terça-feira, 30 de novembro de 2010

Entorno no governo Marconi Perillo!!





Política & Justiça


A vez do Entorno do DF
Governador eleito Marconi Perillo chama prefeito de Luziânia, Célio Silveira (PSDB), para ocupar secretaria de Governo em sua administração. Resposta será dada até 20 de dezembro. É o primeiro convite oficial realizado pelo tucano

Alexandre Bittencourt 

Saiu o primeiro convite para a equipe do governador eleito Marconi Perillo (PSDB). Ontem, no início da noite, Marconi convidou o prefeito de Luziânia, Célio Silveira (PSDB), a ocupar a Secretaria de Governo – pasta responsável, entre outras coisas, pela interlocução entre os aliados da administração. O encontro entre Marconi e Célio ocorreu no comitê central de campanha do governador eleito. O prefeito de Luziânia pediu prazo até o dia 20 de dezembro para avaliar o convite. 

Célio administra, pelo segundo mandato consecutivo, o quarto maior município do Estado – atrás de Goiânia, Aparecida e Anápolis. Foi o maior responsável pela vitória maiúscula que Marconi conquistou na cidade nas eleições deste ano – o tucano amealhou 66,4% dos votos no segundo turno, contra 33,5% do candidato do PMDB, Iris Rezende. Uma vitória que ganha importância e simbolismo ainda maior se levado em consideração que o candidato a vice de Iris, deputado federal Marcelo Melo (PMDB), é natural de Luziânia. 

Célio integra o primeiro time de aliados do governador eleito, e durante a pré-campanha era, com frequência, lembrado como opção para compor a chapa majoritária – como candidato ao Senado ou a vice-governador. Célio foi coordenador da campanha do PSDB na região do Entorno do Distrito Federal, e coordenou a chapa tucana rumo a uma vitória inquestionável sobre o PMDB – apesar de os dois principais adversários terem escolhido candidatos a vice da região. 

Além de Iris, que fez dobradinha com Marcelo Melo, Vanderlan Cardoso também buscou um representante do Entorno. Com o apoio do Palácio das Esmeraldas, Vanderlan tinha como vice o deputado estadual Ernesto Roller (PP), dono base eleitoral no município de Formosa. 

Sobre o tempo para pensar no convite, Célio argumenta que Luziânia está prestes a receber R$ 37 milhões do Programa de Aceleração de Crescimento (PAC) do governo federal, além de emendas parlamentares da bancada goiana, e que este seria o momento adequado para pôr em execução projetos que há meses ele desenvolveu, mas que ainda não haviam saído do papel por falta de recursos. Disse que agora a “casa está em ordem e a administração redondinha”, e que o momento é de “colher os frutos”. Ex-presidente da Assembleia Legislativa, depois de ser eleito deputado estadual com a segunda maior votação do Estado, 48 mil votos, Célio Silveira chegou à prefeitura de Luziânia com 48 mil votos – ou 68% dos votos válidos. 

Nas eleições municipais de 2008, quando foi candidato a prefeito pela segunda vez, Célio enfrentou um levante organizado por PMDB, PT e PP –  orquestrado pelo governador Alcides Rodrigues – que visava isolá-lo na disputa. Mas o prefeito conseguiu trazer o PMDB de volta para a sua chapa e conseguiu esvaziar o “golpe”. Sem alternativa, o PP abandonou o plano de Alcides e aderiu à candidatura do tucano. 

A cidade administrada pelo provável futuro secretário de Governo foi destaque na edição do dia 1º de setembro de 2009 de revista Veja, que tratou do crescimento descentralizado da economia brasileira e do avanço rápido de cidades que possuem entre 100 e 500 mil habitantes. Luziânia apareceu em quinto lugar entre os municípios de médio porte que mais se desenvolvem no País, com taxas de 5,4% do PIB ao ano, contra média nacional de pouco mais de 4%. 


Senado recorda 30 anos da morte de Petrônio Portella 

O senador e governador eleito de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), discursou ontem durante a sessão extraordinária realizada em memória aos 30 anos do falecimento do senador Petrônio Portella. Marconi destacou a contribuição de Portella ao processo de reabertura democrática do Brasil durante a década de 1970 e o classificou como político de notável capacidade de articulação. 

“O senador Portella teve um papel de fundamental importância como uma das lideranças nacionais que, embora membro da Arena e da base de sustentação dos governos militares, compreendeu a necessidade de se redemocratizar o País e livrá-lo da mão pesada da ditadura”, disse Marconi. 

Portella foi presidente do Senado entre 1971 e 1973 e da Arena, partido de sustentação à ditadura militar, entre 1973 e 1975. Nesse mesmo período, foi líder do governo do presidente Emílio Garrastazu Médici no Senado. Reeleito senador em 1974, foi o condutor da chamada “Missão Portella”, o primeiro passo da política de “distensão gradual e segura” empreendida pelo presidente Ernesto Geisel. Foi reeleito para o comando do Senado em 1977 e nomeado ministro da Justiça do governo João Figueiredo em 1989. 

Seu nome chegou a figurar na lista de cotados para disputar a presidência em 1979, quando se encerraria a administração de Figueiredo. Portella faleceu em 1980, aos 55 anos. Era natural do Estado do Piauí. 

A sessão de ontem foi coordenada pelo presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP). Participaram a viúva de Petrônio, Iracema Portella, amigos e familiares.

Nenhum comentário:

Postar um comentário