tem desgaste e significa renovação. 

Cruvinel não tem, porém, o apoio de todos os integrantes do G-14. É visto como cristão-novo. O tucano Anselmo Pereira, o mais experiente, tem chance de emplacar. Teria o veto do prefeito Paulo Garcia (PT). 

O peemedebista Paulo Borges mantém trânsito livre tanto com Garcia quanto com Marconi. E tem forte apoio no meio empresarial. O G-14 pode apoiá-lo? Pode. No momento, não . 

O G-14, embora continue a ser chamado assim, já  conta com 17 integrantes e, conforme a articulação, pode se tornar G-20. Prováveis integrantes: Túlio Maravilha, Doutor Gian, Milton Mercês, Simeyzon, Negro Jobs e Pastor Rusembergue. 

O prefeito Garcia não definiu seu nome. Agenor Mariano, do PMDB, é, até agora, seu favorito. Iram Saraiva é cotado. 


“PHS vai bancar o senador Torres” 

O presidente regional do PHS, o economista Eduardo Machado, e seus aliados definiram dois projetos para 2012: vão lançar uma chapa competitiva para vereador e deverão apoiar o senador Demostenes Torres para a Prefeitura de Goiânia. “O senador é hors-concours.” 

Machado avalia que Marconi vai bancar Demóstenes. “Ele está em pré-campanha. O tesão número um do governador eleito é eleger o próximo prefeito. É a conquista que ele não tem.” O economista sugere que Túlio Isac é um nome alternativo. “É popular.” 

O PHS tem 38 nomes (quer chegar a 70) para a disputa de vereador. “Não vamos lançar estrelas e queremos eleger quatro vereadores.” 


O nome tucano para Aparecida 

O deputado federal tucano João Campos, cotado para assumir a Secretaria de Segurança Pública, recebeu uma missão de seu partido, mas ainda não decidiu se aceita o convite. O tucanato está tentando convencê-lo a transferir o domicílio eleitoral para Aparecida de Goiânia, com o objetivo de, em 2012, disputar mandato de prefeito, enfrentando o peemedebista Maguito Vilela. 

Com força presença evangélica e problemas de violências seriíssimos, Aparecida terá uma das eleições mais disputadas do Estado. Porque além de Maguito, e possivelmente de Campos, é possível que o deputado estadual eleito Ademir Menezes, do PR, também seja candidato. 


PT quer mais espaço na prefeitura de Goiânia 

Líderes do PT, por enquanto, aguardam em silêncio. Mas o silêncio é apenas do ponto de vista público. Nos bastidores, as críticas são ferozes. “Nos temos o prefeito de Goiânia, mas não temos a prefeitura”, admite um deputado petista. “Paulo Garcia é bem-intencionado, mas está engessado pelo PMDB, que vive a ameaçá-lo, sugerindo que, se os secretários não forem mantidos, vai lançar candidato a prefeito em 2012. Para piorar, os novos eleitores do PMDB também estão exigindo cargos para aliados”, afirma um líder do PT. “Paulo vai acertar, porque tem boas ideias. Mas o PT quer mesmo ampliar sua cota na prefeitura”, acrescenta o vereador Djalma Araújo.

Algumas tendências do PT não têm cargos importantes no primeiro e mesmo no segundo escalão. A Tendência Marxista, de Mauro Rubem, não está representada. Indicou integrantes para cargos secundários. Embora tenha pouca expressão, a TM tem preferência por duas áreas: Educação e Saúde. 

A Cerrado de Pedro Wilson e Marina Sant’Anna tem um nome, o assessor especial, Serjão Dias, e está pressionando por mais cargos, embora tenha saído derrotada, inteiramente, na última disputa eleitoral. A Cerrado também tem particular interesse pela Secretaria da Educação. Seus líderes sabem que as relações com Paulo Garcia, apesar dos salamaleques públicos, não são boas. Mais: Márcia Carvalho, secretária da Educação, está muito próxima da mulher de Paulo Garcia. Pode cair, por causa do fogo mui amigo. 

A Movimento PT tem uma pasta de qualidade, a AMT, mas Miguel Thiago não estaria dando conta do recado. Pode ser remanejado. Mas a tendência quer maior participação no governo. O deputado estadual Luis Cesar Bueno é professor e tem sido lembrado para ocupar a pasta da Educação. Neyde Aparecida assumiria seu lugar na Assembleia Legislativa. O Movimento Mais, da Juventude, em apenas um cargo relevante. A PT Pra Vencer, grupamento de Rubens Otoni, controla a Secretaria de Planejamento e o setor que faz a defesa dos negros. A Articulação, tendência do prefeito, é forte na prefeitura, perdendo apenas para o PMDB, que tem, por exemplo, as secretarias-chaves — Finanças, Educação e Saúde (Paulo Rassi cai em janeiro ou fevereiro. O médico que vai substitui-lo é da cota pessoal de Paulo Garcia. Rassi, na opinião dos petistas, “reclama demais e age pouco”). O secretário de Governo, Osmar Magalhães, e o chefe da Sedem Paulo Fornazier, são da Articulação. 

Nas conversas com Iris Rezende, Paulo Garcia tem perguntado, com discrição, quais secretários o ex-prefeito quer manter. Rassi e Márcia Carvalho não foram defendidos. Dário Campos, da Finanças, tem o apoio de Iris. Mauro Miranda pode voltar para a prefeitura. 


Secretários 

Nomes que foram comunicados que vão participar do governo, mas os cargos não foram totalmente definidos: Giuseppe Vecci (Planejamento e Gestão), José Carlos Siqueira, Daniel Goulart, Antônio Faleiros (se não for para o TCM), Honor Cruvinel (tem de ir para o TCM até junho, quando completa 65 anos), João Furtado, Fernando Cunha, Olier Alves, Gilvane Felipe, Nasr Chaul e José Eliton. 


Rombo pode ser de R$ 1 bilhão 

O governador eleito Marconi Perillo (PSDB) e o vice-governador eleito José Eliton (DEM), coordenador-geral da transição, estão impressionados com os dados que têm sido apresentados. Há indícios de um rombo, só na administração direta, de cerca de R$ 1 bilhão. Números mais “otimistas” mas impressionantes apontam para um rombo de 600 milhões de reais. 

Cauteloso, Eliton evita falar em cifras, mas admite que a situação do Estado não é tão positiva quanto alardearam. 


DEM vai priorizar Executivo e banca nome em Morrinhos 

O deputado Vilmar Rocha foi três vezes o candidato a deputado federal mais bem votado em Morrinhos. O motivo? O trabalho intenso de Elmo Rosa de Rezende, conhecido como “Moleza” (na verdade, apesar do apelido, é um gigante em ação). 

Entretanto, embora não tenha se cansado de apoiar, porque avalia que o DEM tem políticos qualitativos, Rezende afirma que chegou a hora de ser apoiado. “Sou pré-candidato a prefeito de Morrinhos, não por vaidade, e sim por convocação dos companheiros de partido e de outros partidos. As pessoas dizem: ‘Chegou a hora de renovar em Morrinhos’. Eu sou a renovação.” O DEM definiu sua nova política: vai disputar mandatos executivos nas grandes e médias cidades. 

A disputa eleitoral em Morrinhos não será “moleza”. O favorito é o ex-prefeito Rogério Troncoso, do PTB. Sua força vem menos de sua gestão e mais do fracasso do prefeito Cleumar Gomes de Freitas, que é avaliado negativamente pela população. 

O PMDB deve lançar lançar Thiago Mendonça. É um nome novo, mas de pouca experiência. 


PT e PMDB no bloco de Jardel 

O deputado Fábio Sousa desistiu de disputar a presidência da Assembleia Legislativa e está apoiando a candidatura de Jardel Sebba. Os dois são do PSDB. 

Jardel, apoiado por Helder Vallin, já conquistou quase todos os votos do PMDB, como de Daniel Vilela, Paulo Cezar Martins e Bruno Peixoto — Wagner Siqueira está resistindo, alegando que vai fazer oposição —, e do PT. Mesmo sem o PMDB e o PT, o tucano tem 29 dos votos e se elegeria com facilidade. 


Pílulas
 
Henrique Meirelles abriu conversações com tucanos goianos. Descontente com a presidente eleita Dilma Rousseff, que o rifou do Banco Central, com notas pesadas na revista “Carta Capital”, porta-voz oficiosa do lulo-petismo, tem recebido afagos de Antônio Palocci, que chefiará a Casa Civil.   

Convocado para a Secretaria de Comércio Exterior do governo Marconi Perillo, Júnior do Friboi refugou. Henrique Meirelles aceitaria o cargo? É possível, embora tenha convites mais apetitosos, em termos financeiros e de prestígio.   

A empresa JBS, de Júnior do Friboi, doou 6,5 milhões de reais para Marconi Perillo (3 milhões) e Iris Rezende (3,5 milhões) gastarem na campanha eleitoral deste ano.   

O nome do historiador Nasr Chaul, professor da Universidade Federal de Goiás, voltou a ser citado para a Agepel.   

Chaul é lembrado como “aquele que realmente investiu em cultura”. Escritores, artistas plásticos e músicos dizem que tem realmente paixão por cultura. “É o Giuseppe Vecci da cultura”, afirma um roqueiro.   

Subiu a cotação de Gilvane Felipe para a Secretaria de Ciência e Tecnologia com um objetivo: consertar, de vez, a UEG. Porque tem fama de bom gestor. É tido, até hoje, como um dos mais criativos superintendentes do Sebrae.   

Gilvane Felipe continua cotado para a Agência de Cultura e para a Goiás Turismo.   

Joel Santana Braga faz lobby para ir para a Goiás Turismo. O problema é que o DEM ainda não decidiu bancá-lo.   

O advogado Ney Moura Teles é citado para ocupar a subsecretaria de Segurança Pública do Entorno do Distrito. Federal.   

Marcelo Terto, presidente da Associação dos Procuradores do Estado, é cotado para assumir a Procuradoria-Geral do Estado de Goiás. É o preferido dos procuradores e de grande parte da base marconista.   

Ligado a Marconi, o procurador do Estado João Furtado defende outro nome.

O prefeito de Luziânia, Célio Silveira, se quiser que Elizeu Melo seja um candidato forte em 2012, deveria repassar o poder para ele agora. O vice-prefeito teria tempo para deixar uma marca..    

Bráulio Morais, o diplomata que não cursou o Instituto Rio Branco, e o competente Carlos Maranhão estão em alta para a Agência de Comunicação (Agecom). O grupo Jardel Sebba-Kennedy Trindade banca José Luiz Bittencourt ou João Bosco Bittencourt. 

Empolgado, Alfredo Bambu diz que vai ser presidente da Câmara de Vereadores de Goiânia. Ele é bancado pelo conselheiro do TCE Sebastião Tejota e pelo deputado eleito Lincoln Tejota.    

O prefeito de Morrinhos, Cleumar Gomes de Freitas, está respondendo inquérito na Delegacia do Patrimônio Público.   

O vereador Fausto Oliveira, do PTB, foi condenado pela Justiça. Mas quer ser presidente da Câmara de Vereadores de Morrinhos.

O deputado Luiz Bittencourt, do PMDB, está muito bem cotado: pode ser candidato a prefeito de Senador Canedo ou Goianira.

Ronaldo Caiado está bem de saúde. Trabalhou intensamente na Câmara dos Deputados, na semana passada.

O ex-presidente da Câmara de Vereadores Gerson Falacci, do PHS, deve ser candidato a prefeito de Anápolis. Ele obteve 9 mil votos para deputado federal só no município. 

Pedro Sahium, do DEM, pode ser candidato a prefeito de Anápolis. Estaria sendo convencido a disputar mandato de vereador. Amigos afirmam que o ex-prefeito está mais interessado na carreira acadêmica.

O empresário tucano Ridoval Chiareloto quer disputar a Prefeitura de Anápolis. Mas está desgastado, por conta duas derrotas consecutivas, para prefeito e deputado estadual. Ele costuma dizer: “Lula perdeu três eleições e ganhou as duas seguintes”.    

De um empreiteiro: “Wilder Pedro, da Orca Construtora, está mais interessado em ser senador. Por isso vai apostar tudo na vitória de Demóstenes Torres para prefeito de Goiânia”. 

Iris Rezende desistiu de fazer a festa de aniversário. No dia 22 de fevereiro, o peemedebista completa 77 anos e vai comemorar só com a família e amigos mais íntimos.   

De um petista: “O prefeito Paulo Garcia precisa parar de se comportar como vice”. E acrescenta: “O prefeito está com a síndrome de Pedro Wilson e não para de fazer reuniões”.   

De outro petista: “O prefeito Paulo Garcia assumiu uma bomba. O gestor anterior lançou dezenas de obras que não serão feitas, mas o desgaste ficará para o governante do PT”.   

Anunciou-se, com estardalhaço, um viaduto gigante na Avenida Jamel Cecílio. Parece que a prefeitura desistiu da obra. 

Uma das características de Paulo Garcia é a lealdade. Ele é leal a Iris Rezende. Por isso sugeriu o nome do ex-prefeito para ministro.   

O deputado federal Sandes Júnior ouviu de uma taxista, no pátio do Flamboyant, na semana passada: “Sandes, o prefeito Iris Rezende reassume na segunda-feira ou só em janeiro?”   

Nos bairros, notadamente na região Noroeste, muitas pessoas acreditam que Paulo Garcia só está “guardando” o lugar para Iris.   

Dois deputados peemedebistas, Paulo Cezar Martins e Bruno Peixoto, decidiram que não vão fazer oposição ao governador eleito Marconi Perillo.   

Há jornais que insistem que Iris Araújo pode ser candidata a prefeita de Goiânia. Não pode. Porque seu marido foi reeleito em 2008 e, embora tenha renunciado, o mandato só acaba em 2012.   

De um deputado peemedebista: “O PMDB, se Iris Rezende não se tornar ministro da Agricultura ou outro, não vai caminhar com Paulo Garcia. O novo PMDB vai querer disputar. Porque senão como vai eleger vereadores em 2012 e deputados em 2014?”    

 O grupo do prefeito de Jaraguá, Lineu Olímpio (PTB), tem procurado o médico e suplente de deputado estadual Breno Leite (PHS) para disputa a prefeitura. Breno quer ser deputado.   

Convidado para a Secretaria de Governo, uma das mais importantes do Estado, o prefeito de Luziânia, o médico Célio Silveira, ficou de pensar.  

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