segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Reportagens





2012 

 “Fraqueza” de Gomide na campanha anima adversários
Como o prefeito não conseguiu transferir votos para Iris Rezende na campanha ao governo, quem pensa em disputar a Prefeitura com o petista em 2012 vislumbra chances reais de sucesso 

Cezar Santos

O principal fato político objetivo na campanha de outubro é que o prefeito petista Antônio Gomide, ao contrário do que se esperava, simplesmente não conseguiu transferir votos para Iris Rezende, que disputou com Marconi Perillo (PSDB). Gomide não transformou em votos para Iris sua alta popularidade, em torno dos 80%. E o resultado disso, como todo mundo sabe, foi que Marconi deu um passeio em Anápolis, conseguindo 75% dos votos válidos no segundo turno, mesmo com Iris tendo o apoio de Gomide e Rubens Otoni. E é justamente esse fato que anima os adversários de Gomide em Anápolis para a campanha municipal que se avizinha, em 2012. 

E o PSDB de Marconi vai ter Anápolis — e Goiânia e Aparecida — como alvo preferencial em 2012. Quem confirma é o deputado federal reeleito Leonardo Vilela, que nesta segunda-feira, 6, reassume o comando da sigla. Leonardo afirma que Goiânia, Aparecida e Anápolis são cruciais ao projeto dos tucanos. “Defenderei candidaturas próprias nessas cidades com unhas e dentes. Temos nomes para isto. E em Anápolis, onde Marconi tem a preferência maciça da população, temos tudo para ganhar a prefeitura. O PSDB anapolino fez um ótimo trabalho na campanha estadual e certamente tem nomes competitivos para disputar contra o prefeito Gomide, que está fazendo uma gestão com muitas deficiências. Vamos mostrar essas deficiências para os anapolinos e apresentar propostas melhores para a cidade”, diz o deputado. 

O vereador tucano Fernando Cunha Neto diz que a baixíssima, ou melhor, a nenhuma transferência de votos de Gomide para o peemedebista Iris Rezende na campanha ao governo deu uma clara indicação de que os anapolinos se dispõem a votar em candidato que não seja do PT. “Ficou provado que o anapolino não é petista. Não só Antônio Gomide não transferiu votos para Iris, como a vereadora Dinamélia Rabêlo também teve poucos votos para deputada, ela que foi apoiada por Gomide e pela máquina da Prefeitura. Ou seja, o anapolino realmente não é petista”, provoca Cunha Neto. 

O tucano aponta outros fatores que dão alento à oposição, lembrando que Marconi Perillo teve em Anápolis o segundo maior índice de votação em Goiás, 75% dos votos válidos. “Ficou mais uma vez comprovado o prestígio de Marconi Perillo. Então o candidato que for abraçado por Marconi tem totais condições de fazer uma boa figura aqui.”   


Fernando Neto não se assusta com os altos índices de aprovação que o prefeito desfruta atualmente e garante: “Vamos ter candidato em 2012 e temos todas as condições de ganhar a Prefeitura de Anápolis.” O vereador afirma categoricamente que se dispõe a disputar a Prefeitura contra Antônio Gomide. “Se o partido decidir e houver consenso em torno de meu nome, eu enfrentarei Antônio Gomide. Não tenho medo de disputar com ele.”   

Conhecedor da cidade e dos problemas vividos pela população, Fernando Cunha Neto aponta outros fatores que podem alavancar uma campanha de oposição em Anápolis. “O prefeito Gomide está fazendo muita obra, é verdade, principalmente asfalto. Mas mesmo nessas obras, tem muito asfaltamento de baixa qualidade. Com as primeiras chuvas, já começaram a aparecer buracos. Isso é muito ruim, dá prejuízo para o município”, critica. 

Outro problema apontado pelo vereador tucano seria a falta de planejamento estratégico do prefeito na administração da cidade. No entendimento de Fernando Cunha, Gomide faz uma gestão meio no improviso. “Ele não tem nenhum projeto a longo prazo para a cidade, daqui a 20 ou 30 anos. Ele não pensa a cidade mais à frente. Projetos de longo prazo é que tornarão a cidade pronta para o futuro. E, além disso, e agora mesmo, na atualidade, há muitas deficiências no atendimento à saúde da população. A saúde em Anápolis está precária, essa é a verdade.”    

Como se vê, o tucanato anapolino tem um arsenal de argumentos para tocar uma campanha contra o PT em 2012. E além de Fernando Cunha Neto, o PSDB conta com a vereadora Miriam Garcia, que também não costuma negar fogo na hora de disputar cargo. Seja quem for o candidato tucano, será forte, pois contará com o apoio de Marconi. Tudo isso somado, estão armadas as condições mínimas para que Antônio Gomide não tenha uma reeleição das mais tranquilas. 


Outros nomes 

E certamente que o fator pouca transferência de voto de Gomide está animando mais gente para a disputa em 2012. O deputado estadual eleito José de Lima (PDT) já declarou que vai pleitear a oportunidade de concorrer ao cargo. Lima disputou a Prefeitura de Anápolis várias vezes, sem sucesso, mas agora, animado pela eleição ao Legislativo estadual, acredita que pode levar. Outro que também pode se animar é o deputado estadual Frei Valdair (PTB), que já concorreu duas vezes ao cargo. Sem ter conseguido a reeleição em outubro, é quase certo que Valdair ocupe cargo na equipe de Marconi, o que lhe daria certa visibilidade e condições mínimas para entrar no páreo pela prefeitura. 

E com a saída do casal Adhemar e Onaide Santillo, espera-se que o PMDB comece sua tão decantada reciclagem justamente por Anápolis. Nesse caso, o vereador Wesley Silva certamente seria o nome para enfrentar Gomide. Claro, não se pode esquecer que há forte tendência de continuidade da aliança PT-PMDB, mas o partido de Iris deve cair na real e perceber que, se não partir para conquistar grandes prefeituras, vai sumir na irrelevância, cedendo o posto de segunda sigla estadual justamente para o PT. 

E por falar em Adhemar e Onaide, um deles pode voltar à cena na disputa municipal depois que definirem seu destino partidário. Tudo depende, como já se falou, das conversas do casal e seu grupo com o governador eleito Marconi Perillo. De qualquer forma, Adhemar e Onaide são mais peças nesse tabuleiro, mesmo que não seja disputando diretamente, mas com peso nas articulações. 

Já o PSB do vereador Sírio Miguel, presidente da Câmara, um dos parceiros preferenciais de Gomide, também pode complicar o jogo. Sírio afirma que é difícil que seu partido tenha nome para disputar a Prefeitura. “O PSB vai demorar um pouco a se recuperar. Bancamos a eleição de Pedro Sahium, que teve uma administração horrorosa, e estamos em dívida com a cidade. Mas tudo depende do tempo. Pode ser que surja um nome ou mesmo que passemos a fazer parte de outra coligação em 2012”, diz.   

Certo mesmo, conforme Sírio Miguel, é que o alinhamento automático do PSB com o PT deve sofrer algum abalo a partir do ano que vem. “No meu caso, como não serei mais o presidente da Câmara, vou ter uma posição mais crítica à administração municipal. Não vou mais estar alinhado automaticamente ao prefeito.” Esse é também um fator que pode influenciar a eleição municipal em Anápolis em 2012. 


Economia 


Maior fábrica de tratores do mundo deve vir para Anápolis 

Governador eleito recebe empresários da Bielorrússia interessados em instalar no Estado unidade da MTZ, potência mundial na montagem de máquinas A montadora de tratores bielorussa MTZ deve se instalar em Anápolis no ano que vem. Tratativas nesse sentido foram feitas na semana passada, quando o senador e governador eleito Marconi Perillo (PSDB) recebeu, em seu gabinete no Senado, a visita de diretores da empresa e do encarregado de negócios da Embaixada daquele país, Andrei Latinnik. Eles pediram o apoio do futuro governador nas negociações para a instalação, em Goiás, de uma unidade da fábrica, considerada a maior montadora de tratores do mundo. Hoje os bielorrussos produzem 70 mil unidades por ano e 90% deles são exportados para 50 países.   

O projeto inicial da empresa no Brasil é produzir 10 mil tratores por ano, com a geração de 500 empregos e investimentos da ordem de R$ 100 milhões. Para a instalação do galpão de 14 mil metros quadrados está prevista uma área de 400 mil metros quadrados. O Estado de Goiás entraria com a infraestrutura do local, em princípio, em Anápolis, e com incentivos fiscais e mecanismos para a instalação da produção de montagem.   

Os empresários não querem apenas fabricar tratores, eles mostram interesse em outras atividades, como a produção agrícola. "Já visitamos diversos Estados, como Santa Catarina e Rio Grande do Sul, mas Goiás é o primeiro parceiro na nossa preferência. Chegar a Goiás foi como estar em casa", disse Alexandre Kazakevick, chefe do Departamento de Exportação da MTZ, que falou também no interesse em produzir fertilizantes e farelo de soja do Estado.   

No encontro, Marconi Perillo assinou, na condição de testemunha, os termos das negociações bilaterais entre o governo de Goiás e a MTZ e garantiu que, como governador, dará as condições para que a parceria seja concretizada. "Espero que as equipes de Goiás e da Bielorrússia finalizem os detalhes para que o protocolo seja assinado já em janeiro", disse ele.  O primeiro suplente do senador Marconi, Cyro Miranda (PSDB), também participou da reunião, bem como o secretário estadual de Indústria e Comércio, Luiz Medeiros. Cyro ficará encarregado de acompanhar e dar sequência às negociações com os bielorussos. 


Impressionados   

No início deste ano, representantes da Bielorússia fizeram visitas a municípios goianos, verificando o potencial de produção de grãos, álcool e energia do Estado. Eles ficaram impressionados com o que viram em Quirinópolis e São Simão. "A alta produção, a automatização e a tecnologia empregadas na produção agrícola nos chamaram a atenção", disse na ocasião o vice-primeiro ministro da Bielorússia, Vladimir Semashko. 

Eles visitaram a Usina São Francisco, em Quirinópolis. Totalmente automatizada, ela é autossustentável em energia elétrica e térmica e ainda vende o excedente. Na visita, eles manifestaram o interesse de trabalhar em três projetos básicos: a instalação de uma indústria de tratores; parcerias para montar indústria de caminhões e a exportação de potássio para o Brasil. Hoje a Bielorrússia produz 30% do potássio consumido no mundo. Dos 6 milhões de toneladas de potássio que o Brasil importa, 2 milhões vêm da Bielorrússia.   


Salão promove negócios  

Acabou neste domingo, 5, a terceira edição do Salão de Negócios dos Empreendedores de Microcrédito de Anápolis, promovido pela Prefeitura, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Econômico. O evento começou na sexta-feira, 3, com exposições feitas no Centro Administrativo, das 16 às 22h30. A finalidade é divulgar os produtos dos empreendedores que participam do programa Anápolis Acredita, também criado pela atual administração municipal.

Segundo o gerente de indústria Robber Bortolloto, além dos estandes das instituições apoiadoras, neste ano, o evento está contando com 67 expositores, nas áreas de alimentação, acessórios, vestuários, calçados, indústrias e comércio. "A meta da secretaria é atrair um público superior ao da segunda edição e aumentar as vendas dos expositores." 

Com o objetivo de alcançar o mesmo reconhecimento dos outros anos, a Prefeitura de Anápolis não poupou esforço na organização do evento, segundo o secretário de Desenvolvimento Econômico, Mozart Soares. "Foi um sucesso de público nos anos anteriores." 


Cidade ganha novo UPA
 
A Prefeitura de Anápolis, por meio da Secretaria Municipal de Saúde, assina nesta terça-feira, 7, a ordem de serviço para a construção da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) 3, para funcionamento 24 Horas. A solenidade será às 9 horas, na Rua 29 de Dezembro, Vila Esperança.

Segundo informações da pasta, vão ser gastos na construção da unidade R$ 3,6 milhões e o prazo para entrega será de 11 meses. A empresa responsável pela obra é a Premium Construtora e Empreendimentos, escolhida em concorrência pública. 

Quando entrar em funcionamento, a unidade realizará atendimento de urgência e emergência. A estimativa é que 10 mil pacientes sejam atendidos por mês. 

Classificada como UPA 3, por critérios do Ministério Público, a unidade será construída na cidade por ter uma população acima de 300 mil habitantes. Com a sua instalação, Anápolis vai ter um número maior de atendimentos e mais equipes de saúde trabalhando 24 horas por dia.

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