terça-feira, 23 de novembro de 2010

Governo Alcides: a lentidão é a grande marca!!





POLÍTICA


Alcides critica “afobação” de equipe
Pepista vê “pressa” de grupo de transição em pedidos por dados do estado e diz que “pode” se reunir com vice 

Núbia Lôbo 

Sem definir datas nem nomes para a transição de governo, o governador Alcides Rodrigues (PP) afirmou ontem que a equipe que vai acompanhar os trabalhos "está praticamente definida" e alfinetou o governo eleito dizendo que "não precisa de tanta afobação assim". Questionado se atenderá o pedido de audiência feito pelo vice-governador eleito José Eliton (DEM), Alcides respondeu de forma vaga: "Podemos nos reunir". 

O governador falou com a imprensa no Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO), durante posse do desembargador Carlos Alberto França. Um interlocutor próximo ao pepista disse que ele não tem demonstrado muita vontade de se envolver ou agilizar a transição, conforme querem os aliados do governador eleito Marconi Perillo (PSDB). 

Já Alcides ressaltou que suas declarações e suas ações, desde o dia das eleições, vêm mostrando que ele não vai colocar qualquer obstáculo ao trabalho de transição. Porém, o governador deixa claro que não concorda com o ritmo desejado pelo grupo do próximo governo. "Eu não sei porque tanta pressa. Sem dúvida nenhuma, durante pouco tempo tudo estará sendo visto e mostrado, até porque as coisas do governo são públicas", afirmou Alcides. 

Pressionado por datas, o pepista disse que anunciará os nomes de sua equipe de transição ainda nesta semana. "Sempre estive com o espírito desarmado. Salvo um ou outro, não tem problema nenhum de ordem pessoal (com a equipe de Marconi)", ponderou o governador. 

Alcides comentou ação do Ministério Público Federal contrária ao acordo do governo do Estado com a União para sanear as finanças da Celg. O pepista garantiu que toda a operação está dentro da legalidade, que está "ultimando as últimas solicitações do governo federal" e logo os recursos estarão nos cofres do tesouro estadual. 

"O governo passa, os técnicos permanecem em seus lugares na área federal, na área estadual. Então, (o acordo) foi muito bem estudado, foi uma matemática financeira que foi excelente para o Estado e para a Celg", afirmou Alcides. 

Sobre as ações do governo eleito, que já anuncia obras e shows no Centro Cultural Oscar Niemeyer, Alcides diz que não está chateado porque conhece o processo. "Conheço também as fraquezas do ser humano. Então, isso para mim é a coisa mais natural do mundo", alfinetou. 

"A sociedade espera uma postura de Estado", rebate coordenador Integrante da parte técnica do grupo de transição, José Carlos Siqueira criticou ontem a declaração do governador Alcides Rodrigues (PP) apontando "afobação" por parte de aliados do governador eleito Marconi Perillo (PSDB) na busca por dados do governo. Na semana passada, Alcides disse "que falta um tempão" para a transmissão do cargo. 

"Falta um tempinho. Independente de integrar o grupo de Marconi, como cidadão eu vejo um equívoco por parte do governador. A sociedade espera dele uma postura de Estado", afirmou Siqueira. 

A equipe técnica do governo eleito está se aprofundando em dados públicos da administração. Já a coordenação política da transição marcou para quarta-feira, quando Marconi chega de viagem, reuniões com alguns partidos da base para discutir a composição do próximo governo. 

Sobre o desejo do PR de participar dessa composição em troca do apoio ao governo, Antônio Faleiros, integrante do grupo político, avalia como natural. "Essa interlocução será feita com os parlamentares que nos apoiaram", ressalta.(N.L.) 


Ademir afirma que apoiará tucano mesmo sem espaço no 1º escalão 

Escalado para coordenar a interlocução do PR de Goiás com o governador eleito Marconi Perillo (PSDB), o vice-governador do Estado e deputado estadual eleito, Ademir Menezes, afirmou ontem que vai apoiar a próxima gestão do tucano independente de o PR estar na equipe administrativa. 

Em votação, na semana passada, o PR decidiu por integrar a base de Marconi na Assembleia e na Câmara Federal, desde que seja convidado a participar de seu governo. Junto com o deputado estadual Cláudio Meirelles e o ex-prefeito de Senador Canedo, Vanderlan Cardoso, Ademir ficou responsável pela aproximação administrativa do PR com o PSDB. Já Sandro Mabel, presidente do partido em Goiás, preferiu ser "poupado dessa movimentação". 

Ademir preferiu não garantir que Vanderlan ainda esteja disposto a participar da comissão do PR que vai procurar Marconi. Adversário do tucano no primeiro turno da disputa pelo governo de Goiás, Vanderlan foi o último a se manifestar na decisão de apoiar o próximo governo e votou favorável cumprindo compromisso de seguir a maioria, segundo Ademir.(N.L.) 


Carlos França é o novo desembargador do TJ 

Marília Costa e Silva 

O juiz Carlos Alberto França, de 45 anos, foi empossado, na tarde de ontem, em solenidade realizada no plenário da Corte Especial, no cargo de desembargador do Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO). Escolhido pelo critério do merecimento, ele passa a ocupar a vaga deixada com a aposentadoria do desembargador Alfredo Abinagem. 

Natural de Campina Verde (MG), Carlos França é um dos mais novos magistrados a assumir o cargo de desembargador do TJ-GO. Ele formou-se em Direito em 1989, na Universidade Federal de Goiás (UFG), aprovado em concurso da magistratura um ano depois. 

A primeira comarca em que atuou foi Alto Paraíso. Na sequência, foi titular em Planaltina e Formosa. Nos cinco primeiros anos de magistratura, atuou em regiões carentes e de díficil provimento, respondendo por comarcas localizadas no Nordeste do Estado. 

Em agosto de 1995, França foi removido de Formosa para o 5º Juizado de Pequenas Causas de Goiânia, sendo relotado pouco depois no Juizado da Infância e da Juventude da capital.

Após dois anos, assumiu a 6ª Vara Cível de Goiânia, onde foi responsável pela condução do processo de falência da Encol. Em fevereiro de 2007, assumiu a direção do foro da capital e, em março deste ano, foi removido da 11ª Vara Cível ao cargo de juiz substituto em 2º grau. 

A escolha de Carlos França como desembargador levou em conta cinco critérios:

desempenho, produtividade, presteza, aperfeiçoamento técnico e conduta. "Um homem de valor, cuja notoriedade em sua função o trouxe a essa Corte de Justiça para amarrar, em definitivo, sua história pessoal, seu passado, suas escolhas e sua vocação à história, aos anseios e aos valores do Judiciário goiano", afirmou o desembargador José Lenar, na saudação ao novo colega.

Nenhum comentário:

Postar um comentário