segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Diário da Manhã

Café da Manhã

Felipe Cândido

Lúcia corre o risco de ficar sem legenda para reeleição

Curto circuito nas relações entre os senadores Marconi Perillo e Lúcia Vânia. Os dois não conseguem sintonizar o discurso já tem muito tempo e a proximidade das definições para a disputa do ano que vem tende a ser o complicador final. Como se não bastasse, a cúpula do PSDB chega à conclusão que Lúcia perdeu a afinidade com o partido. A análise veio após recentes entrevistas em que bateu pesado nos governos do Tempo Novo. O resultado é previsível: Lúcia não terá legenda para se recandidatar, aposta a maioria absoluta dos tucanos. O partido também está pronto para ver a senadora, em 2010, nos palanques dos adversários de Marconi, mas interlocutores ouvidos pela coluna acreditam que ela se distanciou das bases o suficiente para que o seu discurso não tenha efeitos práticos. Claro, nem tudo está perdido. Os conciliadores de plantão podem atuar para que a divisão não se estabeleça. A tentativa seria repetir a chapa que venceu as eleições para o Senado mas, neste caminho, se apresenta uma nova enrascada: a disposição do DEM de se enfileirar com a chamada Nova Frente, o que levaria Demóstenes Torres para os braços de Alcides Rodrigues.

Direção do PMN fecha com Marconi. Senador defende liberdade de imprensa

A direção estadual do PMN confirmou apoio a uma eventual candidatura de Marconi Perillo a governador em 2010. O anúncio foi formalizado pelo presidente do partido no Estado, Armando Vergílio, que assumiu a legenda em substituição ao ex-deputado Wagner Vilela. Ainda sobre o senador: em encontro com jornalistas, na sexta-feira, no restaurante japonês Hakone, Marconi defendeu a liberdade e o direito de crítica da imprensa. Também manifestou-se favorável à volta da exigência do diploma para o exercício da profissão de jornalista e condenou qualquer forma de censura aos meios de comunicação. Para exemplificar, ele citou a polêmica envolvendo a entrada da Venezuela no Mercosul. Segundo avalia, o que está em jogo não é a participação daquele País, mas a ausência de liberdades democráticas. “A Venezuela tem hoje um regime que não respeita as liberdades de expressão, de reunião, liberdades econômicas, direitos e garantias fundamentais”, disse. “A liberdade está umbilicalmente ligada à profissão de jornalista”, conclui.

José Nelto perde sustentação dentro da bancada do PMDB

Ao dizer que “o Tribunal de Contas do Estado está a serviço do PSDB”, o deputado José Nelto perdeu sustentação dentro da bancada do PMDB na Assembleia. A líder Mara Naves foi funcionária do TCE e ficou profundamente magoada com os ataques do seu colega de partido. José Nelto, ao criticar o órgão, tentou desclassificar os relatórios encaminhados à CPI da Celg, nos quais a entrega da Usina de Corumbá ao governo federal, no primeiro mandato de Iris Rezende, foi apontado como primeiro grande ato negativo para as finanças da empresa.

Perigo

Se o PSDB insistir na opção pelo distanciamento do Palácio das Esmeraldas na Assembleia, o governador Alcides Rodrigues terá dificuldades. Para se manter um veto são necessários 25 votos, número exato de deputados que comporiam a nova base. Ou seja, todos deveriam permanecer em plenário.

Síntese

• Não está assim tão azedo o ambiente entre o governador Alcides Rodrigues, o secretário Jorcelino Braga e o senador Marconi Perillo. Há sinais de trégua política dos dois lados. Se vai haver reaproximação...

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