sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

O Popular

GIRO

Jarbas Rodrigues JR

Cenário aponta três eixos para a disputa ao governo em 2010

Embora historicamente a eleição ao governo de Goiás seja polarizada entre dois candidatos, o cenário para 2010 aponta que haverá três fortes chapas na disputa: uma encabeçada pela aliança PSDB-PTB com Marconi Perillo, outra pela aliança PMDB-PT com Iris Rezende e uma terceira com PP-DEM-PR e candidato a definir. Outros partidos vão compor estas alianças, é claro. A confirmar este cenário, dificilmente Henrique Meirelles (PMDB) seria candidato ao governo. A campanha, nas palavras dos políticos, será “sangrenta”. A cúpula alcidista está convicta de lançar chapa própria. Acredita na real possibilidade de vencer, mas tem a certeza de que vai determinar a eleição do próximo governador. A cúpula alcidista nem demonstra muito interesse por ampla aliança com os partidos da base lulista em Goiás para o primeiro turno, em torno de uma candidatura de Meirelles. Sua prioridade é eleger fortes bancadas na Assembleia e no Congresso e evitar a vitória da chapa PSDB-PTB. É o quadro de hoje.

Última instância


O grupo do DEM que quer aliança com o PSDB pretende levar para a direção nacional o futuro do partido em Goiás para 2010. Como nas eleições de 2004 (Goiânia) e 2006.

Guerra de ações


O PP diz que o levantamento do PSDB, publicado aqui ontem, que aponta 106 ações movidas por PMDB, PDT, PT, PSB e DEM contra o governador Alcides é um tiro no pé dos tucanos.

Ontem e hoje

Motivo, na visão pepista: são processos de coligações por conta da campanha de 2006 e todos os partidos citados no levantamento tucano recompuseram com o PP, mas hoje não têm diálogo com o PSDB.

Nem se olham

Marconi e Alcides foram padrinhos de casamento, sexta-feira, no Maison Florency. Chamaram a atenção: um desconheceu o outro.

Extra natalino

Deputados prevêem convocação extra da Assembleia em dezembro para aprovar projetos polêmicos do Executivo antes de um racha oficial entre PP e PSDB. A conferir.

Poder do governo

O núcleo alcidista se diz despreocupado. Afirma que, da bancada tucana, apenas Daniel Goulart e Jardel Sebba vão criar problemas.

Mas...

A bancada marconista promete dar trabalho na Assembleia, como na semana passada, ao atrasar a votação de projetos do governo.

Nion duvida de candidatos da frente alcidista

Do tucano Nion Albernaz, sobre uma candidatura a governador do deputado Ronaldo Caiado (DEM) pela frente alcidista: “Caiado tem se destacado ao representar muito bem o setor agropecuário no Congresso”. E uma do deputado Sandro Mabel (PR)?: “Hoje ele é líder do PR na Câmara dos Deputados. Vai se arriscar a perder tudo isto?” Ou seja, Nion não acredita na frente.

A aliança entre PSDB e PP acabou nos bastidores. O que falta para um definitivo rompimento?


O rompimento já aconteceu há muito tempo, mas o PSDB só não vai admitir oficialmente porque tem mais de 20 mil cargos no Estado. Como vai conseguir emprego para esta turma toda se não tem apoio de prefeituras, do Estado e do governo federal? Em nenhum lugar no mundo governo rompe com partido.

Desagradou

A entrevista da senadora Lúcia Vânia (PSDB), ontem no POPULAR, foi lida e relida pela cúpula do PSDB goiano. O que mais se ouviu foi o termo “bajulação” ao governo Alcides.

Espírito natalino

Tem alcidista e marconista negociando um cessar-fogo. Pelo menos, até passar o carnaval. A conferir.

Enquanto isto...

Fechou o tempo na cúpula do PP: Sérgio Caiado (Seinfra), presidente, e Sérgio Lucas (Agetop), secretário-geral do partido, não têm se falado ultimamente.

Aguentar firme

Tucanos afirmam que governador só pode demitir servidores comissionados até abril. Por força da legislação eleitoral.

Silêncio na festa

Num evento fechado com 50 casais segunda-feira em Goiânia, coalhado de marconistas, inclusive o próprio senador, o prefeito José Gomes (PP) declarou no microfone ser irista de coração.

Pergunta para: Vilmar Rocha, do DEM goiano

O governador Arruda terá condições de concluir seu mandato como pretende?

Diante das circusntâncias, o governador tomou uma decisão acertada ao pedir desfiliação do DEM. Agora poderá se dedicar integralmente à gestão do Distrito Federal, com dezenas de obras importantes em andamento. Se terá condições de concluir seu mandato, somente o Legislativo do DF poderá dizer.

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