segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Marconi Perillo: nomes aparecem para o governo!!





Governo de Goiás

Novidades do secretariado de Marconi Perillo
O governador eleito colocará em seu governo pessoas que o ajudam no período de transição. Muitos nomes ficam mais fortes nos bastidores, mas o tucano disse que rejeita listas e que anunciará equipe de uma só vez

Euler de França Belém e Marcellus Araújo

As articulações para a composição do secretariado do governador eleito Marconi Perillo, do PSDB, continuam. Marconi avisou, mais uma vez, que não quer saber de listas. Não vai recebê-las. Já avisou várias vezes, mas há aqueles que são recalcitrantes. O líder tucano não quer fazer um governo de conveniências. Quer fazer um governo para ficar na história — e isto muitos não querem entender.

A eleição para presidente da Câmara de Vereadores de Goiânia mostrou outro Marconi. O governador eleito não quis interferir, o que provocou a irritação de alguns aliados. O tucano está muito mais preocupado com o sucesso de seu governo. A Metrobus, por exemplo, vai continuar com o controle do Eixo Anhanguera. Assim, o governo do Estado poderá investir e cumprir uma promessa de campanha, de estender o eixo e de melhorar a frota de ônibus, mantendo o preço da tarifa acessível.

O advogado José Eliton está confirmado para a Secretaria de Saúde. Winston Churchill disse, certa vez, que a guerra não poderia ficar por conta dos generais. Estava certo. Quando assumiu o comando da guerra, a Inglaterra reagiu com mais desenvoltura. No caso da saúde, uma das soluções talvez seja retirar a secretaria do controle dos médicos. Obviamente que os médicos não serão afastados, mas o comando vai pertencer a um gestor. José Serra é economista e funcionou muito bem no Ministério da Saúde, enfrentando lobbies de toda espécie e derrotando todos. Um dos motivos é que não tinha compromissos com lobbies farmacêuticos e lobbies médicos. É o caso de Eliton, advogado dos mais competentes e, surpreendentemente, hábil articulador político e de pessoas.

Leonardo Vilela vai para a Secretaria do Meio Ambiente para dotar a pasta de estatura e eliminar a corrupção quase endêmica que a afeta. Vilela, golden boy do tempo novo, sabe que meio ambiente não é mais o tema do futuro. É o tema do presente e não sairá mais das pautas locais, regionais, nacionais e internacionais. Um acerto na secretaria o levará para postos mais altos na política. Não há nada mais politicamente correto e popular do que cuidar do meio ambiente. “Só mesmo um médico para ‘sanear’ a Secretaria do Meio Ambiente”, diz um ambientalista.

Vilmar Rocha, que esteve cotado para a pasta da Educação, agora é citado para o Gabinete Civil. Não se pense que Vilmar será um burocrata. Não será. Vai montar uma estrutura técnica, logicamente, mas, ao lado do secretário de Governo, será responsável pela articulação política da gestão Marconi. Por ter mandato de deputado, por ser umbilicalmente ligado a Marconi e por sua estatura moral, Vilmar chega ao Gabinete Civil com status de “ministro”. É um craque e, se não fosse deputado e professor universitário, seria diplomata.

A Secretaria de Cidadania entrou para a cota do PTB de Jovair Arantes. Henrique Arantes, eleito deputado estadual, é cotado para a pasta. Henrique está sendo preparado para substituir o pai na política. A Cidadania é uma máquina de ampliar os votos de políticos. Remember Flávia Morais.

Giuseppe Vecci, economista brilhante, da escola de Celso Furtado, desenvolvimentista, vai para a Secretaria de Planejamento. É citado como supersecretário. Entretanto, Vecci e Marconi não querem saber deste papo. Na verdade, tentam queimá-lo com o papo de supersecretário. Mas procede que Vecci será um secretário forte, atento aos investimentos do governo e, sobretudo, em que o governo estará investindo. Porque tem conhecimento e capacidade de planejar. Não atua na base do improviso.

O cargo de secretário da Fazenda — que não tem a força de Jorcelino Braga, que funcionava como uma espécie de secretário de todas as pastas — não será esvaziado. Voltará apenas a ser o cargo tradicional de secretário da Fazenda, sem poderes políticos. Marconi quer na Sefaz um indivíduo essencialmente técnico, que pense em aumentar a arrecadação, mas sem terrorismo fiscal. Porque sabe que, sob pressão excessiva, o parque produtivo reduz sua capacidade de gerar renda e empregos. No início, José Carlos Siqueira esteve cotado para o cargo. Depois, foi citado Everaldo Maciel. Nesta semana, foi citado um ex-secretário de José Serra, de São Paulo. Na quinta-feira, 16, o nome de Jaime Rincon voltou a ser citado para a Sefaz. Porque entende do ramo e mantém ligação estreita com o governador eleito. Até mesmo um senador de outro Estado, derrotado na eleição passada, foi citado para a fazenda.

A Secretaria da Educação tem vários “candidatos”, mas nenhuma certeza. Se depender de um grupo do marconismo, o secretário (ou secretária) vem de outro Estado. Eliana França, Raquel Teixeira e Dalson Borges têm sido citados. Como Marconi não quer repetir secretários, sobretudo nas mesmas funções, Eliana e Raquel devem fazer parte do governo, mas não como titulares da secretaria. A Dalson falta cacife e teria um contencioso com Vecci. Mas trabalhou na campanha e tem o apoio de parte do professorado. Sondagens a técnicos de outros Estados foram feitas.

A Secretaria da Agricultura deve ser ocupada por Antônio Flávio Camilo. É um técnico experimentado. Sua indicação, com o aval da Federação da Agricultura do Estado de Goiás, acabou por não desagradar Roberto Balestra, deputado federal, e Juraci Martins, prefeito de Rio Verde. Claro que eles queriam indicar o secretário. Mas não tentaram vetá-lo.

Anápolis esperneou, mas acabou aceitando a indicação do empresário Wilder Pedro de Moraes para a Secretaria de Indústria e Comércio. Como vetar o nome de um empresário que tem negócios avaliados em mais de 100 milhões de reais em Anápolis? Wilder é dono do maior shopping da cidade. Ao mesmo tempo, o empresário tem o aval do senador Demóstenes Torres e do vice-governador eleito, José Eliton, ambos do DEM.

O Padre Ferreira é cotado para assumir a chefia de Gabinete de Marconi. Ele, Chiquinho Oliveira e Nasr Chaul. É provável que os três sejam chamados para trabalhar diretamente com o governador eleito.

José Carlos Siqueira, tido como verdadeiro herói por Marconi, porque o defendeu com unhas, dentes, inteligência e coragem das críticas do governo de Alcides, será secretário ou presidente de algum órgão. Chegou a ser citado para comandar a Celg. Porque, no momento, precisa-se, para dirigir a companha, mais de um advogado especializado do que de um engenheiro. A Celg está mais concentrada e entranhada na questão jurídica.

Agecom é uma das agências mais disputadas. Na disputa ainda estão Bráulio Morais, José Luiz Bittencourt Filho, Carlos Maranhão e Daniel Goulart. Daniel é, por sinal, mais cotado para a Secretaria de Governo, já que o prefeito tucano Célio Silveira não aceitou o cargo, porque quer terminar obras em Luziânia e porque seu vice é do PMDB. José Luiz tem forte apoio político do deputado Jardel Sebba, do conselheiro do TCE Kennedy Trindade e do deputado federal Luiz Bittencourt. Bráulio e Maranhão são da cota de Marconi. Aliás, muitos que estão na cota de Marconi estão receosos de que serão esquecidos por aqueles que são das cotas políticas.

Como o deputado João Campos não confirmou seu interesse pela Secretaria de Segurança Pública, os nomes mais cotados são, pela ordem, João Furtado, Frederico Jayme e Sérgio Lucas. João Furtado largou na frente.

José Vitti, eleito deputado estadual, é cotado para ocupar uma secretaria. Mas ele, assim como outros eleitores, não quer ocupar uma secretaria decorativa, apenas para abrir espaço para um suplente e atender pleito político.

Durante a semana, o deputado estadual Helder Vallin, o mais votado da última eleição, articulava para assumir a Secretaria de Cidades, com a possibilidade de indicar o presidente da Agência de Habitação. Não será fácil. Porque a Agehab estaria sendo articulada para outro grupo político. Vallin inicialmente articulou para assumir a Secretaria de Cidadania, mas perdeu espaço, por conta das pressões de Jovair Arantes, cujo grupo perdeu a Secretaria de Meio Ambiente.

O deputado Misael Oliveira, se a Secretaria de Esporte for recriada, vai para o governo de Marconi. Deputado não pode assumir agência.

A Agência de Cultura (Agepel) tem vários concorrentes. Se prevalecer o critério “gestão” o nome mais cotado passa a ser o de Gilvane Felipe, presidente do PPS. Aidenor Aires é articulado por um grupo de escritores. Mas é um nome tradicional, sem muito envolvimento com os novos criadores de cultura do Estado. Fernando Cupertino, a despeito de ter processos por conta de sua passagem pela Secretaria de Saúde, tem citado para a Agepel. Ele é compositor e tem a simpatia dos setores mais tradicionais da sociedade. O problema é que, ao contrário de Gilvane Felipe, não faz a ponte com a nova geração. A do rock, por exemplo, que prefere Gilvane.

Gilvane Felipe também tem sido citado para a Goiás Turismo. Mas a empresária Magda Mofatto tem dito que vai indicar o nome de seu presidente. Ele, se não for para Agepel ou Goiás Turismo, pode ainda ser alocado na Secretaria de Ciência e Tecnologia.

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