POLÍTICA
EM PALANQUE montado na Praça Cívica, em Goiânia, na noite deste domingo (31), o governador eleito Marconi Perillo agradeceu os militantes e a população que foi ao local festejar o triunfo nas urnas
VITÓRIA – O tucano recebeu cerca de 1,5 milhão de votos (52,99%) e aos 47 anos vai ocupar pela 3ª vez o Palácio das Esmeraldas
Contra tudo e contra todos, Marconi é eleito em Goiás
O candidato tucano recebeu pouco mais de 1,5 milhão de votos (52,99%) e aos 47 anos vai ocupar pela terceira vez o Palácio das Esmeraldas
Da Redação
Contra tudo e contra todos, o senador Marconi Perillo é o novo governador de Goiás. O candidato tucano recebeu pouco mais de 1,5 milhão de votos (52,99%) e aos 47 anos vai ocupar pela terceira vez o Palácio das Esmeraldas. O ex-prefeito de Goiânia Iris Rezende (PMDB) seu adversário no segundo turno, obteve quase 1,4 milhão de votos (47,01%). A vitória de Marconi é mais uma de uma sequência de triunfos nas urnas que teve início em 1990, quando foi eleito deputado estadual por Goiás.
O sucesso do tucano neste 31 de outubro reforça seu prestígio pessoal e força política no Estado, que pouco impacto sofreram após sua saída do governo e o natural afastamento durante o período em que esteve em ação no Senado, em Brasília. Corrobora com esta tese a forma com que se processou o triunfo do candidato do PSDB, que enfrentou ‘oposição’ das prefeituras das três maiores cidades de Goiás: Goiânia, Aparecida e Anápolis – onde os prefeitos faziam parte do bloco de apoio Irista –, do Governo do Estado e ainda do Governo Federal. Até nomes de peso dentro da coligação de Marconi, caso do deputado federal reeleito Ronaldo Caiado (DEM) senão trabalharam contra, também não ofereceram qualquer suporte.
Dessa forma, Marconi Perillo e Iris Rezende acabaram travando um dos mais acirrados confrontos do segundo turno, tendo alguns institutos de pesquisas, inclusive, apontado empate técnico entre eles. Durante a campanha, ambos buscaram reproduzir em Goiás a estratégia nacional de oposição entre os projetos de José Serra (PSDB) e Dilma Rousseff (PT). Marconi Perillo prometeu que, caso fosse eleito, implantaria o piso salarial do professor, distribuiria computadores para eles e para os alunos da rede pública, construiria hospitais e criaria um disque-emergência unificado para a segurança pública.
Propostas
Transformar o conceito de Segurança Pública, de mero aparelho repressor do Estado para um sistema de defesa social e proteção à cidadania.
Revitalizar e fortalecer a rede de proteção social, com melhoria e ajustes nos programas Renda Cidadã, Salário-Escola, Cheque Moradia, Bolsa Universitária e Banco do Povo e Restaurante Cidadão.
Reforma dos prédios e equipamentos públicos da cultura em todo o Estado; implantar centros de cultura nos municípios goianos.
Revitalizar o sistema rodoviário do Estado, recuperando todas as rodovias e implantando um programa de manutenção permanente (manutenção e aprimoramento do Programa 3ª Via).
Ampliar o sistema de energia - as linhas de transmissão, distribuição, redes e subestações para atendimento das demandas geradas pelo crescimento do Estado.
Trajetória
A trajetória política de Marconi ganhou relevância com a vitória nas eleições ao governo do Estado em 1998, já pelo PSDB, sobre o até então favorito Iris Rezende. Após a chegada ao governo estadual, Marconi conseguiu ainda a reeleição no primeiro turno, em 2002.
Já em 2006, a vitória foi dupla: seu aliado, o então vice-governador Alcides Rodrigues (PP) foi eleito ao governo e Perillo garantiu uma cadeira no Senado, com quase 76% dos votos. Em 2007, no entanto, já começou a sentir o distanciamento do governador, que alegava ter recebido o Estado com déficit, embora evitasse fazer críticas diretas a Marconi.
As críticas fizeram a relação entre PSDB e PP azedar, o que culminou num “racha” na base aliada que colocou Marconi e Alcides em lados opostos nas eleições de 2010. Após apoiar o candidato do PR, Vanderlan Cardoso, no primeiro turno, o governador declarou apoio a Perillo na segunda etapa do pleito. Atualmente, ocupa o cargo de vice-presidente do Senado.
Perfil
Nascido em 1963 em Goiânia, Marconi Ferreira Perillo Júnior é casado com Valéria Jaime Peixoto e tem duas filhas. Cursou o ensino fundamental no município de Palmeiras de Goiás, município de 22 mil habitantes a 72 quilômetros de distância da capital, e o segundo grau em Goiânia. Na universidade, estudar Ciências Sociais, Engenharia Industrial e Engenharia Civil antes de se formar em Direito em agosto deste ano, em plena campanha eleitoral.
Sua carreira política teve início na década de 1980, quando foi apresentado ao senador Henrique Santillo durante viagem a Brasília para um encontro da juventude do partido. Perillo voltou para a capital de Goiás com um cargo de assessor do político, que eventualmente seria eleito governador. Durante esse período, Perillo também foi presidente do PMDB Jovem de Goiás e presidente nacional da Juventude do PMDB.
Ao lado de Santillo, Marconi candidatou-se – e foi eleito – à Assembleia e, em seguida, pelo PP, à Câmara, onde foi vice-presidente da Comissão Regulamentadora do Sistema Financeiro Nacional, membro da Comissão de Constituição e Justiça e membro da Comissão de Ciência e Tecnologia.
Cyro Miranda, empresário e primeiro suplente do senador e governador eleito Marconi Perillo
Empresário assume lugar no Senado
O empresário Cyro Miranda Gifford Júnior (PSDB) assumirá em janeiro a cadeira de Perillo no Senado. Como suplente, Cyro Miranda já vinha participando do gabinete de Perillo, em suas relações com o setor produtivo goiano. Ele também coordena as equipes editorial, política e de produção legislativa de Perillo.
Nascido em São José do Rio Preto (SP) em 1946, ele foi declarado cidadão goiano pela Assembleia Legislativa do estado de Goiás. Formado em administração de empresas, é dono de uma distribuidora de sorvetes e de uma empresa de processamento do milho em Acreúna (GO). Já presidiu a Federação das Associações Comerciais e Industriais do Estado de Goiás e foi vice-presidente da Confederação das Associações Comerciais do Brasil e da Associação Brasileira da Indústria de Milho, a Abimilho. Cyro Miranda é casado e tem dois filhos e três netos.
FERNANDO, coordenador em Anápolis da campanha: cidade teve gratidão
Vitória incontestável em Anápolis
O tucano teve 74,41% dos votos válidos, enquanto o ex-prefeito Iris Rezende (PMDB) obteve 25,59% da preferência do eleitor
Da Redação
O senador Marconi Perillo (PSDB), governador eleito do Estado de Goiás, confirmou sua popularidade em Anápolis neste 2º turno e venceu com uma ampla frente na cidade. O tucano teve 74,41% dos votos válidos, enquanto o ex-prefeito Iris Rezende (PMDB) obteve 25,59% da preferência do eleitor.
Em números absolutos, Marconi conquistou 124.173 votos em Anápolis, enquanto Iris ficou com 42.701. O tucano ampliou sua frente em relação à primeira etapa do pleito em quase dez pontos percentuais: teve no 1º turno 65,01% dos votos na cidade. Iris, por sua vez, conseguiu crescer pouco, já que teve 22,41% dos votos no 1º turno.
Coordenador da campanha de Marconi Perillo em Anápolis, o vereador Fernando Cunha (PSDB) ressaltou que a vitória do senador demonstra o reconhecimento da população em relação aos seus dois primeiros mandatos e, a partir de agora, aumenta a responsabilidade para um novo governo.
“Marconi Perillo tem a missão, que tenho certeza que será cumprida, de retribuir tudo aquilo que o anapolino fez por ele nas urnas tanto no 1º quanto no 2º turno desta eleição de 2010”, frisou o vereador tucano. O senador, inclusive, passou por Anápolis assim que foi confirmada sua vitória, antes mesmo de participar de evento em Goiânia.
Campanha
Marconi Perillo fez uma campanha com presença constante em Anápolis. Desde o início da corrida eleitoral, o agora governador eleito visitou a cidade pelo menos uma vez por semana, se reunindo com segmentos organizados ou mesmo participando de caminhadas e carreatas.
Neste sábado (30), Marconi concluiu seus eventos de campanha com uma caminhada pelas ruas do centro. Segundo sua assessoria, a escolha do município teve um propósito: Anápolis sempre trouxe sorte ao projeto político do tucano.
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