segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Marconi Perillo: reunião com equipe de transição!





POLÍTICA
Equipe de transição inicia discussão de reforma 
Grupo se reúne com Marconi amanhã para avaliar teor  das mudanças,  que preveem enxugamento 

O Popular 

A equipe de transição do governador eleito Marconi Perillo (PSDB) deve se reunir amanhã com o tucano para fechar a estrutura básica das secretarias e o primeiro desenho do que será a máquina administrativa na gestão tucana. 

Embora ainda não existam definições, segundo os membros da equipe de transição a tendência é de que ocorra um enxugamento da máquina - ação natural em todo início de governo - e remanejamento de atribuições entre algumas pastas. Uma desejo já foi expressado pelo governador eleito: não haverá espaço para supersecretarias. 

A tendência, portanto, é de que a Secretaria da Fazenda perca parte das atribuições que adquiriu no governo Alcides Rodrigues (PP) e que fizeram dela uma pasta com um volume de funções e de poder que a equipe de transição considera exagerado. 

"Evidentemente as alterações terão de levar em conta a situação financeira do Estado, que vamos apresentar ao governador eleito de forma mais detalhada na reunião. Mas a tendência é de haver uma redução nas estruturas", afirma o coordenador da equipe técnica de transição, Giuseppe Vecci. "Mas ainda não temos definições concretas, que vão depender dos estudos que estamos fazendo e da decisão do governador; temos apenas possibilidades", frisa Vecci. 

Além da Sefaz, a Secretaria de Planejamento também pode perder parte de suas atribuições. A equipe estuda a viabilidade de transferir o Banco do Povo para a Secretaria de Cidadania e a gestão do Fundo de Financiamento do Centro-Oeste (FCO) pode ser remanejada para a Secretaria de Indústria e Comércio. 

Está também em análise a volta do cargo de superintendente-executivo, uma espécie auxiliar direto do secretário que cuida da parte mais operacional da pasta. A função foi extinta pelo atual governo na reforma administrativa sob o argumento de que acabava havendo uma sobreposição de funções entre superintendente e secretário. 

A criação de uma secretaria voltada ao Entorno do Distrito Federal, promessa de campanha de Marconi, também não foi definida. O tucano expressou vontade de montar uma gestão compartilhada com o governo do Distrito Federal, mas pode esbarrar em entraves legais e políticos para montar uma pasta nesses moldes. (Bruno Rocha Lima e Carlos Eduardo Reche) 


Eficiência é outro foco de proposta

Outro objetivo da reforma administrativa gestada pelo governo eleito é dar mais eficiência à máquina administrativa, oferecendo melhores serviços com menor custo operacional, explica o coordenador-geral da equipe de transição, José Eliton Júnior (DEM). Nesse sentido, afirma, o foco é mais no enxugamento do que no desmembramento de pastas do governo. 

As mudanças diz Eliton, também terão como ponto de partida a situação financeira do Estado, cujos números a equipe de transição está terminando de levantar. A reforma proposta pelo governador eleito Marconi Perillo (PSDB) deverá ser votação em convocação extraordinária da Assembleia Legislativa, em janeiro, pela qual o Executivo terá de pagar salários extras para os deputados. 

A estrutura atual do governo foi aprovada em reforma aprovada na Assembleia Legislativa pelo governo Alcides Rodrigues (PP) em maio de 2008. A reforma reduziu de 70 para 48 o total de órgãos de 1º escalão, por meio da extinção de pastas ou incorporação por outras secretarias. 

As alterações no governo foram marcadas por forte concentração de poderes na Secretaria da Fazenda, que coordenou a redução de despesas para, segundo Alcides, contornar o déficit de R$ 100 milhões mensais nas contas do Estado. 

Agora, Marconi tende a recriar algumas pastas, como a Agência Prisional e Agência de Administração (Aganp).

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