quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

A base está unida!

Diário da Manhã

Opinião do Leitor

Teleconsulta agenda consultas não emergenciais

Em carta publicada na edição de domingo, dia 13 de dezembro, o médico pediatra Orcenir, que atua na rede municipal de Saúde, classificou o Teleconsulta de apêndice dos Cais 24 horas. Com o objetivo de bem informar os leitores deste jornal, vimos notificar que a Central de Atendimento ao Cidadão – Teleconsulta não agenda consultas de urgência e emergência. No caso destas consultas, o atendimento é direto, sem intermediações.

A central atua no agendamento de consultas eletivas (não emergenciais) de clínica médica, pediatria e ginecologia e obstetrícia). As consultas são marcadas de acordo com o perfil do usuário. Crianças, idosos, gestantes e portadores de sintomas que podem representar risco têm sua consulta marcada para 24 ou 48 horas. As demais são agendadas para, no máximo, sete dias. Para assegurar o correto encaminhamento de cada caso, a Central conta com cobertura em tempo integral – das 7 às 19 horas – de enfermeiros e médicos.

Além de respeitar as peculiaridades de cada caso, o Teleconsulta ainda utiliza um sistema de georreferenciamento que permite que o usuário seja atendido na unidade mais próxima de sua casa. Esse sistema de agendamento, que une agilidade e conforto para usuário com humanização do atendimento, certamente facilitou o acesso às consultas eletivas, desafogando os pronto-atendimentos, mas, como já foi dito, consultas de urgência não sofrem qualquer tipo de intermediação.

Em três anos de existência, o Teleconsulta dobrou a média mensal de consultas marcadas, de 30 mil para 60 mil. Em contrapartida, o efetivo de médicos sofreu um incremento de menos de 14%. Possível graças ao uso racional e ao máximo aproveitamento da capacidade de produção das unidades de saúde proporcionados pelo sistema, esse desempenho resultou, durante o período, 2,2 milhões de agendamentos.

Maria Aparecida Sardinha, coordenadora técnica do Instituto de Desenvolvimento Tecnológico e Humano (Idtech), parceiro da Secretaria Municipal de Saúde na elaboração, estruturação e gerenciamento do Teleconsulta, via e-mail

(Resposta à carta ”Parabéns, deputado e médico Honor, endosso suas palavras, mas acrescento algumas”, do leitor Orcenir, publicada dia 13/12/09)

Insensatez é menosprezar a inteligência da população

1) Após ler a réplica de um assessor do secretário municipal de Goiânia, dr. Jefersom, advogado e servidor da SMS, me espanta também ver sua imensa ingenuidade. A lei é clara e não se discute, o secretário pode até não ser atualmente proprietário de algum hospital, mas todos sabem que é defensor nato da rede de hospitais privados e da sua influência no segmento.

2) Na verdade, a população carente e desfavorecida não tem acesso à rede de alta complexidade. Se Vossa Senhoria fosse médico e vivenciasse a penúria dos nossos usuários, talvez teria outra opinião.

3) Realmente fui diretor do Departamento de Epidemiologia e da ESF de Goiânia, mas, a meu pedido, me desliguei por dois motivos: o primeiro é porque sou também servidor federal, concursado há 35 anos (M.S.) e fui convocado pela Controladoria Geral da União e da Auditoria Municipal a não assumir toda e qualquer chefia ou gratificação no âmbito municipal devido a acúmulo de carga horária. Inclusive, mesmo trabalhando desbravadamente, fiz questão de devolver e estou devolvendo aos cofres públicos as gratificações que recebi; o segundo motivo se deve ao fato de ter criticado algumas vezes o modelo de gestão do secretário e todos sabem disso, inclusive Vossa Senhoria, e não sou subserviente como muitos, tenho luz própria!

4) Observa-se que, apesar da constante necessidade de profissionais nas equipes de Saúde da Família, existem médicos e enfermeiros recebendo gratificações da ESF que não atuam na área assistencial, além de ocuparem cargos de coordenações e chefias, inclusive até em outras cidades. Acho que o Prefeito não sabe disso!

5) Sobre a teleconsulta, o ministro elogiou mesmo, pois não conhece a realidade de Goiânia. É fácil apresentar números quantitativos (e a resolubilidade como está?), mas também se ele e Vossa Senhoria vivenciassem a situação dos atendimentos da rede municipal de Goiânia, com certeza teria outra opinião. É só ir até as filas de atendimento das unidades do município de Goiânia, perguntar aos pacientes e aos servidores o que acham da teleconsulta.

6) Sobre as unidades estarem estruturadas para atendimentos é, no mínimo, menosprezar a inteligência das pessoas, pois no ambulatório dos Centros de Saúde, ESF, ou nos Cais, nenhuma urgência deve ser banalizada, pois pode oferecer risco de morte. Quando solicita-se raios X, exames bioquímicos de urgência, deve ser avaliado pelo médico rapidamente e no ambulatório da ESF isso não é possível, principalmente no período noturno. Entretanto, quando os Cais 24h são procurados, não há médicos, provocando um vaivém sem fim, gerando prejuízo aos pacientes!

7) Onde estão os médicos especialistas? Ou então é falta mesmo de planejamento e competência na distribuição? Por que existe uma montanha de encaminhamentos feitos após as consultas básicas agendadas pelas teleconsultas em todas as unidades da SMS? Diz-se também que estes encaminhamentos são renovados frequentemente, mas tem pacientes que aguardam até anos na fila de espera!

8) Sabe-se que existe mais de uma dúzia de Cais 24h e em todos faltam médicos. No entanto, Vossa Senhoria mesmo afirma que o quadro está repleto de médicos, aliás, dizem que são mais de 1.400, mas onde eles estão? Será que não é o modelo de gestão que está prejudicado? Não seria melhor ter somente meia dúzia de Cais 24h com plena estrutura e bem resolutivos e investir mais na área preventiva (PSF, atenção básica, especialidades) em vez de ter dezenas de Cais precários em seus funcionamentos?

9) Sobre o assessoramento do secretário, parece mesmo que muitos são concursados e até possuem especialização em saúde pública, mas e a vivência, aonde fica? Aliás, desde a gestão anterior de 2004 são os mesmos profissionais e fazem rodízios dos cargos. Pecado é que muitos ainda não atuaram na área assistencial, permanecem a nível central, inclusive o ministro da Saúde e, consequentemente, não conhecem a realidade!

(Resposta à réplica de Jefersom Leite da Silva, “Dr. Orcenir, chega de insensatez!”, artigo publicado dia 15/12/09 em Opinião do Leitor)

Orcenir Itacarambi, médico efetivo e concursado da Saúde (SMS) e assistente técnico da Advocacia Geral da União, via e-mail


Apelo aos homens de bom senso da base aliada – Artigo de Nilo Resende, publicado dia 15/12/09

Expressão da verdade

Cumprimento o deputado Nilo Resende pela sabedoria expressada no artigo “Apelo aos homens de bom senso da base aliada”, publicado na edição de 15 de dezembro de 2009, no Diário da Manhã.

Todos sabem que, em política, temos que “varrer pra dentro”. Agora, assumir isso, colocar em prática, ou até mesmo conseguir fazer, aí é que são elas. E mais, ter coragem de mostrar isso, de forma clara, inegável e, principalmente, de forma pública, aí sim é que é para poucos. O deputado Nilo Resende, que sempre teve a minha admiração, o fez.

As suas palavras naquele artigo são a expressão da verdade e retratam de fato o anseio de toda a base aliada aqui, no interior, junto das pessoas, no dia a dia, onde realmente acontece o “pega pra capar”, na hora da busca pelo voto.

Estamos observando duas realidades políticas na base aliada, e bem destoantes uma da outra. Uma realidade é a vivida por dirigentes de alguns partidos que não sabem de nada que se passa aqui na base e tomam decisões por aí. Estão cegos e querem guiar quem não está cego. A outra realidade é a vivida pela verdadeira base, a que votou no Tempo Novo e na sua continuação.

Essa base está aqui, unida, não quer saber de racha e quer vencer a eleição. Mas não quer vencer com qualquer um, quer ainda a continuação do Tempo Novo. E, naturalmente, com legitimidade, o arquiteto do tempo novo é que representa a segurança da sua continuidade: Marconi Perillo, que lidera todas as pesquisas. Faz dó, soa ridícula a posição de alguns dirigentes aí na cúpula, quando dizem pretenderem uma terceira via. São pessoas sem nenhuma representação, sem legitimidade, para se pronunciarem pela base, inclusive até porque não a ouviram. Ninguém sabe o motivo dessa desunião aí na cúpula. Até agora ninguém me disse, nem me convenceu sobre a razão do distanciamento do governador da base. Pelo menos uma razão que mereça crédito. E dói, porque votamos na última eleição, de deputado estadual a presidente, pra ganhar ou pra perder, na mesma confiança em que votamos no senador, e não é de nossa vontade ver o que tem acontecido.

E a base quer votar de novo, no senador, e na sua confiança, na sua base, de deputado estadual a presidente. E vamos fazer assim.

Amigo deputado Nilo Resende, as suas palavras no artigo foram as palavras que gostaríamos de dizer. Você disse por nós, mostrou estar afinado com o anseio popular, com o anseio da base. Mostrou ser um líder de verdade, que sabe sentir junto com o povo, e que tem coragem de assumir esse anseio, de defendê-lo.

Obrigado por colocar em público esse apelo que é nosso. Que os demais dirigentes o ouçam e atendam.

Nilson Almir Pereira do Nascimento, via e-mail

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