quarta-feira, 16 de junho de 2010

Íris: jurássico!






OPINIÃO




Deputado Leonardo Vilela


"Iris e o Big Bang"

Os cientistas acreditam que o universo surgiu a partir de uma grande explosão de partículas, ocorrida há cerca de 13,7 bilhões de anos. Foi a primeira faísca e é provável que, já naquela época, Iris Rezende tenha aparecido para fazer alguma promessa. Na sequência, ainda nos primeiros ecos do Big Bang, a mentalidade do presidente do PMDB, Adib Elias, também despertou para reforçar o compromisso de seu mestre.

É preciso recorrer ao humor para encarar o "tratado" sobre modernidade, proposto no artigo assinado por Adib Elias, ontem no DM. Nos últimos tempos, os dois próceres do PMDB estão cismados com essa questão da modernidade. É até compreensível, já que uma nova eleição se aproxima e eles, as mesmas pessoas de sempre, precisam justificar o mofo que domina suas práticas e propostas.

Em seu artigo, Adib inventa o conceito "política da imagem". É uma velha tese dos peemedebistas para tentar explicar suas sucessivas derrotas em Goiás. Trata-se de uma visão auto-indulgente, como se a culpa pelo insucesso eleitoral fosse do próprio povo. Em outras palavras, é como se Adib dissesse o seguinte: "Nós é que somos bons. O eleitor não sabe de nada. Vota no PSDB porque é trouxa". Ou seja, não há o menor reconhecimento pelo que Marconi Perillo e sua equipe realizaram. Nem a compreensão do que motivou o eleitorado.

Adib diz que o PSDB "vende um perfil de moderno" e que isso é um "truque de imagem". E mais: que não representamos nada de novo porque passamos pelo governo "por um longo período e com resultados desastrosos para o Estado". Não sou psicólogo, mas só posso supor que essas ideias indicam um profundo recalque do peemedebista. Ou seja, ele está tentando, desesperadamente, disfarçar graves problemas de sua própria personalidade.

Na verdade, o eleitor sabe que foi o PMDB que ficou muito tempo no governo (16 anos) e acabou sendo desastroso para Goiás. Foi assim porque teve todas as oportunidades de modernizar a administração e não o fez. Quando Marconi assumiu o governo, Goiás tinha a maior dívida proporcional entre os Estados brasileiros. O PMDB quebrou as finanças estaduais, deixou salários em atraso, queimou o patrimônio de Cachoeira Dourada e Corumbá, arrasou o BEG e a Caixego. Se a Lei de Responsabilidade Fiscal (1997) existisse na época de Iris e companhia, ele e seus colaboradores teriam ido direto para o xadrez.

Mesmo neste cenário desolador, Marconi nunca reclamou. Arregaçou as mangas e iniciou o governo mais criativo que Goiás já viu. Criou programas que revolucionaram a administração pública e proporcionaram a maior rede de proteção social do país. Vapt Vupt, Renda Cidadã, Bolsa Universitária, UEG, Salário Escola, Cheque Moradia, Banco do Povo foram algumas dessas iniciativas.

O recalque de Adib se mostra mais grave em outro trecho do artigo, quando diz que o PSDB "se ampara em uma discussão fictícia, um universo paralelo, fantasioso". Ao que ele está se referindo? Será que é à ampla mobilização que tucanos e partidos aliados fazem, em todo o Estado, ouvindo o anseio de lideranças e militantes? Ou será que é a inédita iniciativa que tomamos de abrir nosso site (www.psdb-go.org.br) à colaboração dos internautas para a consolidação do nosso plano de governo?

Fico na dúvida porque, recentemente, Iris e outros big-bangers peemedebistas criticaram Marconi por conversar com seus eleitores através de ferramentas da internet. Mais uma vez é compreensível que eles não saibam o que estão falando. Afinal, internet é algo avançado demais para essa turma. O mais grave é pensar que ainda existem lideranças políticas com essa visão tacanha, que não compreenderam a importância das novas tecnologias. Pois essa é a verdade: o PMDB de Iris e Adib é que vive em um universo paralelo (provavelmente enfurnado em um gabinete), sem saber a nova realidade de Goiás.

Adib está cada vez mais recalcado, tentando esconder problemas que são justamente seus. Uma expressão em seu artigo flagra essa tática quase neurótica: “timidez nas políticas sociais”. Estranheza novamente. Afinal, quando deixou o governo (há mais de cinco anos) o PSDB deixou em funcionamento as mais avançadas políticas sociais, copiadas inclusive por Lula. Por outro lado, enquanto prefeito, foi Iris quem desarticulou toda a área social da prefeitura, aumentando o exército de pedintes e viciados em crack nas ruas de Goiânia.

Na sequência, Adib se perde novamente apontando itens desconexos. Cita, por exemplo, a obra do Aeroporto de Goiânia como se ela estivesse parada por culpa do PSDB. Esse é o estilo recalcado de Adib. Todos sabem que essa obra é da alçada federal, tocada pela Infraero, dos aliados de Iris. Só podemos imaginar que o presidente peemedebista esteja, de novo, tentando disfarçar. Tentando jogar sobre nós a culpa pela falta de apoio a Goiás, que sempre marcou o governo petista.

Era preciso responder a essas enganações de Adib, o ouro negro de Goiás. Mais do que ficar falando em modernização, o PSDB mostra, com ações, que já desenvolveu o projeto administrativo mais avançado em Goiás e que tem capacidade para realizar muito mais nos próximos anos.


Leonardo Vilela é deputado federal e presidente do PSDB de Goiás

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