terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Marconi Perillo: calma companheiros!!





Política & Justiça
Pressão não resolve
Governador eleito Marconi Perillo pede a aliados que parem de apresentar listas com sugestões para o secretariado e que confiem no seu senso de justiça l Deputado federal Leonardo Vilela reassume presidência do diretório do PSDB

Da Redação 

O governador eleito Marconi Perillo repetiu ontem, na solenidade de recondução do deputado federal Leonardo Vilela à presidência do PSDB regional, em substituição ao deputado estadual Daniel Goulart, na Assembleia Legislativa, o discurso que já havia feito a alguns prefeitos e lideres partidários durante um encontro de confraternização ocorrido na semana passada, em uma churrascaria de Goiânia: “Não me apresentem listas com nomes sugeridos para compor o governo. Confiem no meu senso de justiça.” 

Ao reafirmar seu desejo de conduzir a formação da equipe de governo sem sofrer pressões, contemplando aqueles que, segundo afirmou, “ajudaram na vitória de nosso projeto”, Marconi sinalizou que definirá os futuros nomes de acordo com as sugestões dos partidos aliados, mas, principalmente, utilizando-se de seus próprios critérios. 

“Eu sei quem trabalhou, se empenhou e merece, por sua competência, estar no governo. Se alguém precisar se encaixar nesse projeto beneficiado por listas, me deixará desconfiado do seu merecimento”, salientou. 

Adepto da renovação do quadro político através do surgimento de novas lideranças, o novo governador de Goiás declarou que o partido, cujo diretório regional será renovado em maio próximo, precisará se dedicar a um projeto de “enraizar-se em todos os cantos de Goiás”. 

Corroborando com o discurso que o deputado Leonardo Vilela havia feito momentos antes na cerimônia, Marconi defendeu o fortalecimento do PSDB em todos os municípios goianos para que mais prefeitos do partido sejam eleitos nas próximas eleições municipais. 

Confrontado com as dificuldades que advirão na administração do Estado a partir de janeiro próximo (calcula-se um buraco de cerca de R$ 1 bilhão nas contas do Estado), o senador disse estar pronto para vencê-las. “Apesar das previsões sombrias, estou animado e pronto para superá-las, assim como já enfrentei dificuldades enormes e consegui vencê-las.” 

Marconi não recua do discurso adotado na campanha segundo o qual o grande objetivo de seu governo será promover uma verdadeira revolução na gestão do Estado. “Nossa responsabilidade é aprimorar o que já fizemos. Vamos mostrar ao Brasil que Goiás terá um governo moderno e eficiente”, salientou. 

Tanto o presidente que deixou o cargo, Daniel Goulart, quanto o que reassumiu, Leonardo Vilela, fizeram discursos críticos em relação à política, adotada pelo atual governo do Estado, de desconstruir a imagem de Marconi. Daniel disse ter passado dois anos e meio de seu mandato de deputado estadual “desmanchando as tramas desse governo contra nosso líder maior, Marconi Perillo.” 

Ele enumerou as tentativas do governo de arrolar Marconi na responsabilidade pela quebra da Celg e na composição de um rombo de R$ 100 milhões nas contas públicas. “Uma a uma foram sendo desmascaradas através de estudos técnicos apresentados nas CPIs que a Assembleia Legislativa instalou. Foi um processo baixo, um jogo sujo que nos remete às práticas fascistas do início do século passado”, completou. 

“Ao desmascarar os traidores do Palácio das Esmeraldas”, acrescentou Daniel, “implodimos um processo que visava, através da mentira, criar um quadro de terra arrasada para em seguida ser apresentado um salvador da pátria”. 

O novo presidente regional do PSDB, Leonardo Vilela, por sua vez, disse que o partido foi perseguido no governo atual. “Alguns que foram importantes e fundamentais na eleição do governador chegaram a ser humilhados”, destacou. 

Leonardo fez uma cronologia da atuação do governo no sentido de enfraquecer o PSDB e destruir uma possível candidatura de Marconi à sucessão estadual. Começou por lembrar – além da perseguição aos servidores ligados a Marconi – a tentativa de derrotar os candidatos do partido e aliados nas eleições municipais passadas. Depois, o aliciamento de deputados e pré-candidatos visando impedir a formação de uma chapa competitiva no pleito passado. “Quiseram isolar o nosso partido, mas se esqueceram de que Marconi tem o apoio do povo e o respeito das nossas lideranças”, declarou. 

O presidente regional do PSDB acusou o governo de também ter chantageado os prefeitos aliados ou simpáticos à candidatura de Marconi. “Ou apoiavam o candidato que o governo iria lançar, ou não teriam recursos do governo. Mantiveram essa pressão antidemocrática e desesperada até os últimos dias das eleições”, acrescentou. 

Por fim, Leonardo Vilela disse que a meta do PSDB é estabelecer-se com diretórios fortes em todos os municípios do Estado para, nas próximas eleições municipais, conquistar pelo menos 100 novos prefeitos para o partido.

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