quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

O Popular

Valdivino obedece PSDB e pede demissão no GDF

Fabiana Pulcineli

Recém-filiado ao PSDB goiano, Valdivino Oliveira obedeceu a ordem da executiva nacional do partido e pediu demissão do cargo de secretário da Fazenda do Distrito Federal ontem, seguindo caminhos de outros dois auxiliares tucanos do primeiro escalão. O governo confirmou a exoneração dele, de Márcio Machado (Obras) e de José Humberto Pires (Governo).

A direção nacional do PSDB havia dado na tarde de terça-feira prazo de 24 horas para que seus filiados entregassem os cargos no GDF após o escândalo de pagamento de propina para distribuir a aliados do governador José Roberto Arruda (DEM). Todos os três secretários foram substituídos pelos adjuntos.

Antes de entregar o cargo, Valdivino teve conversa com Arruda na residência do governador, em Águas Claras, segundo informações de aliados em Goiás. Ele filiou-se ao PSDB em outubro, após deixar o PMDB de olho na candidatura a deputado federal por Goiás. Valdivino foi secretário também do ex-governador Joaquim Roriz, ex-PMDB e hoje no PSC.

A pasta de Valdivino passou ao comando de André Clemente. O PSDB calcula que tenha cerca de cem cargos no GDF, incluindo segundo e terceiro escalões.

Os outros dois secretários tucanos foram citados na denúncia como participantes do esquema. José Humberto Pires pediu demissão ainda na terça-feira, logo após a ordem do PSDB. Ele foi substituído por Flávio Adalberto Giussani. Márcio Machado foi acusado de negociar o pagamento de mais de R$ 6 milhões para aliados do governo. Ele entregou pedido de demissão ontem e foi substituído por Jaime Alarcão.O PSDB foi a quinta sigla a sair da base do governo. Os tucanos seguiram o caminho do PDT, PSB, PV e PPS.

O Popular

SUCESSÃO 2010

Tucanos querem afinar discurso

Núbia Lôbo

O senador Marconi Perillo (PSDB), pré-candidato ao governo goiano em 2010, reuniu ontem em Brasília as bancadas estadual e federal, além d a executiva nacional do partido para, segundo fontes, analisar os resultados de pesquisas qualitativas e afinar o discurso tucano com vistas às eleições.

No encontro, no Clube de Golfe (Asa Sul), foi apresentada uma radiografia da opinião do eleitor em todas as regiões do Estado – através de pesquisas qualitativas – para as lideranças do PSDB de Goiás.

O diagnóstico teria sido realizado dando prioridade para as cidades onde o PMDB se fortaleceu – Goiânia, Aparecida, Catalão e outras –, a fim de analisar a “tendência eleitoral”. Lideranças comemoram o que, segundo a pesquisa, seria o “descolamento” entre as imagens de Marconi e do governador Alcides Rodrigues (PP). A pesquisa teria mostrado ainda que Alcides é visto como traidor pela maior parte dos eleitores que participaram das qualitativas encomendadas pelo PSDB.

Para explicar

Entre os pontos considerados negativos para Marconi, eleitores teriam apontado que o senador “anda sumido da mídia” e que o primeiro governo do tucano (1999-2002) foi melhor do que o segundo (2003-2006).

“A pesquisa mostra que alguns eleitores pensam que a redução nos programas sociais – Bolsa Escola, Renda Cidadã e outros – foi feita pelo Marconi. A campanha do ano que vem precisa explicar que isso aconteceu no governo Alcides”, destaca uma fonte.

Segundo os tucanos, a pesquisa teria apontado ainda que Henrique Meirelles (PMDB), presidente do Banco Central e possível candidato ao governo de Goiás, não é conhecido pela maioria dos eleitores do Estado.

O encontro tucano serviria ainda para discutir a renovação nos diretórios metropolitanos do Estado, estudar caso a caso os mais problemáticos e ouvir as bancadas. A reportagem tentou falar, sem sucesso, com a senadora Lúcia Vânia (PSDB) para saber se ela participaria da reunião.

Ninguém quis informar se a relação do PSDB com o governo teria prioridade na pauta entre as lideranças. “É claro que isso deve ser discutido, mas não acho que teremos fato novo hoje (ontem)”, declarou um deputado da bancada estadual.

O Popular

Giro

Jarbas Rodrigues JR

PMDB não capitaliza fim da dobradinha Arruda-Marconi

O escândalo que implodiu politicamente o governador José Roberto Arruda (DEM-DF) e, consequentemente, uma dobradinha com o senador Marconi Perillo (PSDB) no Entorno de Brasília, deveria ser capitalizado pelo PMDB goiano. Mas não. Por dois motivos: não se sabe se o escândalo em Brasília também atingirá uma candidatura de Joaquim Roriz (PSC) ao GDF e o PMDB não tem definido quem será seu candidato a governador em Goiás, o que engessa o partido nas costuras de alianças. O prefeito Iris Rezende é o candidato com maior densidade eleitoral, embora não reúna ampla aliança em torno de seu nome. Henrique Meirelles tem potencial de reunir ampla frente, mas lhe falta densidade eleitoral e definição de seu futuro político. “Estamos com a faca e o queijo na mão para avançar nas alianças, mas não é o clima. Nem tanto pela cirurgia a que se submeteu Iris, que vai se recuperar rápido, mas pela indefinição de quem vai comandar o PMDB na sucessão estadual”, diz um deputado federal do PMDB.

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