segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

DM - 19 de dezembro de 2009

O Popular

SUCESSÃO 2010

Serra evita falar de candidatura

Agência Estado

Itapira e Belo Horizonte – As previsões feitas por aliados sobre a postura do governador de São Paulo, José Serra (PSDB), diante da desistência de Aécio Neves (PSDB) de disputar a Presidência se confirmaram. Em sua primeira aparição pública após a reviravolta no tucanato, Serra disse que não se sente pressionado para acelerar uma definição sobre candidatura e que caberá ao partido escolher o momento oportuno para apresentar seu candidato ao Palácio do Planalto em 2010.

“Eu estou no governo de São Paulo, minha prioridade é governar São Paulo. Decisões a respeito de candidatura serão tomadas oportunamente pelo partido, mas eu vou continuar concentrado no meu trabalho”, afirmou, repetindo discurso que vem fazendo desde o início deste ano.

Perguntado se estaria transferindo para o PSDB a definição de uma data para o anúncio da candidatura dele, Serra explicou-se: “O partido ao seu tempo vai tomar uma decisão, naturalmente ouvindo todo mundo, inclusive aqueles diretamente envolvidos”, comentou, rindo.

Único nome da sigla para a corrida presidencial após a saída de Aécio da disputa, Serra queixou-se do que chamou de especulações. “Não é um problema de definição ou não definição. Não vamos ficar aqui especulando em torno de datas”, emendou.

O governador confidenciou a pessoas próximas que considerou exagerado o noticiário de quinta-feira, especialmente no que se refere ao que ele pensa sobre o atual cenário. A avaliação do grupo ligado a Serra também é de que Aécio antecipou uma decisão que estava marcada para janeiro porque sentiu-se pressionado. Ainda na visão da ala paulista do partido, ele seria o único responsável por essa pressão à medida que estipulou por iniciativa própria uma data e anunciou publicamente.

Apesar das declarações, o governador evitou prolongar a conversa sobre o tema em entrevista após a inauguração de um programa de tratamento para dependentes químicos em Itapira, interior paulista. “O que eu pensei a respeito das declarações de ontem (quinta-feira) do Aécio Neves eu expressei em uma nota distribuída. Não vou agora comentar todos os dias a esse respeito.”

Senado

Ao se retirar da disputa, Aécio embaralhou ainda mais o quadro eleitoral em Minas. Embora tenha deixado em aberto todas as possibilidades ao não mencionar seu destino na sua carta de renúncia, em Minas a aposta generalizada é que Aécio resistirá às pressões para compor como vice numa chapa encabeçada por Serra e se lançará mesmo como candidato ao Senado. O governador mineiro tem apregoado que sua prioridade passou a ser sua própria sucessão e já começou a arregaçar as mangas para tentar eleger o vice-governador Antônio Anastasia (PSDB).

Hoje o governador cumprirá uma agenda típica de campanha. Ao lado de Anastasia, ele irá inaugurar dois trechos do Programa de Pavimentação de Ligações e Acessos Rodoviários (Proacesso) nos municípios de Setubinha, no Vale do Jequitinhonha, e Bonito de Minas, no norte de Minas.

Além da eventual candidatura de Aécio, a disputa pelas duas cadeiras do Senado em Minas ganhou um novo complicador com a recente disposição do vice-presidente José Alencar (PRB) de se candidatar. Animado com a redução dos tumores, Alencar já comunicou a vontade ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

FHC: “Aécio não fechou a porta para a vice”

Agência Estado

São Paulo – O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) afirmou ontem que ser “favorável” à chapa puro-sangue formada pelos governadores José Serra (SP) e Aécio Neves (MG) para disputar a Presidência da República em 2010. “A minha opinião todo mundo conhece. É favorável”, disse o ex-presidente da República. FHC avalia também que Aécio “não fechou a porta” para a composição, mas diz que isso será conversado mais adiante. “O governador Aécio nega (que venha disputar a vice), mas não fechou a porta. Eu preciso conversar com ele porque eu não quero criar uma situação que dificulte.”

Após um ano de articulações, o governador de Minas anunciou, nesta quinta-feira, que desistiu da candidatura a presidente da República. A decisão abriu caminho para que Aécio componha uma chapa única como vice de Serra. Fernando Henrique disse “não saber” se a chapa Serra-Aécio seria “imbatível”, mas que acredita que “o País não está mais acreditando em partidos. A avaliação no PSDB é de que os dois governadores unidos formem chapa mais forte na disputa contra a ministra Dilma Rousseff (PT).

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